Era Uma Vez... Uma Ilusão escrita por Landgraf Hulse


Capítulo 14
13. A guerra já começou na Suíça e Itália, e creio que meu príncipe já ouviu falar no Armée du Danube.


Notas iniciais do capítulo

* Um pequeno aviso: "M" nasceu antes de "S"



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27|03|1799 Palácio de Hampton Court, Londres

Os Tudor-Habsburg, logo após Lord Pembroke tê-los anunciado, saíram em perfeita fila aos jardins de Hampton Court, sendo imediatamente recebidos com mesuras de respeito pelos... muitos convidados. Parando um pouco antes dos degraus, eles então assentiram e todos voltaram à animação de antes. Pares e nobres, clérigos e políticos, oficiais e diplomatas, realeza e exilados... de fato, muitas pessoas.

— Eu não me lembrava dessa festa ser tão popular assim nos dias de mamãe. — Richard, tentando ao máximo manter uma expressão simpática para os que observavam, comentou divertido e voltou-se a irmã. — Anne! Isso tem um dedo seu, não tem?

— Dedo meu? Oh Richard, por favor, lembre-se que esse é o "grand renouveau" dessa festa. É natural haver muitas pessoas. — Mas esses eram convidados, não pagantes. Não deixando-se levar pelo tom inocente da irmã, ele negou. Anne voltou-se indiferente para frente. — Além do mais, eu nunca falei nada sobre a quantidade de convidados.

— Deixe-me adivinhar o porquê... — Richard fingiu pensar um momento, fazendo Anne revirar os olhos. Atrás deles três, Robert e Mary suspiram em irritação e cansaço, respectivamente. — Ah, para não deixar Cathrine ainda mais ansiosa, acertei?

— Você mesmo está dizendo isso. — Dando os ombros, ela respondeu inocentemente. Parecia até uma mártir, Richard revirou os olhos. Fingindo um sorriso no rosto, Anne fitou então a cunhada. — Sorria mais, Cathrine, e também tente parecer mais natural. O suor fica muito mais visível à luz do dia.

Dizendo isso, a princesa desceu os degraus e, ao abrir sua sombrinha, deu mais um sorrisinho ao marquês e à marquesa. Os olhos de Richard imediatamente se encheram de descontentamento, uma provocação. E uma que fez efeito, o aperto de Cathrine no braço dele estava muito mais forte. Ele tentou descer...

— Pitt está vindo aí, Richard. — Porém, antes dele dar qualquer passo, Robert avisou melodioso ao descer para junto de Anne com Mary. — Meus pêsames, irmãozinho.

Meus pêsames? Richard franziu o cenho e olhou confuso para Cathrine, que balançou a cabeça. Porém, ao voltar-se para o primeiro-ministro, o marquês logo entendeu. William Pitt estava sério, mais até que o normal, e não era uma simples seriedade, mas... mostrava preocupação. Oh Deus, havia whisky nessa festa?

Chegando em frente ao casal, Pitt fez uma mesura. Sentindo o aperto de Cathrine aumentar, e também por conta das próprias ansiedades, Richard apertou a mão da esposa e assentiu ao primeiro-ministro. Que não fosse nada, Deus quisesse que não fosse nada... o marquês olhou para trás, será que nem champagne havia?

— Faz tempo que não nos vemos, não é, Bristol? — Richard assentiu em silêncio ao primeiro-ministro, que fitou a marquesa, acenou com a cabeça e retornou ao marquês. — Pergunto-me o motivo, sendo que... temos basicamente as mesmas preocupações.

— Talvez seja a falta de motivos. Não é sempre que o principal ministro do rei precisa falar com o jovem marquês de Bristol, nem quando ele é príncipe de Niedersieg. — Agora foi o ministro que assentiu. Os três ficaram em silêncio, até que Richard cansou: — O que me lembra da guerra. Tem alguma notícia, Pitt?

O primeiro-ministro não respondeu, a atenção dele estava completamente na marquesa, para falar a verdade, Pitt parecia até estar analisando ela. Por quê? Richard queria saber o motivo, principalmente porque Cathrine não parecia estar gostando. Então o marquês sorriu para a esposa e sinalizou para a sombrinha dela, foi o bastante para Pitt retornar a ele.

— As notícias que tenho são as mesmas que os jornais dão. — Mas todas chegavam primeiro ao governo. Richard, porém, sorriu e assentiu. Hesitando um momento, Pitt então falou: — Mas, de fato, há um assunto sobre a guerra que desejo falar com você.

— Sobre a guerra? — O marquês exclamou franzindo o cenho e fitou rapidamente da esposa, igualmente confusa. O primeiro-ministro assentiu. A guerra? Richard negou consigo mesmo, nem exército ele tinha, e encarou Pitt. — Mas o que seria? Pois, até onde sei, a guerra ainda não chegou na...

