Red Trip escrita por bksbm


Capítulo 6
A Caminho de Paris


Notas iniciais do capítulo

Capítulo maiorziinhoo :DD



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Jane cochilava, enquanto Lisbon se acomoda, contra sua vontade, em sua poltrona. Retira um cobertor, e relaxa, ou ao menos tenta, no assento, jogando o cobertor por cima do corpo. Seria uma longa viagem, cerca de 10 horas, com escala na Inglaterra. Será que Jane iria permanecer a viagem toda quietinho como estava? E Lisbon? Ainda estava intrigada com a recepção a Van Pelt, e Jane iria perder a oportunidade de alfinetar a Morena mais uma vez? Incontestavelmente, esse era seu passatempo preferido. Enfim, ele abre os olhos, mirando-a, tão serenamente relaxada, com um sorriso confortável no rosto.

- Lisbon. – E Sorri, sim, aquele mesmo lindo sorriso de sempre.

- Que susto Jane! 

- Você está aqui!

- Oh, Jura? Eu ainda não tinha notado...

- Quer dizer que você reparou na minha presença?! 

- Com você incomodando desse jeito, impossível não reparar.

- Nossa, achei que você só fosse mal-humorada assim na CBI. 

- Eu não estou mal-humorada.

- Está sim. Você realmente pensa que consegue esconder coisas de mim? Pobre Lisbon...

- Você me irrita. E quer fazer o favor de me deixar dormir?

- Desculpe. Prometo que vou tentar incomodar o mínimo possível, “chefe”.

Ela finalmente abre os olhos, mirando-o, devido à ironia. Logo retorna ao seu lugar, novamente escondendo os belos olhos verdes.

Van Pelt e Rigsby não demonstravam nenhum interesse no conforto da poltrona. Pareciam ansiosos... Nervosos. Por que não aproveitar a oportunidade? Sim, seria correr um risco diante do resto da equipe, por mais que ali fossem só amigos. Logo, no braço de apoio, as mãos dos dois se encontram. Van Pelt sorri, e abaixa a cabeça tentando disfarçar. 

- Grace?

- Que? – Responde ela, quase instantaneamente.

- Eu... Eu to incomodando? Se quiser eu, eu viro pro outro lado.

- Ah... Não, não. Tudo bem. Pode ficar aí.

- Eu realmente não entendo por que um braço pra duas cadeiras.

- Pois é... – E vira o rosto para o lado oposto, retirando sua mão do contato com a dele.

A Aeromoça caminhava pelo corredor do avião, com um carrinho um tanto quanto barulhento. Barrinhas de cereal, balas, bolos, dentre outras guloseimas. O único que se atreve a arriscar em algo é Rigsby.

- Ei moça. Eu quero...

Van Pelt permanece imóvel, enquanto o rapaz se estica em cima dela para alcançar a bandeja. 

- Pronto. Obrigada. 

O rapaz atrapalhado de sempre, não mudava por nada. Enche a mão de docinhos, deixando a aeromoça com uma cara de espanto inacreditavelmente engraçada, fazendo Van Pelt se divertir, até perceber que metade das coisas tinham caído em cima dela.

- Tinha que ser. Realmente tava demorando. Sua sorte é qu... – Ela é interrompida por um olhar assustado e ao mesmo tempo envergonhado, de Rigsby. 

- Desculpa. – E abaixa a cabeça, tentando recuperar o que derrubara nela.

- Ahn... Tudo bem. Não precisa se preocupar, não foi nada demais né...

- ... – Novamente aquele olhar.

Ela apenas ri, fazendo-o sorrir da mesma maneira. Por um instante as coisas mudaram, os olhares dos dois não mais sabiam mentir, qual rumo tomar agora?! E suas vidas profissionais, como ficariam? Só o destino tem as respostas para essas perguntas. Cho por enquanto dormia como uma pluma. Pelo visto, naquela viagem era o único que teria sossego. Bom, não por opção. Talvez ele preferisse não ter tanto sossego assim. Mas quem sabe as coisas não mudam para ele também...

Em meados da noite, ouve-se anunciar a parada para o abastecimento. Inglaterra. Apesar de apenas alguns minutos, ainda era novidade para o quinteto. Ainda assim, Jane e Lisbon despertam do cochilo. Lisbon um pouco perdida, para a diversão de Jane. 

- Huum. Parece que alguém aproveitou para descansar um pouco...

