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Nikolaevich
ID: 273933
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  • 30/01/2013


  • "Existência. Bem, o que é que isso importa? Eu existo nos melhores termos que eu posso."
    (Ian Curtis)

    — Você acha que não entendo? O sonho sem esperanças de ser. Não parecendo, mas sendo. Consciente o tempo todo. Vigilante. Ao mesmo tempo a abertura entre o que você é para si e para outros. O sentimento de vertigem e o constante desejo de finalmente ser exposto. Ser visto por dentro, cortado, talvez até aniquilado. Cada tom de voz uma mentira, cada gesto uma falsidade, cada sorriso uma tristeza. Cometer suicídio? Oh, não. Isso é feio. Não se faz isso. Mas você pode se tornar imóvel, você pode ficar calada. Assim pelo menos não mente. Você pode se fechar, se trancar. Assim não tem que interpretar papéis, fazer caras ou falsos gestos. Você acha... Mas veja, a realidade não coopera. Seu esconderijo não é à prova d'água. A vida entra em tudo. Você é forçada a reagir. Ninguém pergunta se é real ou irreal, se é verdade ou mentira. Apenas no teatro a questão carrega peso. Mesmo lá, dificilmente. Eu te entendo, Elisabet. Eu entendo você ficar calada, você é imóvel. Que você colocou essa falta de vontade num sistema fantástico. Eu te entendo e te admiro. Eu acho que você deveria manter esse papel até que ele seja descartado, até que não seja mais interessante. Aí você pode deixá-lo. Assim que você pouco a pouco deixa todos os outros papéis.
    (Persona, 1966)

    Imagine um rio com uma forte correnteza, mas não qualquer rio, um rio de lembranças, memórias e pensamentos. Agora imagine você no meio dessa correnteza, sendo puxado por tudo isso. Alguma coisa chega a fazer sentido? O rio e a correnteza são você, consegue perceber que você é seu próprio vilão e que você vive a se sabotar? Consegue pensar em um motivo pra isso ou uma razão?

    "A tristeza durará para sempre." 
    (Van Gogh)

    É lenta e quase não fala. Tem olhos hipnóticos, quase diabólicos. E a gente sente que ela não espera mais nada de nada nem de ninguém, que está absolutamente sozinha e numa altura tal que ninguém jamais conseguiria alcançá-la. Muita gente deve achá-la antipaticíssima, mas eu achei linda, profunda, estranha, perigosa. É impossível sentir-se à vontade perto dela, não porque sua presença seja desagradável, mas porque a gente pressente que ela está sempre sabendo exatamente o que se passa ao seu redor. Talvez eu esteja fantasiando, sei lá. Mas a impressão foi fortíssima, nunca ninguém tinha me perturbado tanto.
    (Caio F. de Abreu)

    "Por quanto tempo você vai se esconder das pessoas? 
    Quanto tempo você vai ficar sozinha?"
    (That Winter The Wind Blows)

     

    "Eu escrevo como se fosse salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida."
    (Clarice Lispector)

    Once the Darkness gets a hold o’ you, you start to lose control, you start to wonder what the fuck you’re doin’, time slips away from you, and then, all of a sudden, it’s like you’re sittin’ on a theater watchin’ a movie of your own life. And you’re up there on the big screen, big as life. You’re a fuckin’ movie star! Killin’ all the bad guys and tearin’ them limb from limb. And you look good, you feel good. Fuck, you are good! And then you realize somethin’… everyone else in the theater, they’re screamin’… ‘cause they’re watchin’ a horror movie, and you’re not the hero… you’re the monster.
    (Jackie, The Darkness II)

    Às vezes, o destino é como uma pequena tempestade de areia que fica mudando as direções. Você muda de direção, mas a tempestade persegue você. Você vira de novo, mas a tempestade se ajusta. Repetidas vezes você faz isso, como uma dança sinistra com a morte pouco antes do amanhecer. Por quê? Porque esta tempestade não é algo que soprava de longe, algo que não tem nada a ver com você. Esta tempestade é você. Algo dentro de você. Então tudo que você pode fazer é dar a ele, um passo dentro da tempestade. 
    (Autor Desconhecido)



    Nymeria mudou seu nome para Nikolaevich05/06/2013