Akuma Hunters escrita por Najayra


Capítulo 9
Capítulo 9 - Irmãs from Hell




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Na manhã seguinte, Allyan e Karin estavam ao redor da cama, observando os pombinhos (diabinhos, literalmente). Shelley estava abraçada ao Luka, com o rosto gentilmente repousado em suas costas. Os dois pareciam nas nuvens, ou melhor, em um sono extremamente tranquilo. Shelley aos poucos foi acordando e viu os dois intrometidos, a menos de 30 centímetros, os observando atentamente. Muito tranquila, ela levantou da cama e disse bom dia a eles.

 

— Bom dia? Só tem isso a dizer? – reclamou Karin. – Vamos. Explique-se.

 

— Explicar o quê?

 

— O adultério.

 

— Que adultério, sua louca?

 

— O que eu acabei de presenciar!

 

— Pequena Karin, você ainda é muito nova para presenciar um adultério de verdade. – Shelley a olhou com toda a malícia que aquela frase poderia ter e mais um pouco.

 

Logo depois, Luka acordou e sentou-se na cama, ainda meio deslocado do mundo.

 

— Bom dia, Luka. Parece que dormiu bem. – comentou Allyan.

 

Luka apenas assentiu com a cabeça e procurou por Shelley. Ele se levantou e foi até ela. Ele a abraçou por trás, fechando os braços em sua cintura e dando um beijinho no pescoço dela.

 

— Bom dia, querida.

 

Shelley não respondeu, nem se movimentou, nem alterou sua expressão. Apenas viu que a boca dele estava próxima demais do pescoço dela. Então, ela desapertou os braços dele, passou um dos braços dele sobre seus ombros e, em um lindo e maravilhoso golpe de judô, o virou e jogou no chão. Suas costas estatelaram na tábua corrida.

 

— Fique longe do meu pescoço. – ela dizia serenamente, saindo em direção à sala.

 

— Também amo você. – ele parecia muito bem, deitado lá no chão, estava apenas revoltado por não conseguir o “café da manhã”.

 

— Mau humor da manhã. Regra Nº 1: não converse com ela por, pelo menos, uma hora depois que ela acordar. – disse Karin.

 

— Que casal problemático. – refletiu Allyan.

 

Todos foram para a sala, onde Shelley estava sentada no sofá, comendo um pedaço de torta.

 

— Hoje a gente precisa trabalhar. – disse Allyan.

 

— Trabalhar? – perguntou Karin.

 

— Sim. E você vem conosco. – respondeu Shelley.

 

— E por que cargas d’água eu iria, posso saber?

 

— Você verá.

 

Após um breve café, os jovens se arrumaram e saíram para a agência. Ao chegarem lá, Allyan, Luka e Shelley recuaram um passo e deixaram Karin seguir na frente. Quando ela percebeu, já era tarde demais.

 

— O que vocês estão... – ela foi interrompida pela Dona da agência.

 

Ela foi imediatamente abraçada, tão forte que nem um demônio pôde suportar.

 

— Como você é linda!!!

 

— Ah! Você vai me partir em dois!

 

— Ela é minha irmã. – Shelley dizia se aproximando e escondendo uma risada.

 

— Cretina! Você sabia que isso iria acontecer!

 

— E ela ainda é rebelde! Ah! Que graça! – a Dona estava eufórica. – Vamos assinar um contrato com você!

 

— Como é? – reclamou Karin.

 

[Minutos depois] 

 

As duas irmãs estavam no estúdio fotografando para um comercial de lingerie. Os olhos não conseguiam se firmar no trabalho. Quem eram as únicas pessoas concentradas ali? As modelos. Incrível! Allyan babou ao ver a pequena Karin nos modelitos e Luka não conseguia prestar atenção em outra coisa que não fosse Shelley. Elas alternavam entre várias poses e modelitos diferentes.

 

 

Era incrível como Shelley conseguia parecer um anjo, bastava que pedissem uma pose assim.

 

 

 Karin estava se saindo igualmente bem. Estava muito natural e tranquila.

 

 

 

 Essas irmãs eram simplesmente incríveis. Pensamentos e mais pensamentos perversos passavam pelas cabeças masculinas da equipe .

 

— Uma pirralha com roupa de gente grande. – Shelley riu da situação. – Isso é hilário.

 

— Cale a boca, Shel.

 

— Mas sabe... Apesar de agora eu ter que dividir o cargo de melhor modelo da agência com você...

 

— Conviva com isso... – Karin foi interrompida.

 

— Você ficou muito bonita. – Shelley sorria e Karin estava surpresa.

 

— Ah! Você corou!

 

— O quê?! Eu não.. – Karin estava totalmente sem graça.

 

Shelley a abraçou e Luka e Allyan aproveitaram o momento para mais algumas fotos.

 

— Diga, o que achou daqui?

 

— Bom... É divertido.

 

— Bem vinda ao meu mundo, Karin.

 

As duas compartilharam um sorriso e concordaram em uma coisa: Ali era bem melhor do que o Submundo.

 

Após um dia inteiro de sessão, eles voltaram com um belo cachê para casa.

 

— Toma, Allyan. Conserte a maldita da porta. – Shelley lhe entregava o dinheiro.

 

— E vou mesmo! – disse ele arrancando o dinheiro.

 

Luka se aproximou por trás de Shelley e sussurrou:

 

— Você estava especialmente linda hoje.

 

— Não tem sangue para você.

 

— Como você...

 

— Você é previsível.

 

— E você é o capeta. – resmungou Luka.

 

— Obrigada... Karin! Vamos tomar banho?

 

— Ahn? Ah! Vamos sim, nee-chan.

 

— Nós vamos... – começou Allyan.

 

— Homens não entram. – Shelley o interrompeu.

 

As duas seguiram para o banheiro e os dois ficaram espantados, parados na sala.

 

— Nós perdemos alguma coisa? – perguntou Allyan.

 

— O mundo girou e não nos avisaram.

 

— Que idiota, Luka...

 

— Estou com sede, ué!

 

 


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