A solução para tentar amenizar o clima que rodeava a todos depois do almoço foi ir às compras. Uma praça com todo tipo de lojas, bem organizadas. Os 5 se distribuíram aonde quiseram ir. Jane passava por todas sem entrar em nenhuma. Mais uma lhe pareceu uma exceção. Uma loja de Jóias. Lisbon e Van Pelt deslumbravam-se com cada loja de roupa que passavam, todas realmente lindas. Cho e Rigsby acompanhavam a caminhada das duas. Talvez aquilo realmente tivesse servido de distração a quem realmente precisava. Algumas horas depois de muitas compras (para alguns), cansados, sentam-se um pouco numa praça por perto.

- Nossa. Nunca comprei tanto na minha vida.

- Eu acho que nunca ANDEI tanto na minha vida.

- Ah... Isso eu tenho que concordar. Se eu casar um dia eu não saio pra fazer compras junto com minha mulher nunca! – Comenta Rigsby rindo. E recebendo ao mesmo tempo um olhar repreensivo de todos, inclusive Van Pelt. – Quer dizer... Eu... Foi uma... Piada.

- Não se faz esse tipo de piada na frente da futura esposa. – Mais um comentário ousado de Patrick Jane.

Enquanto Van Pelt sente aquela clássica vontade de matar Jane, os outros 4 riem.

- E Você Jane, o que fez enquanto fazíamos nossas compras?! – Pergunta Rigsby sarcasticamente.

- Hum... Nada. Vocês podem ver que não comprei nada. Enfim, fiquei dando umas voltas por aí... Só Isso.

- Só isso? Nossa.

- Milagre não estar aprontando nada por aí...

- Meeh...

De volta no hotel Lisbon tentava arrumar nas malas tudo que tinha comprado. Parecia animada. Com o aquecedor ligado, usava apenas um top, e uma calça confortável. Sentada sob a cama, com a TV ligada, mesmo que desprezada, cantava algo como:

“I took off my clothes and I ran to the ocean Looking for somewhere to start anew And when I was drowning in that holy water All I could think of was you Oh my friend love is the end So best not pretend, because love is the end…”

Enquanto Jane passava a caminho do seu quarto, escuta a voz de Lisbon, que tanto estava acostumado a ouvir. Tranqüila, cantando. Para na porta do quarto por um tempo, e aquele sorriso se põe no seu rosto. Sem intuito de irritar ninguém, mas como um sinal de felicidade. Ele passa a mão pela pequena embalagem no bolso: “Espero que possa fazer valer a pena.”

Todos passam a tarde em seus quartos, descansando. Mais tarde, tomam seus cafés, vêem um pouco de TV juntos, como de costume na última semana. A viagem seria na próxima noite, e estariam de volta a rotina.

- Hum... Boa noite pra quem fica. Eu vou subir, cansei de tv por hoje.

- Mais ainda ta cedo Jane...

- Sem problemas, eu arranjo um jeito de me distrair.

- Outro além de mim?! Olha que eu fico com ciúmes ein?!

- Tenho certeza que sim. - Completa rindo.

- Pra que que eu provoco?

Enquanto subia, tentava pensar em alguma maneira que pudesse surpreendê-la com o presente. Precisava encontrar um jeito de colocá-lo em seu quarto sem que ela visse. Restava esperar a noite para isso.

Mas será que valia a pena insistir naquilo?! Ele tinha plena certeza do que queria, mas e ela?! Sem conseguir ler sua mente, era ainda mais difícil. E desde a sua mulher, ele nunca mais tinha tido contato com mais nenhuma. Ninguém tinha sido capaz de encantá-lo tanto quanto Lisbon. Seria uma noite de surpresas.