Red Trip escrita por bksbm


Capítulo 2
Desconfiança




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Batiam na porta da casa, rápida e repetidamente. Demora um pouco até serem atendidos.

- Boa noite. CBI. – E repete o ritual de apresentação do distintivo – Estamos investigando a morte de seu filho... Podemos entrar?

- Sim, Claro. Fiquem a vontade.

Lisbon agradece, Jane apenas sorri acompanhando-a. Os Pais, Catherine e Gyber permaneciam abraçados a todo tempo. Ela com uma fisionomia péssima, de sofrimento intenso, e ele, apesar de tentar demonstrar, não tanto.

- Sou a Agente Lisbon, e esse é o J...

- Patrick – Completa, interrompendo-a, com os olhares direcionados ao pai.

- Então... Quando foi que viram Josh pela última vez?

- Ontem à noite. – Catherine Soluçava ao responder.

- Isso. Ficou por algumas horas no computador, como de costume, enquanto estávamos aqui assistindo TV. – Completa Gyber, enquanto consolava a esposa.

- Saiu agitado, disse que ia encontrar uns amigos. Tentei perguntar quem eram, até, mas creio que não tenha dado tempo de me ouvir.

Lisbon ouve atenciosamente, enquanto Jane observava, sem parar, o ambiente.

- Posso dar uma olhada no quarto do rapaz?

- Sim. – Respondem juntos.

Jane sai caminhando lenta e cautelosamente, sob os olhares desconfiados de Lisbon.

Um ambiente pesado com cores fortes. Um único porta-retrato, de caveirinhas, onde havia uma foto com uma garota. Loira de olhos pretos. Abraçada a Josh. Jane remexe um pouco a bagunça.

- JANE!

Logo se retira, ao ouvir os gritos estridentes, e junta-se a chefe (ou talvez um pouco mais), despedindo-se da família.  Assim que deixam a casa, o telefone de Lisbon toca.

- Agente Lisbon.

- Oi Chefe. Encontramos o que pediu.

- Ok. Estamos a caminho. – e Desliga.

Os dois entram no carro e permanecem calados até o escritório da CBI.

- Van Pelt!

- Sim. Foi difícil encontrar, devido à escassez de atualizações feitas, encontrei um rapaz de 16 anos, chamado Pitty Under.

- Ótimo. Bom trabalho. – Van Pelt Sorri – Cho, investigue a ficha do rapaz. Sabem onde me encontrar. Obviamente, isso não se estende ao Jane.

Os 4 se olham disfarçando as intenções, e logo voltam ao trabalho.  Jane volta ao sofá vermelho de origem, distante de Lisbon, e se remexendo a fim de encontrar uma posição confortável, enquanto espera as próximas ordens.

Já tarde, Cho, Rigsby e Lisbon, preparam-se para sair, enquanto Jane e Van Pelt permanecem em suas atuais posições, concentrados. Bem, na verdade Jane concentrava-se em tentar dormir, mas ainda assim concentrava-se de alguma forma.

- Jane, Van Pelt?! Não vão embora? – questiona Lisbon, irônica.

Jane ainda de olhos fechados, sorri magnificamente.

- Ah, estou terminando algumas coisas... Acho que não demoro. – Conclui Van Pelt, aos olhares intrigados da chefe.

- Jane?

- Ah, é... Não sei o que fazer. Acho que vou esperar por ela aqui mesmo, depois eu penso em alguma coisa. – Responde, sentando no sofá e encarando-a. Lisbon fica pensativa por um tempo. Intrigada. Logo sai acompanhada pelos rapazes.

- Acha que eles tem alguma coisa?

- O que? Jane e Van Pelt? – Questiona Cho, achando engraçado.

- Não. Você acha? – Rigsby acompanha sua dúvida.

- Não sei... Mas enfim, não temos nada a ver com isso não é?! Ou Melhor, eu não tenho nada a ver com isso. – Conserta, meio sem jeito.

