Nada do que eu tinha vivido tinha me preparado para realidade.

Nada.

Eu, me aproximando devagar, vi Bella abrir seus olhos e encarar o ar. Eu sabia que agora ela poderia admirar ver realmente o mundo com os novos olhos. Eu sabia que agora ela poderia ver tudo tão definido, tudo tão claro. Por outro lado eu ouvia minha família em uma grande expectativa para esse retorno definitivo e triunfal por assim dizer.

Meu cérebro via, ouvia e percebia tudo isso. Uma parte apenas uma menor parte. Pois eu me focava nela. Naquela que nunca, nunca deixou minha mente desde o dia em que a conheci. Só percebi que segurava a respiração quando ela – minha Bella – soltava pesadamente o ar. E assim como toda minha família imitamos o gesto, tão inutilmente para mim quanto para minha família quanto para ela.

Sem conseguir me conter eu segurei sua mão enquanto ela parecia ainda considerar ou digerir tudo. Estávamos todos ali para contê-la se fosse necessário. Até agora não era.

Passaram alguns segundos até que eu senti seu corpo retesar. Havias tantas coisas a considerar... Será que sua fúria da nova vida se despertaria agora. Será que o sofrimento de Bella iria recomeçar?

Então reagindo muito naturalmente para sua nova vida, seu corpo respondeu ao meu toque de uma maneira que me assustou mais ainda.

O ar escapou da sua garganta, se chocando contra os dentes num som baixo,

ameaçador, como um enxame de abelhas. Antes que o som tivesse saído, eu pude ouvir seus músculos se contraírem e se arquearem, se contorcendo pra longe de mim. Seu corpo girou tão rapidamente que em um átimo ela se encontrava defensivamente encurvada perto da parede enquanto eu encarava seus novos e graciosos movimentos de predadora, com a ansiedade correndo através de mim como adrenalina.

Eu vi Bella observar meu rosto com uma atenção distante, quase impessoal e ainda com sua visão periférica observar cada integrante da família com atenção redobrada os seus olhos desconfiados. Quando eu achei que minha ansiedade ia explodir em mim. Seus olhos vermelhos voltaram me encarar e eu me vi mais uma vez hipnotizados com a intensidade.

Fechei os olhos por alguns milésimos de segundos para me concentrar e tudo que eu podia era ver aquelas profundezas recém coloridas de vermelho. Rubras como fogo, cálidas como a paixão e poderosas como uma realeza. Enquanto eu procurava minha voz para poder falar algo vi que ela também parecia querer falar. Esperei. Vi seu corpo sai da posição de defesa e vi meus olhos famintos e cobiçosos catalogarem cada pedaço dessa nova versão de Bella.

Sua pele agora tinha a cor branca como a minha seus longos cabelos castanhos agora contrastavam ainda mais magnificamente com sua pele. Seu corpo, objeto de tanto desejo e amor meu agora tinha novas formas. Tão lindas e incrivelmente femininas. As novas formas do seu corpo agora fortes e mais angulares, que não lembravam a fragilidade humana da Bella. Era ela enfim igual. Eu ainda não podia dizer se ela saberia se é bom ou ruim para ela.

Seu rosto havia adquirido novos contornos. Agora traços angulosos. Seu rosto parecia tão diferente e tão igual. Eu podia ver as diferenças. Após esses primeiros segundos de absoluto encanto e fascínio que eu vivi. Eu agora estudava o novo rosto de deusa da mulher – vampira mais linda que eu já tinha visto e ela era minha esposa. Ela ainda não falara nada, decidi por começar.

- Bella? –Eu perguntei em tom baixo, porém eu acho que não consegui esconder de ninguém a minha tensão e nervosismo.

Os segundos passavam devagar. Tão devagar que pareciam zombar de mim. Eu estava tão nervoso que estava tirando a concentração de Jasper.

Eu tentei mais uma vez.

- Bella, amor? Eu lamento. Eu sei que é desorientador. Mas você está bem. Está tudo bem.

Sua expressão de deusa se manteve imóvel, interessada porém absolutamente neutra. Seus novos e rubros olhos pareceram considerar minha fala, porém ela ainda nada dizia... Por quê?

Sem mais conseguir me conter – novamente eu avancei as linhas da cautela – me aproximando hesitantemente e acaricie sua bochecha com as pontas dos dedos. Sua pele agora suave como cetim, e agora combinava exatamente com a temperatura da minha pele.