— Então Linzmain não está lhe informando bem, meu príncipe. — Como!? Soltando a esposa, Richard aproximou-se ameaçadoramente do primeiro-ministro, o que ele queria dizer com isso? Pitt, porém, não mostrou medo algum com a altura do jovem marquês. — A guerra já começou na Suíça e Itália, e creio que meu príncipe já ouviu falar no Armée du Danube.

O olhar ameaçador dele começou a se desfazer com as palavras impassíveis do primeiro-ministro. Danube... essa palavra... o receio começou a tomar conta da cabeça de Richard e ele afastou-se... o Inn era uma afluente direta do Danúbio... os olhos dele arregalaram... Niedersieg!

— Richard, por favor. — Atrás do marquês, Cathrine levou uma mão ao ombro dele e... implorou. — Estão começando a olhar para nós.

Olhando por cima do ombro a esposa e depois algumas damas e cavalheiros, os reconhecidamente fofoqueiros, que olhavam na direção deles, Richard afastou-se ainda mais de William Pitt e sorriu calmamente. Um Tudor-Habsburg jamais mostra descontentamento ou raiva, é inaceitável mostrar a escória dos sentimentos.

— Linzmain não me disse nada, realmente, eu...

— Sei que é falta de educação, mas posso tomar para mim a atenção do casal de bonitinhos aqui, Pitt!? — Interrompendo o primeiro-ministro, assim como quase fazendo Richard fechar dolorosamente os olhos, a princesa real aproximou-se extremamente feliz deles.

Todos os três voltaram-se sorrindo à duquesa de Württemberg, não havia outra escolha, afinal. Porém... esse sorriso na direção deles dois... Richard e Cathrine compartilharam um olhar, será que as fofocas...?

— Não está em minha posição recusar um pedido da realeza, Sua Alteza Real. — O primeiro-ministro recebeu um satisfeito sorriso da duquesa. Antes, porém, de sair, Pitt fitou o marquês. — Depois continuamos essa conversa, Bristol. Com licença.

William Pitt fez então uma mesura aos marqueses, depois a duquesa e então afastou-se, indo em direção a Lord e Lady Grenville, com Lady Hester Stanhope, todos parentes. Se Lady Chatham estivesse junto, Richard levaria Cathrine para conhecê-la. Porém... ele franziu o cenho, o que será que estava acontecendo na Alemanha?

— Estou muito contente por vocês dois, Richard! — Era perceptível. A atenção do marquês retornou à princesa real, que sorria amplamente. Richard sentiu Cathrine pegando a mão dele, ela mordia ansiosamente os lábios. — Parabéns! É uma alegria! Quem diria?... uma criança!

Os olhos deles dois arregalaram com as palavras da contente duquesa. Uma criança... onde ela havia escutado isso!?... Quem deixou escapar!?

*****

— Não acho que deveríamos ter deixado Cathrine sozinha. — E Mary vinha dizer isso apenas agora? Andando à frente dos irmãos, Anne revirou os olhos. A princesa mais jovem ainda acrescentou preocupada: — Devemos lembrar que... ela está grávida.

Parando imediatamente ao lado da fonte do jardim privado, obrigando assim os irmãos a fazerem o mesmo, Anne respirou fundo e, olhando um momento para a água jorrando, virou-se para Robert e Mary. Ela sorria, mas mostrava claramente que não era necessário lembrar do recém-descoberto novo estado da marquesa.

— Cathrine não está sozinha, Mary. — A princesa mais jovem ergueu uma sobrancelha, duvidando. Mas era possível!? Anne bufou. — Não está! Richard está com ela.

Apenas para deixar ainda mais claro, Anne apontou então a relativamente distante entrada do jardim onde estavam Cathrine e Richard, junto da... duquesa de Württemberg. A princesa franziu o cenho, se Charlotte veio, muito possivelmente, ele também veio. Porém essa preocupação não durou muito. Percebendo que os irmãos também olhavam para Richard e Cathrine, Anne sorriu vitoriosa.

Não havia coisa melhor que vencer. Sorrindo satisfeita, irritando assim os irmãos, e principalmente Mary, Anne abriu a boca para fazer um comentário... porém no mesmo instante alguém esbarrou nela por trás. Oh Deus! Oh Deus! Que não fosse...

— Não fique parada no meio do tráfego, Anne! Eu nem percebi você aí.

Oh Deus, era... uma conhecida voz feminina. Suspirando aliviada, ela voltou-se na direção da voz e... fez junto dos irmãos uma mesura. Não era uma mulher, nem qualquer mulher, mas sim a princesa Sophia, acompanhada pela princesa Mary, claro. As duas princesas assentiram em reconhecimento.

— Que surpresa tê-las aqui, Suas Altezas Reais. Pensava que o rei não permitiria. — Ou melhor, que a rainha não permitiria, mas… aqui estavam. Anne sorriu às princesas.

