Fiamma escrita por Akahana


Capítulo 6
Dois - Irmãos e a Nuvem


Notas iniciais do capítulo

parte da Varia ficou bem tosca. MESMO. Aviso isso desde já. Ainda não me acostumei a escrever eles ¬¬.



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  - Hoje você vai embora. – Dizia a voz no telefone. Quem quer que estivesse do outro lado parecia extremamente cansado. – Achamos guardiões para você e a casa de vocês já está pronta. – E a seguir disso, o homem do outro lado deu uma série de coordenadas.

  - Que meio de transporte? – A voz feminina perguntou um tanto curiosa.

  - Cavalos. – O homem respondeu como quem tivesse dito uma coisa mais certa no mundo inteiro.

  - Perfeito! – A voz feminina exclamou. Pareceu que o homem ficou satisfeito com aquela resposta.

  Logo que largou o telefone, a menina correu para o quarto compartilhado e perguntou bem alto e feliz para o ser sentado na poltrona de frente para a escrivaninha. – Você sabe andar a cavalo? – O rosto de Xanxus nessa hora se contorceu em uma careta de dúvida.

(+)-(+)

  Os cavalos estavam alegres aquela manhã. Talvez isso se devesse ao fato de que certa mafiosa passara o tempo inteiro conversando e escovando eles desde que largou o telefone.

  - Eu vou hoje, okay? Mas eu volto sempre que puder para ver vocês, ta certo? – Dizia Kamiori para um cavalo preto com as patas brancas enquanto acariciava seu focinho.

  - Vai voltar só para ver os cavalos? – Lussuria perguntou fingindo chorar.

  - Eu vou voltar para ver vocês também, Lussu-chan! – Respondeu a garota indo abraçar o Guardião do Sol. – Aliás, quando você voltou?

  - Ontem à noite. Mesmo assim foi muito divertido na missão. Tinha uma porção de homens do meu tipo! – Disse ele alegre e saltitante colocando suas palavras também em gestos.

  - Isso é muito bom, nee? – Perguntou ela. – Desde que vim para cá quase não saio destes portões. Tem sido meio chato, até. – Ela riu um pouquinho e depois começou a enselar aquele mesmo cavalo negro de antes. – Mesmo assim, tem alguns momentos muito divertidos aqui. E alguns que doem um pouco, tipo o café da manhã do Xanxus. Você me disse como fazer a comida dele e tudo o mais, mas... – Então ela levantou um pouco o cabelo no lado esquerdo da cabeça, mostrando um machucado bem feio. Logo depois ela começou a rir e em seguida o outro a acompanhou.

  Depois disso, ela já tinha terminado de preparar o cavalo e montou nele. Chegou com ele um pouco perto de Lussuria e sorriu para ele.

  - Diga até logo a todos por mim, okay, Lussu-chan?

  - Vamos sentir saudades, Kami! – Disse o outro sem perder aquele tom de voz alegre e divertido.

  E então ela começou a cavalgar bem rápido em direção ao pequeno bosque à oeste da mansão.

(+)-(+)

  Os olhos cor-de-mel observavam o lugar familiar a sua frente, embora o pequeno chalé de contos de fada ter sido aumentado e reformado. Vasculhou sua mochila em busca da chave que lhe haviam mandado por carta. Quando finalmente achou o pequeno objeto e ia se aproximar um pouco mais da casa... Bom, alguém atropelou ele. Ou melhor, um cavalo atropelou ele. E quando abriu os olhos, somente alguns momentos depois, estava no mesmo lugar, sem ninguém nem pedindo desculpas ou tentando ajudar.

  Não sabia porque, mas tinha a leve impressão de que ele (ou ela) era um Guardião da Nuvem.  E ele estava completamente certo. Bem, era por isso que ele era o Guardião da Névoa.

  Depois de levantar-se sem ajuda alguma, fitou a criatura de cabelos laranjas que já adentrava a casa segurando um bichinho de pelúcia e cantarolando uma música qualquer. Aproveitou a chance para entrar no lugar, pegando suas malas e depois largando elas um pouco surpreso quando viu a sala.

  O lugar era arrumadinho, com flores em cima da mesa e várias prateleiras ao logo da cozinha e da sala, uma de cada cor. Um balcão separava a cozinha da sala que tinha uma tv e uma mesa com doze lugares de madeira escura e com cadeiras igualmente coloridas. Várias colunas quadradas de madeira sustentavam a casa e no meio do enorme cômodo havia uma escada que levava ao andar de cima. Havia no lado direito da casa algumas outras mesas menores seguindo o mesmo padrão da principal e um bar lá no fundo.

  Subindo viu um corredor bem grande com várias portas coloridas e duas de madeira. Uma escura que levava uma placa escrito “Pipi Room” e uma branca que parecia trancada. Viu então uma porta de cor índigo com seu nome escrito numa folha de papel colada com durex. Retirou o papel e entrou no que parecia ser seu quarto.

   Tinha paredes que reduziam o som, duas índigo, uma branca e uma preta. Alguns quadros de animais noturnos e outras figuras de gênero parecido adornavam as paredes. Uma escrivaninha ao lado da janela que era a primeira coisa que se via ao entrar no cômodo estava com uma carta em cima. Na parede da esquerda tinham prateleiras pretas vazias e na parede contrária a escrivaninha ficava o armário de madeira escura. Na única parede que sobrou havia uma cama arrumada com lençóis índigo e outra carta, esta em papel laranja e com um cheiro vibrante de terra. Um cheiro bom que ele já conhecia de cartas com o mesmo padrão.

