até Nascer o Sol escrita por TomSchwallier


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Capital Inicial - Incondicionalmente.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/115366/chapter/2

   Quando os raios do Sol invadiram o quarto a pequena acordou, olhou-me com uma expressão calma, então sorriu. Foi inevitável deixar que um sorriso também se formasse em meus lábios.

- Bianca. – Falou sorrindo, com a voz rouca. Franzi o cenho enquanto fitava-a. – Meu nome é Bianca! - Sorri ao ouvi-la. Naquele momento eu soube não a deixaria partir.

- Posso contar uma coisa, Bianca? – Perguntei com calma e sorri ao pronunciar seu nome. Ela assentiu ainda com um sorriso sereno nos lábios e eu voltei a falar. – Tenho um irmão gêmeo idêntico, seu nome é Tom e ele é dez minutos mais velho... Fizemos o mesmo trajeto durante a nossa vida toda, mas um de nós escolheu se aprofundar nos sentimentos e o outro a se privar deles. – Parei de falar por um momento, deixando que a saudade se apoderasse de mim.

- Qual das escolhas foi a sua? – Deixou escapar a pergunta e eu sorri de canto, abandonando a expressão pensativa.

- Eu sou o que escolheu lidar com os sentimentos. . – Respondi e levei uma de minhas mãos em seus cabelos, afagando-os devagar. – Eu e o Tom brigamos por conta dessa diferença, na verdade foi culpa minha, queria forçá-lo a mudar e não agi bem... Tivemos uma discussão feia e ele foi embora. Se você pudesse ver como esse lugar me parece vazio sem ele, se você pudesse sentir como é vazio aqui sem ele. – Tiro a mão de seus cabelos e bato em meu peito sem muita força, enquanto a pequena apenas me observa. – E esse vazio é culpa minha, foi eu quem errei com Tom.

- Hey! – Exclamou enquanto se sentava ao meu lado, observei seu corpo nu por um momento, mas quando suas mãos seguraram meu rosto meus olhos encontraram os seus. – Ele é seu irmão, basta passar por cima desse orgulho e procurá-lo, eu vou com você se quiser, aliás, se quiser podemos ir hoje ainda! – Sorriu eufórica enquanto eu me sentava sem muita dificuldade e levei uma de minhas mãos até sua nuca.

- Sabe que mesmo antes de eu e Tom brigarmos... Eu esperava por algo, algo como a adrenalina que você me proporcionou. – Disse com convicção enquanto aproximava nossos rostos; beijei seus lábios quando eles estavam próximos o suficiente para fazê-lo; desço minhas mãos por seu pescoço e paro seus seios, acariciando-os devagar.

- Bill... – Sussurrou ao afastar nossos lábios. – Preciso ir para casa, devem estar pensando que sofri algum acidente, não sei. – Falou com os olhos ainda fechados. Tirei minhas mãos de seus seios e pousei as mesmas sobre suas pernas. – Se quiser vou contigo mais tarde até seu irmão e... Quem sabe mais tarde ainda não terminamos isso? - Propõe e abre os olhos, em seus lábios há um sorriso malicioso e ao mesmo tempo divertido.

- Quer que eu te leve até sua casa? – Pergunto descontraído e a pequena balança a cabeça para os lados, enquanto se levanta.

- Não há necessidade. – Diz enquanto pega suas roupas no chão e começa a vesti-las. Observei-a em silencio e quando ela já estava pronta parou e me olhou. Levantei sem pressa e caminhei até o guarda roupa, abri uma das gavetas e peguei uma boxer, vesti a mesma em seguida.

   Levei-a até a porta e nos despedimos com um sorriso rápido, enquanto a pequena se afastava perguntei-me se a veria de novo. Fechei a porta rapidamente ao ver uma senhora passando na rua, seria constrangedor se ela me visse ali, apenas de roupa intima.
   Caminhei pela casa e a nostalgia me invadia a cada passo, era como se eu pudesse vê-lo em cada cômodo, um buraco em meu peito ficava cada vez mais fundo desde que meu irmão fora embora sem olhar para trás; diante desses fatos resolvi procurá-lo o mais rápido possível.
   Sentia as diferença entre a temperatura do meu corpo e da água quente que caía sobre ele enquanto tentava planejar o que dizer ao Tom quando o encontrasse, mesmo sabendo da enorme possibilidade de não precisar dizer nada, não seria novidade se apenas nos olhássemos e soubéssemos do que ambos queriam falar... O problema é não ter certeza se ele esta disposto a acertar as coisas como eu.
Desliguei o chuveiro e enrolei a toalha em minha cintura, caminhei até o quarto e vesti-me sem muito ânimo. Sentei na beirada da cama e suspirei, tentando afastar o receio, mas sem obter sucesso. Franzi o cenho ao ouvir um barulho de chaves balançando, suspeitei de minha lucidez ao ouvir passos e ainda mais por assemelhá-los ao ritmo dos passos do Tom. Levantei-me depressa e dirigi-me á sala, assim que eu o vi parei estático, a animação voltava aos poucos, pois a presença do mesmo ali mostrava que eu não era o único que não suportava mais ficar afastada da única pessoa com quem sempre compartilhei tudo, a única pessoa que esteve ao meu lado desde sempre, meu melhor amigo e irmão.
   Tom estava parado próximo ao sofá, tinha acabado de jogar suas chaves na mesa de centro da sala; sua expressão estava um tanto abatida e isso me pareceu estranho; pareceu-me preocupante. Quando estava prestes a abrir a boca e falar a primeira coisa que viesse em minha mente ele abaixou a cabeça, interrompendo a analise que eu tentava fazer apenas olhando-o nos olhos. Não precisei pensar duas vezes para saber o que precisava ser feito, caminhei rapidamente em sua direção e abracei-o de forma desajeitada, apertei-o contra mim da mesma maneira que fazia quando éramos crianças e sentíamos medo, precisava sentir que ele estava ali, era a forma de dizermos um para o outro que nada poderia nos assustar enquanto estivéssemos juntos.

- Eu não sei como mudar... – Ouvi-o dizer com a voz calma, porém insegura, como se estivesse confessando algo que estivera guardado dentro de si por muito tempo. – Mas eu sei que preciso e... E eu não queria admitir.

- Não devia ter tentando fazer você mudar a força, Tom. – Digo enquanto nos afastamos novamente. Sento-me no sofá e volto a falar enquanto o observo. – Você vai mudar quando chegar a hora... E eu acho que essa briga toda foi tremendamente estúpida, nós sempre fomos diferentes em algumas coisas, mas sempre aceitamos essas diferenças, acho que da para suportamos agora também. – Sorrio e ele se senta ao meu lado. – Essa casa fica um saco sem você para perturbar.

- Qualquer lugar fica um saco sem mim, fazer o que, eu sou foda. – Diz rindo e eu o acompanho enquanto lanço um olhar rápido de repreensão. – Senti falta de você também. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado e se achar que merece, deixe rebiew! *u* Terá continuação e -q Küsses



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "até Nascer o Sol" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.