"-Eu amo você.- uma voz suave sussurra no meu ouvido.
—Mesmo?- pergunto cético.
—Claro que amo.- Alia inclina um pouco a cabeça para a esquerda.- Achei que já tivesse te dito isso.
—É só que... Eu não acredito que alguém tão doce...- afasto uma mecha negra do seu rosto.- pode amar alguém tão infeliz e amargurado como eu.
Ela sorri, e com a mão acariciando seu rosto continuo:
—Você é a única coisa que me prova que felicidade existe. A unica porção de cor no meu mundo tão cinza.
—Eu te amo.- disse Alia- repetirei o quanto for preciso para que acredite.
Pela primeira vez em anos eu sorrio."
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No Reino de Pasárgada não há tristeza. Não há dor. Nele não há lágrimas ou sofrimento. No reino de Pasárgada todas as pessoas são felizes.
Todas menos uma.
Para que todos os cidadãos sejam felizes, uma pessoa deve ser o receptor para toda a tristeza, dor, sofrimento, mágoa e rancor. Uma pessoa não deve sorrir. A uma pessoa não permite-se a alegria. O rei.

Alia nasceu e cresceu em dias felizes. Ela só conhece a doçura e a alegria.
Aaron nasceu em berço de ouro, mas seus dias foram de mágoas e sofrimento. Ele só conhece a tristeza e a dor.

Nada poderá uni-los. Enquanto for assim. Nada poderá separa-los quando não for.