The Oc: Pecados no Paraíso escrita por The Escapist


Capítulo 29
Capítulo 29: PROME




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Era a última semana de aula; Cal acordou e ficou deitado de costas na cama, olhando para o teto, tentando encontrar um motivo, único motivo para sair daquele quarto e ir para escola; não havia, não fazia diferença nenhuma se ele fosse ou não para a última semana de aula, aquela altura, ninguém iria impedi-lo de se formar. Por outro lado, não fazia diferença nenhuma se ficasse em casa pensando naquele maldito beijo e naquela maldita festa. O que estava pensando, que a lesada da Towsend ia cair de amores por ele só por causa de um beijo? Cal levantou e se vestiu sem presa; quando saiu do quarto viu a porta do quarto do pai entreaberta, e vozes alteradas vindo de dentro; ele parou um instante, mas não conseguiu entender o que eles estavam dizendo; Caleb saiu do quarto logo a seguir, e porta bateu com violência atrás dele. O mesmo filme, pensou.
- Cal, nós precisamos conversar.
- Pai, vamos cominar que você não é muito bom com conversas.
- Sobre a faculdade.
- Por que você não se preocupa com o seu casamento, e deixa que da minha vida eu cuido? – Cal não deu tempo para que o pai continuasse a conversa, ou pelo menos começasse.
    A atmosfera na escola era insuportável, os alunos cheios de expectativas para o baile de formatura, planos para o verão e para a faculdade.
- Vocês vão viajar juntos? – Cal perguntou, fingindo surpresa, quando Seth e Summer contaram seus planos para as férias. – Legal.
 - Você pode vir junto se quiser.
- Obrigado, Summer, mas, eu acho que é vocês vão se divertir mais sem mim.
***
Cal foi até o hospital ver Amanda, e com não estava no horário de visita, ele precisou pedir ajuda para ver a garota; passou pela ala onde ele mesmo tinha ficado no inicio do ano, e lá encontrou Wayne, com o mesmo sorriso branco de sempre.
- Sr. Nichol, não esperava vê-lo por aqui novamente.
- Eu sei que você sentiu minha falta, Wayne. Eu vi ver uma pessoa.
- Horários de visitas existem por um motivo. – Wayne deu um sorriso. – Quem você quer ver?
- Amanda Callaway, ela fez um transplante de medula.
- Ok. Acho que eu posso ajudar. – Cal seguiu Wayne pelos corredores até a ala sul do hospital. – Não demore muito, por favor, eu posso me complicar.
- Obrigado, Wayne. – Cal entrou no quarto; Amanda era uma menina de seis anos, tinha olhos azuis espertos, e na cabeça agora careca devido o tratamento intensivo contra a leucemia, já houve longos cabelos ruivos. – Hey!
- Cal!
- Amanda, hey, como você está?
- Bem.
- Isso é ótimo.
- Eu fiz um transplante, sabia, Cal? Eu não tive medo. Quer dizer que eu não vou mais ficar com câncer.
- Você é muito corajosa, Amanda.
- Por que você está triste, Cal?
- Eu não estou triste, estou muito feliz por você, Amanda. Bom, eu tenho um presente para você. – ao ouvir isso, os olhos azuis de Amanda se iluminaram; mas antes que ela recebesse o presente, duas pessoas entraram no quarto; uma delas Cal conhecia, a outra não, mas sabia que era médica, e não pareceu gostar de vê-lo com sua paciente. – Taylor. – Taylor baixou a cabeça, e foi a médica quem falou.
- A Amanda não tem permissão pare receber visitas, quem deixou você entrar? – disse ela, rispidamente, e Amanda fez uma cara feia, não queria que ninguém brigasse com Cal. – Só a família pode vê-la.
- Desculpe, eu, só, desculpe. – Cal não soube o que dizer, não quis dizer na frente de Amanda que ela não tinha nenhuma família que pudesse visitá-la.
- Dra. Spencer, esse é, Caleb Nichol Junior. – disse Taylor, honestamente, Cal teria preferido que a médica não mudasse a expressão assim que soube quem ele era, e também queria que Taylor não pensasse que ele gostava daquilo, mas a doação que os Nichol fizeram ao hospital tinha sido bastante generosa.
