“A chegada de Bruce Wayne a Castlewood se compara ao próprio primeiro contato de Cristóvão Colombo com a América, que julgou ser o Paraíso Terrestre. No interior da Grã-Bretanha, o agoniado órfão descobre muitas coisas, inclusive um grande amor”.

Vendo o irmão de Alfred recebendo-o com tamanha alegria, Bruce deseja poder deter a morte. Segue-se um flash-back com uma cena oriunda de Batman & Robin, contendo um dos poucos diálogos entre Wayne e seu mordomo que na minha opinião salvam o filme.

Em seguida descrevo o interior da mansão e a entrada de Elizabeth Castlewood, seu encanto combinando com a decoração do lugar. Apesar de ser uma personagem original minha, o nome Elizabeth possui raiz externa: por volta de 2002, houve um forte rumor de que estaria sendo produzido o famigerado longa Batman Vs. Superman (que foi recentemente, inclusive, referenciado em Eu Sou a Lenda). Na trama, Batman abandonaria o manto de herói após a trágica morte de sua noiva, chamada Elizabeth, pelas mãos do Coringa a mando de Lex Luthor. O roteiro da produção até era interessante, mas atores como Colin Farrell foram cogitados para o papel do Batman. Deus me livre.

O primeiro diálogo entre Bruce e sua futura amada, mesmo sendo breve, é na minha opinião um dos melhores da fanfic.

Há um corte para a visita do Coringa ao Asilo Arkham. Antes da chegada do criminoso, a doutora Quinzel faz anotações sobre os internos, citando dois vilões do universo do Batman: o primeiro é Edward Nigma, o Charada, visto em Batman Eternamente. O outro é Arnold Wesker (não confundam com Albert Wesker, da série Resident Evil), o Ventríloquo, que até agora não apareceu nos filmes. Trata-se de um vilão bastante curioso que se deixou completamente dominar por seu boneco que antes usava para shows, chamado Scarface, chegando a criar para ele uma personalidade própria. Com certeza merece uma chance na nova franquia iniciada com Batman Begins.

O Coringa faz então sua sombria aparição, dominando a já pré-disposta mente de Harleen com a ajuda de um de seus gases dos nervos. A sinistra gargalhada do vilão mostrou-se vital para a intensidade dessa cena.

Depois presenciamos o jantar em Castlewood. Serve apenas para marcar a crescente afinidade entre Bruce e Elizabeth. Nada mais.

Voltando a Gotham City, a doutora Quinzel conclui sua transformação em Arlequina, já trajando o mesmo uniforme dos quadrinhos e desenhos. Não me esqueci do “pudinzinho”, forma pela qual tradicionalmente a vilã chama seu amor.

Quanto à escolha da atriz Winona Ryder para o papel: a fanfic tenta reproduzir o clima dos dois filmes do Batman dirigidos por Tim Burton, e Winona possui um histórico de aparições em filmes do diretor, como Beetlejuice (que também teve Michael Keaton, irreconhecível, no papel-título) e Eduardo Mãos-de-Tesoura. Além disso, a atriz, para mim, tem um quê muito forte de Arlequina. Foi minha primeira e última opção.

E o Coringa arquiteta sua reaparição pública...

Cabe aqui uma pequena nota: antes do fracasso de Batman & Robin, um quinto filme do Batman era planejado. George Clooney, Chris O’Donnell e Alicia Silverstone voltariam em seus respectivos papéis de Batman, Robin e Bat-Girl. O vilão seria o Espantalho, que não teve ator definido. Mas não estaria sozinho: surpreendentemente, a Arlequina estaria no longa, porém como filha do Coringa ao invés de amante. E adivinhem? A cantora Madonna foi cogitada para interpretá-la. Jack Nicholson também ganharia uma pontinha no filme, voltando ao papel do Coringa num sonho que Batman teria quando estivesse sob efeito do gás do medo do Espantalho. Relativamente interessante, enfim, e o enredo da fanfic foi baseado um pouco nesse roteiro nunca filmado.

De volta a Castlewood (a narrativa agora se alterna entre a mansão e Gotham), Bruce reflete sobre Elizabeth e sua vida, amores passados, com referências aos filmes anteriores. O protagonista está incerto quanto a dever ou não se aproximar mais da jovem. Esse sub-enredo é mais bem desenvolvido nos capítulos seguintes, ao longo de diversos episódios que ocorrem entre o casal.

Continua...