O Destino de Cada Coração Ii escrita por By Mandora


Capítulo 11
Um Plano Contra Setsuna




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/990/chapter/11



O grupo chegou ao vilarejo no começo da tarde e contaram a Kaede o que tinha acontecido. Dentro da cabana da velha sacerdotisa começaram a elaborar uma armadilha.

– Hum... Eu posso fazer uma poção e um feitiço para proteger o vilarejo e todos que estiverem dentro... Deixando apenas um único local como passagem pelo qual esse espírito será obrigado a passar... – Concluiu a velha senhora.

– E quando ela passar eu acabo com ela!

– Não é assim tão fácil, Inu-Yasha. Nós estamos falando de um espírito com um fragmento da Jóia de Quatro Almas. Só podemos combater um poder espiritual com outro poder espiritual.

– Entendi, eu ajudo a senhora com a poção. – Disse Miroku.

– Eu também posso ajudar! – Completou Kagome.

– Provavelmente será uma luta entre nós três e Setsuna, portanto, Kagome, eu aconselho que você e Miroku descansem para reporem suas energias. Sango, Shippou e Inu-Yasha podem me ajudar com a poção. Vou precisar de muita quantidade para poder cercar todo este lugar. Vamos começar com o feitiço amanhã de manhã, assim que o sol nascer.

Miroku e Kagome saíram da cabana e Inu-Yasha ficou olhando para a porta.

– O que foi, Inu-Yasha?

– Nada, velha Kaede! – Encostou-se na parede, cruzou os braços e fechou a cara. “Droga! Eu queria ficar com a Kagome...”.

Sango então cochichou algo no ouvido de Kaede que fez um sinal de positivo com a cabeça.

– Inu-Yasha... – Começou Kaede. – Eu acho melhor você ficar protegendo Kagome enquanto a poção não estiver pronta.

– Hei, o que vocês duas estão tramando? – Perguntou ele, com ar desconfiado.

– Pode ir, Inu-Yasha. – Disse Sango com um sorriso. – Na verdade, só vamos precisar de você para carregar os barris com a poção.

– Já que vocês estão dizendo... – Saiu com um sorriso discreto no rosto.

Ao sair da cabana, Inu-Yasha encontrou Kagome sob a velha cerejeira e sentou-se ao lado dela.

– Você não devia se afastar de nós, Kagome... Onde está Miroku?

– Ele foi se purificar para o feitiço.

– Você não deveria estar fazendo o mesmo?

– Eu vou esperar para fazer junto com a vovó Kaede. – Tinha um tom meio sério. – Inu-Yasha, eu estive pensando... sobre o seu colar...

– Lá vem você com essa conversa de novo...

– Eu acho que você não quer que eu tire o colar porque você está com a consciência pesada... Porque você mentiu para mim, não é?

Ele ficou surpreso com a pergunta dela.

– O quê? Como assim?

– Sabe, quando eu estava desacordada e você trocou a minha roupa molhada...

– Eu não sei do que você está falando, Kagome... – Cruzou os braços e fez gênero de ofendido, o que a deixou meio irritada.

– Inu-Yasha! Você disse que não tinha feito nada!

– E não fiz mesmo! – Baixou o olhar e ficou meio sem graça. – Quer dizer...

Kagome cruzou os braços e olhou para ele com a maior desaprovação.

– O que foi que você fez?

– Bem... Eu... eu acho que eu dei uma olhada...

– Você o quê?

– Ora, Kagome, que diferença isso faz agora?

– Não é isso, Inu-Yasha! O fato é que você mentiu para mim!

– Hunf! – Virou o rosto. – Eu nunca disse que não tinha olhado!

– Grr... Você é impossível! – Levantou-se aborrecida.

– Hei, Kagome! Aonde você vai?

– Não quero falar com você agora!

Ela saiu de perto dele e entrou na cabana onde havia deixado suas coisas. Ele permaneceu onde estava, com um ar de arrependido.

– Mas eu não fiz por mal...

Ele teve vontade de ir atrás dela, mas pensou melhor e percebeu que aquela não era uma boa hora para discussões. Retornou para a cabana de Kaede com o mau-humor costumeiro. Aborreceu-se ainda mais por causa dos olhares curiosos de todos dentro da cabana.

– O que é que vocês estão olhando? Só vim ver se podia ajudar em alguma coisa!

– Achávamos que você estivesse com Kagome... – Disse Miroku.

– Nós não nascemos colados, sabia? E o que você está fazendo aqui? Não devia estar se purificando?

– Credo, Inu-Yasha! Que mau-humor! Eu só vim pegar umas ervas com a senhora Kaede.

– Ora, vê se não me amola então! – Sentou-se de braços cruzados, emburrado em um canto.

– Ai, ai... Você brigou com a Kagome de novo... – Comentou Shippou.

– Eu não briguei com ela!

Sango deu de ombros e balançou a cabeça negativamente.

– Então você aprontou alguma coisa e ela brigou com você. É sempre assim...

– O que você quer dizer com isso, Sango?

– Quero dizer: Vá pedir desculpas para ela!

Inu-Yasha ficou um tanto triste ao lembrar-se das palavras da colegial.

– Ela está muito zangada... Disse que não queria falar comigo.

– Nossa, o que foi que você fez?