- Eu só vim trazer isso para a Amanda. – ele falou e entregou a sacola a garota; Amanda abriu o presente, era uma boneca.
- É linda. Obrigada, Cal. – Cal então deixou a menina admirar o presente e ficou um instante conversando com a médica sobre o estado de saúde de Amanda, que felizmente era estável, e ela estava tendo uma boa recuperação. Enquanto conversavam, Taylor manteve a cabeça baixa. Cal despediu-se de Amanda, mas ficou esperando Taylor no corredor.
- Taylor, será que a gente pode conversar? Espera, eu prometo que paro de perseguir você, eu juro, eu só quero conversar um pouco. Você me deve isso, depois, eu te deixo em paz.
- Tudo bem, a gente pode, conversar. Podemos nos encontrar no píer mais tarde?
***
Cal estava sentado num dos bancos do píer, lá embaixo na praia, as ondas batiam violentamente na areia, no horizonte, a luz do sol caia sobre a água. Ele esperava, mas já não acreditava que Taylor viesse, mais uma vez o teria feito de idiota; a tarde mostrava tons alaranjados, o vento suave vindo do oceano era agradável, mas Cal só conseguia olhar para o relógio e balançar o pé, enquanto Taylor não resolvia dar as caras. A esperança de Cal estava indo embora com a tarde, quando ela chegou e sentou na ponta do banco, como se quisesse manter a maior distância possível. Os dois não conseguiram se encarar naquele instante, ficaram olhando o horizonte.
- Taylor, eu não consigo tirar você da minha cabeça. Simplesmente não é possível. Eu me sinto como se nada mais fizesse sentido na minha vida.
- Talvez você esteja exagerando, Cal.
- Talvez, eu não sei, por que você não me dá a chance de saber. Por que nós não podemos nos dar essa chance?
- Cal, se nós tentássemos... Não seria uma coisa inteligente.
- Inteligente, Taylor, nós estamos falando de sentimentos. Você consegue sempre ser racional? Você não sente nada por mim?
- Se eu dissesse que não seria mentira, Cal, mas... Você não entende.
- Não, eu não entendo, Taylor, eu gosto de você, você gosta de mim, deveria ser simples.
- Mas não é.
- Então me explica, Taylor, por favor, me diz por que você não pode me dar uma chance, eu preciso saber, antes que eu fique maluco.
- Nós somos muito diferentes, Cal, nós pertencemos a mundos diferentes. Você pode gostar de mim agora, mas e depois? Cal, eu não quero me envolver com alguém, confiar em alguém, e depois perder isso. Eu não aguentaria.
- E o que você está perdendo agora, Taylor, não conta? Você tem o que nenhuma garota teve. – Cal se aproximou de Taylor, e pegou na mão da garota, que estava gelada. – Será que você não pode confiar em mim?
- Eu tenho problemas com... Confiança. Eu não consigo, simplesmente confiar nas pessoas, em ninguém. – Taylor deu um pequeno sorriso, e Cal balançou a cabeça, incentivando-a a continuar. – Isso começou quando minha “melhor amiga” me traiu.
- O que ela fez?
- Pegou meu diário, fez cópias e espalhou pelo colégio. Não tinha nada demais, só alguma coisa sobre Luke Carlsson, meu beijo no Zach, que até hoje eu me arrependo, mas, ela era minha amiga, a pessoa em quem eu mais confiava, e eu nunca tive muitos amigos.
- Eu ganho de você, Taylor. Minha namorada transou com o meu melhor amigo, eu queria me casar com ela. Talvez a gente não seja assim tão diferente.
- Mas você concorda que um relacionamento entre nós soaria muito como um roteiro de um filme barato não é?
- Eu sempre pensei em algo como um romance de Nicholas Sparks. – riram juntos; as primeiras estrelas brilhavam no céu de Newport. – Eu não quero magoar você, Taylor, só quero uma chance. – Cal beijou os lábios de Taylor e não encontrou resistência.  
