Red Trip escrita por bksbm


Capítulo 8
O Que seria o encontro perfeito.


Notas iniciais do capítulo

Reafirmo, Paris é só um sonho. =P Se quiserem me dar uma passagem de presente eu estou aceitando, mas AINDA não passei por lá =P

Já que o 7 foi curtinho, postei esse como presente de Natal. Espero que gostem :D



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1 hora e meia depois, Rigsby, Cho e Jane, estavam preparados para o início de uma viagem maravilhosa, à espera de Van Pelt e Lisbon. Que terminavam de se arrumar.

Os quartos eram um ao lado do outro, enfileirados num corredor só deles. Pelo visto as férias seriam realmente maravilhosas. A não ser por alguns detalhes.

- É o seguinte. Podemos começar por lugares mais simples. Por fim, nossos planos podem acabar na torre Eiffel. Dizem que a noite é muito mais bonita. – Pelo visto, mais um assunto em que Jane é Expert.

- Por mim tudo bem.  – Exclama Lisbon, e todos concordam.

Voltas e voltas. Sorvetes, visitas a algumas das mais famosas fontes do mundo. Todas lindas. Ilusões de cores, e efeitos deixavam-nos encantados. Rigsby e Jane, só conseguiam admirar a felicidade de Van Pelt e Lisbon, enquanto as duas se distraiam juntas. Pareciam amigas de infância. E de fato sempre tiveram uma proximidade, mesmo que um pouco tímida, mas diante da viagem, como as únicas mulheres, a amizade ficou mais intensa.

Finalmente a mais sonhada fonte. A Fonte dos desejos. No centro de Paris, milhares de pessoas se concentravam desejando e desejando, todos os dias. Era possível enxergar as moedas jogadas ao fundo da fonte. E como não podiam deixar passar, as duas remexem a bolsa a procura da moedinha que precisavam naquele momento.

- No três?!

- 1...

- 2...

-3... – Gritaram juntas, arremessando a moeda na água.

Eles ficaram curiosos e logo se apressaram a perguntar:

- O que vocês desejaram?

- Se contarmos não vai acontecer... – E os olhares enigmáticos das duas se cruzam e se direcionam aos três curiosos.

Enquanto provocavam fingindo comentar os pedidos entre si, estavam novamente a caminho do passeio principal. Já era noite, e estavam bastante cansados. Mas sabiam que cada momento estava valendo à pena.

Jane parece ter concordado com Van Pelt em desistir das provocações. O jeito espontâneo de Lisbon fora do cargo de chefia, o surpreendia cada vez mais. Sim, por incrível que pareça Jane ainda podia ser surpreendido. E Lisbon era a única capaz disso.

Assim que saem do táxi, mais uma vez deslumbrados, caminham em direção aquele imenso monumento completamente iluminado, cujo topo fugia o alcance de suas visões.

- É incrível como pode ficar ainda mais bonita...

- Eu ainda não estou acreditando...

- Encontrar um homem por aqui seria o encontro perfeito. – Sussurra Lisbon a Van Pelt, que concorda e ri.

Após a afirmação de Lisbon, Rigsby aproxima-se das duas. Finalmente alguma coisa tinha lhe encorajado. Não. Alguma coisa não. Jane e Cho como sempre no seu pé fizeram-no perceber que aquele era um ótimo momento pra isso.

- Ei.

Lisbon vira-se assustada. Van Pelt não tanto. Parecia já esperar que aquilo acontecesse, e sequer, demonstrou alguma surpresa.

- Hey! – Lisbon o cumprimentou, mas em seguida disfarçou sua presença mirando os olhares pra o magnífico brilho da torre.

- Van Pelt...

- Oi? – Perguntou fingindo-se de desentendida, e retirando uma das mechas ruivas que escapavam do penteado.

- Ér... Bom... Eu estava pensando... Se...

- ...

- Se... Você não quer dar uma volta por aí...

- Ahn... Você ta me chamando pra... Pra... Dar uma volta?

- É... Acho que sim...

- Será que vocês dois podiam pular essa parte e ir de uma vez?! – Lisbon os encoraja.

