A Intercambista escrita por LinaFurtado


Capítulo 30
2ª Temporada: Somente meu


Notas iniciais do capítulo

Aí vaaaaaaai :D



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-Não estou acreditando no que acabei de fazer... – Resmungou Edward.

Me remexi ao seu lado e apoiei minha cabeça nos cotovelos, olhando-o.

-Se arrependeu? – perguntei.

-Não, meu amor. – Virou-se para mim, segurando meu queixo. – Só que é perigoso, podia ter te machucado...

-Sim, podia. Mas não fez. – Enrolei-me na colcha e me sentei de frente para ele, que se ajeitou se apoiando no encosto da cama. – Edward, deixe de ser chato. Acabei de ter a melhor noite de toda a minha vida e você fica falando essas coisas...

-Desculpa, amor. Também foi a melhor da minha... Seja o que eu tiver... – Veio até mim e me deixou em seus braços. – Te amo demais, minha Bella. – Sussurrou com o seu belíssimo sotaque britânico contra meus cabelos.

Eu estava completamente absorta em nosso mundo particular. Edward era o meu mundo e sentia que nunca sobreviveria sem ele. E depois de uma noite inteira de puro amor e de finalmente nos ter entregado a ele, só sentia que nada podia nos separar.

A noite inteira havia sido maravilhosa e por menos experiência que eu tivesse, Edward foi um perfeito cavalheiro e deixou a noite ainda mais perfeita.

-No que está pensando? – perguntei ao escutá-lo suspirar.

-Na sua idéia maluca de voltarmos para Londres. – Mexeu em meus cabelos, fazendo carinho. – Não sei se vai dar certo...

-Vai dar. – Me afastei um pouco e olhei nos olhos, seriamente. - Já está tudo planejado, primeiramente falamos com Alice, depois Jasper e seus pais. Vai dar tudo certo, meu amor. – Acariciei seu rosto.

-Queria ter a sua positividade. – Sua voz estava melancólica, mas de repente ele balançou a cabeça e forçou um sorriso, me puxando de volta ao seu peito. – Vamos mudar de assunto.

-Humm – Sorri, retribuindo seu abraço com força e inspirei seu cheiro inebriante. – Concordo, mas adoraria continuar o que paramos.

Riu e eu virei o rosto, beijando-lhe delicadamente. Edward mordeu meu lábio inferior, antes de me beijar de modo apaixonado. Ajeitei-me, sentando-me em seu colo e levei minhas mãos até seu cabelo, puxando mais e mais para mim, mesmo sendo impossível maior aproximação.

Eu precisava de ar, por isso, entrelacei meus dedos em seus cabelos, puxando-os para trás, dando-me tempo para respirar e Edward desceu para beijar meu pescoço e colo. Era incrível em como ele me deixava inteiramente entregue aos meus instintos. Quase podia escutar meus hormônios gritando por mais.

Edward jogou-me gentilmente, para o lado da cama e voltou a me beijar, enquanto suas mãos corriam ao longo do meu corpo. Ficamos por isso durante certo tempo até bater um sono enorme tanto em mim quanto nele, mas não queríamos dormir de jeito algum, pois tudo estava sendo mágico demais.

-Quando sua mãe chega? – perguntou.

-Considerando que são mais de meia-noite, daqui a exatos três dias.

-O que vamos fazer quanto a ela?

-Como assim? – Ergui a sobrancelha.

-Certo, de acordo com o seu plano, vamos para Londres contar para os meus pais e depois? Não quero ter que ficar escondendo isso – Apontou para nós dois. – dela. Não sei se você sabia, mas um dia eu pretendia me casar com você. – Minha garganta se fechou.

Me sentei para ter uma visão melhor de sua face e ver se ele falava sério e, pelo que vi, sim. Ele estava.

Edward sorriu, por ter visto o quanto eu fiquei perplexa quanto a sua confissão, mas logo seu sorriso sumiu.

-Se não quiser, eu vou entender... – Tratou de conversar.

-Não! – Me apressei em dizer e peguei suas mãos nas minhas. – É que, só... Me pegou de surpresa . – Sorri fraco. E ele esperou que continuasse. – Não sei... Podíamos ficar juntos em Londres por certo tempo, estudando juntos na universidade de lá e depois de alguns anos, quando eu voltar para Phoenix, te apresento a minha mãe como se ela nunca o tivesse conhecido, afinal... Você envelhece, não é mesmo?

Edward pensou nessa possibilidade e eu via o quanto ele ficava nervoso por eu sempre ter uma resposta para as suas perguntas e, essa de agora, veio do simples nada na minha mente. Estava ficando boa nisso.

Se levantou, bagunçando os cabelos com sua feição em uma perfeita incógnita e caminhou até a janela, apoiando a cabeça na mesma.

-Não sei se... – Começou e franziu o cenho. – fico feliz por causa das suas idéias ou se fico com raiva de ter que participar disso por causa do que sou agora... Um monstro. – Me levantei rápido e fui até ele, abraçando-o por trás.

