Uma Nova Semideusa escrita por vivaopato
Notas iniciais do capítulo
eu sei que demorei, me desculpem!
taí o capitulo novo, espero que gostem
Eu entrei na van do acampamento e fechei a porta atrás de mim. Todos já estavam acomodados. Como antes, Afrodite estava ao lado do meu pai e retocava a maquiagem (ainda que esta estivesse impecável). Percy estava tentando acalmar Annabeth e quando eu entrei na van, ela se levantou e sentou-se no fundo, onde havia quatro assentos, ao lado de Luke e Thalia, e Percy se sentou ao lado dela. Os Stoll ficaram nos mesmos lugares de antes.
Ou seja, para mim, sobrou o lugar ao lado da louca. Ou seja, tudo que ela quisesse perguntar, seria eu a responder. Ou seja, eu me ferrei. Me sentei ao seu lado, e ela sorria loucamente. Me preparei para olhar pela janela e calar a boca pelo resto da viagem. Mas não era isso que Meg tinha em mente.
- Nico? – ela chamou.
- Hum? – resmunguei.
- Posso te chamar de Nico, certo?
Ah, não, imagina, é pra você me chamar de di Angelo, olha a ousadia, garota.
- Do que mais me chamaria? – perguntei com cara de ‘dã, do que você tá falando?’
- Ah, não sei... é só que... Nico parece mais apelido, sabe? – ela corou.
- Tá, mas é o meu nome. – respondi mal humorado.
- Ah, tá. Posso fazer algumas... perguntinhas? – ela perguntou sem graça.
Não disse? Sobrei. Olhei para ela e respirei fundo.
- À vontade. – falei.
Ela sorriu.
- Por que você traiu o Percy? – ela perguntou.
Ouvi risadas atrás de mim, e engasguei. Ok, realmente não tinha sido uma boa idéia publicar aqueles livros. Agora a garota sabia de todos os nossos segredos mais profundos. Isso não era legal.
- Eu... eu não traí ele! – protestei.
- Traiu sim. Você o levou ao seu pai e ele o trancou numa masmorra. Aquilo foi mau.
Meu pai olhou feio para ela.
- Eu já disse um trilhão de vezes que meu pai me enganou, que eu não podia imaginar que ele faria algo assim. – olhei acusadoramente para meu pai, e ele deu de ombros.
- Aaah. Mas o Percy não acreditou. – ela falou.
- Eu sei. – dei de ombros.
- Como você arranjou a sua espada? – ela perguntou.
- Eu mandei Minos forjá-la.
- E por que você confiou nele?
- Porque eu estava sozinho e triste e minha irmã tinha morrido, eu tinha descoberto que era filho de Hades e que invocava mortos e ele foi o único que me ajudou. – fiz drama olhando feio para meu pai. Ele ignorou.
- E como você se sentiu quando Bianca apareceu para Percy e não para você?
Ah, caramba! Agora não foi legal.
- Chateado. – respondi indiferente.
Ela pareceu refletir um instante sobre a minha resposta. Então assentiu e continuou.
- Você ficou com medo quando seu pai quase te matou enquanto você tentava convencê-lo a lutar durante a guerra?
- Um pouco. Fiquei mais com raiva da atitude infantil dele.
Sinceramente, eu me sentia em uma entrevista. Mas tudo bem. Ela se levantou de leve do banco e se virou, olhando par trás.
- Thalia! – ela chamou alto.
Thalia estava com os fones de ouvido e olhava distraidamente para a janela, e não a ouviu. Annabeth a cutucou de leve e ela tirou os fones. Annabeth apontou na direção de Meg e Thalia olhou.
- Por que você tem medo de altura? – Meg perguntou.
Ah, menininha suicida. Agora ferrou. Thalia ficou vermelha de raiva e faiscou de leve. Então respirou fundo e respondeu:
- Se eu pegar minha lança e meu escudo e for até você, apontando a ponta da lança para o seu peito, você ficaria com medo?
Meg se encolheu de leve.
- Sim. – respondeu.
- Por quê? – Thalia continuou desafiadora.
- Por que eu sei que você poderia me matar. – Meg respondeu como se fosse óbvio.
- Exatamente. – Thalia disse e encerrou a conversa, pondo de novo seus fones e virando a cara, passando uma mensagem bem clara: “FIM DE PAPO, PIRRALHA.”
Meg se sentou outra vez. Ela me olhou e perguntou:
- Há quanto tempo Cronos foi derrotado?
- Quatro anos. – essa foi Percy quem respondeu, e Annabeth o olhou feio.
Meg se levantou de leve para olhá-lo e perguntou:
- Você e Anabel ainda namoram?
- Sim! E é Annabeth!– Annabeth respondeu fuzilando Meg com o olhar.
- Ah, claro. – Meg resmungou e se sentou.
