A magia da leitura pra mim sempre foi sentir com o personagem: seu sofrimento, sua alegria, sua paixão, sua dor... Olhar com seus olhos e ver o que ele vê. Lendo esta história eu amei junto com Gustav e consequentemente a melancolia me atingiu com força, assim como ele foi atingido, e que palavra bonita é a ''melancolia'', mais doce e frágil que a tristeza, soube muito bem caber aqui. É um caminho sem volta se apaixonar nesta fanfic pois a figura de paixão é perfeita até em seus defeitos, porque é amor e não precisa ser racional e porque Beau, o interesse amoroso de Gustav, é uma coisinha milimetricamente criada para despertar paixão e devoção, ah que figura de paixão. Estou recomendando esta bela história que reli hoje e de novo meu peito foi atingido com o peso de um tijolo, comecei rindo, amando e acabei melancólica, já que foi a melancolia que me trouxe aqui, mas completamente satisfeita por sentir. Boa leitura!

Li essa historia ha alguns anos atras e sempre releio por sua gostosura, me deixa triste nunca mais ter encontrado originais yaoi da Julia, mas sinto que ela merece reconhecimento mesmo que tenha se afastado do Nyah, pois é uma excelente escritora. Eu gosto dessa fic pela leveza mas ao mesmo tempo pela ternura que ela carrega, sem prometer muito, a historia é singela como seu personagem principal, talvez por isso tao apaixonante quanto. Pra quem gosta de um yaoi fofo, com aquele enredo que tanto curtimos, bem escrito e com boas doses de emoção, recomendo Arisu. Torço pra que Julia volte a escrever aqui...

Essa estória está entre as estórias que eu mais amei, não só do Nyah! mas no modo geral, recheada de personagens que são apaixonantes. O cenário é bacanérrimo e realista (colégio interno, país de clima frio) e os personagens também, então fica aquela sensação de que de repente você pode se deparar com um deles numa esquina ou numa biblioteca (e se apaixonar). Um protagonista extremamente esperto quando o assunto é ciência (ele é capaz de narrar qualquer parada científica), mas extremamente amador quando o assunto são sentimentos, principalmente o amor. Personagens que não estão presos num contexto, que se debatem em dúvidas, ordinariamente humanos, com sentimentos que mudam e te fazem perceber que apesar disso, a personalidade deles continua ali, a essência que define quem são.
Outra coisa que vale elogios à Equinox é o estilo do narrador, o tempo todo você se sente com os olhos do Dimitry, você vai descobrindo e amadurecendo junto com ele (vai se irritando, se questionando, rindo, chorando), vai conhecendo os outros personagens à medida que o próprio Dimi conhece, com a mesma vontade que ele tem. E tem o Heinz, que é a coisinha mais perigosa e fofa que você pode imaginar, alguém que se revela pro leitor ao mesmo tempo que se revela pro narrador (não se deixe levar por esse rostinho de boneca). Mas de modo geral, todos os personagens são ricos e únicos e a identificação com eles sempre acontece, cedo ou tarde.
Sempre espero sentimentos daquilo que eu leio, e Let Me tell You me despertou tantos, que eu fico com saudade dos personagens (eu disse: eles são muito reais). A autora tem o dom da palavra, escreve de uma forma única (amo muito tudo isso) e a criatividade vai à mil, criando diálogos que fazem rir pela ironia do personagem, e que tocam o coração pela delicadeza dos sentimentos, tudo muito singelo e inusitado. Acho que a recomendação não chega perto do quão boa essa estória é, sério, Equinox nasceu pra isso. Lygia Fagundes Telles fala que o leitor é mais que um companheiro, ele é um cúmplice do escritor...Então, entre e seja cúmplice da deliciosa descoberta que Let Me Tell You é.