Horas depois quando voltou para casa, Cal nem parecia o mesmo, poderia até cantar de tão feliz que estava; felicidade que não combinava com o clima na casa dos Nichol; ao passar em frente ao quarto do pai, ouviu algo muito semelhante a choro de mulher, mesmo que não sentisse nada pela madrasta, não ficaria feliz em ver acontecer com Julie o mesmo que aconteceu com a sua mãe. Bateu na porta do quarto de Marissa e encontrou-a fazendo as malas.
- Aconteceu alguma coisa, Marissa? Eu tive a impressão de que sua mãe estava chorando.
- Você deve ter percebido que o casamento dos nossos pais não anda muito bem. Embora, eu tenha que confessar que ver minha mãe chorar também é novidade para mim.
- Eles vão se separar?
- Divórcio deve ter sido uma das palavras que o seu pai berrou.
- Eu sinto muito, Marissa.
- Eu sinto muito também, estava gostando de ser sua irmã.
- Então você acha que não vai haver volta?
- Não sei. Talvez. Essa não foi a primeira vez que eles brigaram, não é?
- Mas você está indo embora...
- Não, eu só estou arrumando minhas coisas, para deixar tudo pronto para a viagem. De férias. – Cal sorriu, era melhor desistir de entender as mulheres, as férias ainda demorariam alguns dias e Marissa já estava de malas prontas? – O que você vai fazer nas férias?
- Nenhum plano.
- Ei, Cal, você está feliz demais para o meu gosto.
- Pode apostar que sim, Marissa. Bom, espero que nossos pais se entendam, maninha. A gente se vê.
- Ok. –
O que nem Cal nem Marissa sabiam, é que naquele mesmo instante, no escritório do Newport Group, Caleb Nichol estava assinando os papéis do divórcio e certificando-se que o acordo pré-nupcial fosse cumprindo, ou seja, uma vez acabado o casamento, Julie sairia daquela casa do mesmo jeito que entrou.
***

- Taylor Towsend e Caleb Nichol, um casal? – Lana deu uma risada, jogando a cabeça para trás. – Você deve está vendo coisas, Rachel!
- Eu mesma vi, Lana. E você pode ver também. Agora. – Lana se virou, e não evitou deixar o queixo cair ao ver Cal e Taylor andando de braço dado pela escola.
- Mas isso é impossível! – como sempre, Cal nem sequer olhou de lado ao passar por Lana, mas Taylor estava incomodada, como sempre, por ser alvo dos olhares malignos das líderes de torcida.
- Eu odeio essa garota.
- Taylor, o que foi que Jesus falou sobre amor ao próximo? – Taylor não gostava que brincasse quando se tratava de deus, mas acabou dando um sorriso, aliás, era impossível ficar brava com Cal.
- Jesus não conhecia a Lana.
- Essa foi boa. Imagina a cara da Lana quando te vir no baile! – Cal deu um sorriso bem zombeteiro, mas Taylor ficou tensa só de pensar no baile; ela parou de andar quando eles estavam indo na direção da mesa onde Seth, Summer e Marissa estavam. – Que foi, Taylor?
- Nada; eu vou deixar você ficar com seus amigos, e, ahm, depois a gente se fala.
- Por que você não vem comigo? Algum problema?
- Não, claro que não, mas, seus amigos não são meus amigos.
- Claro que são, só para constar, o Ryan não é meu amigo, mas ele não desgruda da Marissa, que não desgruda da Summer, que é minha amiga; não seja boba, Taylor. – Taylor voltou a pegar na mão de Cal, e continuaram andando.
- Você não acha estranho todo mundo olhando para gente pensando em como é, estranho, eu e você juntos?
- Eu não ligo nada para o que todo mundo está pensando, eu te amo, e não tem nada de estranho nisso; agora, pára de bobagem, ok?
- Ok, desculpa. – quando eles chegaram onde os amigos estavam, Seth estava com um mapa enorme aberto na mesa, discutindo com Ryan quais seriam as melhores rotas.
- Hey, pessoal.
- Oi, Cal, oi, Taylor.
- Oi. – Seth e Ryan continuavam discutindo, mas Summer estava impaciente, e arrebatou o mapa deles.
- Chega, se vocês não pararem de brigar eu cancelo a nossa viagem. A gente vai viajar pelo país de carro nas férias. – Summer explicou a Taylor. – Todo mundo viaja para a Europa, e acaba não conhecendo o próprio país, né?
