Love Is Waiting escrita por Gabriela Rodrigues


Capítulo 10
Capítulo 10




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Acordei com o sol tostando minhas costas e a cara afundada no tronco nu de Jake que deve ter se desfeito da camisa enquanto eu dormia. Seus braços formavam um casulo ao meu redor, porém por melhor que estivesse aquela posição, o calor beirava o insuportável.

Com cuidado para não acordar meu primo, desci da cama e abri um pouco a janela (que alguém fechara durante a noite) para arejar mais o quarto. Ed e Fred já haviam acordado há um bom tempo a julgar pela cama anormalmente arrumada após o uso, então fiquei mais tranqüila ao deitar outra vez na cama de casal. Eles só voltariam para aquele quarto durante a noite, isso se fôssemos dormir lá mais um dia (o que eu achava difícil, principalmente por causa da programação que minha mãe fez).

Ainda estava criando coragem para contar a Jake que a Mariana desconfiava sobre nós, mas perdi o fio do pensamento ao olhar seu rosto adormecido, tão sereno, sem segredos ou preocupações aparentes. Foi quase um choque ouvir sua voz, tão clara e suave como de costume que de início achei que ele tivesse acordado:

- Zoey.

Apenas isso. Meu nome. Todo meu corpo se encheu de uma curiosidade descabida. O que ele estava sonhando? O que mais ele dizia ao dormir? De repente, o medo: e se alguém o ouvisse? Por um triz contive o impulso e não o acordei, sendo que quase na mesma hora fui recompensada:

- Fique.

Meu coração ainda batia? Eu não o sentia mais. Como se eu ainda precisasse de alguma prova de que eu não estava sonhando nem entendendo errado, ele suspirou:

- Eu te amo.

Parei de respirar. Ele dissera isso mesmo? Ele me amava? Será que era possível que uma pessoa tão introvertida pudesse se comunicar tão naturalmente enquanto dormia? Ao que parecia, sim. E eu estava adorando essa nova descoberta quase tanto quanto estava apaixonada pelo homem à minha frente.

Minha intenção era sair do quarto fingindo sono e dor no corpo por ter dormido de mau jeito, mas as notícias do dia me fizeram passar pela porta com o esboço de um sorriso no rosto.

- Nossa... Feliz? – Mariana me parou quando eu passei na frente de seu quarto. Droga!

- Dormi que nem pedra. Deu pra descansar. – dei ombros.

- Sei... E dividiu a cama com quem? – ela ergueu uma sobrancelha, me desafiando. Ela sabia.

Não abri o jogo.

- Dormi no chão. Tava friozinho.

Ela revirou os olhos.

- Nessa eu não caio. Não depois de ver como o Jake te tratou ontem.

Eu estava tremendo. Em uma única noite ela percebeu mais que todos os outros juntos.

- Não vou contar pra ninguém. – prometeu – Você sabe que pode confiar em mim, não sabe?

Inspirei algumas vezes, tentando controlar meu corpo que agora suava descontroladamente.

Mal abri a boca, a porta do quarto de hóspedes abriu revelando um Jake descabelado, com a cara inchada de sono que se arrastou até onde eu e Mariana estávamos paradas.

- Você! – sussurrei puxando meu primo pelo braço para ele chegar mais perto. Jake se espantou com minha recepção nada romântica, mas ficou próximo o suficiente para que seu perfume (que por incrível que pareça não se perdeu durante a noite) me envolvesse como um calmante para minha tremedeira.

- Ela sabe. – falei.

Jake apenas fitou nossa prima sem conseguir dizer nada.

- A Mariana percebeu sua, erm, mudança de atitude comigo. Se comparado o modo como você trata todos os outros. – expliquei.

Ele estava mais pálido que de costume e eu comecei a me preocupar.

- Por favor, não tenha um AVC ou um ataque cardíaco.

Jake me olhou, incrédulo e eu tentei acalmá-lo. Aquela situação já estava bastante ruim de administrar com ele consciente ao meu lado. Desmaiado ou gritando não iria melhorar nada.

- Ela prometeu não falar nada. – quase furei minha prima com olhos e ela assentiu. – Só está... Curiosa, eu acho.

- É simples. – ele finalmente abriu a boca e eu praticamente suspirei de alívio – Você agora é cúmplice. Se a história vazar e alguém descobrir eu mesmo te mato, ouviu? Se isso se tornar público e a Zoey se encrencar, você vai se arrepender de ter nascido!

Bem típico do meu primo querer me proteger mesmo quando nós dois corríamos risco.

Meio desconcertada com tamanha fúria vinda da pessoa mais calma e calada da família (na visão dos outros, pelo menos) Mariana apenas assentiu e eu perguntei:

- Tuas irmãs desconfiam de alguma coisa?

