Desligamento escrita por Lena Rico, Ana Valentina


Capítulo 25
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Vamos meninas(os)!!!
Cadê o apoio de vocês? Se vocês estando lendo a história, vocês provavelmente devem ter dois minutinhos para deixar um review!
Se tiver alguém lendo, por favor deixe review!
Vocês sabem o quanto é dificil escrever uma história e não receber nenhum review, dá a impressão que a história não está agradando e que por medo de falar, vocês simplesmente abandonaram sem dar a mínima explicação :'(
Temos nossas tarefas cotidianas e por isso ficamos um tempo sem postar com regularidas - sim. Mas agora estamos aqui nos esforçando para postar todas as segundas feiras e vocês não deixam nenhum review?
Por favor, ao menos tenham um pingo de consideração...
Bem, estamos deixando o próximo capítulo logo abaixo, então esperamos que gostem e que DEIXEM REVIEWS!!!
Beijinhos
♥ Lena Rico e Ana Valentina ♥



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Quando estava próxima dele, o puxei pelo braço e o fiz virar para mim, meu coração martelava até as pontas dos meus dedos, sentia como se todo o meu sangue estivesse em minha face, havia milhares de coisas que queria dizer a ele, mas tudo o que consegui dizer foi:

— Eu sinto tanto, por tudo, mas só queria dizer que ainda te amo, que sempre te amei. Me desculpa.

Sentia minhas lágrimas cada vez mais perto de despencar, mas não queria que ele me visse chorando, por um momento, me senti tranquila, como nunca havia me sentido há anos, senti que tudo o que poderia fazer havia sido feito, então, virei as costas para ir embora, minhas lágrimas já não querendo ser contidas.

O que eu não imaginava, era ser parada pela mão dele, segurando o meu braço e puxando o meu rosto, me fazendo encará-lo.

— Margareth! Precisamos conversar, quer tomar um chá?

E foi assim que aconteceu. Conversamos muito sobre como estava nossas vidas, nossa filha. Houve outros encontros, mas nunca aconteceu nada demais entre a gente, apenas conversávamos muito, e a cada encontro era mais difícil nos despedir. Gabriel contou-me das brigas constantes com a esposa e eu contei como era meu relacionamento com Robert – também brigávamos muito. Talvez a maioria das brigas fosse por minha culpa, mas as coisas só começaram a mudar quando Everlyn, esposa de Gabriel, o mandou embora acusando-o de traição.

Assim que fiquei sabendo tive uma conversa com Robert e pedi o divórcio, assim que nos separamos, Gabriel e eu, resolvemos retomar nosso relacionamento, começamos a namorar.

— Depois disso, as coisas estão cada vez mais perfeitas, sinto-me cada vez mais apaixonada. Ele me visita e eu o visito, passamos várias horas juntos conversando e fazendo planos, outro dia desses, estávamos combinando um jeito de deixar as coisas mais claras para ambas, apesar de tudo que aconteceu, saibam que nós amamos vocês. Sinto muito se acabamos deixando as coisas mais estranhas entre a gente…

 ……………………………………………………………………………………………………….

Depois de todo aquele relato Margo estava com os olhos cheios de lágrimas, mas conseguiu nos dar o seu melhor sorriso e dizer:

— Desculpe-me meninas.

Olhei para a Laura, sabendo que nossas vidas nunca mais seriam como antes – ela era minha irmã, minha irmã mais velha. Laura estava chocada, com direito a olhos esbugalhados e boca escancarada, mas pude perceber um leve brilho de determinação em seus olhos. No mesmo instante, percebi que poderia ser o mesmo reflexo do meu, apesar de ter descoberto algo como aquilo, sabia que a realidade poderia ser algo totalmente diferente do que eu estava acostumada, talvez minha mãe soubesse disso, o tempo todo, sabia que precisava ter uma conversa com ela também, antes de decidir como agir.

Não gostava muito da ideia de ter uma irmã, principalmente quando essa irmã é uma garota bem superficial e egoísta, mas nem sempre as coisas acontecem da forma gostaríamos que fosse.

— Então vocês pretendem se casar? – parecia a pergunta mais óbvia para se fazer e foi justamente a que fiz.

— Aah querida, é tudo o que mais quero. Entretanto, nunca faríamos isso sem antes consultá-las – olhando naqueles olhos verdes profundos pude perceber a mulher meiga e doce que meu pai se apaixonara.

