House e Cuddy... Amor ? escrita por emilybrito_dark


Capítulo 8
Capítulo 8 - Vamos sonhar mais um pouco.


Notas iniciais do capítulo

É, se passou muito tempo mesmo. Ok, eu tinha abandonado legal a fic, só que quando eu voltei, e vi o quanto de história eu tinha aqui, resolvi recolocar e tentar prosseguir. Em dois anos, eu mudei, sofri, tive experiencias, vivi muito pouco, e vi todos os capítulos da única temporada que finalmente o Huddy existe. Mesmo que tenha durado tão pouco. Aqui, irá durar para sempre, porque House mudaria pela Cuddy sim! Eu tenho certeza. Admito: nem assisto o programa mais, desde que a Lisa saiu, não tem mais sentido; ela era o coração desse seriado! Bom, aproveitem...



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Sim, eu estava o beijando. Eu estava finalmente voltando ao que, se não me engano era há 25 anos, o mesmo sabor. A mesma sensação de certeza, de estar em paz.

Eu não sabia o que estava acontecendo ao redor, estava dando atenção ao modo como as mãos de House estavam em minha cintura, fazendo com que nossos corpos ficassem cada vez mais próximos; seu cheiro muito incomum, para ser sincera, não era de perfume masculino, talvez apenas um simples shampoo de... Camomila? Bom, pelo menos eu sabia que sua boca tinha um gosto de menta forte, o que me deixava mais e mais com vontade de beijá-lo. Até não poder mais.

Só que precisávamos de ar, precisávamos nos separar. Lembro-me bem, daquele mesmo momento quando era uma jovem ingênua, que o amava mais que si mesma. Um dia, o professor tinha nos pegado beijando, no corredor. Suas palavras foram irônicas: "O que é mais importante? O ar que passa por seus pulmões e dá a vida ou apenas amar, e acabar sozinho e desalmado?". Não sei o porquê, mas isso me deixou confusa.

Sem mais aguentar mais qualquer necessidade, afastei-me de House, com a respiração rápida, tentando aos poucos normalizar a respiração.

- Você está bem? - Ele olhava para mim. Você não pode encarar esses olhos azuis, Cuddy. Eu simplesmente não podia, eles eram atrativos demais.

- Sim... Eu estou... Apenas tentando... Recuperar o... Fôlego. - Tentei encarar o chão. Eu não, não, podia encarar House. E toda aquela sua fisionomia de doutor sexy e totalmente atrativo, sem contar seus olhos com de mar, que me faziam delirar e implorar por um beijo seu.

- Se você levantar a cabeça, talvez ajude mais. Sabe, como é, médicos sempre dão os melhores conselhos. - Ele disse um pouco cansado, e pausando, mas percebi um toque alegre em sua voz. E quando finalmente vi seu rosto, encontrei um sorriso. Verdadeiro. Ali, só para mim.

- Deveria ser proibido. - Disse, eu burra, sem pensar.

- O que deveria ser? - Ele se aproximou mais, e eu petrifiquei.

- Ah, muitas e muitas coisas. Só são devaneios meus, é que sabe, quando ficamos por muito tempo sem oxigênio...

- Sempre ocorre sequelas.

- Sempre ocorre sequelas.

Tinhamos falado isso ao mesmo tempo. Já que fora a primeira frase do nosso professor em anatomia humana, na faculdade, ele tinha se sentado ao meu lado e nunca parava de me encarar. Fora a primeira vez que o conheci.

Nós rimos, pela lembrança. E House, suspirou.

- Proibido é você ser tão perfeita, tão certa, tão... Tudo. Cuddy, o proibido é você ser tudo aquilo que eu busquei, só que ao mesmo tempo você sendo isso, é também errado estar comigo. Não te mereço. Nunca te mereci. Eu estou estragado, e para sempre estarei. E isso não mudando, eu talvez acho que nunca você será minha... - Ele disse sussurrando bem próximo da minha boca.

- Sou seu sonho? - Eu estava confusa. É como se tivesse sido há anos que tinha escutado essa mesma frase. Entre sussurros e carinhos, eu tinha escutado essa frase. Dele. Mas...

- Não sei como você sempre teve dúvida. Eu posso ter ficado malvado, rancoroso, irônico, antipático... Eu sei. Mas, o sentimento tem raíz forte, Cuddy. Podeos fazer de tudo, que ele sempre estará lá. Firme e forte, para sempre.

