A Profetisa - Heroes Series escrita por AliceCriis


Capítulo 11
10




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10 – Lição nº1 – não tente voar

... enquanto você é uma iniciante. Bem, essa foi a dica que mais foi frisada por meus novos amigos:

Hope Stevenson – uma garota surreal, olhos azuis e cabelos negros com mexas azuis. Simplesmente, essa seria a garota que Claire Bennett se permitiria ser uma grande amiga – pequeno detalhe, a tal é uma viajante temporal. Tenso. Muito tenso.

Melanie – Mel, a maníaca do quarto – você já conhece, companheiro.

Frederich London – loiro com cachinhos e olhos azuis, me fazia jurar que ele poderia ser irmão de Joe. Corpos malhados e mãos grudadas á cintura de Hope, da qual parecia adorar aquilo tudo. Ele era um deslocador, segundo Mel. Ia pra onde queria num estalar de dedos.

Sharon Louis – Manipuladora do fogo. Linda, humpff. Mas parece ser a ‘bam bam bam’ da academia, e tudo mais. A mais velha do grupo e – aparentemente – a mais talentosa. Do qual, me disseram que ela te torra apenas com um olhar torto. PS: Vaca.

Leslei Brank – Ela tem todo um troço com a luz, é nossa vizinha de quartos, ela transpira e inspira luz... digamos, ela é a luz. E a pobre é quase albina, mas não deixa de ser linda, e tem uma barriga tão fofa... ela tem uma barriga adorável, eu não sei explicar... acho que sua barriga lembra do coelho que eu cuidei para a escola, no primário...

Brady Monkeer – Ele simplesmente tem o cabelo e os olhos mais negros que eu já vi... e tem o tamanho de um guarda roupa. Cada olhada que se dá a ele, é como uma onda de calma e sombra que se desgruda dele e vem pra você... Ele é o dono da escuridão – mas ele não é ruim, não quer dizer que luz seja boa e escuro ruim. Ele é adorável... de um jeito sombrio, e o mais estranho de tudo: Ele e Leslei namoram. O que poderia ser mais bizarro – ou previsível – que isso?

E por ultimo mas não menos importante: Z, ou Zoe como chamamos. É a tal da psíquica. Pode manipular qualquer coisa com o pensamento, e é com toda a certeza muito divertida.

Simplesmente, eu adorei tudo. O refeitório é mais aconchegante, do que as coisas de uma escola, as comidas são melhores e aparentemente mais saudáveis – não que eu seja uma vegetariana – eu não vivo sem carne. Mas afinal de contas, meus amigos são ótimos; Joe não me largou por um segundo. Me falou sobre aulas práticas e aulas teóricas –UUUUUGH! o inferno ainda existe. – também, sobre as professoras da escola, sobre Amentia, a diretora de tudo por aqui, e Hope me falou sobre os horários perfeitos de desaparecer da escola e ir pra farra fora do Campus – é claro que minha magnificiência ficou surpreendentemente tentada á escapar da escola, como a Claire realmente gostaria de fazê-lo... mas aí eu lembrei de Gabe... não o meu Gabe; o Gabe do Joe... aquele pobre selvagem que morreu protegendo sua liberdade e selvageria. Pobre Gabe do Joe, ele não teve nem tempo de conhecer a maravilhosidade da minha existência, pobrezinho...

- Que tal uma ida ao Coffe Clauch? – convidou Leslei.

Todos concordaram, e levaram os pratos pra alguma mesa estranha em forma oval, onde todos deixavam os pratos. Apenas eu, Joe e Z ficamos sentados.

- Eu estou meio cansada – Z reclamou.

- Talvez seja melhor a gente voltar pros dormitórios – sugeri, bocejando.

Joe sorriu e colocou os braços nos meus ombros sem vestimenta, e refrigerou meu corpo quente, e eu suspirei em agradecimento.

