Cap. 16 – Explicações e revelações... Espera! Elas já sabiam?

POV. Alec

Depois daquela ligação se passou mais uma semana. Estamos todos sentados no jardim de casa olhando feito idiotas pra floresta a nossa frente.

Olhando pra ela eu lembro de tudo que aconteceu comigo e com a Jhuly naquela cachoeira... Droga! Por que elas têm que sumir desse jeito?! Tá, eu sei onde estão e que estão bem, mas não posso vê-la. Ainda mais que lá vive aqueles idiotas ex-namorados delas...

Como eu sei disso?

Simples.

Nós ouvimos a conversa delas no primeiro dia de aula onde disseram sobre eles...

Todavia eu não vou me estressar com isso, eu não vou me estressar com isso, eu não vou me estressar com isso, eu não vou me es...

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHH! Mas que droga! Eu vou pra Paris atrás delas! Não vou aguentar mais esperar nem mais um segundo! – Embry explodiu agora. Ainda não se transformou, mas creio que esteja bem perto disto.

- Concordo contigo, cara. Não vou aguentar ficar mais aqui, também vou pra Paris e não quero nem saber se vou perder porra de aula nenhuma. – nossa ver o Felipe que é tão calmo falar deste jeito é porque a situação é séria.

- Não vou deixar um bando de homens feito vocês irem pra lá sozinhos. Eu vou junto. – decretou Jane. Tenha a leve impressão que não é por isso que ela vai...

- Se é assim, todos nós vamos então. – respondeu Lyon já se levantando quando...

- O que é que vocês vão fazer em Paris se não estamos lá? – respondeu uma voz que...

- Jhuly! – gritei ao me virar e me deparar com todas elas, e o Diogo, parados na entrada do jardim. Ela estava de braços cruzados e um sorriso torto que, Meu Vamp, eu vou te contar. Me desarmou por completo!

Quando notei já tinha corrido (em velocidade humana o mais rápido que pudesse) até ela, assim como todos os outros. Porém, claro, cada um com o seu.

Beijei-a como a tempo não fazia. Ou seja, a QUATRO SEMANAS!

- Oi... Estava morrendo de saudades. – disse me dando um sorriso lindo.

Como que eu poderia brigar com ela quando a mesma me lança um sorriso tão lindo quanto esse?!

Ein?! Se souberem a resposta me avisem.

- Nos desculpem por sair e ficarem sem notícias por um mês. Mas realmente não deu. O fuso horário também não colabora com isso... – Sabrina explicou olhando pra nós.

Diogo estava abraçado a Jane e a Nessie dando um cascudo nela. Isso aí! Faça aquilo que o Edward não me permite fazer! Ele me olhou com uma cara agora... “Foi mal Edinho!”. É agora que ele me mata. Mas é tão bom irritá-lo que você não faz ideia!

- E me desculpem por sair daqui e sumir. Mas vocês saberiam o que é ser ameaçado por Jhuly La Fontaine se estivessem no meu lugar! – disse Diogo olhando feio pra minha amada que ainda teve a coragem de responder. É por isso que eu a amo! Tá, essa situação está começando a ficar gay demais!

- Durma de olha aberto hoje Diguinho lindo do meu coraçãozinho... A situação pode ficar feia se fechá-los... – o mais estranho é que ela disse tudo isso com uma carinha fofa e de modo tão inocente que... Deu mais medo ainda!

Essa garota é incrível!

- Tudo bem... Já tenho experiências de suas ameaças o suficiente na minha vida, linda! – ele disse levantando as mãos e em seguida lhe mandando um beijo.

...

Ficamos o dia inteiro conversando. Era sexta-feira e já tínhamos faltado à aula mesmo. Namorei o tanto que pude. Não foi tanto quanto eu queria já que o povo estraga prazeres dessa casa nos atrapalhava. Eu e os meninos já estávamos querendo estrangular todo mundo ali.

Estávamos rindo das palhaçadas do senhor Emmett Cullen. Olhei para a volta e reparei que os meninos me encaravam. Sabia o que eles queriam. E assenti em concordância.