E então todos sentimentos que provinham de poder tocar aquela mulher estavam fortes, muito mais fortes. Eu me surpreendi com isso. Eu não pude antecipar que o efeito Bella em mim ficaria ainda mais arrebatador. Eu continuei a encarar Bella esperando que ela falasse.

Ela não falou, fez algo muito melhor.

Atirou os braços ao meu redor.

Não exatamente muito melhor. Ao me abraçar, ela quase me esmagou com sua nova força... As coisas realmente não são mais as mesmas.

- Um... cuidadosamente, Bella. Ow.

Bruscamente, ela retirou os braços, cruzando-os atrás do seu corpo assim que ela entendeu.

Ela era forte demais.

- Oops - ela murmurou.

Eu sorri tentando tranqüilizá-la.

- Não entre em pânico, amor - eu disse, erguendo a mão para tocar seus lábios, abertos de horror. - Você só é um pouco mais forte que eu no momento.

Sua expressão mudou. Tornando-se confusa. Incapaz de manter minhas mãos longe dela, eu alisei novamente sua bochecha, esperando para poder ouvir novamente a voz do meu anjo.

Vagarosamente, ela levantou as mãos em direção ao meu rosto e tocou minha bochecha e então olhando em meus olhos ela disse tudo que eu poderia querer ouvir no mundo.

- Eu te amo - ela disse, mas parecia que eu estava cantando.

Eu não consegui esconder o sorriso que se abriu em meu rosto. E respondi a única coisa que eu poderia dizer naquele momento.

- Tal como eu amo você

Não resistindo mais a minha vontade eu peguei seu rosto em minhas mãos e delicadamente me aproximei devagar para beijá-la. Velhos hábitos não morrem, então eu a beijei tão delicadamente quanto eu sempre a beijei. E lembrando como eu não precisaria me preocupar com esses detalhes, eu a beijei. Com vontade, com toda vontade e da maneira que eu sempre quis e nunca pude.

Eu poderia dizer que Bella estava preocupada em me machucar, ela estava tentado manter a cautela enquanto tudo que eu queria era mandar toda a cautela para o espaço.

Era como se nunca tivéssemos nos beijado – como se fosse o nosso primeiro beijo. E, na verdade, nós nunca tínhamos nos beijado desse jeito antes.

O beijo continuou quente e tão incrivelmente gostoso que minha vontade era apenas tê-la. Ali naquela hora. Além disso eu estava tão incrivelmente feliz que tudo terminara... E Bella parecia tão bem, ao que parecia a sorte começava a sorrir para nós.

Vagamente eu ouvia alguém me chamar em pensamentos. Não importava, eu não queria ouvir.

Edward, ok você já mostrou como você sua querida recém criada estão a ponto de bala, super empolgados para ficarem sozinhos mas agente antes disso gostaria de falar com a Bella, se você fizesse a gentileza de desocupar a boca dela.

E para finalizar limpou a garganta para se fazer ouvir por Bella também. Alguém consegue imaginar quem fez isso?

Envergonhada, ela deu um meio passo pra trás em outro movimento instantâneo.

Eu gargalhei – pela felicidade intensa que sentia e também pelo comentário esdrúxulo do meu irmão - e andei com ela, mantendo o braço preso com força à sua cintura. Eu não acho que conseguiria me afastar dela tão cedo.

Bella suspirou e eu mesmo que quisesse não podia deixar de me sentir meio presunçoso com o comentário desnecessário do meu irmão... Para quem sempre foi o virgem solitário assexuado... grandes mudanças, não?

- Você estava escondendo isso de mim – ela me acusou, estreitando seus olhos.

Eu ri, radiante com alívio por tudo ter acabado – o medo, a dor, as incertezas, a espera, tudo isso estava atrás de nós agora. - Isso era meio necessário naquela época – eu a lembrei. - Agora é a sua vez de me quebrar. – Eu ri mais uma vez.

A careta de Bella foi adorável e então todos os outros que estavam conosco riram também.

Carlisle passou por Emmett e caminhou rapidamente na minha direção; seus olhos eram apenas um pouco cautelosos, mas Jasper acompanhou seus passos. Meu pai estava tenso com a reação de Bella, com a minha reação. Ele não queria que ela sofresse para controlar suas reações. Ele não queria me ver sofrer por ela. Ele sabia que no momento era inevitável...

