Entre Magia escrita por Julisanmel


Capítulo 20
Capítulo 21 - Verdades... PARTE II


Notas iniciais do capítulo

Hi girls of the my heart!
You feel good?
Sabe eu fico um pouco triste por saber que eu tenho TREZE leitores que acompanham a fic e só tenho QUATRO comentários no último review...
Eu estou postando mais cedo pois esse cap eu fiz a praticamente uma semana e não podia esperar para postar!
E também pelo motivo de que não estarei em casa depois!
Espero que curtem!
Essa é a última parte de "Verdades..."
Sei que vocês vão me matar por deixá-las tão curiosas...
Bom, curtem a leitura de vocês e até no fim da colina!



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Cap. 20 – Verdades... E realmente nem tudo é o que parece... PARTE II.


POV. Alec

- Bem, na minha família sempre esteve presente as lendas, culturas e superstições. – Jhuly começou a contar – Nascemos todos no Brasil. Minha mãe, Clarysse, é de descendência americana e grega; já Julius, meu pai, era descendente de italiano e francês. Com isso sempre estive rodeada de histórias. Do lado da minha mãe vêm as ideias da existência dos deuses gregos do Olimpo e tudo referente a isso; e meu pai vem sobre os lobisomens, vampiros, híbridos e basicamente tudo o que vocês conhecem.

“E, claro, como acredito que todos vocês pensavam antes de entrar neste mundo sobrenatural, eu não acreditava em nada disso. Mas era bom ouvir, era o nosso ‘momento família’. Mas essa opinião não durou quando eu fiz nove anos. Descobri que tudo era real, descobri que as lendas deles eram todas reais, pois agora eu fazia parte de tudo isso.”

“Minha mãe resolveu contar a parte que não sabíamos.”

“Ela me dissera que eu era uma Incantriz : uma criatura criada pelos deuses para controlar melhor a situação da Terra, (pois já estavam ocupados demais com o resto do Universo), algo para que ajudasse a ‘controlar’ o mundo sobrenatural do planeta. Mas que as pessoas a esse cargo selecionadas tivessem seus privilégios e recompensas.”

“Basicamente eles criaram seus ‘guardas eternos’.”

“Como toda espécie, tinham suas características marcantes para reconhecê-los. Essas características eram a beleza invejável por todos (um presente especial de Afrodite), uma inteligência extraordinária, e para poder ser ‘fácil’ derrotar seus inimigos... seriam mais rápidos, fortes, ágeis, resistentes e flexíveis – como um vampiro recém-criado. Mas pararia de crescer aos 16 anos. E que além de seus poderes ‘básicos’, teriam um poder extra. Um poder único. Um... dom.”

“Seu dever era manter a ordem entre raças e acabar somente com aquelas que tinham más intenções. Não existiam somente espécies e raças criadas pelos deuses, acho que todos conhecem a história de Hades o deus que foi descido para o submundo, e esse usava disso para criar seus próprios ‘servos’ e mandar para a Terra. O que hoje conhecemos como demônios.”

“A situação ia bem. Os deuses tinham tempo para cuidar de outros assuntos. No entanto, com o passar do tempo, existiam muitos incantros e incantrizes no mundo, e os mesmos começaram a se voltar contra seus próprios criadores. A única saída seria eliminar de vez com a raça e tomar conta do controle daquele planeta mais uma vez. E assim se fez, os deuses acabaram com todos. A raça era poderosa demais, boa demais para que sumissem de vez com ela. Então, juntos decidiram manter a linhagem, porém só existiria incantros novamente num futuro muito distante, e desses incantros um seria seu sucessor. Uma coisa meio sem nexo já que ele é imortal (Zeus).”

“Milhares de anos se passaram, e a geração que acabou se tornando incantros foi... a nossa.”

“Bem essa era a parte a qual não nos contaram. Agora o porquê de não terem nos contado antes era pelo fato de que só poderíamos saber quando nossos poderes dessem sinais de estarem se desenvolvendo. Se fizéssemos 19 anos e nada se aflorasse eles nos contariam para que assim passássemos para nossos filhos se esses fossem os escolhidos. Como os meus poderes apareceram eles contaram.”