-Não diga isso. Edward – Chamei-o, fazendo se voltar para mim e eu segurei sua face entre as minhas mãos. -, só faço isso porque sei que eu não vou conseguir ficar longe de você por muito tempo, nem que seja questão de minutos. – Sorri. - Quero ter você comigo e, nem que para isso seja necessário sumir, desaparecer, morrer, eu faria isso.

-Morrer... Excelente definição. – disse sarcástico.

-Pare. – disse séria. Me aproximei de seu rosto e o beijei delicadamente. – Eu o quero. – sussurrei.

Passou as mãos na minha cintura e se sentou na beirada da janela, puxando-me junto. Analisou-me com seus olhos dourados, que estavam tristes no momento e me beijou. Essa era a única coisa - eu podia sentir - que o fazia se esquecer do que ele realmente era, mas mesmo assim, não eram totalmente, pois continuava a ser um vampiro forte e sedento por sangue, mais especificamente o meu sangue. E, o que eu podia fazer era tentar ajudá-lo quanto a isso.

Nos separamos por eu precisar de ar novamente, quando Edward soltou.

-Preciso fazer você se lembrar de tudo que se passou em Londres. – Murmurou recostando sua testa na minha.

-Humm... Mas antes eu preciso dormir. – Bocejei colocando a mão na frente e fazendo-o rir. – Estou com muito sono.

-Certo, então... De volta para a cama. – disse ainda risonho. Gostava assim, quando seu humor estava melhor, ficava mias radiante e muito mais bonito.

-Isso parece bom para mim. – respondi com um tom de malicia.

-Vá dormir, Bella. – Ri ao vê-lo revirar os olhos.

Fomos dormir e quando abri meus olhos essa manhã, Edward não estava mais ao meu lado. Franzi o cenho, enquanto me sentava e esfregava meus olhos. Chamei-o, mas nada. Arrastei-me até o banheiro e tomei um banho gelado, pois hoje estava muito quente e o sol parecia soltar seus raios com força.

Vesti uma camiseta branca, com uma bermuda jeans clara e calcei meus chinelos antes de descer a escada atrás de Edward.

-Edward? – Entrei na cozinha e o encontrei de cabeça baixa na mesa que estava toda montada com comida e bebida para o almoço, pois já estava na hora. Foi quando notei o quanto dormi. – Edward? – Me aproximei dele e coloquei minha mão em suas costas, afagando-a. – Está bem?

Ele negou com a cabeça.

-O que está sentindo? – Comecei a me preocupar, por isso me agachei e tentei ver seu rosto, mas não conseguia. Nada disse. – Edward, por favor, me conta.

-Sede, Bella... – Rugiu de raiva. – Se eu a olhar agora... É muito provável que eu vá querer te atacar.

Me sobressaltei, mas logo me recompus lembrando-me de que eu faria tudo por ele, e isso incluía meu próprio sangue, se necessário.

-Está tudo bem... – Tentei reconfortá-lo. – Pode me olhar, meu amor. Deve estar mesmo com sede depois de ficar tanto tempo sem se alimentar.

-Não. – Continuava a não me olhar.

-Edward, deixe de ser tolo. Estou aqui para o que precisar...

Seu movimento me assustou, pois ele se levantou de costas para mim e gritou, indo parar do outro lado da cozinha.

-Não! Você não é o meu alimento! – Socou a parede deixando um amaçado.

Engoli o medo que sentia quando ele ficava assim e caminhei até ele, parando ao seu lado, desta vez sem encostá-lo para poder ver sua reação. E, funcionou do modo como eu imaginei. Sem nos tocar era muito estranho, tanto para mim quanto para ele, por isso ele sentiu falta quando me viu ao seu lado sem contato físico.

Esticou o braço e me abraçou. Uma mão sua estava nos meus cabelos e a outra em minha cintura, podia sentia sua respiração bater contra os meus ouvidos, quase podia senti-lo brigar internamente para não me morder, não se alimentar de mim.

Bem lentamente, afastei meus cabelos do pescoço, deixando o espaço livre de pele exposta para ele aproveitar. Edward respirou fundo e tentou se afastar devagar, mas o fiz voltar. Sabia que doeria até porque já tinha experimentado ter sido mordida por ele antes, mas podia suportar a dor aguda que parecia latejar na minha pela ao ter contato com seus dentes afiados.

As forças de meu corpo foram se esvaindo aos poucos e sentia que minhas pernas estavam ficando bambas. Edward me firmou na cintura para não me deixar cair, enquanto ainda sugava meu sangue. Fiquei feliz por ele não ter ficado tão pouco tempo se alimentando de mim, isso mostrava que estávamos progredindo. Se ele quisessem poderia retirar tudo de dentro de mim.

Se afastou assustado e me olhou preocupado, com os olhos dourados bem mais claros.

-Bella? Está bem? Céus! O que eu fiz?

-Estou... – Firmou-me e me sentou na cadeira em um só movimento. Estava tudo rodando.

-Desculpe, Bella, eu não queria... Nunca mais faço isso de novo, prometo.

Apoiei minha cabeça no cotovelo e o olhei tentando não desmaiar.

-Deixe de ser tolo... – Soltei em uma voz fraca. – Estou... Bem.