- Como você se sente, Bella? - Carlisle perguntou.

- Abismada. Há tanta coisa...

- Sim, pode ser bastante confuso.

Ela balançou a cabeça uma vez, num gesto muito rápido. - Mas eu me sinto eu mesma. Eu meio que não esperava isso.

Eu amei ouvir isso. E me apertei ainda mais os braços ao redor da cintura dela. - Eu te disse – foi só o que eu sussurrei.

- Você está bastante controlada - Carlisle meditou. - Mais do que eu esperava, mesmo com todo o tempo que você passou se preparando mentalmente para isso.

Todos nós estávamos espantados com o controle excepcional de Bella, que disse em resposta ao meu pai.

- Eu não estou certa disso.

Em resposta meu pai balançou a cabeça seriamente, e então seus olhos cintilaram de

interesse. - Parece que dessa vez fizemos algo certo com a morfina. Me diga, o que você se lembra do processo de transformação?

Bella pareceu hesitar por alguns segundos antes de responder. Eu honestamente não queria saber que ela sofreu demais para se transformar. Ela já sofrera demais quando ainda humana.

- Tudo era... muito obscuro antes. Eu lembro que o bebê não conseguia respirar...

Ela olhou para mim, momentaneamente assustada pela memória.

- Renesmee é saudável e está bem – eu disse não contendo o sorriso que apareceu em meu rosto ao falar dela, nossa filha. - O que você lembra depois disso?

- É difícil lembrar. Estava tão escuro antes. E então... Eu abri meus olhos e podia ver tudo.

- Incrível - Carlisle respirou, seus olhos acesos.

Eu não podia dizer com certeza se ela estava mentido ou não. Mas uma vez o que eu não daria para ler a mente dela?

- Eu quero que você pense – me diga tudo o que você lembra - Carlisle pressionou com excitação, meu pai mal conseguia se conter - Eu, me desculpe, Bella - Carlisle pediu imediatamente. - É claro que a sua sede deve ser muito desconfortável. Essa conversa pode esperar.

Em resposta ao meu pai sua mão voou para a sua garganta, como se eu pudesse controlar o fogo de dentro pra fora. Ela parecia estar sentindo dor. Eu então peguei sua mão na minha, pressionando-a urgentemente. - Vamos caçar, Bella.

Seus olhos se arregalaram a distraindo-a da dor deixando o choque em seu lugar. Seu rosto chocado era meio engraçado.

- É bastante fácil, meu amor. Puro instinto. Não se preocupe. Eu te mostro. – Bella continuou onde estava, parada. Brinquei com ela, lembrando de uma das nossas conversas enquanto ela era humana. - Eu tinha a impressão que você queria me ver caçar.

Ela riu e eu ouvi admirado a beleza do som da gargalhada dela. Eu poderia ouvir aquele som por toda eternidade e estaria satisfeito.

- Vamos? - Eu perguntei. Eu me inclinei para pegar sua mão que ainda estava no

pescoço. Meus dedos alisaram sua garganta. - Eu não quero que você se

machuque – eu sussurrei.

- Eu estou bem - ela disse tentando me fazer relaxar de toda a tensão. – Espere um pouco.

Foi Carlisle quem falou agora. - Sim?

- Eu quero vê-la. Renesmee.

Eu assisti apenas com uma parte da minha atenção Bella colocar as mãos sobre seu ventre. Uma mistura estranha de gratidão e pavor, gratidão por Bella ter me dado mais aquele incrível e inimaginável presente, nossa filha e pavor por lembrar dos momentos tenebrosos da sua gravidez.

Ao mesmo tempo vi meu pai, me olhar cautelosamente. Eu não acho que seja uma boa idéia, agora, meu filho.

- O quê? – meu anjo quis saber.

- Bella - Eu disse com uma voz tranqüilizadora. - Isso realmente não é uma boa idéia.

Ela é meio humana, amor. Seu coração bate, e sangue corre em suas veias. Até que sua sede esteja decididamente sob controle... Você não quer coloca-la em risco, quer?

Ela fez uma careta. Enquanto considerava e me dava razão.

- Onde ela está? - Rosalie está com ela?

