Desligamento escrita por Lena Rico, Ana Valentina


Capítulo 13
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Bem-vindas(os) de volta meninos e meninas! Espero que todas(os) já tenham votado, mas caso ainda não, dêem uma passadinha no blog e votem, porque hoje a meia-noite se encerra a votação e amanhã, finalmente Desligamento terá uma capa.
Esperamos que estejam gostando do caminho que o romance está seguindo, mas caso não, vocês sabem que podem ficar a vontade para dar suas sugestões.
Beijinhos
♥ Lena Rico e Ana Valentina ♥
Lik votação: https://lenaeanapouch.wordpress.com/2013/02/11/votacao-capa/



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- Você está bem? – disse, com aquela voz doce e gentil.

- Estou melhor agora – não pude conter um sorriso de orelha a orelha.

Tentei sentar, mas não consegui na primeira tentativa e Ál veio ajudar a erguer-me. Ficamos frente a frente e eu não pude deixar de contemplar a sua beleza, ao contrário dele, minha pele era de um moreno pálido, olhos grandes e castanhos, cabelos longos e levemente ondulados, 1.65 de altura, estereótipo magro, o tipo perfeitamente desastrado.

- Julie, precisamos conversar sobre o que aconteceu – disse Ál

- Sim, precisamos. Por onde quer começar? – precisava de tantas respostas.

- Julie você lembra o que eu te falei naquele lugar? – parecia estar ansioso demais para obter uma resposta.

- Lembro, mas estou tão confusa, você pode me dizer exatamente o que aconteceu lá, e onde é que é lá?

- Há tantas coisas para dizer, muitas que provavelmente você não entenderia, mas o que você precisa saber é que aquele lugar é real e que não poderá dizer para ninguém sobre ele. Sim, eu sou um anjo, um anjo de verdade, e como eu disse estou aqui para te proteger, quando aquele carro estava a poucos centímetros de você, a ponto de te atropelar, eu te tirei de lá e te levei para o meu mundo, seria doloroso demais ver você sofrendo, achei que também seria uma oportunidade perfeita para conversarmos sobre tudo que aconteceu, mas infelizmente as coisas não saíram bem como eu imaginava – pude ver a profunda dor em seus olhos.

- Ál, acho que eu consigo entender e aceitar isso, sabe, foi horrível o que se passou lá, ainda não sei se foi uma alucinação minha, mas acredito sim, de todo o meu coração, que você é um anjo, meu anjinho da guarda – não consegui conter as lágrimas, que escorreram como cachoeiras de meus olhos.

Ele se aproximou mais de mim e me abraçou, enterrando seu rosto no topo de minha cabeça, pude sentir o seu cheiro, era doce e me deixava mais tranquila, me senti segura, sempre me sinto segura quando Ál esta comigo, agora consigo entender o porquê. Eu tenho muita sorte em tê-lo por perto, mesmo quando eu não o vejo, sei que de alguma forma ele está me protegendo, me olhando e este pensamento fez com que eu tivesse coragem de perguntar.

- Você realmente me ama? Digo me ama de verdade? – tive sorte do meu rosto estar meio escondido, assim ele não me viu corando.

- Mas é claro Julie, nunca duvide de meu amor – pude sentir a emoção em sua voz – Mas eu ainda preciso terminar de te explicar o que houve lá. Sabe, eu não sou o único anjo que existe, há muitos ainda por aí, e também não somos todos iguais, temos personalidades e missões diferentes, mas ainda dentro dos anjos, sempre tem aqueles que não querem cumprir sua missão, são revoltados e por isso são expulsos e suas asas são arrancadas, são os chamados anjos caídos. Naquele dia no campo quando estávamos conversando, um anjo caído apareceu e eu não queria deixar ele te ver, então fui atrás dele para levá-lo para longe e acabei te deixando desprotegida. Eu sinto muitíssimo, nunca poderia imaginar que eles iam te atacar, sinto muito mesmo, em nenhum momento ia querer ver-te sofrendo tanto. Mas por sorte eu consegui vencer o anjo e corri para te salvar, quando eles me viram chegando não aguentaram a minha presença e foram embora, mas mesmo te curando em seguida eu ainda sinto muito mesmo por fazer você ficar com todas aquelas cenas na cabeça, me desculpa – ele estava realmente muito arrependido.

- Vo -cê tem a-sas? – foi a única coisa que conseguiu despertar minha atenção.

- Você prestou atenção no que eu disse? Sim, eu tenho asas – disse com um tom zombeteiro - Julie, as asas são energia, e você não pode vê-las, pelo menos não aqui – disse.

- Certo, então eu posso vê-las no seu mundo? Porque pensando agora, acho que vi uma luz muito forte ao seu redor quando estávamos lá.

- Claro você pode. Julie, é sério, existe muito mais coisas importantes para falarmos do que minhas asas. Lembra o que eu disse sobre a Laura aquele dia?

- Sim, mas não entendi o porquê daquelas palavras – disse, tinha tanto a aprender com ele.

- O seu ataque naquele lugar foi culpa de Laura, ela não é uma boa companhia para você. Ela não é como todas as outras meninas do ensino médio, ela é diferente. E você precisa conhecê-la melhor, para saber se proteger, porque mesmo que eu queira muito ficar com você e te proteger para sempre, haverá momentos que você estará por conta, primeiramente você precisa saber que ela tem um dom, que dá vida aos pensamentos. Depois, que ela não é boa, ela tem um lado muito sombrio e, finalmente, foi ela que deu poder aos magos e os fizeram te atacar, eles entraram nos pensamentos dela e fizeram-na se concentrar nas maldades. Como ela é uma médium muito forte eles conseguiram obter poder para te machucar e pior, eles estavam trabalhando com um caído, que ficou responsável por me distrair enquanto você era arrastada e brutalmente torturada. Desculpa-me nada disso teria acontecido se eu tivesse mantido distância de você. – Apesar da sinceridade em suas palavras senti uma profunda mágoa escondida ao meio, ainda havia muitas coisas que ele não estava pronto para me dizer.


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