— Por mim tudo bem – naquele momento tive certeza absoluta que meus pais nunca mais ficariam juntos, então não havia razão para se opor.

— E o papai? – disse Laura tentando se recompor.

— Ele já sabe de tudo amor. Ele me entende e disse que se é isso que eu realmente quero, então tudo bem, desde que eu não a afaste dele e você sabe que eu nunca faria algo assim.

— Tudo bem mãe, se é isso que a senhora quer… Se você o ama, podemos entender. – percebi no seu tom de voz o quanto era difícil para ela admitir isso.

Logo em seguida, Laura correu para abraçar Margo e as duas ficaram ali no sofá, abraçadas e chorando, percebi que aquele momento era muito íntimo para elas, levantei, balbuciei algo como minha mãe tá me esperando e fui embora.

No caminho para casa, meus pensamentos estavam dando voltas e voltas, me sentia enjoada, como se tivesse engolido bolinhas de chumbo, mas ao mesmo tempo estava feliz, como se um peso tivesse sido retirado de minhas costas. Lá no fundo uma vozinha me dizia: “Seu pai nunca traiu sua mãe, ele é um bom homem”. E era tudo o que eu precisava ouvir naquele momento.

Assim que abri a porta, percebi que minha mãe ainda não havia voltado do trabalho, Danita estava em casa, com seus cadernos e livros espalhados na mesa da cozinha, provavelmente estudando para alguma prova ou fazendo o dever de casa. Olhando no relógio da parede da cozinha vi que era tarde demais para minha mãe ainda estar no trabalho, provavelmente ela se atrasou para o horário de almoço, perguntei para Danita se ela já tinha almoçado e ela disse que não, tinha comido um lanche assim que chegara da escola e não estava com fome.

Deixei a minha quase-irmã estudando e fui preparar o almoço, não estava com vontade de ficar muito tempo na cozinha, então, coloquei água para ferver e fui fazer o molho para o macarrão, todos adoravam meu molho vermelho apimentado, e sinceramente, apesar de não ser considerada uma boa cozinheira, macarrão ainda era o prato que eu mais gostava de fazer, poderia dizer que era minha especialidade.

Minha mãe não demorou muito para chegar, estava quase colocando o molho na massa quando ela chegou à cozinha, deu um olá e beijos em nós e começou a ajudar Danita a tirar aqueles cadernos de cima da mesa. Em pouco tempo estávamos sentadas à mesa e almoçando em silêncio.

Após ajudar minha mãe com a lousa do almoço, fomos para a sala e sentamos no sofá, as três, era quase uma rotina para nós, sentar no sofá enfrente da TV depois do almoço, as vezes, adormecíamos ali mesmo, não por muito tempo, mas suficiente para “fazer o quilo”, como dizia minha avó.

Apesar de estar tentando fazer tudo normalmente, não demorou muito para minha mãe perceber que havia algo errado e vir me interrogar do jeito mais sutil que você pode imaginar.

Sabia que eu deveria fazer algo com as informações recém adquiridas e a única coisa que eu pensei em fazer e que achava ser o certo, era conversar abertamente com minha mãe e expor todas as minhas angústias, sem falar no turbilhão de perguntas que queria fazer. Então, convidei-a para fazer algo diferente a noite, era sexta-feira e Danita estaria com sua família. Mamãe demorou um tempo, mas não conseguiu resistir ao meu pedido, seria uma noite agradável.

O resto da tarde passou lentamente, para não ficar pensando besteiras e não acabar sobrecarregada de pensamentos cansativos peguei um livro, esparramei-me no sofá e fui ler. Era uma série, Percy Jackson e os Olimpianos, o livro que estava lendo era o primeiro volume, O ladrão de Raios, muito divertido, perfeito para descansar de todas as tensões.

Foi assim que minha mãe me encontrou quando chegou do trabalho à tarde, estava quase terminando meu livro, mas tive que deixá-lo de lado para me arrumar, íamos dar uma volta na praça e comer um lanche em algum lugar, olhar as vitrines das lojas, acredite se quiser, era um hábito bobo, mas ainda não conheci alguém que anda pela cidade sem parar para espionar pelas vitrines das lojas, poderia ser apenas um costume bobo de cidades do interior, mas era divertido, afinal, era tudo o que precisávamos naquele momento…


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