Virtuosa escrita por Bastet


Capítulo 2
Humildade


Notas iniciais do capítulo

"A Humildade é a virtude que dá o sentimento exato da nossa modéstia, cordialidade, respeito, simplicidade, honestidade e passividade.Refere-se à qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas, nem mostrar ser superior a elas."- Wikipédia



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Lily Evans estava caminhando a passos largos para a aula de poções do professor Horace Slughorn. Tentava equilibrar em seus finos braços cinco livros além do pergaminho enorme que tivera de fazer para a lição de casa.

Já estava um bocado atrasada: tinha ficado até tarde ministrando uma detenção (uma tarefa de monitoria) e praticamente caíra da cama ao acordar. Não tivera tempo para tomar banho e café: apenas se vestiu apressadamente e saiu correndo.

Os longos cabelos ruivos da grifinória estavam desgrenhados, e isso ficava cada vez mais aparente com o vento que entrava pelas janelas do castelo.

Estava bem perto da sala de poções quando acidentalmente, trombou com Rastaban Lestrange. Todos os seus livros caíram no chão.

–Olha por onde anda, sangue-ruim estúpida! Você deve ser um desastre em poções, já que é cega como uma ratazana!- o sonserino disse, cuspindo no chão. Lily Evans apenas baixou os olhos. Não era muito boa em duelos, e se tentasse desafiar o outro acabaria mais humilhada ainda.

Pelo canto do olho, ela observava outros sonserinos rindo de sua cara. Enrubesceu quando viu Severus junto deles. Mas ele era o único que não estava gargalhando de sua desgraça.

Abaixou-se para recolher seus livros quando ouviu uma voz. Não qualquer voz, mas aquela voz irritante, que feria seus ouvidos toda vez que a convidava para sair.

–Ei Rastaban! Não é assim que se trata uma dama!- gritou James Potter, já empunhando a varinha no fim do corredor. Atrás dele, seus três amigos: Sirius, Remus e Peter.

–Dama?- riu o sonserino com escárnio. - Isso é um pedaço de lixo.É esse tipo de coisa que infecta o mundo mágico. Ela não passa de um inseto ruivo.

Lily terminou de recolher as coisas e foi rapidamente para a sala, olhando para baixo, segurando o choro. Ela tinha de ser forte. Foi até sua carteira e debruçou-se sobre ela, humilhada.

A grifinória conseguia ouvir os ruídos de um duelo, mas logo tudo cessou. Os marotos e os sonserinos entraram na sala e tomaram os seus lugares, seguidos pelo professor de poções. A aula teria seu início.

Horace tomou seu lugar na frente da classe e começou:

–Hoje iremos começar a nossa aula teórica sobre a Poção do Morto Vivo, uma poção bastante poderosa, capaz de fazer com que uma pessoa durma por horas. Agora, alguém aqui sabe qual são os ingredientes necessários para que ela seja executada corretamente?

Lily sabia, mas estava magoada demais para ser participativa na aula. Ela esperava que Remus Lupin, que apesar de maroto tinha uma inteligência invejável, soubesse a resposta, mas ninguém levantou o braço para responder.

Ela tinha certeza que Severus sabia, mas ele nunca respondia nada em aula alguma, a não ser que os professores lhe pedissem.

–Ninguém?- Slugorn perguntou, desapontado.- Sr. Rastaban Lestrange, o senhor não se arrisca a dar um palpite?

O sonserino ficou pensativo até que respondeu:

–Hummm, raízes de mandrágora?

O professor balançou a cabeça negativamente.

–E você, Srta. Evans, se arrisca?

Lily levantou o rosto vermelho da carteira, e disse baixinho:

–Losna,raízes de valeriana e de asfodelo em pó e vagem suporífera, professor.

Horace Slughorn começou a bater palmas animadamente:

–Brilhante, realmente brilhante minha cara Lily! É isso que eu chamo de aluna aplicada! Vinte pontos para a grifinória!

Isso realmente fez o dia da ruiva.

...

–Valeu pelos vinte pontos, Evans! Agora estamos na frente da sonserina na copa das casas!- cumprimentou Sirius Black depois da aula.

–Eu nunca iria descobrir quais eram os ingredientes. - comentou Pettigrew.

–Parem com isso,- ela disse envergonhada- qualquer um poderia deduzir os ingredientes, devido suas propriedades soníferas, e...

– Larga de humildade Lily!- James disse rindo. - Todo mundo sabe que você é a pessoa mais inteligente de toda Hogwarts. Sem ofensas, Lupin.

Remus fez uma cara de ofendido, de brincadeira, e os cinco começaram a gargalhar. Até que a garota não estava achando os marotos tão insuportáveis assim. Se despediu deles e foi para seu dormitório pentear os cabelos enquanto havia tempo.

James adorava o fato de que sua ruivinha era tão inteligente, mas ao mesmo tempo tão humilde.


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