- Não. – a resposta foi imediata. – E não vão descobrir nada se depender de mim.

- Ótimo. – Jake parecia mais recomposto.

Virei para meu primo lembrando-me de algo muito importante:

- Você fala enquanto dorme. – declarei sem cerimônias.

Isso pareceu pegá-lo de surpresa.

- Eu o que?!

Ri de sua cara de surpresa, mas repeti:

- Você fala enquanto dorme. – Mariana se dobrava de rir ao meu lado.

- E o que eu disse?

- Conversamos sobre isso depois.

Essa foi a deixa para minha prima meter o nariz na conversa de novo:

- Por que ela?

Não entendi direito a pergunta, mas Jake respondeu como se já esperasse esse tipo de questionamento.

- Ela é engraçada, divertida, sempre tem assunto pra conversar, possui uma vida interessante, mas não é fútil, nem metida. Gosto do jeito dela de ser e de vestir. Ela não liga para o que os outros pensam dela e, principalmente, mesmo com esse meu jeito que parece repelir a todos, ela não desistiu de mim. Além do mais – ele me olhou de cima a baixo, me fazendo corar – ela é simples e bonita, do meu ponto de vista.

Fiquei besta com aquele discurso.

- Eu... Você pensa mesmo isso?

Ele abriu seu maior sorriso e quase sem eu perceber, coçou o queixo. Pulei em seu pescoço, esmagando-o num abraço. Pude ouvir minha prima rindo um pouco de meu jeito estabanado e murmurar que estava sobrando ali enquanto Jake me rebocava para a salinha do computador também rindo e fechava a porta atrás de si.

- Bom dia. – ele disse assim que ficamos a sós.

- Igualmente. Desculpe pelo mico lá fora.

- Tudo bem. Será que você pode me dizer o que eu falei dormindo?

Senti meu rosto esquentar.

- Fala sério, Zoey! Eu que falo sem saber e você quem se envergonha?

Inspirei uma vez.

- Você disse meu nome.

- Eu sonhei contigo. A gente estava no aeroporto, no dia da tua viagem de volta.

- Você pediu pra eu ficar e depois...

- Depois...?

- Disse que me amava. – minha voz saiu num sussurro quase inaudível.

- E eu precisei dizer isso dormindo pra você se convencer?

Era tolice demais dizer que sim?

Jake percebeu meu estado súbito de mudez e me puxou para um abraço, murmurando em meu ouvido:

- Eu te amo. Muito.

Foi quase impossível controlar um riso de felicidade.

- Eu também. – respondi – Mais do que você imagina.

Ficamos naquela posição um bom tempo até que minha barriga começou a reclamar de fome.

A cozinha estava cheia. Quase todos já estavam acordados e se amontoavam ao redor da mesa para comer. O desjejum era farto: ovos, leite, pão, queijo, café feito há pouco tempo e outras delícias que não me lembro. Minha mãe nos olhou de cima a baixo, tremendo de frio em seu roupão branco.

- Vocês não trouxeram pijama?

Para não dizer que voltamos muito tarde e mortos de cansaço, concordamos (meu pijama estava na mochila de Jake, mesmo). Sentei-me no único espaço livre que havia por perto: a bancada da cozinha.

Ao meu lado, Jake tentava se isolar o máximo possível e Mariana fazia um esforço danado para não falar nada a respeito das confirmações de mais cedo, comendo como uma condenada para manter a boca sempre cheia.

Meu primo me tratava como a qualquer um na mesa, tentando manter a discrição que ficou precária na madrugada daquele mesmo dia. Terminamos o café e Jake me chamou para um canto, falando ao celular.

- Que foi?

- A Luíza que saber se você quer ir ao boliche com ela, o namorado e um amigo hoje à noite.

Luíza era outra prima, irmã da Luzia que foi estudar farmácia em Araraquara, e freqüentava a mesma faculdade de Mariana.

- Diz pra ela que sim.

Ele conversou mais um minuto e desligou o aparelho.

- Se importa se eu for também?

- Por que ta me perguntando? Ela não te convidou?

- Na verdade, não. Só perguntou se você estava por perto já que ela ligou lá pra casa e achou estranho ninguém ter atendido.

- Bem... Nesse caso... Você quer ir comigo, a Luzia, o namorado e um amigo deles ao boliche hoje à noite?

- Eu não quero perder um minuto sem você.

Senti meu rosto esquentar e me virei para voltar ao quarto de hóspedes e pegar minha mochila, onde eu colocara meu biquíni. Estava quente e eu queria dar um mergulho.

- Você vem? – chamei já passando pela porta da frente.

- Talvez mais tarde. O sol ta forte demais.

- Eu sei. Por isso mesmo.