- Tudo bem.  Vamos. – E sorri, pendurando o casaco no braço.

Os dois saem caminhando. Ela não conseguia parar de olhar para o chão, ou fingir que estava preocupada com o casaco pendurado. Ele permanecia intacto com as mãos no bolso disfarçando o olhar em direções diversas, algumas vezes direcionado a ela.

Enquanto isso, os outros três observavam, sorrindo do casal.

- Meeh...

- Ai. Que susto. O que foi?

- Pelo visto o Rigsby tomou coragem de falar com ela não é?!

- Bom. Acho que só 50% de coragem. Pelo menos por enquanto...

- O que um empurrãozinho não faz...

- Na verdade eles precisam de um pouco mais que isso.

Os dois riem.

- Olha! – E aponta para um lugar qualquer.

Curiosa, ela vai atrás. O que faz Jane rir comemorando.

- O que foi?

- Olha, isso funciona. Lembre-me de usar mais vezes.

- Eu não acredito.

- Ah, qual é... Você não pretendia passar a noite toda parada ali né?!

- Hum. Ok ok. Conhecer a torre Eiffel é um ótimo motivo pra te agüentar.

- Como se você não quisesse.

- Jane... Não adianta. Você nunca vai conseguir me manipular como consegue com os outros. Desiste criança!

- Criança não!

Os dois riem novamente. Pro mais que implicasse na maioria das vezes, não podia negar que gostava da companhia dele. Afinal de contas, não é nada mal estar acompanhada de um homem lindo, loiro, de olhos azuis e... Bom. Manipulador o suficiente para conseguir o que quer. Não que isso seja um ponto positivo, mas era realmente maravilhoso brincar de tentar esconder as coisas dele. Até se comentar que ele estava ficando extremamente irritado por ela conseguir.

- No que está pensando?

- Oh! – Ela ria mais do que necessário – Patrick Jane está mesmo me perguntando isso?!

- Sabe como é... Não tem graça se você não responder.

- Entendo. Bom. Estou pensando “Oh como é chato ter que te agüentar o tempo todo.”

- Ah! Sei que não está pensando nisso.

- Jura? Estou surpresa.

- Ahn... É realmente lindo isso aqui não é?!

- É. Eu nunca me imaginei num lugar tão maravilhoso assim e ain...

Ele sorri. Desta vez seus pensamentos se manifestaram de maneira forte o suficiente para que seus “poderes” voltassem a reagir com ela. Ao perceber que tinha pensado no que não devia, ao menos não perto dele, ela disfarça, mas suas bochechas rosadas entregavam o que realmente sentia. Então, pra tentar mudar o foco das coisas, ela comprime o corpo entre seus braços.

- Está com frio?

- Um pouco...

Ele chega por trás dela, e a abraça. Ela fica surpresa e assustada. Desde quando ele tinha intimidade suficiente pra isso? Estranho... Muito estranho.

- Melhor assim?

- Ahn... Acho que melhoraria ainda mais se voltássemos para o hotel...

- Meh... Ok. Mas, e Van Pelt e Rigsby?

- Eles sabem se virar sozinhos.

- Eu não diria isso. Mas enfim...

Enquanto os planos de Jane caminhavam muito lentamente, Rigsby tentava iniciar qualquer palavra com a ruiva que apenas ria da timidez dele.  Pelo menos desta vez ela tinha algo para disfarçar o que tanto queria. As luzes da torres realmente atraiam.

Até que, mesmo sem falar nada, enrolada entre os braços, ele lhe dirige a palavra. Nada que seja tão significativo, mas de qualquer forma, um começo.

- Você está com frio?

- Ahn... – E aquele sorriso que o encantava sempre – Acho que sim...

Ele então puxa sua cadeira para mais perto dele, e a abraça, deitando-a em seu ombro. A reação dela era simplesmente impressionada. Talvez as palavras não fossem o forte do rapaz, mas o cuidado que ele tinha com ela, o jeito de abraçá-la, de acolher ela em seus braços, era simplesmente perfeito. Seria ótimo se ele conseguisse dizer alguma coisa, mas naquele momento, bastava que o abraço durasse suficientemente para não acabar jamais.