— Não iria, realmente, por isso mesmo viemos com Charlotte. — E quanto ao príncipe…? Anne negou e continuou fitando a, surpreendentemente, vivaz Sophia. Ela estava bastante animada hoje, muito diferente de Mary. — Apesar de que... talvez tivesse sido melhor deixar a viúva aqui em Buckingham House.

— Fui coagida a vir, apesar de... estar de luto! — A voz da princesa Mary saiu chorosa, fazendo Sophia revirar os olhos. Oh Deus, ainda era pela morte do... a princesa, porém, não gostou nenhum pouco do descanso da irmã. — Por acaso você sabe o que é perder o amor da sua vida, Sophia!?

— Não, graças ao Todo-Poderoso, e que assim continue.

O desdém usado por Sophia incitou mais ainda a ofensa da princesa Mary, que encarou furiosamente a irmã mais nova. Claro que, apesar disso, Sophia sorria alegremente. Anne, Robert e Mary observavam tudo em completo silêncio, apenas julgando com os pensamentos o certo e o errado, o divertido e o triste. Apesar de que... realmente era engraçado.

Ao contrário de Sophia, que usava um delicado, porém alegre, vestido rosa de musselina, Mary realmente estava vestida para o luto, usando desde um vestido escuro até não usando muita maquiagem. Tudo para o holandês. Anne estava bastante disposta a fazer um comentário, mas Robert, com uma triste expressão no rosto, deu um passo para frente.

— Não! Não, Sua Alteza Real, não chore! — Oh Deus! Anne e Mary, até mesmo Sophia, tentaram segurar uma risada. Robert sorriu de lado para a princesa Mary, limpando os olhos. — Primo Frederik não iria querer.

— E como você saberia, Robert, sendo que nem conheceu ele direito? — Nenhum deles conheceu. Imediatamente o príncipe voltou-se a Anne, irritado.

— Anne! Não diga nada, cala-te. — Ao invés de ofender-se, Anne sorriu irônica. Onde será que isso iria dar? Robert sorriu novamente para a enlutada princesa. — Sorria, Mary. Sim, sorria bastante. Você é tão bonita e sorrindo fica ainda mais. Sorria, assim as duas ficarão lindas.

E para completar o encanto, ou seja lá o que isso fosse, Robert estendeu delicadamente um lenço a chorosa princesa. Mary, porém, ao perceber isso, fez uma careta enojada e deu um tapinha na mão dele, recusando.

— Não me ofenda, Robert! Meu noivo morreu em janeiro! — O príncipe quase pulou para trás, assustado com a raiva da princesa Mary. As outras não conseguiram mais segurar uma risada. A princesa ainda acrescentou desdenhosa: — Além do mais, cresça um pouco antes de tentar flertar!

Oh Deus! Anne e Mary, juntos de Sophia, riram ainda mais com essas palavras, principalmente ao verem a raivosa expressão que tomou conta do rosto de Robert. Nunca, jamais, em nenhuma circunstância, ele deveria ser chamado de criança. Pegando o braço da irmã caçula, Robert encarou furiosamente as duas princesas reais.

— Pois bem, riam o quanto quiserem. Mas saibam que ainda irei de casar com uma de vocês. — Baixo o suficiente para apenas eles escutarem, Robert... com certeza, ameaçou. Mary e Sophia sorriam divertidas, fazendo ele erguer a cabeça. — Uma das filhas de George III ainda haverá de ser duquesa de Kendal, nem que seja Augusta!

Dito isso, o jovem Kendal virou-se para trás e saiu de perto. Mary, sendo levada pelo irmão, conseguiu apenas dar as duas princesas reais um olhar de perdão.

— Boa sorte com papai! — Não tendo o mínimo receio de chamar atenção, Sophia gritou irônica ao príncipe. — E quando tiver mais altura, me procure! Eu aceito tudo... tudo para deixar aquele convento.

Essa última parte foi dita em baixo tom, num ar até que pessimista. Anne não gostava de se envolver nos problemas de outras famílias, principalmente nos da família real, mas era impossível não sentir uma certa pena ao ver essas jovens e belas princesas ficando velhas, feias e... solteiras. Não era segredo para ninguém que o rei e a rainha queriam manter as filhas solteiras, mas...

— Vocês já cumprimentaram a marquesa? —Era melhor mudar de assunto. Anne sorriu e recebeu uma negativa delas.

— Não, por isso mesmo já vamos indo. Creio ter visto o major Garth. — O major Garth? Anne franziu rapidamente o cenho ao ouvir Sophia, mas logo a mesma mudou de assunto. — Depois falaremos sobre aquele assunto envolvendo as crianças dos bairros podres, certo?

Havia como dizer não? A princesa Tudor-Habsburg assentiu sorrindo. Todas fizeram uma mesura de despedida e, enquanto Mary e Sophia iam por um lado, Anne foi pelo outro. Talvez ela devesse começar com Cathrine...