Olhei para Edward e ele logo entendeu o que queria. Disse algo em pensamento para a Nessie que logo tratou de transmitir para o resto.

Eles deram uma desculpa qualquer e entraram pra dentro de casa.

Diogo já entendera o que estava rolando e olhou pra mim antes de olhar diretamente para a Jhuly. Não sei o que isso queria dizer, só sei que todas elas de repente olharam para nós e depois se voltaram pro Diogo e pra Jhuly. Ela deu um sorriso pra eles que sorriram de volta. Sei lá o que era tudo isso. Só sei que ele me olhou de novo e assentiu. Puxou Jane consigo e entrou em casa.

Suspirei. Estava na hora.

Elas notaram que algo estava havendo pois cada uma olhou pros seus namorados e depois pra mim.

- Bom... Era pra isso ter acontecido no primeiro fim de semana depois que vocês viajaram. No entanto, como não voltaram tivemos que esperar. – comecei.

- O que houve Lec? Nos conte logo, por favor. – pediu Jhuly me olhando no fundo dos olhos.

- Bem... Queremos conversar com vocês. Mas a sós. E não hoje. Está tarde. A manhã de manhã nós passamos pra pegá-las pra sair. Daí, falamos o que queremos. Só que isso será amanhã, tudo bem? – pedi.

- Está bem. Confio em você, e sei que as meninas confiam em vocês. Agora vamos pra casa descansar. Beijo, nos vemos amanhã então. E... Que horas? – Jhuly disse se levantando junto com as meninas.

Todos nos levantamos também e eu dei minha mão a ela que aceitou prontamente.

- As... 8 horas, pode ser? – perguntei olhando pra todos. Eles assentiram. Então acompanhamo-las até a frente da casa onde elas foram pra casa.

Entrei dentro de casa junto com os outros e encontrei Diogo e o resto nos encarando.

- Boa sorte amanhã pra vocês. – desejou Di – Eu e o resto estaremos aqui a manhã para saber como ficaram tudo entre vocês, ok?

Assenti assim como os outros e subi para o meu quarto. Tinha muito que pensar para amanhã. De jeito nenhum eu posso perdê-la.

POV. Jhuly

Aff. É agora! Não gosto da ideia deles já contarem a verdade!

Eu e as meninas voltamos pra casa discutindo sobre isso com o Di. Nosso lobinho querido nos aconselhou a deixa-los contar a verdade. Sabíamos que seria separado, que cada um falaria conosco separadamente.

Já decidimos o que fazer sobre isso.

Ontem fomos embora da casa deles. Dei graças por eles nem notarem que não escutaram barulho de carro quando chegamos, afinal, não viemos de carro exatamente...

Entretanto, estou aqui parada em frente ao espelho do meu quarto olhando minha roupa. É estava boa. Eram 7:45, logo eles estão aqui.

Suspirei e terminei de me arrumar e de pensar seriamente em tudo o que ocorreu enquanto viajávamos e o que irá ocorrer.

(roupa da Jhuly: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=36849429&.locale=pt-br )

Sim... Essa roupa deve bastar. O destaque na saia está perfeito.

- Jhuly eles chegaram. – avisou-me Diogo. Ele veio para nos dar apoio.

- Prontas? – perguntei ao encontrar com as meninas no corredor antes de descer as escadas. Elas concordaram. Era agora.

Paramos no topo da escada e começamos a descer. Seja o que vier e tiver que ser.

POV. Alec

Chegamos na casa delas e entramos. Diogo foi quem nos atendeu. Olhei-me rapidamente no espelho antes de adentrar na sala. É... meu estilo mudou muito depois que finalmente deixei os Volturi.

(roupa do Alec: http://fotos.sapo.pt/q6TbqDZlGWaeZK7k1eT1/ )

Diogo as chamou do topo da escada e desceu, se sentou no sofá. Ele agia como se estivesse em casa. Mas acho que de certa maneira era, não é?

