A Garota da Cama de Cima escrita por dayane


Capítulo 19
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/99554/chapter/19

“Não brinque com o sentimento de uma garota que faria qualquer coisa por amor.”

05- Assalto.

Longe da cabana de mármore, Julha guardava seus cadernos, enquanto Sara dormia na cama dela.

- Ah como eu odeio estes professores que passam deveres de férias.

Julha se jogou no colchão e observou a amiga que dormia. Sara parecia um anjo, era silenciosa e dormia com a mão direita em frente à boca, parecendo um bebê recém nascido. Sara sorriu enquanto dormia.

Um barulho chamou a atenção de Julha.

Naquela noite os mais velhos saíram, ou seja, apenas as duas estavam em casa. Como os barulhos persistiam, Julha resolveu ir até a varanda do quarto dos pais dela verificar o que estava acontecendo. Silenciosa abriu a porta e com passos calculados aproximou-se apenas o necessário para ver quem estava interrompendo a calma daquela noite.

Segurou o grito com todas as forças ao ver dois homens tentando arrombar o portão.

Voltou o mais rápido que o silencio permitia, acordou Sara e pegou uma bolsa, colocando apenas o necessário. O cartão do banco, o celular e uma peça de roupa para cada.

- O que houve Julha? – Sara ainda estava sonolenta – Julha calculou um tempo médio que teria para pular o muro da vizinha e pedir ajuda, mas ao olhar para as vestes de Sara se desesperou.

Abriu o guarda-roupa com rapidez pegou uma calça de moletom e uma jaqueta, jogou as peças para Sara e pediu que ela vestisse o mais rápido possível.

Desceu as escadas correndo e abriu a porta dos fundos, jogou a bolsa na laje da vizinha e correu para o quarto no mesmo momento em que ouviu a porta da sala sendo destrancada.

- Julha o que...

- Me segue em silencio. - silenciou a amiga com as mãos e sussurrou.

Correram juntas, Julha ajudou Sara a subir no telhado e logo depois subiu. Obteve alguns arranhões ao passar pela janela, Sara começava a ficar com medo.

Uma chuva fina começava a cair, as costas de Julha escorregaram pela parede de sua casa que era mais alta que a casa do vizinho. Ela suspirou, Sara olhava a amiga esperando uma resposta.

- Assaltantes – Os olhos permaneciam fechados, sentia seu corpo cansado, pesado. Queria permanecer com os olhos fechados por mais tempo, mas o barulho dos soluços de Sara lhe fez abri-los. – por que esta chorando?

- Eu trouxe azar para você, aliás, eu só trago azar! – Socou a parece, logo sentiu uma forte dor, soltando assim, um gemido.

- Verdade. – Sara olhou Julha assustada. – Mas eu quero continuar com este azar, pelo tempo que a vida permitir.

As mãos de Julha puxaram os braços de Sara, forçando com que ela se ajoelhasse em sua frente. Deixando os braços, as mãos foram para as costas puxando o corpo. Sara sentia que nada poderia lhe fazer mal, nem a chuva nem os assaltantes.

- Eu te amo tanto, que nada pode mudar este sentimento.

- Boba.

Enquanto a noite acabava, a chuva banhava as duas garotas que apenas fugiam dos assaltantes.

- Julha... Beije-me. – afastou o corpo da amiga e olhou nos olhos dela. Conseguia sentir um misto de vergonha e medo, talvez até mesmo indecisão.

- Não posso - respirou fundo e voltou a fechar os olhos.

- Por que não?

- Eu tenho medo Sara.

- Medo de que? – Sara sentia mal, acabara de receber uma declaração e mesmo assim não recebera um beijo...queria amar a amiga, mas estava sendo mais difícil do que imaginava.

- De ouvir o que eu quero esquecer.

- Como assim Julha? Você não me ama?

- Mas e você? Me ama Sara?

Naquele momento Sara sentiu raiva e teve vontade de bater em Julha até que ela sangrasse ou a beijasse, mas sabia que não poderia.

- Sim eu te amo – Julha sorriu com tristeza.

- Você me ama ou pensa que me ama? Sara, somos jovens ainda, e eu não quero acabar com a sua liberdade. Não quero que você me ame porque eu te amo, isto não é amor.

Desferiu um tapa na face feminina. Mas não houve reação, voltou a bater, socou, gritou, não se preocupou se alguém estaria ouvindo ou vendo, apenas queria bater naquela garota que dizia amá-la, mas que não amava.

Suas forças foram acabando, a força dos socos, gritos, a força da raiva, no final, foi abraçada por quem tinha maltratado. Os soluços de Sara cantaram entre a chuva noturna...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

...
*escritora triste*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Garota da Cama de Cima" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.