Entre Magia escrita por Julisanmel


Capítulo 19
Capítulo 20 - Verdades... PARTE I


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Olha eu resolvi dividir o cap.
Eu sei que não deve estar tão grande quanto eu queria mas não posso acrescentar mais nessa parte porque se não, não vai dar sentido...
Talvez eu divida-o até mesmo em três.
Não sei ao certo ainda!
Se eu deixasse num cap só eu não postaria hoje e teria muita informação em um só.
Ficou grandinho e olha que não é nem o começo, por isso eu dividi.
Bem... espero que curtem!
Até no fundo da piscina...



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Cap. 19 – Verdades... E realmente nem tudo é o que parece... PARTE I.

POV. Alec

Mily iria responder, mas parece que algo não deixou. Ela parecia com medo. Olhou pedindo socorro a Jhuly, esta soltou um longo suspiro, olhou para a “Ray” deitada no sofá, encarou Diogo que confirmou com a cabeça e voltou a nos olhar.

- Tudo bem. Vamos contar. Só não prometo que irão gostar... – e nisso se virou novamente para a garota desmaiada na nossa sala.

Não iremos gostar? A situação não é nada agradável. Quando descobri estar ligado e totalmente apaixonado por uma garota imaginava ela incrível e independente como a minha Jhuly é. Só não esperava que a mesma tivesse segredos tão ou até maior que os meus próprios.

As garotas que até agora pouco nada faziam se aproximaram para ajudar no que fosse possível.

- Não prefere minha ajuda garotas? – Carlisle perguntou, como sempre, prestativo.

- Não, obrigada Dr. Carlisle. Mas sinto dizer que sua ajuda não será precisa. Para cuidarmos dela precisamos de algo, hum... como posso dizer... algo mais preciso. – explicou Lari olhando para Carlisle com um sorriso confortador.

- Tudo bem então. – respondeu conformado. Ele sabia que desde hoje não poderia dizer que elas não tinham razão. Afinal não sabíamos o que afetou ela.

- Fany, gêmeas, vão até lá em casa e tragam o kit no meu closet, por favor. – ela mal havia terminado e elas, na velocidade que nenhum de nós estava acostumado, já haviam saído.

Resolvemos não atrapalhar e nos sentamos ou encostamos nas extremidades da sala, para que assim pudéssemos ainda ver o que rolava ali e não prejudicássemos no trabalho.

Diogo chegou perto da garota e checou seu pulso – pulso esse que nem eu conseguia ouvir daqui –, e fez algo estranho; tocou na nuca na altura onde diria que ficava a tatuagem deles e depois lhe tocou o tornozelo direito.

- A pulsação dela está parada, o tornozelo dela ainda está em temperatura normal e a nuca está áspera. – disse ele para Jhuly que prendia os cabelos num coque mal feito.

- Ótimo. Me ajuda aqui? – pediu ela segurando a cabeça dela.

Ótimo? A garota está sem pulso e isso é ótimo?

Sério eu tô pirando só de ficar aqui ouvindo e vendo tudo isto.

As gêmeas e a Fany voltaram trazendo duas caixas pretas médias.

- Pronto. A faca tem que gelar, só uma está quente. – respondeu Cameron colocando uma das caixas no chão. Fany imitou seu gesto enquanto Camily punha uma pequena manta de veludo preto em cima da mesa a frente delas.

- Faz isso pra mim? – perguntou Jhuly prendendo os cabelos da garota e se voltando rapidamente para Lili parada ao lado de Lari.

A mesma confirmou com a cabeça e desembrulhou o pano revelando duas estranhas e finas facas de prata.

(p.s. é uma faca só mas são duas iguais a essa, foto da faca: http://4.bp.blogspot.com/-vqmUQRbq5M0/TViBV7x7IdI/AAAAAAAACiA/iiB-jmwB38E/s1600/Imagem+2879.jpg )

Uma tinha uma leve coloração mais escura, devia ser por conta da quentura.

Lili pegou a outra que estava em temperatura normal e olhou para nós.

- Vocês tem gelo? – perguntou

Alice já vinha com uma tigela média cheia.

- Obrigada. – agradeceu.

Ela mergulhou a faca na tigela. Normalmente demoraria cerca de mais ou menos uma hora para que a faca ficasse gelada o bastante. No entanto assim que a faca fora mergulhada na água Lili passou a mão por cima da tigela e só se ouviu o barulho de quando algo é congelado instantaneamente. Retirou a faca e ela estava trincando de tão gelada.

Incrível.

