"Eu preferia morrer e renascer e ver o sol de novo, do que viver no fim do mundo sem a luz do dia."
-James Carstairs

"Um soldado não precisa concordar para obedecer."
-Aaron Warner

"Como sairei eu desse labirinto?"
-General Simón Bolívar

Minha resposta para essa pergunta é simples: Não sairei. Não vou sair do meu labirinto, porque ele me torna quem sou. Porque é apenas sentindo a dor que valorizarei as coisas boas. Não deixarei meu labirinto de sofrimento nem tentarei ignorá-lo, porque sei que estarei ainda mais perdida do lado de fora.

Compreender uma perda, se reconstruir e esperar a próxima de braços abertos. O que acontece entre uma perda e outra é a vida e viver assim é a única forma de suportar o nosso próprio quebra-cabeça interno, ao qual acrescentamos novas peças de complexidade a cada batimento cardíaco.
Afinal, não haverá saída no labirinto até que esta seja construída. Não necessito de uma esperança para escapar. Preciso de um medo para permanecer. Porque, por mais covarde que seja esse pensamento, prefiro conviver com meu pequeno paraíso de tormento do que enfrentar o que há além dele.

A felicidade pode doer mais que a tristeza, às vezes, porque ela não é eterna. E, ao acabar, deixa seu rastro de recordações e todo o sofrimento que a sucede parece muito pior que realmente é. O sofrimento dói muito mais em quem já foi feliz porque, acima de tudo, existe a memória e a saudade.

Talvez não haja saída. Ou talvez a saída seja se contentar e aprender a viver com a dor, porque é mais fácil acolher sua própria dor do que enfrentar a imprevisibilidade do desconhecido. O medo de sofrer é pior que o próprio sofrimento, segundo Paulo Coelho. Acho que temos tanto medo do labirinto que não notamos que já estamos irremediavelmente perdidos dentro dele.

PS: Texto escrito por mim.