O Destino de Cada Coração Ii escrita por By Mandora


Capítulo 6
Um Coração Corrompido




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Inu-Yasha, Kagome, Miroku, Sango, Shippou e Kirara chegaram ao lugar onde Sesshoumaru deveria estar, mas não havia nenhum sinal dele ou de Jyaken. Kagome aproximou-se da rocha e observou as três marcas que nela havia e também viu suas flechas no chão.

– Inu-Yasha... Se lembra de quando eu quebrei o seu lacre? Eu destruí a flecha da Kikyou, mas as minhas ainda estão inteiras...

– Talvez esse fantasma não seja tão forte quanto você...

– Mas então, como conseguiu removê-las?

Inu-Yasha deu de ombros. Miroku estava um pouco afastado, com um semblante muito preocupado.

– O que foi, Miroku? – Perguntou Sango, ao notar a aflição do monge.

– Não sei não, Sango... A energia deste lugar mudou. Chego até a sentir arrepios. Você não está sentindo?

– Sim, estou... É como se a própria morte andasse por aqui.

– De uma certa forma, andou mesmo, afinal de contas aquela mulher da qual Myouga falou está morta. A energia de um espírito rancoroso poder ser mais mortal do que uma horda de youkais. – Percebeu que Kagome recolhia as flechas. – Kagome! Não toque nisso!
No momento em que Kagome pegou as flechas, seu corpo paralisou e ela caiu. Estava acordada, mas não conseguia se mexer.

– Kagome! – Gritou Inu-Yasha.

– Não toque nela, Inu-Yasha! – Alertou Miroku. – É uma armadilha! Deixa que eu resolvo! – Jogou um ofuda (x) nas mãos de Kagome que seguravam as flechas e ele foi destruído. "Como eu pensava, é uma energia muito poderosa. Se tocá-la também ficarei preso". Ajoelhou-se ao lado de Kagome e começou a rezar.

– Mas o que você está fazendo, Miroku?

– Espere, Inu-Yasha... – Respondeu Sango. – Ele está tentando dissipar a energia maligna... Quem quer tenha removido as flechas de Sesshoumaru, deixou-as impregnadas de sua energia. E é tão forte que paralisou Kagome. Este lugar está repleto de sentimentos de ódio, tristeza e vingança.

Inu-Yasha fechou os olhos por um momento e percebeu que Sango tinha razão. O ar estava pesado e frio.

– Este lugar tem cheiro de morte, Sango...

– Pronto... – Miroku com a ponta de seu Shakujou e muita cautela, empurrou as flechas das mãos de Kagome, que soltavam faíscas no processo. Aos poucos, Kagome foi se recuperando do choque.

– Miroku... obrigada...

Inu-Yasha foi ao encontro dela e a abraçou. Miroku colocou ofudas no Osso-voador de Sango e todos se afastaram um pouco das flechas.

– Sango, sua vez! – Disse Miroku.

– Certo!

A exterminadora lançou seu Osso-voador e com um golpe certeiro espatifou as flechas, que emitiram algumas centelhas de energia e se desintegraram.

– É melhor sairmos daqui. Tudo neste lugar está doente. Se ficarmos mais tempo aqui, vamos acabar adoecendo também... – Ponderou o monge.

– Como é que o Myouga pôde dizer que esse espírito não era maligno?

– Provavelmente, Inu-Yasha, o coração dessa pessoa era bom, mas está sendo corrompido pelo fragmento que está canalizando todo o rancor que ela sente. E se Sesshoumaru a estiver controlando, pode acreditar que nós vamos ter muitos problemas...

Todos ficaram meio pensativos após as palavras de Miroku, inclusive Inu-Yasha, que sempre havia desejado a jóia para se tornar um youkai completo. O hanyou notou uma certa tristeza no olhar de Kagome, mas quando ia falar, ela adiantou-se.

– Como se não bastasse o miserável do Naraku, agora o Sesshoumaru tem um Gasparzinho do lado dele...

– Um o quê, Kagome?

– Deixa para lá, Inu-Yasha.

– Por falar em Naraku, – interrompeu Shippou – vocês não acham que ele tem estado muito quieto?

– Ele só deve estar aguardando para nos pegar de surpresa. Vamos andando. – Disse Sango, recolhendo sua arma.

Nem perceberam que eram observados por um dos insetos do Naraku.

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– Então Sesshoumaru tem uma nova amiga com um fragmento da Jóia de Quatro Almas... Mais que ótimo... – Naraku soltou uma risada convencida, enquanto observava a imagem do hanyou e seu grupo sendo exibida no espelho de Kanna.

