Nimrodel tem o talento de narrar de forma poética seus contos, sempre preocupada com os detalhes. Aquele tipo de narrativa que te remete ao momento ao ponto de nos fazer sentir a emoção, o cheiro, o sabor. Impossível não gostar e não se envolver profundamente. Pena ser tão curto esse momento. Sempre fico com a sensação de que a viagem foi tão breve.

Essa história nos remete ao que poderia ter sido a convivência entre irmãos. Boromir um grande capitão, forte e com um senso de liderança inigualável. Faramir um homem muito mais coração, em nem por isso deixando de ser corajoso e muito capaz de erguer uma espada ou arco e flecha.

Uma história com fortes emoções, encantadora e inspiradora. Imperdível!

Encantadora.
É como posso resumir a história em uma palavra.
É um desafio encontrar histórias com tanta beleza - não, não culpo os autores, mas sim Tolkien por ser único -, porém está história consegue nos lançar para dentro da Terra Média de uma forma que é semelhante a estar lendo algum texto perdido do verdadeiro autor e criador deste mundo. Não, eu não exagero. Depois de ler, confesso, fiquei desolada por não haver mais, afinal, além da narração e enredo muito bem construído, apesar de curto, os dois personagens em questão são muito bem representados. A relação de Boromir e Faramir é pobre em informações, infelizmente, entretanto a gente consegue imaginar como seria - ambos diferentes em personalidade, mas cuja bravura e teimosia de um completa e bondade e determinação do outro, e vice versa. Nimrodel consegue manipular isso de uma forma perfeita e adaptá-la a sua história. Sem falar a surpresa que temos no final, a qual deixo fora de questão para não estragar a experiência.
Me desesperei e sofri com Faramir. Briguei mentalmente com Boromir, mas no fundo concordei com ele.
Então, sim, leia. Não há como se arrepender.