Cap. 17 – As coisas se complicam...

POV. Jhuly

- Alec você não precisa dormir, só que eu sim! – eu disse o empurrando enquanto o mesmo ria da minha cara.

Estávamos na varanda do meu quarto. Tínhamos que terminar o trabalho de sociologia que era para amanhã. Só que o senhor vampiro aqui fica só beijando meu pescoço e caçoando dos professores dizendo que ele sabe muito mais que eles, que se fosse em outra época eles não estariam dando um trabalho como esse, que o mundo está mais moderno, mas muito mais preguiçoso e blábláblá!

A diferença é que ele não precisa dormir e se ficarmos nessa enrolação passaremos a noite em claro pra fazer essa porcaria de trabalho. Eu poderia muito bem acabar com isso em um minuto, mas ficar bancando a humana dá nisso.

Vocês não devem estar entendendo bulhufas né? Bem então deixe-me dizer o que houve.

Já faz quatro meses que eles nos contaram a verdade. Está tudo indo muito bem. Não temos mais segredos entre nós – isso por parte deles, é claro.

Ah, aquele maldito sonho continua a me perturbar toda santa noite. Menos quando saímos com a desculpa de ajeitar algo de algum evento nosso para ir caçar alguma coisa. E como sempre o Dioguinho vai conosco, óbvio.

Porém, eu sei que dessa vez tem algo estranho neste sonho. Ele está mais intenso. Não que eu me lembre de algo, porque isso é total mentira, mas eu sinto que algo vai acontecer. E não me parece que é algo bom.

Os meninos estão notando que há algo errado conosco. Acho que eles estão desconfiando que sejamos diferentes.

Já vimos todos os lobos transformados. E acho que fora nisso que notaram a diferença. Eles notaram que há uma conexão diferente nossa com o Diogo. Que não é só coisa de “irmãos” ou algo parecido.

Entretanto o que podemos fazer a respeito? Sinceramente eu não sei. O melhor que temos a fazer é nos fingir de desentendidas e ficar na inocência humana.

Essa droga na minha nuca anda pinicando demais. E isso eles também notaram. Eles há viram um tempo atrás quando vieram nadar aqui em casa. A piscina ficou toda brilhosa cheia de “vampiros purpurizados” como o Colin, Luke e Brian insistem em dizer.

Não foi nem um pouco fácil contornar aquela situação...

Flash Back

Alice tinha previsto que hoje faria sol e estaria muito quente. E como era sábado decidimos curtir um dia na piscina aqui em casa.

Di estava lá embaixo, tinha acabado de me ajudar a jogar uma jarra de água gelada na cara da Cami – ela quase nos matou por isso – e desceu para ficar com o pessoal enquanto nos trocamos.

Descemos as escadas e ouvimos barulho na piscina, já estavam todos lá.

Quando chegamos os meninos não paravam de babar, e até o Di já estava se enchendo com isso. As vezes ele nos trata como irmãs, então ver um monte de marmanjos secando a gente com os olhos não é nem um pouco legal. Mas convenhamos que não ajudamos muito com estes biquínis...

(roupa da Jhuly: http://www.polyvore.com/biquini_jhuly/set?id=37135024 )

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Tiramos os shorts e mergulhamos na água. Logo o Diogo, que era o único do lado de fora mergulhou, também. Esse foi o nosso erro.

Acho que ninguém nunca tinha visto o Diogo sem camisa, e nem nós de costas desnudas.

- Ei! Que tatuagem é essa nas costas de vocês? – Nessie perguntou olhando para as costas de cada um de nós.

Droga.

- O que? – perguntou as gêmeas tentando despistar. Mas é óbvio que não adiantou.

- Esse desenho que todos vocês tem igual abaixo da nuca. – dessa vez foi a Rosalie quem disse.

(tatuagem: http://3.bp.blogspot.com/_jUpz57qjlFk/S_OkHRfcfUI/AAAAAAAAC98/A1QDKqFxjGA/s400/coroas+de+louros.jpg

E uma estrela de cinco pontas no meio: http://3.bp.blogspot.com/_jUpz57qjlFk/S_OkHRfcfUI/AAAAAAAAC98/A1QDKqFxjGA/s400/coroas+de+louros.jpg )

- Fizemos a um bom tempo atrás. Foi meio que uma aposta. – eu inventei na hora.