A pergunta do monge deixou-o irritado, até porque ele sabia que Miroku o conhecia bem.

– Não é da sua conta, seu intrometido!

Miroku foi até Inu-Yasha, sentou-se ao seu lado e colocou a mão em seu ombro.

– Vá falar com ela de qualquer forma... Nunca deixe uma mulher ficar magoada por mais de dez minutos...

Inu-Yasha concordou com a cabeça e saiu, o que deixou Sango e Shippou um tanto confusos. O hanyou sempre fora muito cabeça dura no que se refere a conselhos.

– Desde de quando o Inu-Yasha segue os seus conselhos, Miroku?

– Ora, Sango... Ele só está seguindo o bom senso...

– Ah, é? E desde quando ele tem bom senso?

Lá fora, o hanyou parou de frente para a porta da cabana onde estava Kagome. Estava com receio de entrar, não queria brigar com ela. Surpreendeu-se quando ela o chamou.

– Você vai entrar ou vai ficar parado aí fora?

Ele respirou fundo e entrou. Ela estava de pé, encostada numa parede, olhando muito séria para ele.

– Pensei que você não viesse...

– Eu... achei que você não quisesse falar comigo... – Caminhou até ela e ficou ao seu lado, também encostado na parede. – Eu odeio quando a gente briga...

– Eu também. Eu não quero mais brigar... – Pendeu a cabeça para o lado e a recostou no ombro dele.

– Nem eu... Sinto muito...

– Eu também sinto muito... – Ficou de frente para ele e o abraçou. – Você sabe que eu te amo, não sabe?

– Eu sei... Eu também...

Se beijaram docemente.

-x-x-x-x-x-

Enquanto terminava de se vestir, Inu-Yasha ficou observando Kagome dormir tranqüilamente. Abaixou-se e a beijou na testa.

– Inu-Yasha?

– Desculpe, não queria te acordar. Durma mais um pouco.

Ela olhou ao redor e notou que a escuridão da noite já havia chegado.

– Nossa. Já é muito tarde. Tenho que fazer a purificação com a vovó Kaede. Você pode ir ver se ela já terminou a poção enquanto eu me visto?

– Tudo bem.

Beijou-a nos lábios e saiu. Lá fora viu Miroku e Sango arrastando um barril para fora da cabana de Kaede. Aquele era o terceiro. Shippou estava em cima do barril, agindo como “guia”.

– Para a direita... Agora para a esquerda, mas só um pouquinho... – Orientava o pequenino.
Miroku parou por um instante e apoiou o cotovelo no barril, encarando Shippou.

– O que você pensa que está fazendo, Shippou? – Perguntou ele, indignado.

– Como assim, Miroku? Eu estou dando um duro danado aqui!

Inu-Yasha aproximou-se e pegou Shippou pelo rabo.

– É, pois é! – Soltou-o no chão.

– Inu-Yasha! Isso doeu! – Reclamou o filhote de raposa, enquanto alisava a cauda.

– Pensei que vocês dois fossem dormir até o sol nascer... – A observação do monge tinha um tom malicioso.

– Não estou entendendo, Miroku... – Na verdade estava.

– Se eu estivesse sozinho com a Kagome em uma cabana, também não ia querer sair de lá tão cedo... Ai! – Levou um cascudo de Sango.

– Não liga para ele, Inu-Yasha. – Interrompeu a exterminadora. – Fizeram as pazes pelo menos?

– Já está tudo certo... – Olhou para o barril e balançou a cabeça de um lado para o outro. – Deixa eu mostrar como é que se faz isso... – Com uma certa facilidade ergueu o barril no ar e o colocou junto dos outros dois. – Tem mais?

Miroku observou a cena meio abobado.

– Tem mais um lá dentro.

– E vai ser suficiente?

– A senhora Kaede calculou cinco barris.

– Então vamos pegar o outro.

-x-x-x-x-x-

Na cabana, Kagome terminava de colocar seu sapato. Ao se levantar teve um pressentimento.

– Sinto a presença de um fragmento da Jóia de Quatro Almas.

Olhou pela porta, mas não havia ninguém lá fora. Viu apenas os barris. Mais adiante, havia uma trilha pela floresta. Sentiu uma presença maligna se aproximando e entrou na cabana para pegar seu arco e flecha. Parou diante dele, mas não conseguia tocá-lo, não tinha mais controle sobre seu corpo. “O que está acontecendo? Não consigo me mexer... Inu-Yasha! Inu-Yasha!”.

-x-x-x-x-x-

Kaede levou a mão ao peito e desmaiou. Miroku também sentia muita dor.

– Vovó Kaede! Miroku! – Gritou Shippou em desespero.

Sango só teve tempo de amparar Miroku.

– Miroku! O que foi?

– Uma presença maligna muito forte está aqui, Sango... E está intervindo comigo e com a senhora Kaede. Não temos mais tempo para o feitiço. – Olhou para Inu-Yasha. – Ela veio pela Kagome, Inu-Yasha... Proteja-a... – Desmaiou.

– Sango, fique aqui e cuide deles! Eu vou buscar Kagome!

– Tenha muito cuidado, Inu-Yasha.

– Eu sei.


-x- Continua no próximo cap -x-


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Destino de Cada Coração Ii" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.