- Sim – Eu respondi ainda irritado com as constantes brigas entre Rose e Jacob, ainda sem falar na questão do impriting.

- Espere – Bella protestou novamente, ainda confusa. - E quanto a Jacob? E Charlie? Me diga tudo o que eu perdi. Por quanto tempo eu fiquei... inconsciente?

Mas uma vez, Carlisle me olhou preocupado, para ele não fazia bem a Bella no momento explicar a confusão dos acontecimentos.

- O que há de errado? - Eu sussurrei.

- Não há nada errado - Carlisle disse, enfatizando a palavra de forma estranha. – Nada mudou muito, na verdade – você só esteve inconsciente por dois dias. Foi muito rápido, em se tratando dessas coisas. Edward fez um trabalho excelente. Bastante inovador – a injeção de veneno diretamente no coração foi idéia dele. – Meu pai sorriu para mim e então suspirou. - Jacob ainda está aqui, e Charlie ainda acredita que você está doente. Ele acha que você está em Atlanta nesse momento, passando por testes no Centro de Controle de Doenças. Nós passamos um número falso pra ele, e ele ficou frustrado. Ele esteve falando com Esme.

- Eu devia ligar pra ele... – ela murmurou e pareceu considerar e em seguida entender as novas complicações. Eu podia sentir por Jasper a tensão em Bella - Espere – Jacob ainda está aqui?

Meu pai me olhou de novo.

- Bella - Eu disse rapidamente, agora não era só ela que estava tensa . - Há muita coisa pra discutir, mas nós devíamos cuidar de você primeiro. Você deve estar sentindo dor...

Eu pude ver ela engoli convulsivamente - Mas Jacob –

- Nós temos todo o tempo do mundo para explicações, amor – eu a lembrei gentilmente.

- Okay.

- Espere, espere, espere - Alice chamou da porta. Ela dançou através do quarto. - Você prometeu que eu poderia estar lá na primeira vez. E se vocês dois passarem na frente de alguma coisa que faça reflexo?

- Alice – Eu protestei, só mesmo Alice para pensar em algo assim.

- Só vai levar um segundo! - E com isso, Alice saiu correndo do quarto.

Eu suspirei, eu devia imaginar algo assim.

- Do que ela está falando? – Bella perguntou.

Mas Alice já estava de volta, carregando o enorme espelho com moldura do quarto de

Rosalie e várias vezes mais largo.

Jasper tinha estado tão quieto e silencioso que eu quase havia esquecido dele mas ao perceber que Alice era agora o foco de Bella ele se moveu para que a qualquer sinal de perigo ele iria interferir.

Até eu que não tinha o dom de ler os humores alheios – apenas os pensamentos – consegui ver o temor e a cautela de Bella ao olhar Jasper. Nós assim que o conhecemos também tivemos essa reação. Ele parecia incrivelmente ameaçador quando se notava quantos vampiros tentaram matá-lo. E todos sem sucesso.

Alice em sua excitação fútil chamou a atenção de Bella novamente.

- Edward me passou um sermão por não ter te mostrado um espelho no dia do casamento. Eu não vou ser chateada novamente.

- Chateada? – Eu perguntei ceticamente, porque por favor quando eu chatearia Alice por uma coisa dessas eu nem sequer me lembrava disso.

- Talvez eu esteja exagerando as coisas - ela murmurou ausentemente enquanto virava o espelho para me encarar.

- E talvez isso tenha a ver somente com a minha própria gratificação de voyeur - ele

conclui.

Alice piscou para mim, eu apenas revirei os olhos.

Então tinha Bella olhando fixamente para seu reflexo no espelho. Sua expressão ilegível, imóvel. Não entregava nada.

Eu mais uma vez, me vi olhando para sua imagem de Deusa apaixonadamente hipnotizado. Não conseguia deixar de olhar para Bella, tão diferente da Bella humana frágil e ao mesmo tempo simplesmente tão Bella...

E então eu percebi que a conversão de Bella em vampira só completou um ciclo de transformação que iniciou quando ela passou por todas as coisas que passamos. Talvez iniciou quando ela arcou com as escolhas que envolviam eu mundo e todas as dificuldades e provações vindas dele. A mudança óbvia nela não era nada comparada na mudança que teve de acontecer para que ela aceitasse meu mundo, guardasse seus segredos, corresse seus riscos, se casasse e se tornasse mãe...

