“Batman vence seu alter ego, voltando a predominar. Mas isso terá um  caro preço...”

Este capítulo marca o retorno do Batman à ativa, que alguns leitores reclamaram ter demorado muito para acontecer. Logo na primeira cena há um conflito muito grande dentro de Bruce: ele precisa optar entre viver feliz com a noiva ou cumprir seu doloroso dever. A segunda voz fala mais forte. No esconderijo do Coringa, este revela que Arlequina ficará responsável pelo ataque ao hospital, pois ele cuidará de outra coisa. O leitor atento já pode suspeitar do que se trata, principalmente por se tratar de algo relacionado a uma mulher...

Logo depois, na Bat-caverna, tem palco outro dos que considero os melhores diálogos da fanfic: Lucius Fox, a voz da razão, tenta convencer Bruce a não se tornar o Batman novamente, ainda mais por estar tão perto de se casar e ter uma vida normal. Mas Wayne está decidido a retomar Gotham, e cita uma das mais marcantes frases da história “O Cavaleiro das Trevas”: “Este mundo só faz sentido se nós o forçarmos a fazer!”.

A breve seqüência posterior homenageia todos os filmes do Batman até hoje, inclusive Batman Begins, que incluem uma cena do herói vestindo cada parte do uniforme e se munindo de seus equipamentos antes de partir para o clímax do enredo (Joel Schumacher transportou essa seqüência para o início de seus dois filmes, com o infeliz “close” nas nádegas de Batman em Batman & Robin).

A seguir, um soldado natural de Gotham que faz parte do corpo militar na cidade fica eufórico ao ver o Bat-móvel passar velozmente pela rua, indicando que o guardião da metrópole finalmente retornou. Esse trecho pode ser visto como uma referência à cena de Batman Eternamente em que o Comissário Gordon está prestes a desligar o Bat-sinal devido à ausência do herói, até que este finalmente surge imponente no Bat-wing, pronto para deter o Charada.

Dentro do carro, o alter ego de Bruce Wayne dá esperança aos moderadores, e rapidamente descobre que há algo errado no Hospital Infantil. Chegara a hora de agir.

A cena com Batman arremessando o capanga no terraço do prédio através do teto de vidro, ordenando-lhe avisar a seus colegas que o vigilante está vindo, foi retirada diretamente do game para Playstation 2 baseado em Batman Begins. Como os leitores puderam perceber, boa parte das cenas de luta da fanfic são rápidas e até um tanto vagas, pois não queria me arriscar a acabar descrevendo combates mirabolantes sendo que o Batman é um herói real, sem superpoderes. Porém, acho que os confrontos breves acabaram se encaixando bem no contexto do conto.

Nisso, Coringa chega à Mansão Wayne, um plano diabólico em mente. A frase “Hora de fazer a casa cair, ha, ha!” me agradou bastante, e é na minha opinião uma das melhores piadas do vilão em toda a fanfic.

Voltando ao hospital, Batman encontra Arlequina, porém se precipita no ataque (coisa da qual depois se arrepende, sendo que Bruce se repreendendo por suas falhas em ação é outra característica tirada de “O Cavaleiro das Trevas”) e acaba atirado através de uma janela. Em queda livre, o justiceiro acha que seu fim finalmente chegou, quando uma mão o agarra, salvando-o. Como é mostrado depois, o autor da ação é Dick Grayson, agora Asa Noturna, numa inversão da cena de Batman Eternamente, no final do filme, em que Batman salta num abismo para evitar que o então Robin tenha uma queda mortal. Agora é o antigo Robin quem salva o velho Batman da morte certa.

Na residência de Bruce, Coringa consuma seu objetivo, raptando a atordoada Elizabeth após desmaiá-la com um golpe violento. Alguns leitores questionaram o sistema de segurança da mansão, que permitiu que o criminoso entrasse nela tão facilmente. Bem, apesar de ser um tanto forçado, em Batman Eternamente os vilões Charada e Duas-Caras entraram na propriedade também sem dificuldade, e deve se levar em conta que esta história considera os filmes antigos. Além disso, o Coringa teria de capturar Elizabeth para o enredo seguir em frente, ela teria de cair nas mãos dele de um modo ou de outro. Se alguém achou que realmente ficou forçada a invasão da casa, então queira me perdoar.

Arlequina fugiu, e então Batman e Asa Noturna regressam para a caverna no Bat-móvel. Escolhi Chris O’Donnell para voltar ao papel de antes porque na minha opinião ele fez um bom Robin nos dois filmes de Joel Schumacher, principalmente no primeiro, sendo que para mim o maior problema de Batman & Robin foi na verdade o roteiro. Sendo assim, nada mais justo do que trazê-lo mais uma vez como Dick Grayson, agora sob a alcunha de Asa Noturna.

Bruce explica ao pupilo a razão de ter abandonado Gotham, e em seguida trato das impressões de Dick por ter voltado à caverna depois de tanto tempo. Ele estranha o fato de Wayne estar comprometido, e este sobe até a mansão para verificar como está sua noiva...

A seqüência seguinte também dispensa diálogos, e trabalho com o crescente desespero de Bruce conforme prossegue pela casa. A ausência de Elizabeth e a clássica frase do Coringa escrita em sangue na parede do quarto revelam ao protagonista a nova tragédia que se abateu sobre sua vida. Agora seu grande amor caíra nas mãos de seu pior inimigo, e corria o risco de ter o mesmo destino de seus indefesos pais...

Continua...