Então ela arregalou os olhos, como se tivesse acabado de se lembrar de algo muito importante.
- Ah, deuses, eu me esqueci de ligar para o meu pai, ele está no trabalho! – ela falou.
Nos entreolhamos. Sabíamos que já estávamos emitindo tanta aura que seria melhor pendurar uma placa e distribuir panfletos que dissessem “Almoço grátis aqui!”. Um celular, porém, não faria muita diferença. O único problema era que a única com um celular ali era Annabeth, e ela não parecia muito disposta a ajudar.
Para nossa surpresa, foi Afrodite quem se pronunciou. Ela se virou e olhou para Meg, estendendo um pequeno celular cor de rosa.
- Aqui, querida, pegue. – ela disse.
Meg o pegou e agradeceu. Ela discou um número e pôs na orelha, ainda me olhando.
- Alô? Lucia? Eu quero falar com o meu pai. – ela parou um instante – Obrigada.
Passou um pouco, e ela acrescentou:
- Oi, pai. Tudo bem? Sabe o que é? É que... – ela hesitou e me olhou desesperada.
Quer dizer, o que ela ia falar? “Oi, pai, tudo bem? Só queria avisar que eu não vou mais estar em casa, tá? É, porque Afrodite e Hades vieram me buscar e me levar ao Acampamento Meio-Sangue, beleza?”? Claro que não.
Então ela fez uma coisa que me impressionou completamente, talvez ainda mais do que a recepção há pouco. Não, mais que isso não. Mas quase. Ela estendeu o telefone pra mim e me olhou suplicante.
Eu a encarei pasmo, e ela fez uma carinha completamente implorante. Irrecusável. Peguei o telefone e o pus na orelha, falando:
- Alô? Senhor, eu sou Nico di Angelo.
Uma voz grossa respondeu:
Desculpe? Quem é você, rapaz?
- Eu sou filho de Hades, e eu sou do Acampamento Meio-Sangue. Eu e meu pai viemos buscar sua filha e para levá-la ao Acampamento. – falei, rezando para que ele não me chamasse de louco.
Para minha sorte, ele não fez isso.
Mas já? E eu nem estou aí para me despedir!
A voz dele soou indignada, e Meg me olhou esperançosa.
- Eu sinto muito, senhor, talvez a sua filha possa lhe mandar uma Mensagem de Íris quando chegarmos ao Acampamento. Foi necessário buscá-la hoje. – falei.
Ele demorou a responder, então falou:
Certo, rapaz. Obrigado. Passe o telefone para a minha filha, por favor.
- Sim, senhor. Obrigado. – acrescentei, estendo o celular para Meg.
Ela me olhou interrogativa e pegou o telefone, pôs na orelha e disse:
- Alô? Pai?
Ela esperou e falou de novo:
- Está bem, pai. Sim, eu estarei em segurança. Não, não vou. Claro que não, pai. Não. Tá. Certo. Também te amo. Tchau.
Ela desligou e sorriu para mim.
- Obrigada, Nico. – falou estendendo o celular para Afrodite, que a olhou e disse:
- Ah, não, querida, fique para você.
Ela agradeceu e guardou o celular na mochila.
- Nico! – ela chamou e eu a olhei.
- Oi?
- Você tem namorada? – ela perguntou com naturalidade.
Eu corei e ouvi os Stoll rirem atrás de mim.
- Não, Meg.
Ela se virou para os Stoll e repetiu a pergunta.
Eles pararam de rir, enquanto eu já estava quase roxo de tanto rir. Eles se entreolharam assustados. Hesitaram bastante, até que disseram juntos:
- Eu não.
Ela assentiu e se sentou. Então se levantou de novo e olhou para Luke:
- Luke! – chamou, e ele a olhou. – O que você está fazendo aqui?
Ele ficou mais uns instantes com cara de tacho e então respondeu:
- Eu não sei... Hades me trouxe com ele.
Ela assentiu e me olhou.
- Nico, porque vieram nove pessoas só pra me buscar? – perguntou.
- Sinceramente, eu não faço a menor idéia, Meg. – respondi com sinceridade. Simplesmente não fazia nenhum sentido que viesse tanta gente buscá-la, a menos que ela fosse um tipo místico e estranho de alguma coisa.
Tanto faz. Nós paramos e eu olhei pela janela. Estávamos na base da Colina. Meu pai desceu e abriu a porta do carona, para ajudar Afrodite a descer. Nenhum de nós ousou se mover. Meu pai abriu a porta de trás e sorriu para nós.
Todos foram descendo, até sobrarmos apenas Meg e eu. Ela sorriu para mim e pegou minha mão, descendo da van e me puxando com ela. Olhei o Pinheiro de Thalia, e respirei fundo, ainda sendo puxado por Meg.
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deixem reviews e me façam feliz, nao custa nada, nao demora e ajuda o coração do autor