— Você ainda não esqueceu esse homem? Sophia, isso resultará em problemas!

Apesar de escutar isso, Anne nada disso. Mas... ela não lembrava de ter convidado o major-general Thomas Garth. Tentando não pensar nisso, a princesa abriu a sombrinha e retornou ao passeio pelo jardim. Era necessário aproveitar, ela não sabia em que momento o... embuste iria encontrá-la.

Quando chegou perto da escadaria que levaria ao caramanchão, Anne pensava até que ele não viria, porém...

— Limonada? — Fritz a chamou por trás, ele sorria amplamente, segurando um copo.

*****

Não havia mais como fugir ou protelar, não que ele estivesse fazendo isso, assim como dificilmente alguém iria interrompê-los agora, ele havia garantido, mas... que desgraça! Bufando irritado, Richard bebeu o resto da cidra que tinha consigo e aproximou-se de William Pitt. O marquês foi imediatamente notado.

— Podemos acabar depois, Windham? Mas tente falar com Grenville ou Dundas, eles saberão. — Pitt imediatamente dispensou o Secretário em Guerra, William Windham, que fez uma mesura ao príncipe e afastou-se. O primeiro-ministro continuou encarando o secretário. — Sabe qual é uma das piores partes em liderar um governo, Bristol? É ter que cooperar com pensamentos opostos.

— Não que seja um problema para você, afinal, seu governo está se dando muito bem com os whigs. — Uma coalizão política, como chamavam. Pitt, porém, deu os ombros ao marquês.

— Fomos obrigados pela situação. O desespero exige ações desesperadas. — A guerra exigia que o parlamento aprovasse todas as ações do governo. Richard iria negar, mas no mesmo instante Pitt o encarou. — Veio aqui para acabarmos nossa conversa, não?

O marquês assentiu lentamente, poderia ser outra coisa? Porque Richard falaria com o primeiro-ministro apenas se um assunto do governo o envolvesse de alguma forma. O primeiro-ministro sorriu, ou pelo menos tentou, e então apontou para frente.

— Não estou com vontade de conversas longas, Excelência, então vá logo ao ponto. — Richard não queria ser descortês, mas... era necessário. Então ele foi direto ao ponto: — O que está acontecendo na Alemanha?

— Uma guerra, no sudoeste da Alemanha, para ser mais específico. — Sem qualquer receio, o primeiro-ministro respondeu e saiu andando. Perplexo, Richard inicialmente não teve ação, até que ele seguiu Pitt. — Conseguimos organizar uma campanha austro-russa na Itália e Suíça, os franceses conseguiram grandes vitórias nesses lugares, como você já deve saber.

— Mas o que isso...?

— A Suíça faz fronteira com a Alemanha, não? Eis a questão. Você lê o jornal, Bristol? — O marquês parou com essa pergunta de Pitt, que o fitou com curiosidade. Apenas ocasionalmente o jornal era lido, porém ele permaneceu calado. Pitt voltou a andar. — Os austríacos já perderam duas vezes, na Suíça e depois em... Vorarlberg.

Que fazia parte do Tirol, que por sua vez fazia parte da Áustria, embora nada oficialmente. Richard continuou parado, pensando seriamente nesse assunto. Mais um pouco de cidra seria perfeito. Até que... os olhos dele arregalaram e o marquês voltou a andar.

— Mas o Vorarlberg está a milhas de Niedersieg. — Pitt imediatamente parou e voltou-se ao desafiador príncipe. O primeiro-ministro não dava sinal de abalo, mas era perceptível uma certa irritação. Richard então falou. — A guerra chegou na Alemanha, mas não na minha.

O primeiro-ministro permaneceu calado, estático onde estava. Houve um momento, um bastante curto, em que Richard sentiu medo pela reação dele. Não seria exagero dizer que Niedersieg dependia da Grã-Bretanha, assim como a Áustria, então um desastre diplomático não seria agradável. Porém Pitt... suspirou entediado e negou.

— Não sabemos ainda com qual objetivo a França criou um exército no Danúbio, pode ser para conquistar a fronteira com o Santo Império, ou isolar a Áustria. — O marquês semicerrou os olhos, com que objetivo Pitt dizia isso? — Mas temos uma certeza: da Suíça eles irão ao Tirol.

Os olhos do príncipe se arregalaram com essa informação. Da Suíça ao Tirol... Niedersieg fazia fronteira com o Tirol! Richard avançou imediatamente na direção do primeiro-ministro, respirando fortemente.

— O imperador nunca permitiria uma coisa dessas! — O marquês praticamente gritou na cara do primeiro-ministro, chamando assim a atenção de alguns. Eles eram parentes, afinal de contas. — Niedersieg representa...

— Será que ele garantiu o mesmo à rainha de Nápoles e à duquesa de Parma? — Impassível, Pitt limpou o rosto. Já Richard... calou-se. — Eu perguntei se você lê jornal, não? Pois se lesse, você saberia que, apesar das iniciais perdas, os austríacos ganharam a última batalha e estão forçando os franceses ao oeste.