- Huum. Já chegamos? Eu dormi tanto assim?

- Não. Inglaterra “baby”. 

- Uau... Vamos Lá. Ainda temos umterço da viagem pela frente.

- Faremos valer a pena.

- Paris vale a pena de qualquer maneira Jane! Não se sinta importante por isso ok?!

- Cortou meu barato.

E então saem do avião, logo, a espera dos outros três. Bom, Cho parece demorar um pouco. Talvez alguma companhia realmente lhe faça falta. A Convivência com Rigsby está atrapalhando o seu desenvolvimento, mas bom, nada que não se possa consertar.

Jane caminha imediatamente em direção a Van Pelt. Pelo visto o planinho para irritar Lisbon funcionava. Temperamento explosivo, misturado com uma pontinha de ciúme de um homem como o Jane, definitivamente não é uma boa combinação. Em breve, muito em breve irá explodir. 

- E Então, como estão de viagem?

- Bom... Fora o fato de que ele não consegue passar 24 horas sem fazer alguma besteira...

- Ei...

- Brincadeira. Desculpa.  – E ri. – E Você e a Lisbon, como estão?

- Vivos, eu acho. 

- Bom, essa parte ficou bem clara pra mim... 

Os dois riem. 

- Oh. Não gosto nem um pouco da expressão dela. 

- Relaxa. Vai dar tudo certo.

- Jane, sério. Eu não me sinto confortável agindo dessa maneira com ela. Não é certo! Você já sabe o que ela sente, pra que tudo isso?! Você lê mentes, esqueceu?!

- Meeh...

- Hum? Chega disso ok?! 

- Tudo bem. Todos cortando meu barato hoje. – E aquela cara de cachorrinho abandonado se manifesta mais uma vez.

Logo Lisbon se aproxima. 

- Olá pessoas. 

- Oi Che... Lisbon.

- Melhor assim Grace. – As duas riem. – Cadê o Cho?

- Ah, foi na lanchonete com o...

- Deixa eu adivinhar... Rigsby!

Novamente um riso coletivo é provocado.

- Obviamente. E Então, o que pretendem fazer ao chegar lá?

- Fora procurar nosso hotel, não é Lisbon? 

- Jane, por acaso eu mencionei seu nome em algum momento? Oh, não me lembro. Desculpa. Por que você não se junta a eles na lanchonete? 

- Huum. Por que eu... – Van Pelt lança-lhe um olhar repreensivo. – Não. Nada.

- Bom Rapaz. 

As duas riem. Van Pelt não esconde o nervosismo. Será que Lisbon questionaria a intimidade repentina dos dois? De qualquer forma, até então, nada de notícias sobre a volta ao avião. As cadeiras do aeroporto eram realmente convidativas, então, não hesitam em sentar-se. Ainda assim, possíveis de observar os “rapazes” se divertindo. Cho, ainda com cara de sono. 

Por incrível que pareça, e por mais curiosa que estivesse, Lisbon se sentia a vontade em companhia com a única mulher do grupo, além dela claro. Deixa escapar um sorriso envergonhado enquanto admirava Jane impressionando os outros com seus truques. Van Pelt só observa, com um olhar meigo, e ao mesmo tempo impressionada com a reação de Lisbon. Pela primeira vez alguma reação dela, confirmava as suspeitas de todos. Logo, a durona agente Teresa Lisbon, se corrige assumindo a postura de uma mulher séria, daquelas que “nunca se deixaria levar pela beleza estonteante de Patrick Jane”. 

-“Atenção. Senhores passageiros. O Vôo rumo a Paris sairá em 20 minutos. Favor retornar aos assentos de origem.”

- E Mais 3 horas de viagem nos aguardam. 

- E o pior de tudo. Alguém que eu queria que fosse a última pessoa do mundo a estar do meu lado num avião.

- Pois é. – A ruiva ri, presunçosamente.

Caminham a passos semelhantes para dentro do avião. Novamente ao desejo de “Bom resto de viagem”.  As duas se acomodam a espera dos seus “Companheiros.” Por enquanto, só de viagem. 

- Voltei!

- ¬¬

- Passa. E Por favor, por favor, me deixa dormir em paz?

- Eu não lembro de te atrapalhar na vinda até aqui...

- Você estar presente já atrapalha!

- Uuuh... Quer dizer que eu te incomodo tanto assim?

- Engraçadinho. Boa noite. – O Cobertor cobria novamente seu corpo.


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