Red Trip escrita por bksbm


Capítulo 10
O fim da dança




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Lá pelo fim da tarde, uma limusine passou no hotel para buscá-los. Destino: Palácio de Versailles. Um importante ponto turístico da França. Construção antiga, historicamente importante. Uma honra e privilégios de poucos conhecer.

Era um caminho longo do hotel até o Palácio, mas num carro como aquele não seria nenhum problema. Por volta de 30 minutos depois, finalmente chegam.

- Nossa. É enorme!

- E lindo. Mas é vazio assim mesmo?

- É. Poucas pessoas visitam. É um lugar de difícil acesso, e meio caro.

- Eu já disse que amo trabalhar na CBI? – Finaliza Rigsby, quando todos são convidados a iniciar a visita, recebendo um crachá, e acompanhados por um guia.

Inúmeros salões, salas, quartos... Quadros enormes por toda parte. Aparentemente, fotos da Família Real Francesa. Objetos antigos, tudo descrito nos mínimos detalhes, sob o olhar atento dos cinco.

O Lugar mais belo vinha por último e era o único que se permitia , aos tempos. Após um curto lance de escadas, um jardim enorme. Com muito verde, esculturas e pequenos lagos.

- Espera! – Exclama Jane antes de descerem as escadas

- Que susto. O que foi agora?!

Jane estende a mão.

- Uma rainha merece ser tratada como uma.

- Não precisa ser puxa-saco aqui.

- E quem disse que estou sendo?! Vem.

- Hum. – Responde estendendo a mão e olhando com um sorriso de “graça” no rosto. – Sendo assim, obrigada pelo elogio, eu acho.

Ele apenas solta mais um sorriso convencido. Aquilo servia como uma injeção de animo em qualquer ocasião, e ele sabia se aproveitar disso muito bem.

Enquanto sentia o toque da mão dele na sua, sua cabeça retinha somente um pensamento. Incrível. Ela nunca pudera imaginar que aconteceria algo semelhante com ela. De Férias, em Paris, com Jane. Jane do trabalho. Que agora parecia ser bem mais que só isso. Mas o fato de ser a chefe rebatia seus pensamentos. Por mais que ali fossem só amigos, em 2 dias seriam companheiros de trabalho novamente. Isso seria impossível. Nada podia e nem iria acontecer entre eles, além desses poucos momentos em que “curtiam as férias” juntos.

- Lisbon? – Van Pelt interrompe seus pensamentos fazendo-a voltar a realidade, e largar a mão dele.

- Eu?

- Você concorda?

- Com o que?

- Estávamos pensando em almoçar no restaurante que vimos a caminho daqui, o que acha?

- Claro. Pode ser.

- Feito. Nós vamos indo, vão agora?

- Va...

- Não... Vamos ficar mais um pouco. – Responde Jane, passando por cima dela.

Lisbon olha com uma cara nada boa para ele. Mas seus olhos não mentiam que gostara da reação. Mas desta vez ele não venceria, por mais que não quisesse, tinha que dar um basta nisso.

- Nós vamos AGORA sim.

- Oh. Tudo bem agente Lisbon! Você é quem manda.

Os outros saem e eles seguem um pouco atrás. Jane sussurra: “Isso não é empecilho, moça. E pare de tentar passar por cima disso.” E acelera, deixando-a ainda mais pra trás.

- Maldito poder de leitura de mentes.

- Eu ouvi isso!

- Que se dane!

Durante o almoço, enquanto Rigsby estava bastante animado com um prato de comida a sua frente, Jane e Lisbon não paravam de se olhar. Novamente um bloqueio. E ele não conseguia entender por que isso só acontecia as vezes e sempre com ela. Era a única coisa capaz de incomodá-lo. Por mais esforço que fizesse, naquele momento, não resolveria o “problema”.

- Tá tudo bem Jane?! – Cho havia percebido que ele estava diferente. Calado demais para ser verdade.

- Claro, porque não?! – E Solta mais um sorriso pra coleção.

O Resto do almoço caminha assim. Em silêncio, a base de olhares. Era um restaurante belíssimo, climatizado, com uma decoração maravilhosa. E música ao vivo. Enquanto descansavam, ouviram tocar uma música calma, romântica.

- Huumm...

- Quando você faz esse “hum” é por que vem coisa por aí. No que você está pensando?! – Dispara Lisbon, provocando-o, sem levar em conta o som da linda música ao fundo.

- Nada mirabolante. Que tal uma dança?

Lisbon se espanta com a simplicidade do rapaz ao lhe responder.

Sem desviar seu olhar do dela, ela se levanta e a puxa pela mão, até a pista, onde vários casais dançavam abraçados. Os outros três só observam. Era difícil de acreditar que Jane tivesse tanto poder a ponto de encantar a durona agente Lisbon. Mas sem discordar em momento algum que eles faziam um belo casal.

- No que você está pensando? – Desta vez não era somente sarcasmo.

- Você me perguntando isso?! Nossa. Temos um milagre por aqui?!

- Não seria o primeiro do ano... Mas você está fugindo da minha pergunta.

- Estou pensando em como essa música é linda, e como eu sou louca de estar dançando junto com você.

- Huum. Bem interessante até.

- Engraçadinho. E você, no que está pensando?!

- Em como eu sou um cara de sorte por ter te conhecido...

Suas mãos dadas. Enquanto Jane brincava alisando as costas dela, ela se divertia com seus dedos entrelaçados, até reparar um simples detalhe. Jane jamais tirara a aliança do dedo, e aquilo fazia com que ela lembrasse as circunstâncias de ter conhecido Jane. Pode ter sido destino, mas eles trabalhavam juntos por um porém. Desde sempre suas esposa e filha, foram a razão da sua existência e da sua vingança. Era impossível esquecer de tanto amor que ele tivera por elas.  Diante disso, ela interrompe a dança.

- Desculpa. Não da pra continuar com isso.

- Mas...

- Não.  Desculpa mas não.

E sai andando de volta pra mesa. Ele repara o motivo pelo qual ela se recusava a continuar. Por mais que naquele momento sua mente estivesse bloqueada para ele, sabia que em diversas ocasiões já tinham lhe passado pensamentos, que o agradavam. Mas muitas mudanças ainda teriam que ocorrer para que isso fosse possível. Se é que um dia seria. 


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