Parece que ela também se deixa levar, e se acomoda mais. Ele, surpreso, sorri e permanecem num momento “in Love”, durante mais algum tempo, até o telefone de um deles tocar.

- Nossa. Já está tarde!

- Caramba, o tempo passou muito rápido.

- Vamos indo.

Enfim, os dois levantaram e saíram caminhando. Ela ainda com frio, porém desta vez sem o tão envolvente abraço de Rigsby, envergonhado o suficiente para não tentar isso desta vez.

Com simples cumprimentos de Boa noite, os dois se despedem. Van Pelt desvia um pouco o caminho do seu quarto ao quarto de Lisbon.

- Posso entrar?- Pergunta, já com a cabeça pra dentro.

- Ah. Sim, claro.

- Se eu estiver incomodando conversamos amanhã...

- Não. Não estou com sono...  Mas o que você quer falar de tão importante?!

Aos poucos ela vai entrando, e sentando-se ao lado de Lisbon em sua cama.  As duas frente a frente, Lisbon cada vez mais curiosa pelas expressões de felicidade de Van Pelt.

- É... Eu não sei se eu devia dizer isso a você, afinal de contas querendo ou não, você é minha chefe então...

- Ei. Eu já disse pra esquecer que eu sou a chefe aqui, ok?! Anda, Fala.

- É sobre o Rigsby.

- Como se eu não imaginasse. O que foi que aconteceu?

- Então... Nada demais. Mas, ahn, foi tão bom. Pena que ele é... Bem, o Rigsby né.

- Nossa. O que que foi tão bom?  Você ta me deixando curiosa. Isso é de propósito não é?!

- Não, Não. Tudo bem eu falo... Na verdade, ficamos apenas sentados admirando. Mas eu estava com um pouco de frio, e... Ele me puxou pra perto dele, e me abraçou.

- Daria tudo pra ver a cena... E você vai me dizer que você não queria muito mais?

- Ahn... Eu... Olha aqui! – As duas começam a rir – Eu só to te contando isso. Ninguém mais precisa saber. Aliás, eu não tinha certeza sabe.

- Entendo. Sei como é...

- Sabe?!

- Não. Eu quis dizer que, imagino como você se sente.

- Hum. – Ela tenta fazer o máximo de esforço pra fingir que acreditou, e muda de assunto. Ou ao menos indiretamente sim. - Mas...

- Mas o que? – Pergunta, virando-se para arrumar as coisas que estavam em cima da cama, já imaginando onde ela queria chegar com um “mas...”

- Posso fazer uma pergunta?

- Ahn. Faz ué...

- É sobre o...

Antes que pudesse completar a frase, alguém bate na porta.

- Posso entrar?

- JANE! – Van Pelt se assusta.

- Ahn... Como se já não estivesse acostumada com seus momentos inoportunos! – Grita Lisbon. – Entra!

Van Pelt ri, e tenta se controlar para não soltar nenhum comentário inadequado.

- Hey Lisbon. Oi Van Pelt... Ahn. Não está no quarto errado?

- Bom, Na verdade sim. Só estávamos conversando um pouco.

- Imagino sobre o que.

- Ah Jane. Sem brincadeirinhas

- Então, o que é que você quer comigo?

- Ah. Só vim desejar Boa noite. Então, Boa noite. – Por fim, lhe da um beijo da testa. – Boa Noite Grace...

- Boa Noite Jane.

Lisbon não pôde esconder que ficara sem reação. Van Pelt apenas faz o mesmo de Jane. Despede-se e se retira dali sem mais nenhum comentário, deixando Lisbon um pouco confusa.

Talvez tentar todo tipo de distração não tivesse resolvido. Ela simplesmente não entendia. Por que estaria tão confusa com relação ao Jane?! Quer dizer, é simplesmente ele. O Jane. Jane do trabalho. O resto da noite seria longa. Não conseguia dormir, queria entender tudo aquilo. Porém, sem chegar a uma conclusão, acaba relaxando e pegando no sono.


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Notas finais do capítulo

E aí?

Bem, acho que agora só ano que vem. ACHO.
Beeeijo :D



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