A Melodia do Princípio escrita por Ton D


Capítulo 7
Capítulo 6 - Negócios




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-Agora que já não temos quem nos atrapalhe cavalheiros, vamos aos verdadeiros negócios.

-Claro, se assim prefere Condessa. – Respondeu o Barão enquanto encarava a mulher próxima a escada. – Mas achei que Christian estaria conosco.

-Oh, então o senhor conhece Christian, Barão? Infelizmente Christian está em uma viagem e deve retornar dentro de…

- Ouve um contratempo minha senhora. O senhor Christian só retornará dentro de dez dias pelo que me diz a carta que ele enviou. – Interrompeu bruscamente Sebastian.

Sobressaltada, Catherine desviou seu olhar para Sebastian enquanto erguia uma de suas sobrancelhas. Focados um no outro, nenhum dos dois pode perceber o brilho curioso que se fazia nos olhos de seus dois convidados.

- Hora, hora, isso tornam as coisas um pouco mais complicadas… - Disse o Barão enquanto balançava sua cabeça levemente e mantinha os braços cruzados em um sinal de desaprovação.

Após uma pausa um tanto quanto teatral e um pequeno suspiro, o Barão ergueu sua loura cabeça e continuou:

- Sei muito bem de seus interesses na França Condessa, e muito me agrada saber que alguém de sua estirpe deseja usar a MIM e meu amado e ignorante Visconde como uma porta para seus objetivos sociais e comerciais. Não me entenda mal, eu realmente me sinto lisonjeado, pois não me deixo usar por qualquer um e sem nenhum lucro mútuo, mas há assuntos a tratar muito mais importantes do que os seus, e infelizmente, estes assuntos estão além de sua alçada minha cara.

O Barão não conseguia se segurar. Em seus finos e róseos lábios brincava um sorriso sarcástico e superior ao ver o ódio que nascia como uma chama nos olhos de sua anfitriã. Chama? Um Inferno seria uma palavra mais próxima do calor que irradiavam daqueles olhos. Se não fossem as tradições de poder e idade que regem o mundo dos vampiros, o Barão estaria recuando perante aquele olhar (qualquer ser com um mínimo de inteligência e instinto de auto-preservação faria o mesmo), mas ele sabia estar seguro enquanto houvesse quem o apóia-se e ao que parecia, o mordomo-mor chamado Sebastian também sabia muito bem disto, pois pressentindo o perigo eminente, pousou a mão no ombro de Catherine e assumiu o controle da situação com uma tranqüilidade digna de nota.

- Entendo a vossa posição Barão. Creio que não haverá problemas em acomodar tanto o senhor e seu amigo como nossos convidados durante o período em que Christian levará para retornar. – Disse Sebastian enquanto segurava firmemente o ombro de Catherine.

- Sim Barão. Muito nos agradará recepcionar alguém tão bem relacionado com os anciões. – Disse Catherine enquanto se controlava e esboçava um frio e falso sorriso, sem nunca apagar o olhar aterrorizante que exibia.

Sempre atento, porém indiferente a conversa, Carlos saiu de sua posição neutra e muda de ouvinte paciente e adentrou na conversa:

- Sinto muito por parecer indelicado, mas não tenho assuntos a tratar com seu senhor no momento Condessa e o Barão sabe muito bem disso. Estou aqui como sócio comercial e não posso permanecer em demasia. Há assuntos de meu interesse e dos anciões que apóiam o Barão que tenho de tratar o mais rápido possível, então peço que nos apressemos a tratar dos assuntos comerciais.

Sua voz era fria e grave, sem transparecer suas intenções. Catherine mal reparará na presença do comerciante até o momento, mas agora estava curiosa como uma criança que encontra um inseto novo que nunca havia estudado, e Catherine não gostava de ficar no escuro sobre novas espécimes. A aura do Barão era uma mescla de verde escuro e vermelho vivo, a clássica aura de alguém que não se contenta com o tem, invejoso e desejoso. Mas a alma desse vampiro que agora havia falado… Era estranha… Diferente. Inicialmente mostrava um arco-íris de azul claro e escuro, salpicado com pequenos toques de rosa, sinais de calma e piedade… Entretanto havia algo a mais, uma quarta cor tão mais forte por detrás das outras, uma cor escondida que parecia fugir aos olhos e se mesclar com as outras confundindo assim com perfeição seu real sentido.

- Há algo de errado no que eu disse Condessa? – Perguntou Carlos, despertando Catherine de seus devaneios.

- Não, não… Se não houver mais nenhum problema para o Barão, poderemos ir agora mesmo para um local mais apropriado do que o hall e discutiremos os arranjos necessários.

- Não há problema algum, mas gostaria de deixar isso a cargo de Carlos. Confio em suas habilidades de negociação e persuasão. A viagem foi longa e gostaria de descansar um pouco… - Respondeu o Barão enquanto levantava os braços e a bengala em uma lenta espreguiçada.

- Sinta-se a vontade Barão. Pedirei para que uma das criadas o leve… - Começou Sebastian.

- Não Sebastian. Leve pessoalmente o Barão de La’ Fontie enquanto eu converso com o Senhor Mondego sobre negócios. – Cortou Catherine. Aquele homem despertará sua curiosidade, além disso, ela estava nervosa por ter sido humilhada e não poder reagir contra o Barão, mas aquele outro daria uma ótima fonte de informações, pois não havia homem, morto ou vivo, que resistisse a seu charme, muito menos a sua fúria.


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Notas finais do capítulo

Diferente dos capítulo maçantes e longos que eu escrevo, esse ficou maçante e pequeno oO. A verdade era que esse capítulo era originalmente muito maior, por isso decidi fragmentá-lo em dois, sendo sua continuação o capítulo seguinte.

Sobre a história, acho que ficou um pouco interessante e traz mais dúvidas, além de dar um pontapé para que o Carlos saia das sombras e se junte a festa.

Enfim, Resumo Tradicional do capítulo: Cat: Vamos negociar? Rich: Não é com você que tenho de negociar. Cat: ¬¬!
Porrada? Ódio? Salinha privada? Não, isso está além da sua alçada.



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