Ouvi o barulho dos saltos e olhei pra cima.

Nossa... é... ela estava incrível!

A vi descer em câmera lenta. Tinha um sorriso lindo no rosto. O contraste forte da saia vermelha com o resto da roupa de cor neutra deixava-a ainda mais linda. E por ser primavera suas pernas estavam descobertas. E tenho que admitir que não teve como não olhar pra elas. Isso era tentação demais. Isto não está ajudando na situação.

- Vamos? – ela perguntou me dando um selinho e segurando minha mão. Concordei com a cabeça e fomos em direção ao meu carro.

Depois disso cada um tomou seu rumo. Mas todos iríamos para a floresta de certa forma. Não tem como contar num local público né?

Parei quando já estava perto do local que escolhi. Achei que se ela decidisse se afastar pelo menos teria um bom local ao qual me lembrar dela. E acho que uma bela paisagem pode amenizar de alguma forma a notícia a qual eu tenho que contar.

- Pronto, chegamos. – disse tirando a mão de seus olhos e lhe mostrando aquele lugar que era tão bom pra pensar.

- Nossa! Alec é... é lindo! – ela disse girando devagar no mesmo lugar admirando o local.

- Pensei que fosse gostar. – respondi a levando até a toalha com o piquenique que já havia posto ali.

(paisagem: http://www.papelparede.info/wp-content/themes/snapshot/thumb.php?src=http://www.papelparede.info/wp-content/uploads/2009/11/floresjardim_medium.jpg&h=190&w=330&zc=1&q=90 )

Nos sentamos perto das flores que estavam com um espaço para o rio.

Comemos e rimos um pouco. É eu sei. Devem estar pensando: “Mas que droga é essa?! Não era pra contar a verdade pra ela?!”. Entretanto isso não é nem um pouco fácil.

- Alec... eu sei que você não me trouxe até aqui só para um piquenique. Me conte... O que está acontecendo, o que você tanto quer me falar? – foi logo ao ponto.

Suspirei mais uma vez. Não dava mais para enrolar.

- Não... Não é fácil o que eu tenho para lhe contar. Mas tenho que fazer isso. – tomei coragem e comecei. – Eu, os Quileutes e minha família não... não somos como os outros. Nós... nós... Ah chega de enrolar. Tenho que enfrentar isso de frente! Eu e minha família somos vampiros, mas não somos ruins, pelo menos eu não sou mais. Somos vegetarianos, só tomamos sangue de animais. Por isso temos olhos dourados. Os que têm olhos vermelhos tomam sangue humano. Os Quileutes são metamorfos. Se transformam em grandes lobos para proteger sua tribo de coisas como... como... como eu e minha família. Mas fizemos um tratado e agora convivemos muito bem. A Nessie não é humana, porém também não é vampira. Ela é uma híbrida, metade humana e metade vampira. O Jake é o Alfa das matilhas junto com o Sam, e ele está junto com a Nessie, é por isso que a nossa convivência com eles ficou melhor. Por causa dos dois. O Diogo também é um híbrido, mas diferente da Renesmee ele é metade vampiro e metade metamorfo. Também achamos que isso era impossível, mas aconteceu. Eu estou te contando tudo isso porque você é muito importante pra mim. Mas vou entender se quiser se afastar. Só peço que não conte nada, absolutamente nada, para ninguém. – ufa. Acabei.

Ela até agora não abriu a boca. Deixou com que eu contasse tudo. Mas ao mesmo tempo que gosto do seu silêncio, ele está me matando!

Ela fez algo que eu realmente não pensei que ela faria.

Abriu um sorriso confortador para mim.

- Eu sei Alec. Eu sei de tudo

sobre você e sua família. E sobre os Quileutes. E não, não foi o Di que nos contou. – essa eu não esperava. – Acha mesmo que eu ficaria com um garoto feito você? Que é tão reservado, misterioso, sem saber de algo? Essa história de que vocês são adotados não cola conosco. A aparência de vocês é muito parecida. Têm características que são iguais. A cor dos olhos da maioria, o tom da pele, a frieza, a beleza exuberante, a quentura por parte dos Quileutes, a inteligência incrível e outras coisinhas. Tudo isso pra nós que vivemos na casa ao lado da suas é estranho demais para não ter algo a mais. Mas não se preocupe, não damos a mínima pra isso. – ela revelou tudo isso.

