Desligamento escrita por Lena Rico, Ana Valentina


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Bom dia queridas leitoras!
Venho avisá-las que Desligamento será postado todas as segundas e sextas, programem-se para não perderem os capítulos xD
Esperamos os seus reviews,
Beiijinhos de
♥ Lena Rico e Ana Valentina ♥
PS: Também estamos postando Desligamento no nosso blog (lá a história esta mais adiantada, ja que postamos aqui 2 vezes por semana e lá 3) o link segue a baixo:
https://lenaeanapouch.wordpress.com/



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Assim que chegamos no portão do colégio, nos deparamos com Laura, que me esperava para entrar. Devido aos longos tempos em que andei sozinha, estava achando um pouco estranho ela ficar sempre me esperando para realizar simples tarefas como aquela. Jaqueline era mais como eu, ela andava sozinha se fosse preciso, andávamos juntas apenas por compartilhar os mesmos gostos... Já Laura, era uma daquelas garotas que só sabem andar em rebanhos...

— Oi Julie! – disse Laura vindo em minha direção enquanto Jac se afastava desaprovando com o olhar. — Você nem vai acreditar como foi meu fim de semana?!

— Como? – perguntei sem ao menos prestar atenção na resposta, caminhando automaticamente para o pátio principal, enquanto ela me seguia contando animada.

Era minha segunda semana de aula com Laura no colégio e logo que adentramos o pátio foi praticamente a mesma agitação, algumas meninas pequenas vinham trazer presentinhos a ela, as garotas da nossa idade a cumprimentavam e questionavam sobre o fim de semana dela, que havia contado inutilmente a mim e alguns garotos tentavam paquera-la. Sai de fininho assim que começou a aglomeração...

Olhei em volta a procura de Jac, mas antes que eu pudesse vê-la, meus olhos cruzaram com o garoto misterioso. Senti a mesma sensação que havia sentido no primeiro dia de aula, o coração batia mais rápido, a respiração se tornou ofegante e senti meu corpo estremecer. Não consegui me conter e corri desviando dos outros alunos seguindo-o antes que o perdesse novamente.

Ele desceu as escadas que dava para o andar da quadra e pegou o corredor da esquerda, onde o tráfego de alunos era menos intenso, por um momento achei que ele ia entrar na quadra para jogar futebol com alguns meninos que ali o faziam, mas ele seguiu em frente e eu ao seu encalço.

De repente ele parou na escada que dava para o teatro e sentou. Eu nem dei ao trabalho de me sentir constrangida e sentei ao seu lado, a poucos centímetros dele. Então ele me olhou, e foi ai que aconteceu.

Em um momento estava ao lado de um garoto estranho e fascinante e em outro estava sendo puxada pelo calor de seus olhos verdes.

Vi-me em um lugar muito claro, com árvores imensas e campos floridos, me fascinei com o calor do sol intenso queimando a minha pele e por um momento achei que estava sonhando, um lugar tão belo não pode ser real.

Mas antes de qualquer pensamento uma mão quentinha tocou o meu ombro, e assim que me virei eu o vi, era o mesmo rapaz misterioso da escola, mas estava diferente, todo esse tempo eu apenas o vi como um garoto normal, mas agora, aquele lindo menino de olhos verdes cor de esmeraldas que possui o poder de arrebatar minha alma, apenas se transformou em meu amigo imaginário bem diante de meus olhos.

“ Ál…., onde estamos?” – não tive como evitar essa pergunta

“Eeeu... eeeu não sei o que está acontecendo” – pude ver o pânico se formar em seu rosto divino.

Por um momento parei para examiná-lo de verdade, ele já não era apenas um garotinho, sua pele era de uma cor morena, bronzeada, totalmente uniforme, com lábios grossos e vermelhinhos, nariz fino posicionado em um angulo perfeito, sobrancelhas grossas e negras acima de seus ardentes olhos esverdeados. Seu cabelo era negro como a noite, e caia em cima de seu rosto, seus ombros estavam mais largos, seu peito mais firme, parecia maior do que eu me lembrava, sim, agora ele era um autentico adolescente, mas apesar do pânico em seus olhos quando ele sorriu eu pude ver seus dentinhos tortinhos, assim como costumava ser e uma paz enorme tomou conta de meu corpo, eu não precisava de nenhuma resposta para minhas inquietantes perguntas, elas estavam todas dentro daquele oceano esverdeado e do calor de seu sorriso. Como poderia existir alguém tão perfeito quanto ele?

Antes que eu pudesse deter meu próprio corpo ele já estava perto o suficiente de Ál e logo eu o abracei com todas as forças que meus braços poderiam ter. Apoiei minha cabeça na parte entre seu pescoço e seu ombro e ali fiquei. Uma fragrância maravilhosa exalava de sua pele, e me senti em casa.

Suas mãos pousaram em minha cintura e seu rosto ficou encostado em meu cabelo, em um segundo meu coração começou a acelerar e tive a sensação que ele ia sair de meu peito e atravessar Ál, me separei bruscamente dele e pude ver dor em seus olhos. Mas antes que eu pudesse me controlar estava chorando igual bebe e ele voltou a me abraçar, dessa vez de uma forma mais dócil, como se eu fosse uma criançinha e precisasse rapidamente de proteção. Chorei por uma eternidade, pareceu-me horas, chorei por todos os anos que estive longe dele, como se eu pudesse apagar toda a sua ausência de minha vida.

Afastei-me de seu peito e o olhei nos olhos, algo me chamou atenção, havia uma luz muito forte ao seu redor, fiquei paralisada tentando lembrar se isso já estava lá antes e não consegui chegar a nenhuma resposta. Então antes que eu pudesse fazer qualquer pergunta ele se abaixou e me beijou.

Sim, eu parei de respirar, não é algo que você fica esperando, mas foi realmente um momento muito mágico, milhões de borboletas ficaram batendo suas delicadas asinhas em meu estômago e senti meu rosto corar. Já não conseguia manter uma linha de pensamentos coerentes, tudo era tão deslumbrante e apenas sua presença já calava todas as dúvidas e angústias de meu ser.

Fiquei imaginando o porquê de me sentir assim com um beijo inocente no rosto, e logo senti quando sua mão pousou na minha e nossos dedos se entrelaçaram, ele me puxou e eu o segui.


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