- Eu também nunca esqueci. - Declarei, perdida entre seus olhos que tentavam me passar a melhor das intenções à mim.

Senti a mão dele afagar meu rosto. Nunca vira a expressão de House tão aliviada e alegre igual aquela vez. Eu estava contente por estar deixando contente.

Estávamos prestes a nos beijarmos novamente, mas, antes o escutei sussurrando contra meus lábios.

- Você sempre me fez sentir coisas estranhas...

Sorri com isso, e ele atacou minha boca, com toda a vontade, com todo o prazer, com toda a necessidade. E com todo o meu amor.

                                                                                                    "This is me praying that this was the very first page
Not where the story line ends
My thoughts will echo your name until I see you again
These are the words I held back as I was leaving too soon"

Eu não sabia mais o que fazer, se eu tentava pensar em algum modo de parar por aqui, antes que tudo mude e eu acabe na minha cama e após uma noite maravilhosa, eu fique sozinha de novo. Não, sem ferimentos de novo, Cuddy. Já sofrera demais por muito tempo. Eu tinha que cuidar de mim antes de qualquer coisa.

- House... - Eu separei nossos rostos, muito cedo para que minha vontade por ele acabasse.

- Cuddy, o que aconteceu? - Ele segurava meu rosto com uma expressão preocupada.

- Nada acontece do mesmo jeito duas vezes. Eu já sei como poderia terminar esta noite, mas, eu não quero isso. Não será certo, para mim... Agora. - Eu o olhei triste, porque, eu queria. Muito, mesmo. Entrentanto, eu não podia arriscar, eu tinha que ir aos poucos - se fosse essa minha intenção: ter House!

- Eu sei. Eu sei que não. Só achei que agora, fosse o momento mais apropriado para gente tentar. Mudar a história. - Ele tentava ser casual, mas sentia um pressentimento em sua voz.

- Mude a história. Mude o agora. Mude você. Me mereça, House. Lute por isto daqui. Eu já tentei por tantos anos, eu já sofri tanto por este tempo. E nada mudou, porque você não ajudou para que houvesse mudança. Faça algo, porque se isso não mudar... Eu não irei amar para sempre um fantasma. Eu quero uma família, quero ser mãe, quero me sentir feliz e segura. Eu quero o meu final feliz...

- Final feliz que eu sei que não posso e nunca poderei te dar... - Ele soltou meu rosto, e beijou o topo da minha cabeça. Pegou sua begala, que estava encostada ao sofá, e saiu mancando em direção da porta.

- House! - Corri atrás dele.

Ele já estava saindo, mas antes que isso acontecesse, eu segurei o seu braço.

- Vai ser assim? Quer mesmo que seja assim? - Disse sem fôlego algum. Meu coração batia mais rápido que outra coisa.

- Eu nunca quis. Eu nunca fui muito bom em me expressar desse modo, Cuddy, mas sejamos sinceros... Não sou ele. Esse homem que você projeta, sendo o pai de seus filhos, sendo o homem que te faça feliz completamente. Nós sabemos que não sou eu. E isso, aperta, destrói o meu coração. Já que, enquanto você acha que eu não tentei nada, eu tentei de tudo. Joguei todos os potes de Vicodin, comecei a fazer tratamentos... Não mudou. Eu, de alguma forma, sou um caso perdido. Sem ter a permição de amar ou ser amado, Cuddy. Eu te quero mais do que desejo viver. Mas, não posso te ter. Você tem que ser feliz, com alguém que te mereça.

Ele saiu andando, em direção à sua moto, do outro lado da rua. ENquanto caminhava, meus olhos estavam cheios de lágrimas.

- Não! Não é para ser assim! Todo mundo tem escolha, e se você quer me escolher seja sincero, House! Lute com mais vontade, com mais força! Eu te quero! Você me quer! Se agora, você não é esse homem do meu futuro, se torne ele! Seja feliz comigo! - Eu gritei para que escutasse bem.

Ele continuou de costas, parou e só ficou escutando.Eu baixai a minha cabeça, para ver se algo tinha mudado. Se ele estava vindo em minha direção. Mas, isso não aconteceu.

Ele subiu a moto e partiu.

A vida acabou com este sonho, mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

É, eu acho que ficou bom. Um bom jeito de continuar. Recmomeçar do zero... Espero que tenham gostado. Bjos.