A Intercambista escrita por LinaFurtado


Capítulo 1
O início


Notas iniciais do capítulo

Bem, essa estória é minha e vinda apenas da MINHA cabeça e, como sou nova aqui, espero que curtam ;D
OBS: Quem quiser fazer a capa para mim, ficarei MEGA feliz ;D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/99893/chapter/1

A intercâmbista

Primeiramente devo me apresentar: chamo-me Isabella Marie Swan, porém prefiro somente Bella, tenho 17 anos, sou uma simples estudante do Ensino Médio que vai fazer intercâmbio na casa de uma família em Londres e tenho uma mãe louca, Renée, que se casou novamente com um jogador de baseball, e para lhes dar mais liberdade em vez de me tornar um peso, tomei a decisão de estudar fora, já que não tenho para onde ir. Meu pai, Charlie, faleceu quando eu tinha seis anos de idade, por isso não quase não lembro muito bem de seu rosto, minha mãe diz que eu tenho muito do temperamento dele.

Sei de pouca coisa sobre a família Cullen, só sei que são ao todo quatro pessoas; Esme, Carlisle, Jasper, o filho mais novo, e Edward o mais velho, sendo que os dois filhos estão no Ensino Médio londrino.

Neste momento me encontro no aeroporto despedindo-me da minha amada mãe.

-Bella, vou sentir tanta saudade, querida! – Abraçou-me pela centésima vez hoje. Adoraria poder ficar, mas acho melhor eu sumir por uns tempos da vida de minha mãe, para lhe dar um pouco mais de liberdade com o seu novo marido, Phil.

-Está tudo bem, mãe. – Retribui seu abraço. – Só um ano, você vai var como passa rápido. Não vai chegar nem ao menos sentir minha falta. – Sorri para ela.

-Impossível! – Apertou-me.

-Certo... Vamos sentir sua falta Bella, mas se não for vai acabar perdendo o vôo. – disse Phil segurando a minha mochila.

Renée me soltou, estava chorosa, despedi-me de Phil, peguei a mochila e dei um rápido último abraço na minha mãee a vi mexendo a boca com um : Me ligue quando chegar!. Entreguei a minha passagem, coloquei a mochila na esteira e passei pelo detector de metais. Segui até saguão de embarque, sentando-me em uma cadeira, ao lado de uma garota de cabelos curtos e espetados, era baixinha e se vestia como uma boneca. Coloquei o meu Ipod para tocar, recostando-me na cadeira.

-Oi! – disse a garota sorrindo abertamente para mim.

-Ah... Oi.

-Você vai para onde? – perguntou virando-se para mim.

-Londres. Vou fazer intercâmbio. – Respondi antes que perguntasse do por que de eu estar indo sozinha.

-Sério? – Parecia animada. – Também vou fazer intercâmbio lá! Me chamo Alice e você é...

-Bella.

Sorriu.

-Prazer em conhecê-la Bella. Quem sabe a gente não se vê lá? Deve também ficar na mesma escola que eu.

Abriram o portão de embarque e fomos juntas, ela estava saltitando de tanta felicidade. Algo nela me fazia me sentir melhor em ter que deixar a minha mãe, sempre passei minha vida inteira com ela e deixá-la assim é um pouco difícil, principalmente quando a vi quase chorar por me deixar ir.

Acabou que eu e Alice sentamos uma ao lado da outra, ao que parece era a "ala" dos intercâmbistas, pois tinhas outros adolescentes perto de nós. O vôo seguiu tranqüilo, tinha que admitir que estava nervosa por ver a minha "nova família". Tentei engolir o nervosismo logo que pousamos. Alice notou e tentou me aclamar, o que não deu muito certo, porque ela ficava falando em como era bom nós estarmos longe de casa e do que eles vão achar de nós.

Pegamos nossas malas e saímos. Eu não trazia muita coisa, só uma mala e a minha mochila com as minhas coisas, mas quanto a Alice, ela trazia duas malas enormes e sua bolsa roxa, que não era pequena.

Estava procurando as pessoas com quem eu ia morar quando vi um casal muito bonito por sinal, com uma placa escrita: Isabella Swan. Caminhei até eles supus que aqueles deveriam ser Carlisle e Esme, estavam incrivelmente bonitos, logo olhei para as minhas roupas. Usava uma calça jeans azul, uma blusa verde escura, um pouco larga, com um casaco, simples, preto e All Star.

-Isabella Swan? – perguntou a mulher.

-Sim. – Dei um sorriso sem graça.

-Oh! Seja bem vinda querida! – Abraçou-me. – Sou Esme e esse é Carlisle. – Apontou para o homem loiro atrás dela. Que me deu um sorriso.

-Prazer Isabella. – Estendeu-me a mão. Retribui.