- Legal.
- Vocês podem ir também, se quiser, eu já convidei o Cal várias vezes, não é, Cal?
- E eu já disse que não, obrigada, Summer, mas, você lembra que eu não tenho carteira de motorista, não, não vou viajar com o Seth dirigindo.
- Você vai passar as férias adicionando amigos no Facebook.
- Ah, Cal, seus convites. – Marissa pegou dois convites na bolsa e entregou a Caleb. – Para o baile de formatura.
- Ah, valeu, Marissa.
- Valeu nada, são cem dólares cada um.
- Cem dólares?!
- O tema do baile é Luiz XIV, o Rei Sol, lembra como a corte dele era luxuosa?
- Ok. – Cal pegou o dinheiro na carteira e entregou a Marissa. – Eu não vou ter que usar culotes não é?
- Traje a rigor, Cal.
- Eu detesto usar smoking. Detesto.
- Você fica ótimo de smoking. Ah, Taylor, eu soube que você será oradora, parabéns.
- Ahm, obrigada, aliás, eu preciso ver meu discurso, ahm, a gente se vê. – Taylor escapou do beijo que Cal ia dar e saiu andando apressada.
- Miss Vixen.  Tudo bem com vocês, Cal?
- Tudo ótimo. – Summer e Marissa se entreolharam, verdade que há tempos não vinham Cal tão feliz, sem dúvida aquele namoro estava fazendo bem ao rapaz, mas elas tinham que combinar que era meio estranho.
- O rei da elegância com a aberração fashion. O que será que ela vai usar no baile? – Marissa falou, depois que ela e Summer ficaram sozinhas; os garotos voltaram a falar sobre a viagem e a analisar o mapa.
- Coop, tá parecendo a Lana.
- Não é isso, Summer, é que, é o baile de formatura, as pessoas costumam se vestir bem nesse dia.
- Ok, ela não é uma aberração fashion, ela é a Miss Vixen, esqueceu?
- Miss Vixen só usa lingerie.
- Antes de me preocupar com o que a Towsend vai vestir, eu tenho que saber o que eu vou vestir. Eu não comprei um vestido ainda.
***
A vida é complicada demais, pensou Taylor, mas essa não era uma frase boa para começar o direito no discurso que precisava escrever; embora fosse mesmo complicado; normalmente, ela não se importaria com algo como o baile, mas no fundo, sempre quis ser convidada, e agora que isso tinha acontecido, não tinha certeza se queria realmente. Para toda escola Harbor ela ainda era a esquisitona da Towsend, e se ela aparecesse no baile ao lado do próprio deus da beleza seria completamente estranho.
- Meu reino por seus pensamentos. – Cal apareceu, e deu um beijo na namorada. – O que você está fazendo?
- Meu discurso. – Cal pegou a folha onde Taylor estava escrevendo. – Não, não, está uma porcaria. Por favor.
- Taylor, você acha que não é capaz de fazer um discurso incrível? – Taylor assentiu – Então você precisa de um pouco mais de autoconfiança. Eu tenho certeza que você vai fazer o melhor discurso que a Harbor já viu.
- Você é o maior mentiroso do mundo, Cal.
- Eu tenho que ir agora, tenho hora no psicólogo, vejo você à noite?
- Claro. – Cal voltou a beijá-la antes de ir; Definitivamente Taylor não estava acostumada com tanto carinho e atenção. Finalmente conseguiu terminar o discurso, que ainda não estava do jeito que ela realmente queria, mas não tinha mais cabeça para trabalhar naquilo por hora.
- Você está tão tensa, Taylor. – Cal disse quando eles saiam do cinema. – Você ficou assim o dia todo. O que houve?
- Bom, eu, não é nada, é só, é a tensão de acabar a escola mesmo.
- Tudo bem. – Cal não voltou a insistir e foi comprar sorvete. Os dois ficaram conversando, sentados num dos bancos do píer, Cal quis saber sobre os planos de Taylor depois da escola.
- Johns Hopkins.
- Claro. Sinceramente eu não sei o que fazer.