“Sabia que tinha mais algumas coisas envolvidas. E isso incluía o Di.”

Agora ela olhava para ele como que se pedisse permissão, o mesmo segurou firme em sua mão para dar-lhe força para continuar.

- Descobri que Diogo também era... especial. Mas que seus pais adotivos não sabiam disso. – continuou.

- Diogo era adotado? – perguntou um Jacob bastante curioso.

- Depois que meus pais morreram quando eu tinha 2 anos eu fui parar num orfanato, um ano depois fui adotado pelos Silvéster e fui morar com eles. – explicou.

- Bem, então por ele ser quem era e tudo mais e também tinha que aprender a se defender ele veio treinar conosco. Assim passamos um ano, logo após isso ele foi transferido pelos pais para o colégio interno e, como não nos desgrudamos nem sobre decreto, fomos juntos.

“Bem essa parte vocês conhecem. Então pulamos essa.”

“Ao completarmos onze anos, cada um, passa por um ritual ao qual não vem ao caso agora, e é a partir deste que ganhamos essas tatuagens. Quando estamos perto de outros seres sobrenaturais ela nos “alerta” dando um leve formigamento. Agora se o mesmo apresentar perigo ela começará a brilhar, quanto maior o perigo naquele momento maior é a intensidade da luz na marca.”

“Diogo não era um incantro quando descobrimos tudo. Mas quando eu me tornei uma, hum... há cinco anos, ele por algum motivo ganhou a sua também. Assim se tornou um incantro um pouco diferente, digamos assim.”

“Então há quatro anos atrás ele resolveu ir atrás de suas origens e tentar saber um pouco mais sobre ele mesmo. Por isso acabou parando aqui.”

Assim ela finalizou.

- Espera. Atrás das origens dele? E o que Forks e nós temos a ver com isso? – preguntou Leah olhando dessa vez para ele diretamente.

- Por que a minha origem é aqui. – ele disse simplesmente, mas dava para notar sua hesitação.

- Como assim? Nos explique isso. – pediu Paul.

Ele respirou bem fundo e olhou para Sa e Jhu.

- O que acham? – pediu ajuda a elas.

- Desculpe me intrometer, mas acho que deve contar, Di. Acredito que eles merecem saber e você pode descobrir coisas que sozinho não soube. – aconselhou Ray.

- Antes de responder eu gostaria de saber. – Nessie chamou a atenção de todos. Assim que recebeu o consentimento para prosseguir ela continuou. – Qual é o seu nome, afinal? – perguntou a garota no sofá.

Ela deu um risinho vendo que não era nada sério.

- Ravenny, Ravenny Scarllet. E antes que pergunte tenho 17 anos. – falou com um sorrisinho de canto.

Nessie retribuiu. Ela tem o dom de amenizar situações, foi assim com a chegada minha e da Jane no clã e quando o Diogo apareceu.

- Ok, eu queria saber só mais uma coisa que eu reparei na luta lá fora. – disse Renesmee.

- Que seria... – Sabrina a incentivou a continuar.

- Por que os olhos de vocês ficaram listrados com outras cores enquanto lutavam?

- Ah, isso. – Larissa sorriu. – É por causa do dom de cada uma. De acordo com o dom nossos olhos se listram com uma cor.

- Ah, tá. Mas então porque só o do Diogo ficou mesclado com duas cores? E o da Jhuly em tons de roxo enquanto todos eram uma tonalidade só? – essa garota é curiosa, mas agora que ela falou também fiquei.

- O meu é assim por causa da minha espécie. Dourado por conta do vampirismo, seria vermelho se me alimentasse de sangue humano. E o preto por causa dos lobos. Basicamente esse é o meu dom, ter estas duas espécies numa só, então as duas se unem e se transformam na cor do meu dom. – ele explicou.

- E o meu é em tons ao invés de uma tonalidade só porque meu dom é mais complexo e pois eu sou... a líder por direito. – revelou Jhuly.

- Tá agora eu juro que é a ultima. – avisou Nessie. Eles só riram da curiosidade dela. Ela é assim mesmo. – Qual é o dom de vocês?

Bem pensado.