— Estão recuando?

— Creio que até agora o único pequeno estado alemão violado pela França foi o insignificante Liechtenstein. — Outro dependente da Áustria, porém... eram situações diferentes. A respiração do marquês começou a acalmar-se, fazendo o primeiro-ministro "sorrir". — Você está seguro, Bristol, pelo menos por enquanto.

Dito isso, William Pitt fez uma mesura e saiu. Fechando fortemente os olhos, Richard respirou e suspirou, muito mais aliviado. Niedersieg estava seguro, por enquanto. Mas... o príncipe franziu o cenho e fitou o primeiro-ministro.

— O que você quer com tudo isso, Pitt? — O primeiro-ministro, descendo a escadaria para a fonte, parou e encarou o marquês. — Qual o seu objetivo ao... falar essas coisas?

— Quero simplesmente lembrá-lo onde está sustentada a continuidade do seu poder: na Áustria e Grã-Bretanha. — Direito e cru, Pitt respondeu. Parecia mais... Richard engoliu em seco e ergueu a cabeça, uma ameaça. — Então, se você não deseja decair a mesma posição dos "primos Orange", esteja sempre disposto a nos apoiar. Sempre.

Finalizando, o primeiro-ministro voltou a descer a escadaria, onde ele passou pelo visconde e a visconde Castlereagh, assim como o príncipe e a princesa von Herrlich. Parado no mesmo local, o marquês, franzindo o cenho, estava mais que pensativo, estava com medo. O que exatamente William Pitt desejava dizer com aquelas palavras?

Porém logo isso passou. Lady Castlereagh, praticamente puxando o marido, chegou no marquês dizendo que von Herrlich tinha algo muito feliz a dizer. Richard sorriu e direcionou sua atenção ao casal de nobres austríacos.

*****

Tentando ignorar ao máximo a presença do príncipe hereditário, Anne subiu calmamente os degraus da escadaria. Era apenas olhar para frente e não dar atenção... mas ele continuava atrás dela, e ainda com a limonada. Não daria certo! Parando no meio da escadaria, ela virou-se ao príncipe, que sorria desafiador.

— Muito gentil da sua parte, Fritz, mas eu não pedi limonada. — Sorrindo igualmente desafiadora, Anne respondeu e voltou a subir. Ele não iria ganhar. Porém, para a irritação dela, o príncipe continuou a segui-la. Anne novamente parou. — Virou minha sombra agora, foi?

— Não, mas confesso que a ideia é tentadora. — Mas era inacreditável! A princesa negou enojada ao malicioso comentário do príncipe. Ele riu e estendeu a limonada, olhando para o copo e depois para Anne. — Sabe que... quando olhei para isso, lembrei de você.

A boca dela abriu imediatamente em ofensa, Fritz a estava chamando de azeda!? Encarando-o fixamente, Anne desceu até estar a um degrau do príncipe. Um doce, ela era um doce, melhor até que mel... só que muitos insetos da família das abelhas fazem mel.

— Lindo gesto o seu, Fritz. — Colocando um lindo sorriso no rosto, Anne pegou o copo e... entregou para uma pessoa qualquer descendo a escadaria. O príncipe levou uma mão ao peito, fingindo tristeza. — Mas eu não gosto de limão, nem de laranjas ou qualquer fruta do tipo.

— Oh minha princesa, não sabe como isso me alegra. Não terei concorrência com os Orange. — Não que houvesse algum Orange para servir de concorrência. Não havia concorrência.

E esse fato era tão... Anne mordeu os lábios em preocupação, porém ela logo lembrou do príncipe hereditário, que a encarava com curiosidade.

— O que você quer com tudo isso, Fritz? — Cedendo um momento, Anne perguntou cansada, quase desanimada. Ele franziu o cenho, sem entender. Claro que seria assim, a princesa negou. — Nessa última semana já nos encontramos três vezes, e em todas essas vezes você me deu mais atenção que o desejado. O que você quer!?

Havia aquela espécie de aposta ridícula, mas ele não seria tão idiota assim. Friedrich Wilhelm, porém, nada conseguiu responder, a única ação dele foi encarar fixamente Anne. Que situação. Mas, quando ela estava começando a pensar que nada realmente seria dito, um sorriso malicioso surgiu nos lábios de Fritz. Claro que seria assim.

Negando novamente, a princesa deu as costas para o príncipe e subiu o resto dos degraus, indo imediatamente em direção ao caramanchão. Não desistindo dela, Fritz continuou atrás dela. Sendo que os dois pararam apenas no caramanchão, quando Fritz gritou:

— E se eu disser que estou apaixonado por você!? Que quero tê-la para mim!? — Anne imediatamente parou e, arregalando os olhos, voltou-se ao sério príncipe hereditário.

