Fiamma escrita por Akahana


Capítulo 15
Especial P.3 - Passado da Chama Sem-Gosto




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  Logo que Giotto soube que iria ser papai, tratou de ficar á minha volta o tempo inteiro. A coisa loira não largava do meu pé um só minuto e isso estressava muito. Tanto que muitas vezes eu tinha que pedir para seus próprios guardiões levarem ele pra alguma missão ou trabalhar ou simplesmente para longe da casa pra ele não encher o saco. Mesmo assim, eu me sentia bem com o fato dele estar tão preocupado comigo. Era fofo. E Giotto sempre foi fofo, mas agora era um fofo que me fazia sorrir e não um fofo que me irritava por ser idiota.

  Ele e Cozart passavam muito tempo evitando compromissos e cuidando de mim. Eles sabiam o grau de preocupação que eu ficava quando eles iam lutar e eu não podia ir junto. Então eles resolveram simplesmente dizer ‘foda-se’ para o mundo e cuidar de mim. Não que eu gostasse disso, mas eu não tenho culpa se eles são dois imbecis irresponsáveis. Imbecis irresponsáveis muito lindos, diga-se de passagem.

  Minha barriga, obviamente, começou a crescer. Meus guardiões, assim como os da Simon e os da Vongola, sabiam de minha situação e me ajudavam a encobrir isso das outras Famiglias. Tinha que proteger minha filha do mundo da Máfia, pelo menos por enquanto. Se bem que com um pai daqueles e uma família dessas, ela não precisa nem de inimigos.

  A propósito, quanto mais minha barriga crescia, maior era a freqüência com a qual a vozinha me chamando de ‘Okaa-chama’ se pronunciava. Ela dizia coisas como “Está quase na hora, Okaa-chama!”, num tom alegre e fofinho, que me dava vontade de abraçá-la. Agora, quando ela vinha, não mais me irritava. Quanto mais ela conversava comigo, mais eu gostava da criança.

  Apesar disso, a única coisa que eu consegui sentir foi dor quando começaram as contrações e ela me disse para respirar.

-x-

  Eu não estava calmo. Definitivamente não estava. Mesmo com todos aquelas palavras de contentamento e que supostamente deveriam me fazer sentir melhor, eu estava irritantemente em pânico. O pior não foi Vittoria ter me expulsado a gritos do local. Foi o fato de que só Cozart e Alaude ficaram lá dentro ajudando-a no parto. Cozart era um bom amigo, mas não era confiável como médico. E o outro... Bem, Alaude definitivamente era competente, mas não quando se tratava da Fiamma. Todos estavam apreensivos porque sabiam muito bem dos traumas de Alaude em relação à Vittoria.

  Primo Cavallone me acompanhava ao andar de um lado para o outro repetindo qualquer tique nervoso que existisse. Talvez ele quisesse me mostrar o quanto eu estava ridículo e assim me fazer parar. Claro, que apesar de eu parecer um idiota, eu não sentei e fiquei quieto.

  - Vamos! Você consegue! PELO AMOR DE KAMI, ALAUDE, NÃO DESMAIE! – Eram os gritos de Cozart. E Alaude tinha desmaiado. Bom. Muito Bom. Extremamente bom. Tão bom que eu saí da casa, escalei a parede de fora e quebrei a janela para entrar.

  Quando cheguei lá a gritaria pareceu piorar. Se já estava insuportavelmente agoniante do lado de fora, imagina lá dentro. A primeira coisa que fiz foi tentar estrangular meu Guardião da Nuvem, que estava no colo de Cozart, desmaiado. No entanto, o maldito ruivo me parou e olhou preocupado para o ser agonizando na cama.

  Tinha sangue por tudo quanto era lado. O meu suposto melhor amigo foi buscar toalhas e água quente porque, bem, não sabíamos direito o que fazer. Havíamos treinado anos para lutar contra exércitos sem dificuldade, mas nada em nossas vidas nos preparara para aquilo. Nada nunca me prepararia para os gritos da minha pequena e adorada chama.

  Demorou muito tempo para que minha filhinha conseguisse nascer. Ela veio calma, sem gritar, inspirando uma tranqüilidade incomum e acalmando a todos. Sim, todos. Porque toda a cambada de gente que estava lá fora veio pra dentro quando Cozart disse que a garotinha nascera. Rapidamente minha ‘chaminha’ virou o xodó dos mafiosos presentes.

  Vittoria Ayumi Fiamma finalmente descansava. Estava deitada e coberta, bem confortável, pelo que parecia. Tive que esperar o embrulinho branco passar por todas as mãos das pessoas envolta antes de poder segurar minha filha.

  E vocês não acreditariam se eu contasse. Chorei. Sim, o todo poderoso chefe Vongola chorou por causa de uma pequena criaturinha, simplesmente porque a mesma sorriu-lhe e seus grandes olhinhos brilharam. Olhinhos laranja. Não um laranja calmo como os de Vittoria, por mais incrível que pareça. Mas um laranja elétrico, quente, aconchegante. Lindo. Seus curtos e delicados fios eram negros, como os da mãe.

  Vendo aquela criança (a minha filha) em meus braços, minha amada mulher sorrindo para mim e todos aqueles grandes amigos que olhavam para o bebê quase babando como crianças, eu me senti o homem mais feliz do mundo. Quando as mãos quentes de Vittoria acariciaram as minhas bochechas e depois fizeram carinho na filha, eu percebi. Agora, não era só um grupo de amigos, um Grupo de Vigilantes, uma Famiglia Mafiosa. Ali, naquele quarto, estava o meu mundo. Eu, finalmente, tinha uma família.


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Notas finais do capítulo

Ah, vá dizer que não ficou fofo >3<
Eu demorei, eu sei u,u Podem fazer o que quiserem comigo, mas pelo menos eu trouxe isso quando eu voltei :3
Este capítulo vai completamente dedicado à CupCake_Hime, ou à Thaís. Sem ela esse capítulo não teria saído. Sério. Ti Amo, sua linda ♥
Para quem não percebeu o -x- significa que mudou o narrador e quem fala agra é o Giotto, okay? ^^
E, bem, todo esse especial inluencia SIM na história. Ele é importante. :3
Antes de perguntarem, sim, vai ter mais um capítulo especial depois desse e daí segue o bonde da história principal ^^
Tomara que aproveitem ^^



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