A Garota da Cama de Cima escrita por dayane
Notas iniciais do capítulo
Estava eu a reler o capitulo que se sege e fiquei triste....Eu tinha escrito uma merda total!
Então reescrevi e acabei dividindo-o.
Agora ele esta um pouco melhor...
Ps: contem cenas de violencia contra fetos...
Não quero ter o que posso ter, quero ter o que necessito.
04.1- Mentiras...
Não tinha comida, não tinha energia, não tinha ninguém de interessante para conversar. Vagou os olhos pelo cômodo, encontrou Kill observando algo através da janela.
- O que tanto olha?
- O mar. – A voz saiu num sussurro.
- Alguma vez você já foi ao mar?
-Não sei Mark.
Observou a irmã de forma curiosa. Em nenhum momento ela tinha lhe chamado pelo nome de forma correta.
- Gostaria de ir?
-Não temos mar por aqui.
- Mas o lago serve. De qualquer forma, a água ira para lá. – Brincou e como resposta recebeu o olhar calmo de Kill.
-Não sei se é certo. – Ela estava seria. – Acho que é bom obedecermos a sua mãe.
- Não temos nada para fazer aqui, não vou ficar sem ir ao lago como ela pediu.
O ar fresco parecia libertar todas as energias do corpo. O vento fresco e calmo, o sol brilhando na água, as nuvens refletidas, o canto dos pássaros, tudo era diferente da vida conhecida por Mark.
Kill parecia petrificada. Ele sorriu.
- É lindo não é? - A cabeça dela apenas virou para ele. Kill parecia morta. – Kill?- Aproximou-se da irmã e tocou no ombro dela.
-//-
Tocou a mão na água. Abriu um sorriso contagiante. Em tantos anos, nunca tinha sorrido daquela forma. Tinha cinco anos e nunca tinha sorrido tanto. O corpo pequeno arrepiou-se com a temperatura da água. Arrancou o vestido vermelho e pulou na água apenas de roupa intima.
-Querida não deveria fazer isso, sua mão irá gostar! – O homem era gentil com a filha.
- Por isso tirei o vestido, assim eu falo que fiz xixi na calça!
A criança sorria. Seu pai estava assustado, uma criança de cinco anos não poderia pensar nisso, era impossível.
Após alguns minutos, a criança saiu da água, esperou o sol secar sua pele e vestiu-se novamente. Assim pai e filha voltaram para casa.
- Ion! – A mulher estava irritada. – Onde vocês foram?
- Dar uma volta no parque. – o homem estava sorridente e calmo. Sua Nancy estava grávida de um segundo filho, por este motivo estava acostumado com o estresse das grávidas.
- Sei, então por que Olivia me disse que viu nossa filha seminua na água?
- Como? – Ele assustou-se.
- Sabe perfeitamente que ela não pode tocar em água gelada!
- Mãe a água estava morna! – A criança manifestou sua opinião.
- Calada! – Ion poderia entender a raiva da esposa, mas a criança não sabia, o que prejudica a mentalidade frágil. – E você Ion, é tão idiota quanto um ferro! Nunca cumpre suas responsabilidades! Eu te odeio!
- Mãe! – sentia raiva daquela mulher, como ela ousava falar daquela forma com seu pai?
- Já falei para você ficar calada!
Os olhos de Ion observaram assustados o rosto da filha ser agredido pela mão de sua esposa. Um forte dor no peito lhe atingiu. Uma chuva fina começava a cair.
- Calada... – a voz era um sussurro. – Você deveria ficar calada! – A criança gritou com todas as suas forças.
- Como ousa falar assim comigo?! – A mão direita ergue-se novamente, entretanto os vidros das janelas foram quebrados. A casa fora invadida por finos pingos de chuva que entravam como agulhas, atingindo a mão de Nancy. Ion estava assustado, a criança parecia não se importar.
- Nunca mais tente me tocar... – alguns pingos estava em frente à barriga com o feto de seis meses.
- Isso tudo é sua culpa, Ion. – Nancy observou a mão que sangrava. Caminhou na direção de seu marido sendo observada pela criança ofegante. – Se você não fosse tão atencioso com ela! Se você pensasse mais um pouco em mim! Se você me obedecesse! - Os gritos de Nancy eram abafados pelos relâmpagos que cortavam o céu. Acompanhando os gritos, vinham socos. Mas Ion não se movimentava, apenas observava a esposa que ficava louca. – Maldito! – Ergueu a mão para agredir o rosto do marido assim como o da filha.
- Menos dois neste mundo... – A voz da criança era carregada de ódio.
-Nancy...- Ion sussurrou de costas para a filha.
A criança tocou a própria face limpando as pequenas gotas de sangue que voaram de sua mãe e seu ex-irmão.
-Pai, por que homens e mulheres se juntam? – A criança observava o homem com cansaço.
- Porque querem uma família. – Ion estava assustado, não imaginava que aquilo aconteceria mesmo.
- Eu também vou ter né? – Ela sorria sem preocupação. O sorriso sincero combinava com o vestido vermelho.
-Não poderá, não é a sua missão.
-Mas eu quero pai!
- Já ouviu falar na teoria do determinismo?
- Não, papai. -
-Tudo esta determinado, quer você queira ou não. E esta determinado que você não terá uma família.... – Falava com doçura para a filha.
- Por quê?
- Você não pode, tem algo que custará sua vida. – O homem não olhava a criança, mantinha sempre as costas viradas para ela.
-Mas eu quero! – A garota gritou e ao ver que ele não mudaria sua escolha, correu. A chuva lavaria os vestígios de sangue dela, mas não os vestígios daquela casa.
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Ainda não sei o que fazer com as frases que coloco ....