Eu nem sabia o que fazer, não era o que eu planejara.

- Como... como vocês descobriram tudo isso? Não podemos ter dado tanta bandeira assim... – mal terminei de falar e ela já estava sentada no meu colo. Colocou as mãos envoltas do meu pescoço e me encarou. Estávamos olho no olho. Me perdi naquele momento. Ela estava brincando com fogo.

Quando menos esperava ela me beijou. O beijo era quente, era envolvente. Minhas mãos foram parar em sua cintura. Aquelas pernas descobertas eram realmente uma tentação para mim. Nem notei, mas quando vi já estava deitado na toalha com ela ainda em cima de mim. Não queria abusar, já era um tremendo choque ela já saber de tudo e ainda estar me beijando. Mas... foi mais forte que eu. Quando percebi já estava com as mãos segurando firmemente suas coxas onde estava descoberto.

Um arrepio passou por toda a minha espinha. O choque foi instantâneo. Eu tentava me segurar ao máximo para não ir adiante. Eu sei o que houve com o Edward e a Bella e não quero que se repita conosco. Claro, eu tenho muito mais experiência. Nada contra ele, mas eu sei ter controle. Como agora, mas não tá sendo fácil não. Ah como não tá.

Ela foi parando os beijos aos poucos. Droga, fiquei perdido entre pensamentos (nada bons por um lado, pensei cada coisa agora...) e autocontrole que esqueci do fato de minha linda ter que respirar.

Dei-lhe um selinho demorado. E quando abri os olhos a vi com um imenso sorriso olhando pra mim.

- Eu tenho meus métodos de descobrir as coisas Alec. Mas está fora de cogitação eu te contar quais são elas. Acabaria com a graça...- agora eu me arrepiei por inteiro. Ela disse tudo isso num sussurro em meu ouvido.

Não me Conti e um gemido rouco saiu por meus lábios. Céus! Essa garota está acabando completamente com a minha sanidade.

Ela soltou um leve risinho antes de se levantar.

- Bom, acho que é melhor irmos embora. Deve ter gente muito curiosa para saber o que houve, não é? – ela perguntou já em pé.

Levantei em minha velocidade normal e a peguei no colo. Ela soltou um gritinho com isso, mas sorriu.

- Não fique me provocando desta maneira, mocinha. Isso pode ser perigoso para nós dois... – disse de forma maliciosa para ela a pondo no chão.

- Eu sei. E não prometo nada... – falou já indo em direção ao carro.

Rapidamente guardei tudo e corri em sua direção. A peguei novamente no colo e corri em direção ao carro.

...

Encontramos com as meninas na frente de casa. Os garotos estavam em forma de lobos as carregando no lombo de suas costas. As deixaram no chão e voltaram pra floresta para se transformar. Lyon e Felipe vieram em nossa direção de mãos dadas com as garotas. Pelo visto todo mundo se deu bem nessa.

Nota mental pra mim mesmo: Nunca mais duvidar do que o Diogo diz.

Ele sempre tem razão.

Sorrimos uns pros outros e entramos em casa.

- E então? – Emmett foi logo perguntando quando entramos.

Mostramos nossas mãos entrelaçadas e a Nessie e minha doce mãe começaram a dar pulinhos.

Gente maluca.

Agora é esperar pra ver como as coisas andam.

Não deixei de notar um olhar meio que cúmplice entre as meninas e o Diogo. Situação suspeita.

Mas vou relevar pelo fato deles terem crescido juntos.

Entretanto... um dia eu descubro o que está havendo entre eles, e se um dia saberei um pouco mais do passado de minha amada.

Por enquanto, vou só curtir.