- Deve existir alguma coisa que você goste, Cal.
- Seja o que for, eu espero que exista em Baltimore.
- Cal, eu, acho que não vou poder ir ao baile com você.
- Por quê?
- É o baile de formatura, quer dizer, eu nunca imaginei que alguém pudesse realmente me convidar, você entende?
- Não, desculpe, Taylor, você não queria que eu tivesse te convidado?
- Queria, claro, quer dizer, não sei, Cal, eu não sei, baile, e eu, não parece ser uma boa combinação, e talvez eu não seja a melhor companhia para você.
- A gente não já teve essa conversa antes? Taylor, você é a única garota com quem eu quero estar nesse momento, e isso faz de você a melhor companhia para mim; é estranho, é anormal, ok, não importa. Ok?
- Sou mesmo muito boba.
- É, sim.
- Eu tenho que ir, está tarde. E eu não contei ainda aos meus pais, sobre, você sabe, nós, então, oficialmente eu estou estudando com o Zach.
- Ahm, sei, você tem que contar aos seus pais, sobre, ahm, nós...
- É, e não seria nada mal se você aparecesse na minha casa para conhecê-los. – Cal arregalou os olhos, assustado com a ideia; Taylor soltou uma risada. – Eu estou brincando, Cal. – Cal não evitou dar um suspiro aliviado, claro que conhecer a família da namorada era realmente assustador e completamente novo.
***
Taylor subiu ao palco, tentando não ficar nervosa; encarou os rostos de todos os colegas, aquelas pessoas tinham sido companheiros de sala desde a pré-escola, e finalmente chegaram à formatura do colegial, e o mais interessante é que ela tinha certeza que não sentiria falta daquilo.  Talvez de um deles; Cal estava sentado na última fila de cadeiras, ao lado de Summer e Seth, sorria para ela.
- Ninguém é tão velho quanto um formando, nem tão jovem quanto um calouro...  – foi assim que Taylor começou seu discurso, falou sobre todas as descobertas por que passaram até aquele momento e sobre os desafios que ainda teriam pela frente, e quando ela acabou de falar, até Lana a aplaudiu de pé, e Dra. Kim disse depois que aquele tinha sido o melhor discurso que Harbor já tinha visto.
***
Kirsten sentiu que os olhos estavam marejados de água, era impossível não ficar emocionada ao ver os dois filhos arrumados para o baile de formatura; não parecia fazer tanto tempo que Seth tinha nascido, e daqui a algumas semanas ele iria estudar em Harvard; e Ryan – Kirsten ajeitou o nó da gravata do filho, lembrando com nitidez o dia em que o conheceu, perdido na rua, sozinho, aqueles olhos azuis sempre foram tão espertos e cheios de vida.
- Eu tenho muito orgulho de você, de vocês dois.
- Claro que sim, mãe. Eu preciso ir buscar a Summer. – Seth foi buscar Summer e Ryan foi até a mansão dos Nichol, buscar a namorada; Marissa já estava pronta e saiu com Ryan.
    Cal estava terminando de se arrumar, amarrou a gravata borboleta, e mesmo se sentindo extremamente desconfortável dentro do smoking, pensou que aquela noite não poderia ser mais perfeita, há algumas semanas atrás nem imaginaria ter uma formatura tão agradável; pegou a caixinha com a orquídea e desceu as escadas.
- Cal, a gente pode conversar? – seu pai estava na sala.
- Eu estou de saída, pai.
- Por favor, Caleb. – Cal bufou e olhou para o relógio, estava atrasado, o pai poderia entender isso.
- Eu não quero falar sobre faculdade agora.
- Você precisa pensar no seu futuro, Cal.
- Pai, eu só quero ir ao meu baile de formatura, posso?
- Eu tenho um amigo em Berkeley, eu liguei para ele, ele me deve alguns favores... Você ainda pode ser aceito.
- Eu não quero os favores do seu amigo.
- Pelo menos prometa que vai pensar no assunto. Caleb, você é meu único herdeiro, um dia você vai herdar o Newport Group, você tem que estar preparado para isso. – Cal suspirou, irritado por seu pai tentar estragar o que deveria ser uma noite perfeita; olhou novamente para o relógio, deveria ter ido buscar Taylor a trinta minutos.