Em minhas divagações eu notei que Bella nada falava e podia sentir o cheque dela através de Jasper, meu medo era que ela agisse de alguma maneira que ela se arrependesse depois, afinal sabíamos da instabilidade de uma recém criada.

- Os olhos? Quanto tempo?

- Eles vão escurecer em alguns meses – Eu disse numa voz suave, numa tentativa de confortá-la. - Sangue de animal dilui a cor mais rapidamente do que a dieta de sangue humano. No início eles vão ficar cor de âmbar, depois dourados.

- Meses? -Sua voz ficou mais alta agora, estressada. As perfeitas sobrancelhas se ergueram incredulamente sobre seus brilhantes olhos vermelhos – ainda mais

brilhantes do que haviam estado antes.

Então Jasper deu um passo à frente, alarmado pela intensidade da sua ansiedade repentina. Ele preocupado com a possível reação de Bella ele sabia que aquilo podia ser um pressagio de uma reação violenta.

Ninguém respondeu a pergunta de Bella. Tanto Alice quanto eu acompanhávamos os acontecimentos vindos do futuro que Alice vasculhava. Havia 2 possibilidades uma animadora outra nem tanto...

Ela suspirou profundamente.

- Não, eu estou bem – ela disse com segurança na voz - É só... muita coisa para absorver.

Como ela conseguiu fazer isso? – Jasper se perguntava.

- Eu não sei – eu respondi.

Bella fez uma careta. - Que pergunta eu perdi?

Eu sorri, se antes ela não perdia nada agora então... - Jasper se pergunta como você está fazendo isso.

- Fazendo o quê?

- Controlando suas emoções, Bella - Jasper respondeu. - Eu nunca vi um recém nascido fazer isso – parar uma emoção no ato desse jeito. Você estava aborrecida, mas quando viu nossa preocupação, vou venceu o aborrecimento, ganhou poder sobre si mesma de novo. Eu estava preparado para ajudar, mas você não precisou.

- Isso é errado? – Ela perguntou, insegura.

- Não - ele disse, mas a voz dele estava incerta, Jasper de todos nós era o que tinha mais dificuldades em se adaptar ao nosso estilo de vida, então ele não consegui entender como era possível Bella se sair tão bem.

Eu alisei seu braço na tentativa de fazê-la andar. Eu sabia que quanto mais tempo ficássemos ali mais tempo ela sofreria desnecessariamente, ela já tinha sofrido demais. - É impressionante, Bella, mas nós não compreendemos. Não sabemos por quanto

tempo isso pode durar.

- Mas o que você acha? - Alice perguntou, um pouco impaciente agora, apontando para o espelho.

- Eu não tenho certeza. – Bella respondeu vagamente ainda insegura.

Ela ergueu a mão experimentalmente, atenta aos movimentos dela no espelho... O que eu não dava para sabe o que ela estava pensando?

Eu suspirei.

Seus olhos desviaram do espelho para olhar pra mim arqueando uma sobrancelha, tão linda...

- Desapontado? – Ela perguntou discretamente.

Eu ri. - Sim.

O choque cortou o rosto de Bella enquanto eu ouvia Alice me chamar de idiota e Jasper se antecipar em segurar Bella.

Mas, ignorando as reações exageradas de todos eu abracei com força a cintura e pressionei os lábios no rosto do meu anjo. - Eu estava esperando muito poder ouvir a

sua mente, agora que é mais similar à minha própria – eu expliquei. - E cá estou eu, frustrado como sempre, imaginando o que possivelmente está se passando em sua cabeça.

Alívio correu em sua face.

- Oh, bem! Eu acho que meu cérebro nunca vai funcionar da forma correta. Pelo menos eu sou bonita.

Eu quase ri, era sério que ela se via dessa forma?

- Bella, você nunca foi meramente bonita.

Jasper estava a beira de um ataque histérico.

Então relutantemente eu me afastei do rosto de Bella, dizendo. "Tudo bem, tudo bem".

- O quê? –Bella perguntou.

- Você está deixando Jasper mais nervoso a cada segundo. Talvez ele relaxe quando você caçar.

- Okay. Vamos caçar. - Então eu me sentia novamente em partilhar uma nova experiência com a mulher da minha vida.