— Eu não acreditaria. Aqui é a vida real, Fritz, não um romance. — Paixão nenhuma nascia em tão pouco tempo. Ele, novamente, não respondeu, estava sério. Então Anne sorriu. — Bem, se está acabado, eu irei...

— Acabado? Não, princesa, está longe de acabar. — Sorrindo malicioso, enfim, Fritz respondeu aproximando-se dela. Anne franziu o cenho, claro que seria assim. — Eu só vou desistir quando você estiver completamente apaixonada por mim.

— Então desista agora. — Ele levantou uma sobrancelha, então Anne, erguendo-se na frente dele, falou orgulhosamente: — Porque isso jamais acontecerá.

Nunca que Anne se rebaixaria tanto. As duas tias dela eram eleitora e arquiduquesa, então ela não aceitaria nada abaixo disso. Fritz, porém, sorriu desafiador, mostrando que mudaria isso. Que assim fosse então. O príncipe hereditário estendeu o braço a princesa e depois apontou ao caminho do caramanchão, ela aceitou e os dois começaram o passeio.

Era como a presa e o predador, só que Anne não era o tipo de presa fácil de capturar.

*****

Sorrindo, assentindo e sorrindo mais ainda, Cathrine finalmente "recebia" os convidados na sombra de uma tenda. Não estava sendo algo fácil, mesmo que ela não estivesse rodeada de pessoas, e isso acontecia principalmente por conta das... felicitações.

— ... e, como disse antes, os Clasterberg e os Bristol sempre mostraram mútuo apoio, então conte conosco. — Contar? Para que exatamente? Ouvindo Algernon Beckham, o 3⁰ conde de Clasterberg, junto Lady Louisa Lennox, a condessa, Cathrine franziu o cenho. — Foi um prazer, minha marquesa, e que Deus abençoe o conde de Rivers.

Os olhos de Cathrine imediatamente arregalaram, tanto que ela nem mesmo percebeu o conde e a condessa fazendo uma mesura e afastando-se da tenda. O conde de Rivers... oh Deus! Oh santo Deus! Seria possível toda a Grã-Bretanha já estar sabendo disso!?

Afastado-se de onde estava, a marquesa mordeu os lábios e começou a andar ansiosamente pela tenda, mais numa tentativa de distrair a cabeça que pensar. Porém... como eles descobriram!? As damas de companhia assistiam tudo isso em completo silêncio, mas não inertes. Enquanto umas mostravam alguma preocupação, outras, como Lady Carlisle, não pareciam nada afetadas.

— Uma pergunta: por acaso as miladys comentaram algo sobre...? — Todas as seis negaram veemente, sem qualquer receio. Parando imediatamente de andar, Cathrine gemeu debilmente. — Então como toda a alta sociedade ficou sabendo da... minha gravidez!?

— Por meio da fofoca, claro. Ela é, afinal, o comunicação mais eficiente que existe. — Crua e friamente, Lady Carlisle respondeu. Mas... Cathrine gemeu em derrota, não havia nem como negar. — Spencer House, Nondell House, Courteney House e Cottington House são casas com muitos criados. Algum deles deve ter escutado e... bem, vendido a informação.

Vendido!? Cathrine negou e sentou numa cadeira, então era assim que as informações circulavam sem a censura? Satisfeita, Lady Carlisle foi até uma mesa e começou a cortar um pedaço de bolo para a marquesa. Cathrine, porém... não poderia esperar silêncio da criadagem, ela não podia nem falar com eles. Era melhor aceitar então, tudo no caso.

— Não fique tão chateada, minha marquesa, aqui não existe segredo que não venha a ser revelado. — Que animador! Ouvindo Lady Newport, a única ação de Cathrine foi provar do bolo. A condessa, porém, logo levantou alarmada. — As princesas Mary e Sophia!

As o quê...? Cathrine encarou confusa as damas, até que os olhos dela encontraram duas jovens entrando na tenda... praticamente a mesma altura, os mesmos olhos azuis e cabelo loiro, apesar de que uma tinha um cabelo mais escuro que a outra, sorria menos que a outra e se vestia num tom mais escuro que a outra... a marquesa imediatamente levantou.

— Sua Alteza Sereníssima, é um prazer. — Com a saudação da princesa mais sombria, Cathrine fez uma mesura as duas, que fizeram o mesmo. Mas... quem era quem? — Oh, mas que vergonha, ainda não fomos apresentadas formalmente. Sou a princesa Mary da Grã-Bretanha.

— E eu, naturalmente, sou a princesa Sophia. — Mostrando que não era apenas aparência, a segunda princesa acrescentou sorrindo alegremente. — Viemos cumprimentá-la, porque, afinal de contas, nunca estamos no mesmo lugar ao mesmo tempo.

Isso era verdade, realmente, a marquesa assentiu sorrindo para a princesa Sophia. Que alegre e amável ela era, tanto Cathrine se perguntava... como seria Amélia? Mas, dispersando tais pensamentos, ela retornou às princesas.