Ele revirou os olhos e me acompanhou até a beira da piscina. Já ia descer a escadinha que dava para a água quando Jake me puxou de volta.

- Vai entrar sem protetor solar?

- Você ta pior que a minha mãe. – zombei, mas fui passar o bloqueador.

Esparramei o creme nos braços, ombros, barriga, porém não consegui alcançar minhas costas por inteiro. Vi de relance Jake puxar uma espreguiçadeira e colocar ao meu lado.

- Deita. – ele mandou.

- Fez de propósito. – eu o acusei.

Ele apenas sorriu enquanto eu deitava de bruços, só com um short e a parte de cima do biquíni. As mãos dele eram quentes sobre minha pele e a sensação era ótima. Ele cobriu cada milímetro das minhas costas e eu quase dormi naquela posição.

Mesmo tendo acabado, Jake continuou passando as mãos em minha pele, fazendo pequenos movimentos circulares numa massagem improvisada e muito relaxante. Estávamos apenas nós, nossos irmãos e Mariana na casa, já que minha prima não quis sair com o resto da família alegando estar com uma bela enxaqueca.

- Só falta o rosto. – meu primo falou depois de se sentar na borda da espreguiçadeira e começar e brincar com meu cabelo.

- Posso cuidar dessa parte também? – ele pediu. Foi impossível negar.

Seus dedos roçaram minha bochecha levemente e eu estremeci com seu toque. Fechei os olhos por instinto quando Jake começou a espalhar o creme. Primeiro nas bochechas, subindo para a testa e, com os polegares, sobre o meu nariz.

- É tão macio. – ouvi-o murmurar e contive um sorriso.

Jake continuava espalhando o protetor solar em meu rosto, agora descendo para o queixo e de lá para o pescoço e os ombros, subindo outra vez pelo maxilar até contornar minhas orelhas e chegar à nuca, por onde me puxou para um beijo inesperado que retribuí com gosto.

Seu hálito de menta me contagiava e cambaleamos em busca de apoio. Abracei-o com força e meus dedos se enroscaram em seu cabelo, trazendo-o para mais perto. Ambos estávamos sem fôlego ao nos soltarmos e quando dei por mim, perdi o equilíbrio, pois estávamos na borda da piscina e acabei trazendo Jake comigo.

A água estava gelada e abracei meu primo, tentando me esquentar. Só quando ouvimos um riso baixo que erguemos a cabeça. Mariana gargalhava na espreguiçadeira.

- Não parem por minha causa. – ela disse lutando para voltar a respirar normalmente. – Estava legal ver vocês se engolindo como duas enguias. – ela riu mais um pouco.

Não fazia sentido, àquela altura do campeonato, ficar com vergonha por terem nos flagrado, aliás, antes alguém que já sabia que outra pessoa, mas me soltei de Jake como se tivesse levado um choque.

- Não se preocupem. Os meninos estão brincando nos fundos com as galinhas. Eu disse que quem conseguisse pegar uma galinha em menos de quinze minutos ia ganhar um prêmio qualquer e Ed e Fred levaram a sério.

E pelo visto era verdade, pois como que chamado Fred veio correndo com um frango que se debatia em suas mãos.

- E aí? – ele perguntou – O que eu ganhei?

Eu fui mais rápida.

- Você acaba de receber a honra de poder matar esse galo para comermos uma galinha caipira no almoço.

A careta que ele fez nos levou à gargalhada (até o Jake riu) e Mariana entrou na farsa.

- É, Fred. Pegou, matou.

- E como eu faço isso? – a cara de nojo dele era hilária.

- Com a mão, cabeça! – Jake se meteu.

- Com a mão?

- Sim. – minha prima tentou explicar – puxa o pescoço dela pra quebrar.

Fred tremia da cabeça aos pés, mas segurou o bicho com força. O puxão foi rápido e o estalo, audível, mas o galo não queria morrer. Com o pescoço penso de um lado, o bicho saiu correndo e cacarejando pelo terreno.

O pior não foi nem ter que correr abaixada seguindo o animal que parecia treinado pra fugir da panela, mas a inteligência rara dos meus primos que, ao invés de se separarem para encurralar o futuro almoço, me seguiam em fila indiana.

Depois de uma bela canseira, o galo (que devia malhar as pernas) saltou pela cerca que batia na minha cintura e caiu na estrada. Para nossa sorte (ou azar) ele não foi muito longe. Um caminhão que passava em alta velocidade passou sem piedade por cima do frango que deu seu último suspiro.

Mariana correu para pegar a ave esmagada no asfalto e voltou já depenando a carcaça. Nós literalmente comeríamos frango atropelado naquele almoço, mas a galinha sairia de qualquer jeito.

- Deixa isso aí. – falei pela terceira vez aquela manhã, mas minha prima não ouvia.