Entregou a Diogo que estava sentado aos pés da estranha; Jhuly sussurrava algo que não dava para entender enquanto passava levemente os dedos sobre os olhos, boca, clavícula, têmporas, atrás das orelhas e na nuca da estranha.

Diogo retirou as duas facas do protetor e passou-as uma na outra como se as afiasse, e então encostou ambas de uma vez no tornozelo da garota. E rapidamente a pulsação dela voltou veloz.

Isso era inacreditável. O tempo em que ela ficou sem pulsação já seria considerado morte até mesmo para nós imortais.

...

Um bom tempo passou e eles retiravam e passavam na garota um monte de coisas estranhas de cheiro e aparência.

Então eles se afastaram e Jhuly se juntou ao Di na ponta do sofá e encararam a garota.

Essa por sua vez começou a respirar lentamente. Seus olhos começaram a tremer e todos nós nos aproximamos. As garotas já estavam atrás dos dois e nós fomos impedidos – novamente – de nos aproximar por uma mão levantada de Sabrina. Elas ainda estavam apreensivas com tudo que aconteceu.

A garota assim que recobrou um pouco a consciência rapidamente se sentou e abriu os olhos. Esses voltaram lentamente aos azuis profundos de antes; sua boca entreaberta nos revelou seus dentes voltando a ser apenas 32 e normais; sua aparência tensa relaxou suavemente. Quem olhasse agora diria que ela era uma garota meiga e inocente.

Rá, vá se enganando mesmo.

Ela olhou apressada em volta e seus olhos estavam começando a atingir a negritude quando olhou para nós, mas então ela rapidamente olhou para a Jhuly e o Diogo que assentiram para ela que respirou profundamente.

- O que houve? – ela perguntou atordoada olhando tudo em volta. Quando viu nossas caras sérias ficou desesperada – Ai meu Deus, o que foi que eu fiz?! – perguntou procurando ajuda nos olhos de Jhuly.

- Calma. Você não chegou a fazer nada grave. Ninguém saiu machucado além de você que ficou desmaiada. – acalmou-a Jhuly.

Ela respirou aliviada.

- Agora nos explique porque você perdeu o controle tão selvagemente. – exigiu Diogo adquirindo uma feição severa.

- Bem eu... – mas foi interrompida por Sam que estava um pouco alterado.

- Isso por enquanto não nos interessa. O que eu e, sei que todos daqui além de vocês, queremos saber é: O que está havendo e o que vocês são? – exigiu olhando muito sério para eles.

- Ok. Podemos deixar explicações para depois, Ray. Agora temos algo mais, hum... sério a resolver. – disse Jhuly olhando pra ela e depois para os demais atrás dela.

Nós nos aproximamos e sentamos em volta a mesa para que tivéssemos uma boa visão deles.

- Primeiro: Por quê ela me atacou? – perguntei apontando para a garota.

Ela ia responder mas Jhu fez um gesto dizendo não.

- Porque isso é da natureza dela. E, pelo que eu suponho, o fato de estar a muito tempo sem se alimentar e encontrar almas como as de vocês, a sua em especial, pode afetar qualquer um como ela. Ainda mais um a tempo sem recuperar energias. – explicou Jhuly olhando para os outros e depois para mim.

- Pessoas como ela? E ela não pode estar “atraída” pelas nossas almas. Nós não temos uma para isso. – disse Edward. Pelo visto a novata também consegue esconder seus pensamentos. Ed deu-me um aceno de cabeça confirmando minha teoria.

- Gente da espécie dela. E sim, vocês tem uma alma. O fato de estarem tecnicamente mortos não os fazem pessoas sem alma. – disse Bia nos olhando.

- Tá, vamos dizer que temos alma. Agora me diga: o que a alma do Alec tem demais para ele ser o “alvo”? – perguntou Jane.

- Porque ele, assim como você, tem o que chamamos de “almas do tempo”. – disse Mily. Ok, ela não ajudou muito com isso.

- E o que seriam “almas do tempo”? – perguntou Rose.

- São almas que já sentiram de muitas coisas. Almas sofridas e injustiçadas, que foram redimidas por aquilo que foram obrigadas a fazer. Almas interrompidas pelo tempo. No caso de vocês, almas ainda “juvenis”, afinal, que eu saiba só têm 16 anos. – Jhuly nos disse.

- Na verdade temos quase mil anos. E então por que ela foi atrás do Alec e não de mim? – questionou Jane.

Ray só olhava tudo meio aérea. Estava meio perdida em pensamentos.

