Desligamento escrita por Lena Rico, Ana Valentina


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Bem-vindas(os) de volta esperem que gostem deste capítulo um pouco mais misterioso que de costume... mas fiquem tranquilas(os) tudo será explicado ao seu tempo.
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Beijinhos
♥ Lena Rico e Ana Valentina ♥



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— Um anjo? Você? Me conta outra Ál! - disse dando uma risada alta e estridente.

Ele poderia até ser mesmo um garoto imaginário como meus pais e minha psicóloga havia insistindo tantas vezes... Era isso. Ele era um fruto de minha imaginação fértil e eu de tão fraca precisei acreditar em sua real existência para poder me apoiar no nada e arrastar-me pela minha vida insignificante.

Álvaro me olhou com uma expressão séria, um tanto quanto fria. Sim, digo fria porque não pude notar nenhum sentimento através daquela expressão... Não era de raiva, de tristeza, de alegria, muito menos de arrependimento pelo o que havia me dito.

— Anjos não mentem. - foi tudo o que disse, antes de se levantar bruscamente olhando atento para algo que não pude ver. Uma luz muito forte fez com que eu abaixasse a cabeça desviando o olhar. Era uma luz três vezes mais forte do que o brilho do "céu" ou da mansão de diamantes daquele belo e misterioso lugar.

De repente Álvaro não estava mais ali e tudo se tornou escuro como um buraco sem fim. Eu olhava para todos os lados, desesperada por causa da escuridão, gritando por Ál. Senti um vento gélido soprar em meu rosto e um alito quente em minha nuca, não consegui me mover de tanto medo.

 Meu corpo foi empurrado para frente e cai com o rosto para o chão. Senti uma dor inesplicável e supus que meu nariz tivesse quebrado, lágrimas começaram a escorrer pelos meus olhos como de uma nascente. Fiquei inconsciente por um tempo e assim que me reanimei, estava pendurada pelos cabelos em algo parecido com um ventilador de teto, que pos-se a girar rapidamente.

Sentia os fios de cabelo de minha cabeça se desgrudarem e algo quente escorrer pelo meu rosto. Não tinha mais forças para gritar, mas em minha mente continuava clamando por Álvaro. Minha raiz não suportou mais os puxões violentos e se desprendeu de todo cabelo que permaneceu girando e gotejando sangue preso ao ventilador. Meu corpo foi arremessado contra uma parede de tijolos e senti meus ossos esfarelar-se ao atravessar por ela.

Cai no chão inerte e ainda estranhamente consciente, como se algo me fizesse permanecer ciente para sofrer minuciosamente cada segundo de tortura. Uma corja se aproximou de mim formando um círculo a minha volta.

— Aonde vamos levá-la? - pude ouvir uma voz sombria questionar, e logo todos começaram a grunhir ao mesmo tempo, impedindo minha compreensão, já abalado por toda aflição. Um deles, com uma voz grossa que me fez estremecer ainda mais, e que fez com que todos calassem para escutá-lo, disse algo que também não pude entender, mas que me fez ter certeza de que agora seria o fim. Dando gargalhadas asquerosas de prazer, outro deles agarrou minhas pernas e começou a me arrastar seguindo a fila que a corja havia formado a caminho de algum lugar qual em hipótese alguma eu queria ir.

Um círculo brilhante iluminou toda escuridão e uma voz forte e ao mesmo tempo doce ordenou:

— Soltem-na!

Não pude ver que era o ser iluminado, mas a corja libertou-me imediatamente e saiu correndo como que em uma fuga. Meu salvador pegou-me nos braços cautelosamente e me senti recuperar lentamente. No instante em que juntei forças para agradecer-lhe, ele me lançou a um mar de intensa luz e antes de sentir-me afogar naquelas águas e perdesse a consciência novamente, pude ouvi-lo dizer numa voz conhecida, a que tive certeza ser de Ál:

— Afaste-se de Laura! Ela fez essas cousas com você...


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