-Por favor... Só Bella.

-Tudo bem. – Sorriu.

Carlisle fez o favor de carregar a minha mala, apesar d eu me opor e Esme passo o braço sobre o meu ombro.

-Você será a minha primeira filha. Tenho dois homens, sabe disso não é mesmo? Montei um quarto só para você lá em casa. – disse Esme enquanto caminhávamos em direção ao seu carro.

-Isso é verdade quando ela descobriu que uma menina moraria em nossa casa tratou logo de montar um quarto. – comentou Carlisle.

-Oh! Não precisava, sou muito simples. – Tentei dizer, mas fui cortada.

-Não. Você vai adorar o seu novo quarto. – disse Esme.

Certo. Não tinha como discordar dela. Entramos no carro preto com vidros escuros e partimos em direção a minha nova casa. Estava quase adormecendo, pois o tempo estava chuvoso e frio. Quando chegamos olhei para casa, era enorme e belíssima, daquela que só se vê em filmes, com muitas árvores altas em volta, tudo bastante verde. Era um pouco distante de Londres, talvez uns vinte minutos.

Carlisle tirou a minha mala do porta-malas e Esme me indicou a entrada. Abriu a grande porta de madeira escura que dava diretamente a um hall de entrada muito bonito; com um aparador de vidro, encima havia um jarro de flores vermelhas e laranjas, com um espelho logo atrás. Logo após vinha a sala de estar, tinha um belo sofá preto, lareira, uma estante com alguns livros, uma televisão de tela de plasma e objetos de decoração e, também havia, mais uma mesa de canto com flores, só que dessa vez eram rosa escuras.

-Vocês têm uma bela casa. – disse olhando cada parte da sala. Esme pareceu adorar e sorriu angelicalmente.

-Obrigada, querida. Venha, vou lhe levar até seu quarto. – Puxou-me pela mão fazendo-nos subir pela escada também de madeira escura, que dava para um corredor de paredes azul-escuras, com cinco portas brancas e um canto com fotos em preto e branco. – Esse é o banheiro – Indicou a primeira porta do lado direito. – Esse é o quarto do meu filho Jasper. – Agora a primeira do lado esquerdo. – Esse do meu outro filho Edward – Indicou a próxima porta. – Aquele é o meu e o de Carlisle. – Apontou para a última porta do corredor. – E esse... – Paramos na frente da porta logo depois do banheiro. – É o seu.

Quando abriu a porta eu vi uma cama com um edredom lilás, ao lado vinha uma estante que tinha uma mesa para estudo, assim como uma lâmpada, uma televisão e cheia de enfeites de decoração. Havia também um armário bastante grande para as minhas poucas roupas. Era muito bonito, tinha pensado em um quarto muito mais simples, mas pelo visto não poderia duvidar de Esme.

Ela estava me olhando vendo qual seria a minha reação, mas como viu que eu não falei nada, logo se apressou em dizer:

-Não gostou? Desculpe, podemos mudar...

-Não! – A interrompi. – Está ótimo. – Sorri. – Obrigada. É lindo, mas realmente não precisava.

Esme me abraçou.

-Só quero que se sinta em casa, qualquer coisa é só avisar a mim ou a Carlisle, tudo bem?

-Aqui está a sua mala Bella. – disse Carlisle entrado no quarto e deixando a minha mala logo a ponta da cama.

-Obrigada mais uma vez.

-De nada. – respondeu.

-Bella, meus filhos ainda estão no colégio, logo chegarão, por isso sinto muito, porque eu e Carlisle temos que trabalhar, demos uma fugida só para irmos te pagar. – Fez uma cara tristonha.

-Oh! Não, tudo bem. Eu me viro.

-Tem certeza? – perguntou Carlisle, preocupado.

-Tenho. Podem ir, vou ficar bem. – disse sorrindo e dando de ombros.

-Desculpe, querida, mas quando meus filhos chegarem irão lhe fazer companhia.

-Não precisam...

-É lógico que precisa, mandei isso a eles. – Sorriu vitoriosa. Abraçou-me mais uma vez, me disseram tchau e saíram.

Fiquei a olhar o meu novo quarto por um momento, sentando-me na cama e escutei o barulho de carro saindo. Tratei logo de me levantar e de desarrumar a minha mala, guardei tudo direitinho, coloquei o meu leptop na mesa e o liguei, quando notei que logo ao lado do armário havia um espelho que ia do chão até quase o teto, em forma oval. Eu estava cansada, precisava dormir um pouco, não tinha dormido muito bem na noite anterior, por isso estava um pouco mais branca que o meu normal e com umas quase imperceptíveis olheiras. Deitei-me na cama e fiquei olhando para o teto por uns instantes, porém acho que logo adormeci. Acordei já estava anoitecendo, levantei-me devagar e escutei umas vozes masculinas vindas do andar de baixo, juntamente com o som da televisão.