- É. Eu disse que a Lili era certinha demais para fazer uma tatoo, então ela disse que fracote ali era a Mily. – Bina continuou a inventar.

- Então eu falei que nenhuma delas teriam coragem de fazer nem um ponto de tatuagem nas costas. – falou Diogo.

- Então nos o derrubamos na piscina e eu disse que ele não teria tanta coragem assim para estragar com o “copitchu” dele para fazer qualquer coisa que disséssemos. – continuou Fany.

- No final acabamos todos com dor nas costas por fazer uma tatoo nas costas. – completou Lari.

- Nossa, e eu que achava que os Quileutes que faziam apostas idiotas que sobravam pra eles mesmos depois. – comentou Lyon.

No final todos nós rimos disso.

Mas assim que senti um arrepio passar pela minha nuca eu – junto com as meninas – jogamos todo o cabelo para trás para tampar o brilho que deveria estar surgindo. Com o Di já foi mais difícil. Ele foi obrigado a se jogar de costas na parede para que ninguém notasse. Então resolvemos sair da água.

E claro que eles notaram algo estranho no fato de nós sairmos todos juntos da água e enrolar a toalha no corpo.

Fim do Flash Back

- Até que enfim! Agora pode voltar pra casa que eu tô afim de dormir branquelo! – falei o empurrando da cama. Ele foi pego desprevenido e caiu com tudo no chão.

E eu?

Estava rindo dele, claro.

- Ah você me paga! – ele disse correndo atrás de mim. Como sempre ele me alcançou em dois segundos literalmente, não podia usar toda a minha velocidade que tinha. Ele iria notar com a maior das certezas! Ele não é cego!

...

O pessoal iria vir todo pra cá daqui a pouco. Era umas 16:45 da tarde. Iria chover a noite. Alice nos preveniu disso.

Estava rindo com as meninas na sala de estar esperando com que o povo chegasse.

E de repente eu sinto aquele pressentimento que só tenho com aquele sonho de quinta que não sei o que é. E flashs e mais flashs passam na minha frente, vejo vultos.

Quando volto em mim as meninas estão me encarando.

Logo passei para elas tudo relacionado a este sonho e estes pressentimentos. Inclui o Diogo na “visão” para que ele entendesse que agora eu estou tendo este pressentimento até mesmo acordada. E a sensação está muito forte.

“Algo vai acontecer. E tenho a impressão de que...”  Diogo não terminou a sua frase.

E sei o porquê.

Um barulho alto de carro derrapando soou do lado de fora da casa.

Corremos na mesma hora para ver o que era. O pessoal já estavam todos parados olhando atentamente para cá, mas sem sair da frente da casa deles.

Vou andando em direção ao carro que parou em frente a minha casa.

É o mesmo modelo que o meu só muda a cor.

(o carro: http://cdn-www.rsportscars.com/images/lamborghini/2010-lamborghini-murcielago-lp650-4-roadster/lamborghini-murcielago-lp5604-roadster-front-main-wallpaper.jpg )

As meninas estão um pouco mais atrás de mim.

A porta do motorista que está virada pra nós é aberta. E aquele cheiro que a tanto tempo eu não sinto invade minhas narinas. Isso tem algo a ver com o sonho. Mas não pode ser. Não é...

- Você?! – perguntei surpresa assim que a mesma retirou os óculos.

- Preciso da sua ajuda. – isso não pode estar acontecendo.

Olhei para as meninas. Elas tinham os olhos fixos na pessoa a minha frente. Assentiram e viraram em direção a casa novamente.

Não quis olhar para os vizinhos. Só pedi que o Diogo desse um jeito. Agora só ele poderia fazer isto.

“Cuide deles, Di. Vou resolver a situação aqui. Preciso de você agora”

“Pode deixar comigo. Eu me viro com eles. Não vai ser fácil. Mas eles não chegarão perto desta casa até que vá embora. Boa sorte.” E entrei em casa.