- Eu desvendo enigmas, bilhetes com charadas, desenhos em lugares estranhos, este tipo de coisas. É bem útil. Minha cor é ameixa. – disse Fany.

- Eu faço com que confiem em mim em qualquer hipótese, entretanto tem situações que são mais complicadas. Minhas cor é verde. – Lari.

- Vejo o futuro, mas só coisas boas. Minha cor é rosa. – falou Mily.

Alice ficou animada em ver outra vidente.

- Eu também, só que vejo as ruins. Juntas somos uma boa combinação, não é maninha? – ela disse sorrindo para a irmã. – Minha cor é roxo claro.

- Telepatia. Posso fazer uma ligação de conversa com que eu quiser e bloquear quem eu quiser da conversa até mesmo quem estiver conversando e não é para ouvir outra parte da conversa, a minha é preto arroxeado. – respondeu Bia. O dom ela é o da Nessie mais evoluído.

- Eu vejo as intenções de qualquer um. A sua real intenção mesmo que ele diga que é uma eu posso ver se isso é verdade ou não. Minha cor é o vermelho. – falou Bina.

- Eu vejo o dom de cada um e posso dizer se está usando ele e em quem está fazendo isso. Minha cor é verde claro. – contou Eliane.

- E eu copio o dom de qualquer um, posso aperfeiçoa-lo ou uni-lo com outro dom. Minha cor é o roxo claro, escuro e lilás. – disse Jhu por fim.

- Legal. – isso foi o que alguns disseram. Outros só acenaram com a cabeça.

- Voltando a história do Diogo... – Brian retomou o assunto.

- Sim, claro. – ele respirou bem fundo e olhou novamente para Jhuly, essa por sua vez retirou da bolsa ao seu lado que tinha vindo junto com as caixas pretas uma foto bem antiga. – Esses... são meus pais. – ele levantou a foto.

Nela continha uma mulher bem morena – lembrava levemente a Leah – e um homem notavelmente vampiro mas com a pele um pouco mais colorada que a nossa, o cabelo de ambos eram negros. Não dava para distinguir exatamente a cor dos olhos deles já que era uma foto antiga daquelas em sépia, porém eu diria que os olhos dela eram negros e os dele pela claridade deveriam ser dourados.

Eles eram muito bonitos mas não me espantei. Já os Quileutes levaram um belo susto quando viram.

- Mas... mas... Mas esses são os Gonzáles! – Sam exclamou espantado.

- É claro que são. Eles são os pais do Diogo, dã. – Emmett fez o favor de falar.

- Não é isso. Esses... esses são um dos primeiros Quileutes que existiram. Eles foram expulsos do tribo. Quer dizer, todos conhecem que eles morreram num trágico acidente, mas isso foi invenção para esconder a verdade “vergonhosa” deles terem fugido. – contou Jacob.

- Mas porque isso aconteceu? – perguntou Esme.

- Simples. Eles ficaram juntos. – foi só o que Diogo disse abaixando a cabeça.

- E o que isso tem de ruim? Eles se amam não é? – Esme tentava compreender.

- Era o que diziam, mas houve coisas que atrapalharam isso. Eu não sei direito a história, meu pai nunca chegou a me contar exatamente porque achava que era bobeira. É a única lenda que meu pai não acredita. – contou Jake.

- O que eu sei, assim como qualquer Quileute que ouviu as lendas, é que existiam duas grandes famílias na tribo: os Gonzáles e os Tupper. Famílias essas que continham dons, assim como os vampiros, eram as únicas e mais poderosas. Até que cada uma teve um único filho, eles já estavam muito velhos mas finalmente conseguiram manter a linhagem tendo um filho. Eles eram mais arrogantes e gananciosos, então resolveram que o melhor era juntar os filhos para que assim a linhagem se fortalecesse mais ainda. Só que muita coisa aconteceu e por algum motivo isso nunca ocorreu. Nunca soubemos exatamente o porquê. É contado para a tribo que eles morreram num trágico acidente não podendo continuar a linhagem, e os pais já eram muito velhos para terem um segundo filho. Os únicos que sabiam o que realmente havia ocorrido eram aqueles que se transformavam. Mas os pais começaram a achar que aquilo não era verdade e não deram mais tantos detalhes sobre o ocorrido. – revelou Sam.