Ajeitei o meu cabelo e fui em direção ao som. Quando estava no final da escada escutei:

-Ta, Jasper, faz o que você quiser! – disse alto o garoto de cabelos cor de bronze, alto, forte e extremamente bonito, que olhava em direção a cozinha enquanto se dirigia a escada. Virou-se para a escada e levou um susto. Seus olhos eram da cor de um verde belíssimo. – Ow!

-Desculpe. – Corei e abaixei a cabeça, olhando para os meus pés.

-Hã...? Não. Está tudo bem, só não... Sabia que você tinha chegado. – Olhei em seus olhos penetrantes, o vi sorrir torto e estender a mão. – Edward Cullen. Você deve ser Isabella.

-Só Bella, por favor. – Cumprimentei-o.

Deus! Como era bonito! Mas não posso pensar nisso, ele é o meu "irmão" não posso quebrar as regras. Ah é, regras... Não se pode ter relações com alguém com quem você vá morar. Essa era a regra número um ou... Era expulsa e voltava para sua casa, sem direito à volta.

Jasper apareceu na ponta da escada a fim de ver com quem Edward estava falando.

-Achamos que você não estava aqui, Isabella.

-Bella. – Corrigiu Edward. Jasper o olhou de cara-feia.

-Enfim, seja bem vinda Bella... – Olhou para o irmão. - Sou Jasper. – Sorriu para mim o garoto loiro de olhos azuis.

-Prazer em conhecê-los. – disse.

-Esta com fome? – perguntou Jasper descendo as escadas que havia subido para me cumprimentar. – Estou preparando o nosso lanche.

Ergui a sobrancelha, o que fez Edward rir.

- Ele que quis fazer alguma coisa diferente. – Sorriu depois de rir. – Boa sorte.

Fiquei olhando-o subir, sem entender, e depois fui até a cozinha; toda em branco, preto e marrom, era simplesmente linda com bancadas de mármore preto e armários marrons, todos os eletrodomésticos, sem exceção eram de inox, com o fogão e a geladeira pretos. Tinha uma bancada na mesma cor com bancos altos de madeira e de estofado branco e logo atrás uma mesa de vidro para seis lugares.

Jasper estava em uma bancada colocando uma massa em uma fôrma.

-Senta ai. – disse apontando com o queixo para o banco alto, o fiz e fiquei vendo.

-Posso perguntar o que está fazendo? – disse brincando com o saleiro.

Ele riu.

-Estou tentando fazer o meu primeiro bolo. Sou péssimo em cozinha, mas Edward não quis fazer para mim e eu estou com muita vontade de comer um, então eu pensei que não deveria ser tão difícil fazer.

-Um... E está tendo sorte? – Olhei-o de cima abaixo e estava todo sujo de farinha e um pouco de gema de ovo que tinha até em seu cabelo. Mordi o lábio para não rir. Lembrei da minha mãe tentando cozinhar, ela não tinha futuro para isso, sempre quebrava alguma coisa.

-Não.

Rimos.

Quando Jasper colocou o bolo no forno, depois de eu o ajudar acender, sentou-se do meu lado e começamos a conversar. Acabei por descobrir que Carlisle é médico e que Esme é arquiteta o que não estranhei muito, pois a casa que tinham não era para menos.

-Amanhã é o seu primeiro dia de aula aqui? Está contente? – perguntou olhando para ver se o bolo estava pronto. – Como se sabe quando está pronto? – Levantou a sobrancelha.

-Ah... Já tem vinte minutos? – Assentiu. - Tem um palito? – Pegou um e me deu. Fui até o forno, agachei até ficar na altura, abri e furei o "bolo" que acabou murchando. Comecei a rir, ele não entendeu. – Não tinha dito que tinha vinte minutos? – disse quando consegui falar.

-Eu acho que sim, mas o que isso tem haver?

-Porque se tivesse ele não murcharia. – Avisei-lhe. – Ainda falta um pouco.

-E ai? Estão tendo sorte? – Edward entrou na cozinha vestindo uma calça de moletom e uma camisa fina, branca, de manga comprida, seu cabelo estava molhado e seus olhos estavam mais claros, enfim, estava lindo.

-Não. – Bufou Jasper. – Se você tivesse feito não estaria assim. – Apontou para o bolo dentro do forno.

Sentou-se no banco virado para nós.

- O que? Murchou? – perguntou com um sorriso divertido no rosto. Assentiu. Riu alto, baixando a cabeça na bancada.

-Cara, tu é idiota. – resmungou Jasper. – Faz alguma coisa e fica ai de olho no bolo enquanto eu vou tomar um banho para eu me limpar. Acho que tem farinha até dentro do meu ouvido.