- Não vou desperdiçar galinha assim. Minha mãe me mata! Anda, me ajuda.

- Não sou nojenta, mas não vou tocar nisso aí. – tirei o corpo fora.

O almoço saiu, mas dei uma de vegetariana e evitei a todo o custo comer o frango feito às pressas onde ainda se via resquícios de algumas penas. Mariana não deu o braço a torcer, alegando que seu frango atropelado estava bom e até repetiu enquanto os outros comeram o primeiro prato fazendo careta.

A tarde não teve muitas aventuras além de uma súbita dor de estômago que abateu todos os que comeram a galinha e a luta pelo banheiro. Preocupada por fora e me acabando de rir por dentro, assisti às minhas primas socando a porta dos banheiros (todos ocupados) e segurando a barriga, prestes a devolver a ave.

A noite chegou logo depois e, graças ao mal estar geral, não foi difícil convencer minha mãe a me deixar sair daquele ambiente de enfermos para curtir uma noite no boliche e Jake, que também se recusou a comer o frango e queria sair dali a qualquer custo, se ofereceu para me dar carona.

Entramos no carro suspirando de alívio e partimos em disparada pela estrada quase deserta. Não falamos muito e eu aproveitei esse tempo para imaginar como era esse amigo que a Luiza não falou o nome.

O boliche estava lotado e foi difícil encontrar uma vaga, mas conseguimos estacionar perto da esquina. Entramos no lugar parando perto da recepção tentando avistar minha prima que ligara quando Jake estava dirigindo para avisar que já tinham chegado.

Não demorou muito e eu a vi. Pouco mais baixa que eu, os cabelos castanho-claros amarrados em um rabo alto, Luiza se aproximou de nós, seguida pelo namorado e...

- Tom? – Jake verbalizou meu descontentamento.

- Eu que pergunto. – foi a resposta – Você saiu de casa! – e virando-se para mim – Ta bonita. Como o convenceu a vir?

- Só chamei uma vez.

Era nítido o espanto de todos com a presença de meu primo, mas não ia deixar que isso estragasse minha noite. Fomos para a pista mais próxima, onde estavam as coisas dos outros e como se já fosse costume jogar boliche ali, digitei nossos nomes no minicomputador quando senti uma mão no ombro.

- O que foi? – perguntei para Tom que me encarava.

- Nada. Só observando.

- Não podia fazer isso da mesa?

- É que da mesa não dá pra fazer isso. – ele falou perto do meu ouvido e beijou meu rosto.

Afastei-o como pude, mas ele segurou meus pulsos num aperto de aço.

- Raivosa... – ele zombou - E eu ainda nem mostrei do que eu sou capaz. – Tom me puxou para mais perto enquanto eu me debatia inutilmente.

- Solta ela! – ouvi a voz de Jake.

- Por quê? – Tom provocou me apertando ainda mais.

Jake quase rosnou a resposta.

- Porque ta na cara que ela quer que você a solte.

Tom me olhou.

- É isso mesmo que você quer? – ele sussurrou, chegando ainda mais perto. – Diz que quer que eu te solte depois disso. – ele prensou seus lábios nos meus com força.

Seus braços soltaram os meus lentamente, rumando para meus ombros. Num movimento único, empurrei o tarado com toda minha força e lhe apliquei um belo soco no nariz, que começou a sangrar na hora.

- Merda! – ele gritou. A esse ponto já éramos o centro das atenções daquele lugar. – Por que fez isso?

- Acho que ta na cara, não? – retruquei.

Jake me posicionou atrás de si, tentando me proteger com o corpo.

- Por que ta protegendo ela, Jake? Desde quando se importa com alguém?

- Ela é minha prima. – ele falou com uma calma que fez meu corpo tremer por inteiro. – E se você tocar nela outra vez eu mesmo vou quebrar teus ossos um por um.

- Virou cavalheiro? Anjo da guarda, talvez?

- Vai embora. – Jake mandou ainda com a voz controlada. – Já quebrou o nariz. Não vai querer quebrar os braços também.

- É? Vem ver. – Tom provocou e avançou para o rosto do meu primo que me empurrou para trás tentando me tirar do meio da briga.

Tom investiu um soco no estômago de Jake, mas meu primo conseguiu desviar. Foi quando vi o insano pegar uma garrafa de cerveja da mesa ao lado e se preparar para quebrá-la na cabeça de Jake.

Não pensei. Só deu tempo de me colocar na frente de meu primo e receber todo o impacto e os cacos que cravaram fundo em meus braços erguidos para proteger o rosto. Depois disso não me lembro de mais nada além de cair nos braços de alguém (provavelmente de Jake) sem ver coisa com coisa além do sangue que escorria sem parar e ser carregada até um carro. Finalmente, apaguei.


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