Os outros Quileutes concordaram com a cabeça.

- O que aconteceu foi a droga do preconceito contra vampiros. – Diogo disse com raiva. Todos nos viramos para prestar atenção sobre seu passado misterioso. – Meus pais se amavam antes de tudo acontecer, e isso era um ponto positivo para o plano de casá-los para fortalecer a linhagem. Eles não ligaram desde que estivesse juntos isso valia.

“Meu pai foi atacado um tempo depois por um vampiro enquanto caçava alimento para a tribo. Quando ele encontrou o vampiro não reconheceu de imediato o que ele era, até que ele começou a sentir as mudanças das transformações, mas antes que pudesse se transformar pela primeira vez o vampiro o mordeu. Não morreu porque o veneno ainda não era perigoso a ele, mas o fato de estar se transformando quando foi mordido fez com que o vampiro não bebesse todo o seu sangue.”

“Ele passou os três dias em agonia total, pra ele era bem pior com o sangue transformo correndo nas veias. Depois ele não queria correr o risco de machucar ninguém e fugiu.”

“Muito tempo depois ele voltou. Minha mãe vagava pela floresta desde que ele desaparecera e o encontrou. Ela o reconheceu e eles se acertaram, mas três meses depois isso teve resultado. Ela se transformou. Por ser de uma das famílias líderes se tornou Alfa instantaneamente.”

“Então um tempo depois eles descobriram sobre meu pai. E nem se importaram do fato dele ser um Quileute e ter sido atacado. Eles tentaram mata-lo. Minha mãe se revoltou e tentou protege-lo. Mas a situação se complicou mais ainda. Então eles resolveram fugir. Com isso as famílias decidiram inventar essa história para não ficar com o nome manchado.”

“Eles vagaram mundo a fora, e muitos, muitos, muitos tempo depois eu nasci. E eles morreram...”

Diogo terminou com os olhos brilhosos de tanta lágrima acumulada ali.

Todos ficamos um tempo em silêncio em respeito as lembranças dele. A história era forte e dava para ver o quanto aquilo o afetava.

Notei que afetava também a Jhuly e a Sabrina. Pensei ser pelo fato de terem crescido juntos que elas sentem a dor dele.

- Agora que tudo foi esclarecido podemos voltar ao assunto Ray? – perguntou Sabrina limpando discretamente os olhos e olhando para os dois ao seu lado.

- Então, Ray. Voltando ao assunto anterior... Por que você perdeu o controle de um modo tão selvagem? Logo você que tem um dos melhores controles que eu já vi. – perguntou Diogo se recuperando das lembranças e voltando a posição séria que teve quando perguntou pela primeira vez.

- Porque...p-porque... Porque eu não me alimento a... seismeses. – ela disse rápida e desviando o olhar para o chão. Suas mãos se mexiam uma na outra nervosa.

Eles adquiriram uma feição bem assustada com isso. E eu diria que não é pelo fato dela não estar comendo há tempos. E sim o que isso pode causar.

- O quê? Por quê? Você sabe que isso é perigoso, Ray. Sabe exatamente o que isso pode desencadear. – avisou Jhuly com cara séria mas preocupada ao mesmo tempo.

- É. Por que em sã consciência você foi louca o suficiente para não se alimentar em um período tão longo?  - perguntou uma voz desconhecida vinda da porta.

Viro-me e vejo um homem jovem parado de cara séria na porta olhando para ela.

Viro-me novamente e vejo a cara de todos eles bem espantadas. Eles parecem não acreditar realmente no que estão vendo. De todos, Ravenny era a que mais estava tranquila se comparado ao outros.

- Eu não acredito nisso... – disse Jhuly incrédula colocando a mão da boca em seguida.

Seus olhos estavam brilhantes, deles escorriam duas lágrimas.

Quem é esse que deu essa reação a eles?


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Notas finais do capítulo

Não me matem, ok?
Se me materem nunca descobrirão que é!
Quem vocês chutam dizer que é?
Espero reviews!
Dessa vez de TODOS os TREZE que acompanham!
E dos demais também, certo?
Até a próxima!
Beijinhos e Carinhos!