A Garota da Cama de Cima escrita por dayane


Capítulo 20
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Estava eu a reler o capitulo que se sege e fiquei triste....Eu tinha escrito uma merda total!
Então reescrevi e acabei dividindo-o.
Agora ele esta um pouco melhor...
Ps: contem cenas de violencia contra fetos...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/99554/chapter/20

Não quero ter o que posso ter, quero ter o que necessito.

04.1- Mentiras...

Não tinha comida, não tinha energia, não tinha ninguém de interessante para conversar. Vagou os olhos pelo cômodo, encontrou Kill observando algo através da janela.

- O que tanto olha?

- O mar. – A voz saiu num sussurro.

- Alguma vez você já foi ao mar?

-Não sei Mark.

Observou a irmã de forma curiosa. Em nenhum momento ela tinha lhe chamado pelo nome de forma correta.

- Gostaria de ir?

-Não temos mar por aqui.

- Mas o lago serve. De qualquer forma, a água ira para lá. – Brincou e como resposta recebeu o olhar calmo de Kill.

-Não sei se é certo. – Ela estava seria. – Acho que é bom obedecermos a sua mãe.

- Não temos nada para fazer aqui, não vou ficar sem ir ao lago como ela pediu.

O ar fresco parecia libertar todas as energias do corpo. O vento fresco e calmo, o sol brilhando na água, as nuvens refletidas, o canto dos pássaros, tudo era diferente da vida conhecida por Mark.

Kill parecia petrificada. Ele sorriu.

- É lindo não é? - A cabeça dela apenas virou para ele. Kill parecia morta. – Kill?- Aproximou-se da irmã e tocou no ombro dela.

-//-

Tocou a mão na água. Abriu um sorriso contagiante. Em tantos anos, nunca tinha sorrido daquela forma. Tinha cinco anos e nunca tinha sorrido tanto. O corpo pequeno arrepiou-se com a temperatura da água. Arrancou o vestido vermelho e pulou na água apenas de roupa intima.

-Querida não deveria fazer isso, sua mão irá gostar! – O homem era gentil com a filha.

- Por isso tirei o vestido, assim eu falo que fiz xixi na calça!

A criança sorria. Seu pai estava assustado, uma criança de cinco anos não poderia pensar nisso, era impossível.

Após alguns minutos, a criança saiu da água, esperou o sol secar sua pele e vestiu-se novamente. Assim pai e filha voltaram para casa.

- Ion! – A mulher estava irritada. – Onde vocês foram?

- Dar uma volta no parque. – o homem estava sorridente e calmo. Sua Nancy estava grávida de um segundo filho, por este motivo estava acostumado com o estresse das grávidas.

- Sei, então por que Olivia me disse que viu nossa filha seminua na água?

- Como? – Ele assustou-se.

- Sabe perfeitamente que ela não pode tocar em água gelada!

- Mãe a água estava morna! – A criança manifestou sua opinião.

- Calada! – Ion poderia entender a raiva da esposa, mas a criança não sabia, o que prejudica a mentalidade frágil. – E você Ion, é tão idiota quanto um ferro! Nunca cumpre suas responsabilidades! Eu te odeio!

- Mãe! – sentia raiva daquela mulher, como ela ousava falar daquela forma com seu pai?

- Já falei para você ficar calada!

Os olhos de Ion observaram assustados o rosto da filha ser agredido pela mão de sua esposa. Um forte dor no peito lhe atingiu. Uma chuva fina começava a cair.

- Calada... – a voz era um sussurro. – Você deveria ficar calada! – A criança gritou com todas as suas forças.

- Como ousa falar assim comigo?! – A mão direita ergue-se novamente, entretanto os vidros das janelas foram quebrados. A casa fora invadida por finos pingos de chuva que entravam como agulhas, atingindo a mão de Nancy.  Ion estava assustado, a criança parecia não se importar.

- Nunca mais tente me tocar... – alguns pingos estava em frente à barriga com o feto de seis meses.

- Isso tudo é sua culpa, Ion. – Nancy observou a mão que sangrava. Caminhou na direção de seu marido sendo observada pela criança ofegante. – Se você não fosse tão atencioso com ela! Se você pensasse mais um pouco em mim! Se você me obedecesse! - Os gritos de Nancy eram abafados pelos relâmpagos que cortavam o céu. Acompanhando os gritos, vinham socos. Mas Ion não se movimentava, apenas observava a esposa que ficava louca. – Maldito! – Ergueu a mão para agredir o rosto do marido assim como o da filha.

- Menos dois neste mundo... – A voz da criança era carregada de ódio.

-Nancy...- Ion sussurrou de costas para a filha.

A criança tocou a própria face limpando as pequenas gotas de sangue que voaram de sua mãe e seu ex-irmão.

-Pai, por que homens e mulheres se juntam? – A criança observava o homem com cansaço.

- Porque querem uma família. – Ion estava assustado, não imaginava que aquilo aconteceria mesmo.

- Eu também vou ter né? – Ela sorria sem preocupação. O sorriso sincero combinava com o vestido vermelho.

-Não poderá, não é a sua missão.

-Mas eu quero pai!

- Já ouviu falar na teoria do determinismo?

- Não, papai. -

-Tudo esta determinado, quer você queira ou não. E esta determinado que você não terá uma família.... – Falava com doçura para a filha.

- Por quê?

- Você não pode, tem algo que custará sua vida. – O homem não olhava a criança, mantinha sempre as costas viradas para ela.

-Mas eu quero! – A garota gritou e ao ver que ele não mudaria sua escolha, correu. A chuva lavaria os vestígios de sangue dela, mas não os vestígios daquela casa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ainda não sei o que fazer com as frases que coloco ....



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Garota da Cama de Cima" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.