Edward só riu mais alto ainda. Jasper saiu da cozinha batendo o pé. Eu estava parada no meio da cozinha sem saber o que fazer, pensando se eu ia para o quarto e arranjava alguma coisa para fazer ou não fazia nada mesmo, quando Edward interrompeu meus pensamentos.

-Aconselho que nem tente comer esse projeto de bolo. – disse indo até o fogão.

-Ele se esforçou para fazer. – disse com um pouco de raiva do pouco caso que ele fez do esforço do irmão.

-Ah é mesmo? Não acho que foi o suficiente. – Tirou o bolo do forno e colocou encima da bancada. – Isso está horrível. – Fez uma careta.

-Pelo menos ele tentou. Poderia tê-lo ajudado a fazer, não acho que cairia sua mão. – Ele estava me irritando.

-E o que te faz achar que é a minha obrigação? – Desafiou-me olhando nos meus olhos.

Olhar em seus olhos fazia com que toda a raiva que eu sentia se dissipasse rapidamente, e isso nunca me acontecia. Não até hoje.

-Quer saber? Isso não me interessa, porque não fica ai reclamando do bolo do seu irmão enquanto eu vou arranjar outra coisa. – disse saindo quase correndo da cozinha.

-Bella? – Virei-me para ele. – Acho que começamos bem, não é? – disse.

-Talvez se você fosse um pouco menos ignorante não tivéssemos começado assim.

- Não acho que isso seja da sua conta.

-Tem razão, não é. - Sai deixando-o para trás.

Ótimo, primeiro dia em uma casa nova e, eu já briguei com um deles e logo com o mais bonito, mas a beleza não me interessa quando é estúpido e ignorante. Entrei no meu quarto e fechei a porta com força. Fui mexer no leptop, quando entrei no meu e-mail e vi que tinham três e-mails da minha mãe.

O primeiro:

De: Renée.

Para: Bella.

Bella,

Como foi a viagem? Já chegou? E como é sua "nova" família? Me corta o coração escrever isso, sabendo que a minha menina está muito longe de mim.

Conte-me como está sendo o primeiro dia.

Já estou morrendo de saudades. Mamãe te ama muito.

Me liga.

Beijos, Renée.

O segundo:

De: Renée.

Para: Bella.

Bella,

Por que ainda não me ligou? Está tudo bem?

Beijos, Renée.

O terceiro:

De: Renée

Para: Bella.

Bella,

Se não me ligar em cinco minutos eu vou ligar para essa casa e falar com o dono.

Era típico da minha mãe entrar em desespero, por isso tratei de responder logo antes que ela ligue, que eu sei que ela faria.

De: Bella

Para: Renée

Mãe,

Não entre em pânico, já estou escrevendo. Não precisa colocar outras pessoas nisso.

Beijos, Bella.

Enviei e comecei a lhe escrever.

De: Bella

Para: Renée

Mãe,

Quanto as suas perguntas, sim, estou viva, cheguei bem, não foi cansativo. Logo que cheguei conheci Esme e Carlisle, que foram e estão sendo maravilhosos comigo, depois conheci seus dois filhos Jasper e Edward. Ah! Para encurtar a história, eu estou bem e o meu dia está sendo um pouco longo, mas acho que é devido à viagem – Menti. – Amanhã ele será maior ainda, porque você sabe que eu odeio escola nova.

Também estou com saudades, apesar de termos nos visto em menos de cinco horas.

Te amo.

Bella.

Quando enviei notei que estava chorando. Não me lembrava o quanto era difícil ficar longe dela, o quanto minha vida somente se baseou na minha mãe, no como eu parecia ser a adulta e ela a criança. Abaixei a cabeça sobre o leptop e fiquei choramingando um pouco quando escuto alguém bater a porta. Recosto-me rapidamente na cadeira e seco as lágrimas com o meu casaco.

-Pode entrar. – disse sem ver quem entrava no meu quarto.

-Bella... Está tudo bem? – Era a voz de Jasper. Assenti e ele pareceu acreditar. – Bem, só vim lhe dizer que o banheiro está livre para se você quiser tomar banho agora.

-Uhum, obrigada. – disse de cabeça baixa, pois se ele visse o meu rosto veria que eu estava chorando.

Saiu e fechou a porta. Respirei fundo e fui tomar o meu banho. Voltando para o quarto, tirei tudo que tinha sobre a minha cama e pulei para debaixo do edredom, encolhendo-me por causa do frio. Estava com um pouco de fome, porém isso poderia esperar até amanhã, estava com muito sono, querendo somente entrar, bem rápido, nos meus sonhos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mereço comentários de incentivo? ;}