Cho ri, e Rigsby tentam entender a indireta. Logo se despedem e seguem a caminho de casa.

No dia seguinte, de manhã bem cedo, Lisbon adentra o escritório antes do resto da equipe e encontra Jane dormindo. Parecia bem relaxado, bem à vontade. Ela observa de longe, chega mais perto e observa mais um pouco. Sorri. Ali, Jane abre os olhos e a vê sorridente, já bem perto dele.

- Bom Dia Lisbon. – cumprimenta, gentilmente.

- Ah. Bom dia. Dormiu aqui?

- Acho que sim. Dormir não é bem a palavra certa, você sabe. Mas enfim.

- Huum...

Sim. Ela estava completamente encabulada. Não podia imaginar que ele acordaria logo num dos poucos momentos em que ela podia admirá-lo. E é claro que ele sabia, sentira sua presença desde o momento que havia entrado. Lisbon só esquecera de um detalhe: as habilidades de Jane também serviam para as suas ações. Oh-Oh. Parece que a agente Lisbon acabara de se entregar.

Logo o resto da equipe chega. Van Pelt com um terno branco, cabelos soltos. E um batom claro. Make que impressiona Rigsby assim que chega. Ela fica sem jeito com sua reação, mas acompanha o riso dos outros, diante da situação

-Preparados para mais um dia de trabalho?

Antes que pudessem responder, Lisbon sai de sua sala.

- Bom dia a todos. Nossa, o que foi que te deu hoje?! – Pergunta direcionada a Van Pelt.

- Por que todo mundo está me perguntando isso?! Não posso me arrumar um pouco mais !?

- Ah... Sei. – Indaga ironicamente - Então, vamos lá. Jane, alguma conclusão sobre o caso?

- Como as coisas estão diferentes por aqui hoje.

Lisbon o encara.

- Ops. Ahn. O pai do garoto é militar. Talvez isso tenha um pouco a ver.

- Como sabe disso? – Pergunta Cho curioso, mas sem duvidar de uma resposta bem convincente, como sempre.

- Lisbon. Ontem, quando estivemos na casa deles, como você se apresentou?

- “Agente Lisbon” Como sempre, e você viu isso, mas por que a pergunta?

- Como você estava prestes a me apresentar?

- Jane?!

- E o que foi que eu fiz?

- Teve a falta de educação de me interromper, e se apresentar como “Patrick”.

- Então. O olhar do Gyber para mim foi de curiosidade. Provavelmente ele percebeu que se apresentou pelo sobrenome. Talvez tenha tido tempo suficiente para ler o nome no distintivo.

- Ah. Ta bom...

- Pra que você me pergunta se nunca leva a sério as coisas que eu digo?

- Você é consultor, é pra isso que está aqui não é?!

- Exatamente. – E sorri, deixando-a mais irritada

- Pretende voltar lá?

- Se possível.

- Ok. Rigsby e Van Pelt, vão atrás do rapaz, o tal Pitty. Peguem o endereço com o Cho, e todas as outras informações necessárias. Cho vem conosco. Ah, E Rigsby, hoje a Van Pelt fica responsável!

- Obrigada Chefe. – Os olhos dela brilhavam, acompanhados de um breve sorriso.

- Tudo bem. – Responde entusiasmado com a felicidade da moça.

Jane, Lisbon e Cho se olham. Disfarçam e saem, seguindo seus rumos.

- Não vai dar o que preste, esses dois juntos.

- Ué, por que não?

- Até parece que Rigsby vai prestar atenção em alguma coisa. Com a Van Pelt, ainda mais daquele jeito. Ele já não é tão atento assim, quanto mais...

- É verdade. – Os três riem – Por que será que ela veio assim, tão produzia hoje?!

- Quem sabe deu vontade de provocar um pouquinho.

- Jane?

- Nem pergunta, eu não sei de nada.

- Como se fosse possível. 


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