— Pois então é uma alegria tê-las aqui. — Sophia sorriu agradecida, enquanto Mary... sorriu apenas por educação, não parecendo nada animada.

Franzindo o cenho, a marquesa encarou imediatamente a princesa mais jovem, buscando alguma resposta. Ela havia ofendido Mary de alguma forma? Ou talvez... os olhos de Cathrine arregalaram, a princesa compartilhasse a mesma antipatia do rei pela Dinamarca? Oh Deus, quantos pensamentos! Sophia, porém, encarou a desanimada irmã e suspirou entediada.

— Não dê tanta importância a Mary. A paixão dela morreu recentemente.

— Não era uma paixão, Sophia! O que Frederik e eu sentíamos era amor! — Com a aflita exclamação de Mary, Cathrine afastou-se para trás. Quem era Frederik? E a princesa parecia prestes a chorar. — Nós iríamos... casar...

— Só se fosse na Escócia, e ilegalmente, porque nem noivos vocês estavam. — Sophia respondeu num tom irônico, fazendo a chorosa Mary negar. Talvez elas estivessem esquecendo dela. A princesa encarou seriamente a irmã. — Nós nunca casaremos, Mary.

— Você está enganada, muito enganada, Sophia, pois eu casarei! — Com certeza elas esqueceram dela, estavam até começando a discutir. Dando uma risadinha, a princesa mais jovem incitou ainda mais a raiva da mais velha. — E quanto a você... oh Sophia, você morrerá sozinha!

— Se mamãe morrer primeiro eu ainda sairei ganhando. — Os olhos de Mary arregalaram, fazendo Sophia rir em provocação. Parecia até que iria continuar, mas as princesas lembraram da marquesa. — Mas... ah... bem, obrigada por nos convidar. É sempre bom estar em Hampton Court, mesmo que papai não goste muito daqui.

Como essa conversa tomou um rumo... inesperado. Cathrine apenas sorriu e assentiu, assim como fez uma mesura quando as duas princesas foram embora. Em silêncio, a marquesa observou elas se afastando, como seria a família real? Ou melhor, conviver com a família real? Pela forma como Sophia falou parecia até... um convento.

Suspirando, praticamente desistindo de pensar nisso, Cathrine sentou novamente e pegou seu bolo. Era melhor parar de perder tempo e aproveitar enquanto ninguém estava pedindo atenção...

— Tem uma aparência tão gostosa, sabia? — Cathrine quase engasgou assustada com o sussurro de Richard no ouvido dela. Gostosa? Mas o que...? A marquesa fitou o marido... ele sorriu e apontou para o prato. — Estou falando do bolo, e por falar nisso, poderia me trazer uma fatia, Lady Spencer?

A condessa, mesmo a contragosto, levantou e foi à mesa, onde Richard aproveitou para sentar no antigo lugar dela, bem ao lado da esposa. A marquesa, porém, permaneceu calada, não foi engraçada a "brincadeirinha" dele. Porém, ao fitar o marido, Cathrine encontrou um sorridente olhar de expectativa no rosto de Richard. O que teria sido?

— Sua conversa com o primeiro-ministro foi tão boa assim? — A expressão dele mudou imediatamente para desprazer. Com certeza não foi isso.

— Oh Cathrine, nem me lembre, por favor! — Richard fechou dolorosamente os olhos e levou um braço a testa. Franzindo o cenho, preocupada, ela pegou a mão do marido. — Ainda estou tentando decifrar as palavras dele.

— Foi tão ruim assim? — Abrindo os olhos, ele assentiu num fraco sorriso. Bem, já dava pra imaginar que seria assim. Cathrine apertou mais ainda a mão do marido. — Que situação. Mas então, o que lhe alegrou tanto?

Melhor mudar o assunto, não? Cathrine sorriu docemente para Richard, que retribuiu e olhou para... a barriga dela. Oh Deus, então envolvia isso? Soltando a mão dele, ela retornou ao bolo, tentando ao máximo esconder o desconforto que sentia. Por que todos comentavam disso? Mas Richard não percebeu, a alegria dele não permitia.

— Eu estava com Lord e Lady Castlereagh. — A marquesa, franzindo o cenho, encarou o marido, esses eram? Ele, porém, ainda com um sugestivo sorriso, continuou: — E eles estavam com o príncipe e a princesa von Herrlich.

— Que são?

— O príncipe faz parte da missão diplomática austríaca. — Oh, eram austríacos. Cathrine assentiu, mesmo ainda não entendendo. Mas era perceptível a animação no sorriso dele, e era tão grande que... ela também sorriu. — Von Herrlich trouxe uma mensagem do imperador, ele deseja ser padrinho do nosso filho.

