Desligamento escrita por Lena Rico, Ana Valentina


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

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♥ Lena Rico e Ana Valentina ♥



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As luzes da praça começaram a piscar e logo todas estouraram com um barulho estridente, uma de cada vez, dei um pulo no banco e olhei assustada ao redor, logo fomos tomadas por uma escuridão, sim, todas as luzes foram apagadas. Laura estava ao meu lado novamente.

– Vamos sair logo daqui – disse segurando o meu braço.

Fomos andando por entre a praça escura, estávamos na lua nova o que tornava tudo tão escuro, saímos na rua.

Andamos alguns quarteirões até onde a luz continuava a iluminar a cidade, o smartphone da Laura tocou e ela parou para atender. Fiquei alguns metros longe dela esperando o momento de continuar a andar, foi quando o vi novamente.

Álvaro estava a dois quarteirões de nós, parado na calçada e olhando algo na vitrine de uma loja, não pensei duas vezes, corri em sua direção, era a oportunidade perfeita de obter algumas respostas.

Atravessei a rua correndo, uma luz muito clara e forte bateu em meus olhos, acho que era um carro... Senti um friozinho no estômago, meu corpo tornou-se leve, foi como se eu estivesse voando. Foi algo rápido, mas gostaria que tivesse demorado alguns minutos a mais. Assim que entrei em contato com o chão, uma dor enorme dominou todo meu corpo. Um rapaz alto, moreno de olhos verdes, tocou-me e toda a dor sumiu... Era Álvaro.

Ele estava agachado ao meu lado, mas logo se levantou estendendo a mão para me ajudar a me recompor. Fiquei um tempo admirando-o. Ele usava uma camisa branca, com uma jaqueta de couro marrom e gola vermelha por cima, mas isso não me impediu de notar seus músculos. A calça era um jeans escuro, justa o suficiente para observar seu físico perfeito. Seu cabelo curto e escuro balançava levemente com o vento frio que começara a soprar, realçando mais ainda a beleza de seus olhos verdes e sedutores. Tinha uma expressão misteriosa de quem sabia muito sobre a vida para ser apenas um garoto da minha idade, mas ao mesmo tempo era uma expressão doce como a de uma eterna criança... Era o pequeno Ál que estava ali, dentro de um corpo muito atraente.

Segurei a mão dele que ainda permanecia estendida em minha direção e com a ajuda dele me levantei.

— Julie está tudo bem? – perguntou-me com ar preocupado.

— Nunca me senti melhor. – respondi.

— Onde estamos? – quis saber em seguida. Não estávamos mais no local do acidente...

Não era noite lá, estava tudo muito claro e ensolarado, mas não era aquele calor insuportável de Jales, era apenas o suficiente para manter o corpo aquecido de maneira agradável. O céu, se é que se pode denominar assim, era uma luz branca forte e intensa, que fez meus olhos arderem no instante em que admirei, fazendo com que eu retornasse o olhar em minha volta.

Estávamos no alto de uma colina e pude avistar distante dali uma magnífica floresta que exibia suas folhas verdes e exuberantes. Respirei aquele ar puro delicioso, abri os braços e comecei a girar feito uma criança, sem me importar que Álvaro estivesse ali, me observando. Assim que parei de girar, avistei uma mansão completamente branca, que chegou me incomodar com tanto brilho... Não entendo muito de pedras valiosas, mas supus que fosse feita de diamantes. E não me lembrava dela estar ali segundos atrás.

— Ál, estamos no mesmo lugar daquela vez? Aliás, que lugar era aquele que você não se deu ao trabalho de me dizer? E por que você me empurrou naquele rio? – não deixei que ele respondesse, apenas fui atropelando-o com um monte de pergunta que estava me consumindo. Fui falando em um tom autoritário e nervoso, que nunca havia usado antes.

— Julie, deixe-me expli... – ele não teve tempo de terminar a frase, continuei bombardeando-o de perguntas que há muito tempo buscava por suas respostas, mas agora era eu mesma que me impedia de tê-las, não deixando espaço para ele responder.

— Porque você disse que voltaria para me buscar e me deixou te esperando por todo esse tempo?! Você não sabe o quanto eu sofri todos esses anos sem você! Como você pode ter sido tão insensível? Eu lembro o quanto você se importava comigo... E você desaparece assim? Sem mandar notícias! Poderia ter me enviado um e-mail. Uma mensagem no face. Ou até mesmo uma carta! Mas nããão! Você simplesmente aparece como se nada tivesse acontecido e fica me trazendo para esses lugares estranhos... Não que eu não tenha gostado de vir pra cá daquela vez, ou dessa... Mas é que... Que... Poxa, Ál, eu te amo! - disse aquilo que eu não devia dizer, aquilo que até então, eu não havia dito para ninguém, nem mesmo havia admitido para mim mesma.

Uma belíssima árvore flamboiã surgiu próximo a nós, uma brisa suave balançou meus cabelos, longos e soltos, cobrindo um pouco meu rosto. Ál veio se aproximando de mim aos poucos, até chegar tão próximo que meu coração começou a acelerar como uma Ferrari novinha e eu comecei a tremer como uma pessoa que sofre de mal de Parkinson... Ele passou a costa da mão delicadamente pelo meu rosto, seus lábios tão próximos dos meus, sua respiração tão ofegante quanto a minha, me fez esquecer o quanto estava furiosa com ele, que estávamos em algum lugar, não sei onde. Fiquei de olhos repousados esperando ansiosamente, aquele beijo que não veio.

— Há tanto para dizer... Sei que você não irá acreditar, mas estive de longe guiando cada passo seu... Eu fui obrigado a te deixar, eu estava machucando-a e você não tinha idade suficiente para compreender. - disse olhando meus olhos como se pudesse ler minha mente através deles.

— É eu realmente não compreendo mais você. – eu disse me afastando um pouco dele. Como ele pode não perceber o quanto eu esperei por esse momento, eu e ele a sós, sem ninguém para tentar me afastar dele... Virei bruscamente indo me sentar próximo ao tronco largo da flamboiã. Sentei segurando as pernas flexionadas, próximo ao peito, olhando distante, mergulhada em meus pensamentos.

— Acho que eu lhe devo algumas explicações... – disse ele se aproximando e sentando ao meu lado — Claro que eu também a amo, mas não podemos simplesmente nos amar como pessoas comuns... Eu não sou como você, eu sou anjo e minha missão é te proteger! E além de protegê-la de todos eu ainda tenho de protegê-la de mim... Ele coloca a mão no bolso da calça jeans e retira uma sempre-viva e oferece-a para mim sem dizer nada.


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