- Bem, nos vemos amanhã Bi-dot, e seja bem vinda! – Z, disse e estalou um dedo ossudo, e seu corpo se incumbiu no ar, e em segundos ela voou para longe de nossa vista.

Eu olhei para Joe, e pensei: “Eu quero experimentar... AGORA!”

- Não... você não quer... – ele exprimiu os olhos.

- Eu quero!

- Você não pode!

- Claire Bennett pode TUDO. – gemi.

- Quando você começar nas aulas de vôo básico, você pode tentar... Mas não agora. – guinchou – você mal sabe onde são suas salas de aula!

- Eu consigo sozinha. – arrebitei o nariz, e fiz o mesmo que Z fez: estalei o dedo e fechei os olhos. E aconteceu... NADA.

Eu não costumava falhar... em nada. Sempre fui ótima em esportes, minhas notas eram excelentes e meus histórico de freqüência na sala do diretor, era perfeita. Mas agora eu não conseguia fazer uma coisa... assim? Seria difícil assim, ou eu estava com um déficit de dot? Sei lá, mas Claire Bennett é persistente... e gata.

- Para com isso, eu não quero que você grude no teto ou coisa assim...

- Se não vai me ajudar, cala a boca. – retorqui para Joe. Que segurava meu pulso á punhos de ferro.

- Benny, eu só consegui levitar depois de um bom tempo de meditação e alcanço mental... acho meio complicado você tentar de primeira, muitos alunos vão pra enfermaria tentando fazer esse exercício... Sabe quanto tempo Z está aqui...? Você só pode ser doida para... – eu não sei o que ele disse a seguir, só sei que ele continuou buzinando no meu ouvido, enquanto uma voz apareceu na minha cabeça.

“Não acha que pode voar assim, acha?” – uma voz que lembrava muito a minha... mas á uns sete anos atrás. “Não pode me domar assim, eu sou uma tempestade de vento, e acha que uma jovenzinha de ego altíssimo pode me controlar? Eu sou pura natureza e detenho de minhas próprias vontades desista.”

“Ei... você é minha consciência?” perguntei mentalmente, enquanto ignorava Joe tendo um faniquito “Eu sempre sonhei que poderia conversar com minha consciência, só achei que ela seria mais legal...”

“Não sou sua consciência, spaz! Sou a tempestade que vive dentro de você, sou a única parte que te torna uma Extradotada!”

“Ei ei ei! E eu sou o quê?” uma outra voz que pareceu no meio da minha cabeça, tinha um timbre mais nerd do que a anterior, era mais... centrada. “Sou a parte dela que a faz uma Extradotada também, faço-a ver o futuro, em poucos vislumbres... mas sou parte dela.”

“Cale-se” gritou a outra voz “Vocês são patéticas... e o que me tornam patética também... Mas então tente domar-me, Profetisa. Vamos ver do que é capaz...”

E as duas vozes sumiram, e eu fui tomada por uma força e um poder imenso... nada que eu pudesse controlar, apenas estalei os dedos e meu corpo saiu do chão.

- Eu te disse! – berrou Joe se esforçando pra me puxar mais e mais para baixo – Drene-se Benny!

- Drenar? – berrei, com os pés sem rumo, apenas cercados por um vento louco e tempestuoso, percebi também, que vários Dots nos olhavam como se fossemos loucos.

- Fale consigo mesmo para descer!

- É burrice! – retruquei.

- Faça! – ele mandou, enquanto eu subia mais e mais, e o vento a minha volta varria toda a extensão do refeitório. – Agora.

“Seja lá quem seja você, me ponha no chão. Agora.” Minha voz mental soou mais forte e poderosa do que sequer eu era... Minha voz é obviamente sedutora, mas não é poderosa ou mandona...

“Como quiser...” meio arrogante, meio obediente, a primeira voz que eu presumi que era minha consciência, respondeu e sugou tudo á minha volta e eu cai em cima de Joe.

- Eu te avisei... – ele resmungou.

- Cala a boca – resmunguei, e em segundos desmaiei.


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