“O destino tratou de nos unir, e o mesmo, em sua maior arrogância e animosidade, tratou de nos separar...
Já não me resta mais absolutamente nada. E eu nem mesmo sei por que continuo respirando, por que continuo vivendo, se já não a tenho mais ao meu lado.
Quisera eu que eles tivessem matado-me junto de ti, ainda assim, eu partiria feliz. Mas estou fadado a viver nesse inferno, sem a sua presença, sem a sua existência para amenizar esse vazio e essa solidão que eu sempre senti nessa minha miserável e fajuta vida.
Mas isso também está longe de ser extirpado, porque eles sentirão o peso de minha vingança, eles sentirão a minha fúria, o meu ódio, e quem sabe assim, eu consiga aliviar a dor que a tua perda causou-me, e ganhe um novo propósito para continuar vivendo”.
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Após a morte de Agatha, a última esperança para os Elementais de vencer a guerra contra os Mediadores e destronar as Sete Tristezas, Aidan ainda lamenta sua morte e pranteia a sua perda irreparável.
Agora tudo o que resta para o rapaz é unir-se a Ephemera, juntar-se à resistência, composta por desertores e pelos poucos Elementais ainda remanescentes, na guerra, e então desencadear uma onda de vingança e destruição contra Sillentya, que trará conseqüências terríveis para a vida de todos, inclusive a sua própria. Mas talvez nem tudo esteja perdido, e enquanto for assombrado pelo fantasma de sua amada, Aidan poderá descobrir que sempre há tempo para ter esperança e recomeçar.

“Eu jamais imaginei em toda a minha fútil existência que minha vida tomaria esse rumo, que as águas fluentes desse rio levar-me-iam até esse ponto. Eu fiz escolhas durante esses meses, escolhas que pensei nunca precisar fazer. Eu magoei aqueles a quem amava, eu os deixei para trás, mas também fui traída e enganada por aquele a quem mais amava. Presa e acorrentada pelos elos da mentira e da enganação. E aqui estou eu, prestes a entrar por uma porta, da qual eu sei que nunca mais poderei sair. Porque o meu passado fora revelado, afinal. E tudo o que eu sou, tudo o que eu conheço e tudo o que eu amei, provou-se ser apenas mais uma das mentiras dentre tantas que eu ouvira durante esses dezoito anos de minha vida...”
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O passado sombrio de Agatha finalmente veio à tona, e a negridão que antes a envolvia foi totalmente dissipada pela luz da verdade. Mas seria realmente melhor se ela o soubesse? Porque agora sua vida corre um sério risco, e Sillentya fará de tudo para destruí-la. Traições, enganações, mentiras, uma teia negra de conspirações sempre cercou a sua vida, mas agora que ela conhece sua verdadeira origem, uma guerra está para ser iniciada. E os eternos rivais nunca estiveram tão enfurecidos, e em seus corações, o desejo de guerrear nunca ardeu com tanto furor.

Embora distantes, ainda ouço seus gritos insanos. Os condenados. Os abatidos angustiados. Eles ainda assombram meus sonhos. Um filósofo, certa vez, escreveu: “Todo homem é culpado do bem que não fez”. Acredito muito nisso. Minha culpa desafia qualquer punição. Minha ânsia por consertar o que está errado consome meu âmago. Em termos simples, preciso apagar totalmente a lousa.


Nomes não são importantes, mas apenas para constar, nasci Sinéad Harkin, em Dublin, na Irlanda. Isso foi há um bom tempo atrás. Foi-se a estranha face que me olhava de volta no espelho. Inocência substituída pela morte.


[OneShot]

“Depois de vê-lo partir sem olhar para trás, não restou muito para mim. Eu devo admitir na verdade que o pouco que você me dera naqueles oito meses, arrasta-se como espectros até mim, perturbando-me no silêncio da noite.
E embora eu tenha te prometido que me manteria longe desse mundo ao qual você pertence, o mundo que um dia eu também conheci, eu simplesmente não posso resisti-lo.
Porque o perigo continua a minha espreita, rondando-me, apenas aguardando que eu ceda. E eu não tenho mais forças para continuar mantendo ele afastado, eu o quero de volta a minha vida, eu o quero dentro de mim, mais uma vez...”
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Após a partida de Aidan, Agatha vê-se presa novamente em seu mundo sombrio, prestes a ser consumida por sua própria tristeza e sua solidão.
Porém, a chegada de um novo estranho a South Hooksett a colocará em dúvida sobre a promessa que ela teria feito ao seu primeiro amor: manter-se afastada de qualquer Mediador. Mas a paixão pelo perigo, a atração pelo mundo secreto de Sillentya parece falar mais alto, e ela tomará uma perigosa decisão que pode acarretar em sérias conseqüências para a vida de todos, inclusive a sua, porque a origem de seu passado medonho nunca esteve tão perto de vir à tona.

“Dizem que o perigo pode atrair algumas pessoas, no meu caso acredito que ocorreu o oposto, eu atraí o perigo, atraí para dentro de minha vida essas forças surreais que hoje tanto me cativam e me enfeitiçam, que me cegam para a verdade.
Mas, posso acabar descobrindo da pior maneira que quando se convive tanto tempo com o sobrenatural, talvez despertar para a realidade seja algo completamente impossível.
Eu ainda posso sentir os elos poderosos desse sonho acorrentando-me a ele, impedindo que eu me liberte.
Pois quando se vive nesse mundo fantasioso, é de se esperar que essa fera monstruosa chamada Quimera jamais te deixe escapar dele...”
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Agatha era a típica adolescente rebelde e solitária, imersa em um mundo vazio e fútil com seus próprios medos e objetivos obscuros, o que ela nem mesmo suspeitava é que a chegada de um forasteiro a calma e tediosa cidade de South Hooksett, no estado de New Hampshire, fosse desencadear uma série de acontecimentos medonhos e horripilantes. A partir de então, Agatha vê-se presa a um novo mundo, completamente desconhecido e apavorante. E talvez seja um pouco tarde demais para tentar escapar das garras dele. Porém, o mais assustador é que dentro desse novo universo medonho, Agatha encontrará não apenas o verdadeiro amor de sua vida, mas também o que ela menos imaginava, um pouco de si mesma.