  Como já sabia de quem eram ambas as cartas, não se importou em abrí-las no momento. Preocupou-se apenas em colocar as suas coisas em seus devidos lugares.

  Ele sabia que não estava sozinho, tinha a pessoa que o atropelara mais cedo, mas ele não esperava que ela tivesse feito comida, e, sinceramente, ele estava com muita fome. Afinal, não havia comido nada dês do dia anterior. Por isso, terminada a arrumação, o garoto desceu a escada e foi para a cozinha.

  No recinto viu um ser de cabelos de um tom bem chamativo de laranja. Ela estava preparando negrinho, pelo aroma de chocolate. Ela percebera a sua presença e ele sabia claramente disso. Enquanto ela mexia calmamente na panela ele pôde perceber um anel em sua mão direita.

  - Shaikanashi Yorokobi, e o prazer é todo seu. – Ela disse de uma hora para a outra sem dar qualquer sinal de que ia fazê-lo.

  - Victor Rossetti, idem. – Realmente a Nuvem e o Névoa da Fiamma não estavam se dando muito bem. – Névoa.

  - Nuvem. – Ela respondeu ríspida assim como o outro.

  - Era por isso que eu não estava gostando muito de você. – Eles estavam cada vez mais irritados um com o outro.

  - Eu não estava gostando de você porque você parece idiota.

  - Meu onii-tan não é idiota! – Disse uma voz diferente entrando no meio da conversa.

  - Quem diabos é ela? – A garota de olhos azuis perguntou ao outro que parecia estar mortificado.

  - Onii-tan? – Perguntou a outra para o irmão cutucando ele de leve no rosto.

  - O que você está fazendo aqui? – Disse ele no momento em que se recuperou do choque. As palavras faladas separadamente para dar mais entonação de irritação à voz.

  - Sou a Conselheira externa da Fiamma. – Disse a garota sorridente mostrando um anel com o padrão da Fiamma em seu dedo do meio direito.

  - Peraí que eu não entendi. Vocês são irmãos? – Perguntou a Nuvem meio incrédula com a ordem dos acontecimentos.

  - Somos meio-irmãos. – Disse ele indiferente.

  - Me chamo Danielle Rossetti. Prazer. – Disse ela ficando completamente agressiva. Como uma típica Tempestade.

  - Você vai morar aqui? – Disse a de cabelos laranja num tom bem antipático.

  - Vou. Com sua licença. – E a Rossetti mais nova foi em direção ao seu quarto no andar de cima.

  - Kami, isso é uma pegadinha? – Disse ele para ninguém em especial. – Eu vou ter que ficar aqui, sozinho, com a minha irmã e uma lá que me odeia? – Perguntou ele para o nada.

  - Eu estou aqui ainda, sabia? – Disse a Nuvem irritada.

  - Não estou falando contigo. – Ele disse simplesmente. Feito isso ele foi para o seu quarto e se trancou lá.

  - Você está sendo infantil, Victor. – Falou ele para si.

(+)-(+)

    O sol estava extremamente quente enquanto eles caminhavam pelo campo. Kamiori avistou ainda ao longe a entrada de uma pequena floresta. Floresta essa que conhecia absurdamente bem. Saltou do lombo do cavalo e começou a correr descalça na direção do chalé. O cavalo somente corria atrás, parecendo querer acompanhar a velocidade e alegria da “criança”. Os dois riam felizes adentrando a escuridão da floresta. Mas tanto ela quanto ele já sabiam o caminho décor e salteado.

  Chegando a mesma clareira que morou inteira um sentimento de nostalgia e de alegria tomaram conta de todo o corpo da jovem. Aquilo era paz.

  Aproximou-se mais de u grande carvalho que marcava a entrada do lugar e acariciou levemente a “pele” enozada da árvore.

    - Como é bom estar em casa! – Disse com um sorriso de orelha a orelha enquanto guiava o cavalo até mais perto da casa.

  Só depois de um tempo aquela sensação de deslumbre passou e elea pode notar como o pequeno chalé se transformou em uma magnífica casa. Era enorme e toda colorida. As janelas, as paredes, as flores. Tudo para cada um de cada chama. Realmente o Nono sabe como fazer uma surpresa. Rindo com esse pensamento ela entrou na casa e logo ouviu um barulho de porta batendo e se trancando e ao olhar para o lado, viu sua Guardiã da Nuvem olhando com raiva para a escada de madeira escura.

  - Oi, Yobi! – Cumprimentou-a alegremente.

  - Ohayo, Kami! – Ela respondeu.

  - Quem foi que bateu a porta? – Perguntou diretamente e sem rodeios, mas mesmo assim, seu tom de voz não era irritado.

  - O mais velho dos Rossetti.

  - Victor? – Perguntou ela meio surpresa.

  - Acho que era. – Respondeu a outra.

  - Aliás, além de você, quais já chegaram?

  - Eu e os dois Rossetti. Só.

  - Então não perdi muita coisa, não é? – Kami disse rindo como se tivesse ouvido toda a discussão de alguns instantes atrás, mas, claro, ela não ouvira. - Agora só temos de esperar os outros chegarem para podermos começar. – Falou ela para o nada em especial como se lembrasse de alguma coisa um tanto quanto irrelevante.

  Então ela olhou para o lado e viu a cara de interrogação da menor. Mas ainda não podia contar nada para eles. O Desafio é extremamente confidencial. Nesse momento, Kamiori sentiu um pouco de pena de seus Guardiões.


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Notas finais do capítulo

bom, é isso.
espero que gostem



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