- Não. A idade de vocês é de quase mil anos. Mas a numerologia a que refiro é a da alma. A alma de um imortal não envelhece nem se adquire anos. E o fato de você não ter sido atacada é só pelo fato de ele estar mais perto e ter algo que você ainda não tem. – e vendo nossas caras de interrogação continuou – Um amor consumido.

Pronto, era disso que precisava para o Emm entrar em ação.

- Hum... sabia que o Alec iria se aproveitar dos momentos sozinhos com você. – disse tudo com o típico sorriso “Emmett: O malicioso”.

- Não é disso que eu estou falando, Emm. E pra sua informação não pense besteira sobre mim e nem do que eu faço ou deixo de fazer que não te dei liberdade. – disse tudo calmamente. E isso que assustava mais. – E o amor consumido que eu digo é o assumido verbalmente. Quando ambos os lados admitem um pro outro os sentimentos relacionados entre eles. E pelo o que eu saiba Jane não namora, o que nos leva ao fato de ninguém ter dito algo a ela que fosse correspondido pela mesma ou ao contrário. – continuou a explicar.

- Ok. Essa parte já nos foi esclarecida. Agora quero saber o que vocês tem a ver com isso e o que ela é. – pediu Bella ao lado do Edward.

- Bem... Posso dizer o que nós temos a ver com isso. Mas a parte de revelar o que ela é tem de ter o consentimento da mesma. Sinto muito mas ainda prezo pela privacidade e direitos de todos. – decretou Jhuly.

- Por mim tudo bem. Sei que isso é importante para vocês, mesmo eu não sabendo exatamente o porquê. – declarou a garota olhando meio que pra nós e pro além ao mesmo tempo.

- Se é assim... – Jhuly se ajeitou mais ereta no sofá ocupado por ela, Di, Ray e Sabrina ao lado de Di que estava na ponta. – Ray é uma... Anigol [n/a: se lê Ênigol]. Uma espécie do que podemos considerar de “Sugadores de Almas”, literalmente.

- E eu que pensava que vampiros eram os piores. – declarou Colin se arrumando no chão.

Diogo iria falar algo mas Ray não deixou.

- Tudo bem, Di. Isso não me afeta mais. – disse meio cabisbaixa.

- Sei. Você finge que diz a verdade e eu finjo que acredito. – disse ele.

- Tudo bem, mais uma parte meio esclarecida. Agora a parte que mais nos interessa: O que vocês têm a ver com isso e quem ou o quê são? – jogou Embry tudo de uma vez.

- Tá, tá. Bem, o que temos a ver com isso é que... nós caçamos gente como ela. – falou Sabrina de uma vez.

- Hã? Vocês são caçadoras? Tipo Supernatural? – perguntou vocês sabem neh? Pra fazer uma comparação dessa só podia ser uma anta, registrada como Emmett Cullen.

- Não. Supernatural caçam demônios. Nós, bem, nós basicamente também. Mas não somos nada, nada mesmo, parecidas com aquilo. – elas tinham uma calma pra lidar com o Emm... queria aprender esta técnica da Lala.

- Qual é a diferença? – perguntou Luke.

- A diferença é que nós não caçamos só demônios, somos fodásticas, temos dons, e somos, ãh... iguais a vocês... imortais. – disse Cami.

Ah tá... espera, quer dizer então que elas... O QUE?! Elas são IMORTAIS?!

- Vocês o que?! – Seth fez o favor de expressar verbalmente nossos pensamentos.

- Acho que ficar dizendo as coisas por partes não vão ajudar em muita coisa. O melhor é contar do começo. – pediu Fany.

- Certo... Deixem-me só escolher por que ponto é melhor começar... – pediu Jhuly.

- Não seria o começo? – Jared fez gracinha.

- Sim. Eu sei o que é um começo, Jared. Mas nem tudo é essencial. Não vou ficar falando quando eu nasci, minha primeira palavra, quando andei pela primeira vez, e todas essas idiotices se você não se importa. – agora ela tirou legal.

- Acho melhor contar quando você descobriu, Jhu. – aconselhou Di.

- Bom... tudo começa com a linhagem de família. Direi a da minha família junto com a Sa e consequentemente do... Diogo. – ela deu uma leve espiada nele.

Então era agora que descobriríamos o que tanto ele nos esconde.


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Notas finais do capítulo

Oiê!
Bem vindos ao fundo da piscina!
kkk'
Bem essa é a primeira parte!
Espero que tenham gostado!
E aí?
A descoberta do que a "garota misteriosa" é foi o que esperavam? Melhor do que esperavam? Pior?
ME DIGAM!
P.S. QUERO MUITOS REVIEWS!
São eles que me sustentam!
Beijinhos e Carinhos!