O sorriso dela cresceu, apenas para depois diminuir. Padrinho? Não que essa ideia fosse desagradável, mas... Cathrine estava confusa, seria adequado o imperador católico ser padrinho de um príncipe protestante? Enquanto isso, Lady Spencer trouxe o bolo do marquês. Eles eram parentes, mas...

— Então Franz deseja ser padrinho do conde de Rivers? — Ou princesa. Robert também entrou na tenda, chamando logo atenção, claro. — Esse menino nem nasceu ainda e já está cheio de sorte.

— Será uma ótima escolha, Richard. O imperador sempre me envia lindos presentes. — Também entrando, Mary complementou calmamente o irmão. Então o imperador era padrinho dela? — Poderia trazer uma fatia de bolo para mim, Lady Spencer?

— Para mim também. — Sorrindo inocentemente, Robert acrescentou, seria apenas para irritar Lady Spencer? Então funcionou, porque a condessa foi bufando. Kendal riu e encarou a irmã caçula. — Mas sua opinião é suspeita, Mary. Não o defenda.

— Não é nada suspeito, afinal, é a verdade. — Mary apenas deu os ombros e sentou numa cadeira, ação logo seguida por Robert. As conversas desses dois. A princesa caçula fitou o marquês. — O novo bebê de Maria Theresia já nasceu? Ah, e eu queria tanto notícias de Leopoldina e Klementine.

— Aqui você não entra! Respeite a privacidade da minha família!

Antes que Richard pudesse responder, a atenção de todos voltou-se para Anne, que tentava ao máximo impedir a entrada do príncipe hereditário de Württemberg na tenda. Ele, porém, tentando entrar, parecia mais divertido que irritado. Oh Deus! Cathrine fitou Richard e os dois riram, enquanto Robert e Mary assistiam com horror.

Demorou um pouco, mas Anne conseguiu entrar sem que Fritz fizesse o mesmo... mas ele ficou observando eles, com um sorriso, do lado de fora.

— Quem é esse cara, Anne? — Com a princesa próxima aos irmãos, Robert perguntou e analisou desdenhoso o príncipe. — Um palhaço vestido de oficial?

— Não, é só um embuste, um que sonha em casar comigo. Mas não irei! — Essa última parte ela falou bem alto. Fritz riu, mas logo saiu, deveria ser a princesa real. Anne suspirou e... pegou o bolo que Lady Spencer trouxe para Robert. — É o príncipe hereditário de Württemberg... isso está muito bom.

Observando tudo isso, Cathrine riu e, levando uma mão à barriga, negou. O bebê certamente, mesmo não nascido, já era muito sortudo. Ela tinha muita sorte... apesar de tudo.


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Notas finais do capítulo

* Finalmente elas apareceram, Sophia, e Mary também, claro. Foi um "mistério" mas ais as mulheres. Tentei criá-las, todos os filhos e filhas de George III, na verdade, com as características que aparentemente eles tinham, algumas que só ficarão evidentes mais para frente. Em resumo, a ordem de nascimento dos filho de George III e da rainha Charlotte é: George, Frederick, William, Charlotte, Edward, Augusta, Elizabeth, Ernest, Augustus, Adolphus, Mary, Sophia, Octavius, Alfred e Amélia... sendo que Octavius e Alfred morreram ainda crianças.

* Ainda falando de Mary, a "filha mais bela de George III", é muito interessante a história de amor dela com o príncipe Frederik de Orange. Os dois se apaixonaram quando a família dele estava no exílio em Londres, mas o rei só deixaria eles casar quando as três irmãs de Mary casarem antes. O resultado? Frederik foi para a guerra e morreu, num combate? Não, foi uma doença. É interessante imaginarmos que, se Frederik tivesse vivida até a década de 1810, eles realmente poderiam ter casado.

* Falemos de algo mais feliz, só que nem tanto. Essa parte de Richard conversando com William Pitt não estava no meu primeiro texto, na verdade William Pitt nem teria falas, ele seria apenas mencionado, só que eu deixei mais... gostoso de ler. Aqui é um prenúncio de "coisas que virão" cedo ou tarde, aguardem. E aqui, é muito interessante, tudo aconteceu de uma forma muito natural, em relação a guerra, claro. Coincidentemente, eu criei Niedersieg fazendo fronteira com o Tirol, colocando assim o principado em risco. Eu nunca havia pensado nisso antes, a localização de Niedersieg foi apenas por conveniência — eu precisava de um lugar na Alemanha, deveria ser ALEMANHA, cujo Inn passasse, e caiu bem perto do Tirol.

* Esse foi um capítulo onde meus personagens mais andaram. Esse jardim privado foi bastante explorado... o que a tecnologia não nos permite, né? Uma coisa, o atual jardim privado em Hampton Court não é necessariamente o mesmo que o de 1799, ele foi renovado recentemente, mas tudo seguiu os moldes deixados por William III e Mary II.

* "Era Uma Vez... Uma Ilusão" também está no Pinterest: https://pin.it/6RlBrpC



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