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Sesshoumaru, Setsuna, Jyaken e Rin chegaram até um pequeno acampamento. Haviam alguns humanos, bandidos pelo jeito, e alguns youkais.

– Conheço aquele youkai, é o lacaio daquele que me matou. – Setsuna apontou para um pequeno youkai cobra e seguiu em sua direção.

– Jyaken, fique aqui com Rin. Vê se toma conta dela direito dessa vez. – Ordenou Sesshoumaru.

– Sim, senhor Sesshoumaru. – Ficou observando Setsuna e Sesshoumaru seguirem na direção do acampamento e Rin estava dando tchauzinho para eles. – Por que você sempre tem este sorrisinho no rosto, menina?

– E por que o senhor nunca sorri, senhor Jyaken?

– Ora, mas eu... eu...

A pergunta da menina deixou o servo sem graça, mas ficou indignado com a observação seguinte dela.

– Será que o senhor Sesshoumaru gosta da senhorita Setsuna?

– Mas que pergunta é essa menina?

– Se eles ficassem juntos seria tão bom... – Rin agia como se estivesse visualizando um sonho.

– Hei, garota! Você está me escutando?

– Por que o senhor está tão bravo?

Ela olhou para ele de forma tão inocente que ele não pôde mais brigar com ela e resignou-se, sentando sobre a grama e cruzando os braços.

– Deixa para lá...

Enquanto isso, no acampamento, uma esfera de luz explode a fogueira e Setsuna e Sesshoumaru cercam o youkai.

– Quem são vocês? O meu mestre vai acabar com vocês! – Apesar do tom desafiador que tinha na voz, era visível o temor do youkai.

– Não me reconheces, servo? – Perguntou Setsuna. – Estavas presente quando teu mestre me deste o golpe mortal, bem aqui em meu peito... Acaso tantas foram as tuas vítimas que já não mais te lembras dos rostos?

O youkai olhou bem para Setsuna. Ela era familiar. Logo, imagens do massacre no feudo do lord lhe vieram a cabeça e ele se apavorou.

– É a filha do lord! Mas não pode ser! Você está morta! Está morta!

– Sim... eu estou morta... Onde estão teu mestre e o restante de teus comparsas?

– Se eu contar ele me matará!

Setsuna aproximou-se e, com uma das mãos na altura do peito, fez surgir dela outra esfera de luz.

– Minha esfera da alma pode fazer coisa muito pior do que só matar... Onde está o teu mestre?

Três dos bandidos avançaram por trás de Setsuna, mas Sesshoumaru retalhou os três com suas garras.

– Meu senhor... Estes não faziam parte da minha lista... – Disse ela friamente.

– Se estavam junto desse aí, não deviam ser boa coisa. Além do mais, enquanto não obtivermos o que queremos, não permitirei que ninguém toque num único fio de cabelo seu sequer. – Pegou o youkai pelo pescoço e o suspendeu no ar, encarando-o. – Agora responda à pergunta que ela lhe fez.

– Está bem! Meu mestre é o senhor Tatsuyo Matsumoto. Ele está pilhando um vilarejo ao leste, depois das montanhas. – Sesshoumaru o largou bruscamente e ele tratou de ajoelhar-se aos pés de Setsuna e pedir por clemência. – Perdão! Perdão, senhora! Eu não queria participar do ataque, mas eu fui obrigado...

– Aceito tuas desculpas... – Ainda de um jeito frio, ela virou-se e começou a se retirar do local.

– Setsuna... – Sesshoumaru percebeu algo estranho na jovem ruiva.

Subitamente, ela virou-se e encarou o youkai, enquanto este mantinha a cabeça baixa, ajoelhado no chão. Sesshoumaru pôde perceber algo diferente no olhar dela, algo que fez seu corpo gelar, como se o arrepio da morte passasse por ele e resolveu se afastar.

– Muito obrigado, senhora... – Continuava o pobre youkai a agradecer.

– De nada... Mas tuas desculpas não trarão minha vida de volta...

E ela ergueu sua mão e lançou sua esfera da alma. O youkai só teve tempo de levantar a cabeça e ver aquela energia em sua direção. Seu corpo foi completamente desintegrado, juntamente com os corpos dos bandidos que Sesshoumaru matou. Após vislumbrar a destruição causada, Setsuna retirou-se do local, seguida por Sesshoumaru.

– Gostei do seu estilo... – Elogiou ele, satisfeito.

– Verás muito mais, meu senhor... Quando eu encontrar Tatsuyo Matsumoto...

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(x) Ofuda = Significa amuleto e é o nome dado aos pergaminhos mágicos que monges como Miroku utilizam.


-x- Continua no próximo cap -x-


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