"Mire e atire. Só você escolhe onde sua flecha irá alcançar"

Alô? Tá gravando? Então para.

E, embora eu não me lembro de ter dito isso, talvez essas acima sejam as frases que mais combinam comigo, quem sempre quis e almejou ser atriz e trabalhar na TV, atuando na frente de mil e uma câmeras. A família contrubuíu e eu sempre tive um pé ((ou talvez os dois)) no mundo das artes. E não que eu o abandonei. Amo atuar, fazer minhas gracinhas e ser o centro das atenções quando consigo. Mas... como escrever é também uma arte e eu me apeguei bem mais a ela... Bem, acho que eu soube de cara o que queria fazer.

E assim como o teatro e as peças de escola, escrever sempre me acompanhou desde que eu era bem pequena e juntava letras aleatórias do alfabeto para tentar formar palavras e então pedia para que os adultos lessem o que eu tinha escrito. Normalmente não fazia nenhum sentido, mas por algum motivo que desconheço, um dia lembro que meu pai sorriu para mim e disse: "Ah, essa palavra você acertou. Olha isso, a Jade escreveu 'rei'!". Talvez fosse um sinal dizendo que eu ainda me apaixonaria muito mais por filmes infantis de reinos, castelos, príncipes e princesas, os quais eu já era louca naquela época.

E depois que eu aprendi a escrever de vez, ninguém me segurou. Sempre que eu tinha tempo, escrevia histórias em papel mesmo, fazendo desenhos ilustrativos em volta e dando para minha irmã pequena ou os abandonando em gavetas da minha casa. Eu pensava em vendê-las por aí e ganhar um dinheirão com livros de papel kkkk. Sei que se tenho mil histórias incompletas guardadas é pouco para o tanto que sempre amei escrever. E isso não é diferente com as minhas porções de pastas e documentos do Word no meu computador.

E eu escervi tudo isso para expressar o quanto escrever sempre esteve na minha vida. Tanto para extrapolar minha arte tão genética, para fugir da rotina e inventar mil e um mundos, quanto para receber os porções de elogios os quais me orgulho muito na aula de redação. E descobrir que eu tenho talento para, não estar na frente das câmeras com caras e bocas, mas sim para ficar atrás, comandando e revendo os roteiros e gritando no megafone que ainda terei.

Claquete e... ação!

E para minha imaginação sem barreiras, esse é só o meu começo.