- Ok, eu prometo pensar. – mentiu – Posso ir agora? Com licença.
- Divirta-se.
- Obrigado. – Cal resmungo, quando já estava saindo; parou no terraço olhando a limusine, aquele carro sempre lhe pareceu fúnebre demais, e particularmente preferia não usá-lo, mas era um ritual americano, e talvez Taylor ficasse feliz. – Buenas Noches, Miguel.
- Buenas Noches, señor. – o motorista sorriu, satisfeito por Cal ter aprendido seu nome e mais ainda por falar em seu próprio idioma, e abriu a porta do carro para ele.
***
Taylor sentou no degrau da escada, não estava preocupada em amassar o vestido longo, estava mais irritada por causa daquele olhar de pena de sua mãe, quando ela perguntou pela quinta vez se a filha tinha certeza que foi convidada para o baile; aquela altura, Taylor não tinha mesmo certeza, talvez aquela história com Cal tivesse sido apenas um sonho mesmo, ele deveria ter acordado e decidido levar outra garota ao baile.
 - Por que você não liga para o Zach, Taylor? A Nikki não vai, então, talvez ele possa ir com você. – Taylor olhou com raiva para a mãe, sentindo que as lagrimas poderiam romper a qualquer instante, e estragar sua maquiagem; Verônica Towsend pensava mesmo que a filha era tão fracassada que teria inventado um acompanhante para o baile de formatura? Taylor se levantou disposta a ir para o quarto e ficar lá até o fim do verão, mas antes que ela subisse as escadas, a campanhia tocou; ela sentiu o coração disparar, censurou a si mesma por ser tão boba e abriu a porta.
- Taylor... – Cal só conseguiu deixar o queixo cair; Taylor sorriu, ficou um pouco vermelha, sentindo os olhos dele analisar cada detalhe, do vestido vermelho até o cabelo preso num coque; mas ela também estava abobalhada, por que ele estava mais lindo do que nunca.
- Cal.
- Oh, desculpe, eu me atrasei, trânsito, você sabe... Aqui... – Cal tirou a orquídea da caixa e colocou no braço de Taylor. A mãe da garota estava atrás dela, olhando os dois com curiosidade, na verdade daquele jeito que normalmente as pessoas sempre olham para ele.
- Mãe, esse é o Cal, minha mãe, Verônica Towsend.
-Prazer, Sra. Towsend. – Cal apertou a mão de Verônica. – É melhor a gente ir, antes que fique muito tarde.
- Claro.
- Divirtam-se, crianças. – Miguel estava esperando com a porta do carro aberta, e Taylor parou um pouco surpresa ao ver a limusine.
O efeito que o casal mais estranho de Harbor chegou ao baile foi até engraçado; que estava de costas se virou, quem estava dançando parou, quem estava bebendo alguma coisa quase se engasgou, e tirando alguns invejosos, a maioria concordou que Taylor e Cal estavam perfeitos. Eles não se importaram muito com os cochichos à sua volta, estava mais interessados em aproveitar a festa, que estava realmente linda.
- Você fez um trabalho incrível, Marissa. Agora eu entendo todas as horas de atividade extracurricular.
- Finalmente você entendeu, Cal.
    Marissa e Ryan foram escolhidos rei e rainha do baile de novo, e dessa vez puderam ser o casal perfeito sem brigas, se havia um momento perfeito na vida, certamente era aquele.
Summer e Seth também se divertiram, eram o casal mais apaixonado ali, mas também eram os melhores amigos e não deixariam de ser; não ficaram no baile até tarde, antes do fim da festa, voltaram para casa. Summer pegou na mão de Seth e o levou para o quarto.
- Eu falei com o meu pai, sobre, você sabe, Harvard. – disse, sentando ao lado dele na cama.
- E o que ele disse? – Summer aproximou-se de Seth e cochichou no ouvido dele.
- Usem sempre camisinha. – Summer empurrou Seth, que caiu de costas, e deitou-se por cima dele, beijando-lhe os lábios. – Nós vamos nos divertir muito esse verão, não é? – Seth balançou a cabeça.


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