-Você em geral não é boa com mentiras, mas essa foi a sua pior. – Forçou um sorriso que não chegou aos seus olhos.

Ri fraco.

-Só preciso abaixar minha cabeça.

-Está tonta?

-Um pouco. – Admiti.

-Coloque a cabeça entre as pernas. – Me ajudou a sentar no chão e assim fiz. Tinha razão, melhorou. Edward bufou forte e se sentou ao meu lado, olhando fixamente para a parede diante dele.

Ergui minha cabeça, já me sentindo bem melhor e olhei-o. Não fez menção em me olhar, ao que parecia, eu o tinha irritado, afinal, o contrariei. O telefone tocou e ele se levantou pegando o aparelho, e me entregou.

-Alô.

-Bella, como vai aí, querida? – Era minha mãe.

-Tudo ótimo, mãe. – E estava mesmo, sem problemas algum.

-Humm – Sua voz parecia desconfiada. – O que está aprontando? Espero que não esteja aprontando. Apesar de nunca ter feito nada errado... Nunca se sabe.

Ri. Meu humor estava ótimo com Edward ao meu lado.

-Nada, mãe. Não estou aprontando, só estou feliz.

-Com o quê? – Quase podia vê-la ficando nervosa. – O que te deixou tão feliz?

Olhei para Edward que estava de pé, encostado na parede olhando pela a janela da cozinha.

-Estar sozinha em casa. – Menti.

-Credo! – Rimos. – Se está tudo bem, posso continuar tranqüila...

-Sim. Pode. – Garanti. – Quando vão voltar?

-Phil disse que talvez voltemos mais cedo porque aas coisas por aqui foram bem rápidas, mas acho que só daqui a dois\três dias.

-Humm, ok, então. Beijo, mãe. Manda um abraço para o Phil.

-Certo. Tchau, querida.

-Mãe – Chamei-a antes de desligar.

-Oi?

-Se cuida, por favor.

Ela riu, mas eu sei a mãe que tenho e por mais que estivesse com Phil ainda ficava um pouco preocupada quanto a ela.

-Pode deixar. Um beijo.

-Tchau. – Desliguei e me pus de pé em um salto, o que ocasionou a cozinha inteira rodar, mas Edward foi rápido e me segurou. – Obrigada. – Sorri sem-graça.

-Vá comer. – Ordenou e se sentou na cadeira.

Me sentei a mesa e olhei o que tinha para o almoço; tudo de maravilhoso e que só Edward sabia fazer.

Comi tudo e passamos o resto do dia com ele me contando dos meus dias em Londres. Ainda não acreditava que com ele tudo parecia voltar a se formar na minha mente, as formas, as cenas, as cores... Tudo!

Edward continuava irritado comigo, mas eu ignorar, melhor, tentei ignorar, só que não estava dando mais. Não agüentava mais ouvi-lo responder as minhas perguntas monossilabicamente.

Para variar um pouco, comecei a brigar com ele por ser tão bobo e não me deixar ajudá-lo, pois eu já havia deixado claro que ele não tomaria sangue de mais ninguém a não ser de mim. A meu ver, quando ele tomava meu sangue, era quase como um ato erótico pelo tamanho de prazer que sentia ao senti-lo tão próximo e quase quente contra o meu corpo, contra a pela nua do meu pescoço. Não podia mais deixá-lo fazer isso com outras.

Ele havia deixado claro que se preocupava comigo, que se preocupava com a minha saúde, entendia, claro, mas isso era ridículo. Eu voltava ao normal em poucos minutos, então não havia motivos para tanto alarde em uma coisa tola.

O único jeito foi ameaçá-lo. Havia sido um golpe baixo, mas era tanto para o bem dele quanto ao meu próprio.

Estávamos sentados de frente para o outro na minha cama, enquanto eu continuava a escutar as histórias que me contava. Já estava um pouco cansada de escutar, por isso resolvi mudar de assunto.

-E então... – Edward calou-se quando notou as minhas intenções ao me aproximar e ficar brincando com seu rosto, beijando cada cantinho. Sorri contra a sua pele.

-E então... – Brinquei com seu momento sem fala.

-Você não parece querer escutar mais, estou errado? – perguntou entrando na minha brincadeira e saiu à procura da minha boca. Não contrariei e depositei um beijo em sua boca antes de responder e ele ir beijar minha orelha, minha nuca, meu queixo... Cada lugar que ele encostava, deixava um caminho quente e ardente.

-Muito observador você. – Ri ao sentir suas mãos me puxarem mais para si, pela a cintura.

-Humm... – Continuou a me beijar e agora eu não precisava fazer mais nada, pois ele não deixava.

Jogou-me para trás, deitando-me e, se colocou sobre mim de um modo delicado e começou a me beijar enquanto suas mãos exploravam meu corpo. Acho que nunca me acostumaria com sua beleza insuportável. Edward era único e me deixava sem fala todas às vezes, pois não era previsível, era maravilhoso em tudo que fazia e, mais uma noite para nos entregar ao nosso amor não seria um crime, seria?

Edward que deveria ser considerado um crime por tudo, por completo, por ser simplesmente ele.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Me contem, vai ;)
Beijos!!



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