Abri os olhos meio preguiçoso.

Bocejei e voltei a fechar os olhos, procurando algo...Ou alguém...Na cama.

Não achei.

Abri os olhos e me sentei na cama, rapidamente.

Reita já havia ido para a faculdade.

E depois iria pro estágio.

Me deixando sozinho até quase as 9 da noite.

Me levantei e algo no criado-mudo me chamou a atenção.

“Espero que tenha dormido bem, koi. Te amo”

Ahh! Um bilhetinho de amor do Rei-chan!

Ele sempre fazia isso! Acho que já usou um pacote de 500 folhas sulfite.

Assumimos namoro já haviam 4 meses e eu estava feliz.

...

Aparentemente feliz, claro.

Eu estava gostando dele.

Muito mesmo.

Mas algo dentro de mim...Me alertava sobre algo incerto.

Isso me deixava puto!

Me levantei e fui até o banheiro, fazer as ‘higienes matinais’.

Me troquei e fui até a cozinha, notando que Reita havia deixado bolachas e um suco de laranja para mim.

Sorri feliz, indo comer e beber o que ele havia deixado para mim.

Depois de um tempo, peguei minha jaqueta ‘esquimó’ e sai, indo atrás de emprego.

Cansei de depender do Rei, queria arranjar meu próprio sustento.

E o Aoi, namorado do Kai, havia me passado um endereço, falando que o lugar estava com vagas para empregados.

Ah sim, o Uruha descobriu ser corno há uns 3 meses, deu mó reboliço!

Deu mó briga, o Uru saiu muito magoado.

Fiquei com uma certa dó dele.

Passei o tempo pensando, chegando rapidamente no lugar o qual Shiroyama havia indicado.

Era uma loja de cd’s.

Fiquei animado com aquilo.

Afinal, eu amava música.

Logo que entrei, fui falar com o gerente.

Conversei com ele durante umas 2 horas.

No final, consegui a vaga.

Fiquei muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito feliz.

Começaria a trabalhar segunda.

E como hoje era sexta, era dia de saideira para comemorar.

Mas comemorar com quem?

O Reita estava no estágio e...

Bem, se eu quero encher a cara, devo sair com um ‘alcoólatra’...

“Oi, Uruha.”

Era 7 da noite quando nos encontramos num barzinho relativamente tranqüilo em Shinjuku.

Ele estava muito bonito.

Cabelo arrumado, óculos escuros, calça justa...

Perai, por que óculos escuros se já estava de noite?

Foi o que eu perguntei.

-Porque Tokyo a noite é mais clara que de dia. – ele respondeu simples.

Apenas sorri, pedindo vodka para nós dois.

-Como vai...a vida, Uru? – disse, sorrindo, o observando tirar o óculos.

-Bem...E a sua? – ele sorriu, brincando com o óculos.

-Bacana. – sorri.

-Como vai o namoro? – ele disse com um sorriso cúmplice nos lábios, se recostando na cadeira.

-Ah.. – ri sem jeito. – Vai bem...Eu acho.

Ele riu, bebendo a vodka recém chegada.

Ficamos conversando durante um tempo.

Um bom tempo.

Tempo suficiente para esvaziarmos duas garrafas de vodka e dois maços de cigarro.

Eu já estava meio zonzo.

Rindo a toa.

Vendo 2 Uruhas...

-Taka, cê ta bem? – ele riu, me olhando.

-Baaah! To simmm! – eu disse mole, rindo.

Ele riu mais um pouco e ficou me olhando depois, sorrindo.

-Cê ta lindo hoje, chibi, sabia?

Corei.

Talvez pela bebida.

Talvez pela...Cantada.

-A-arigatou. – disse sem jeito, sorrindo.

Ele sorriu mais e continuou me olhando.

Fiquei sério e retribui o olhar.

...

Será que eu estava flertando com o loiro?