Akuma Hunters escrita por Najayra


Capítulo 15
Capítulo 15 - Plano B




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Ficou combinado o seguinte. Luka, Karin e Allyan iriam se esconder no quarto que era de Karin, como ninguém entrava lá desde que ela foi embora, este seria o local perfeito.

- Mas e você? – perguntou Luka.

- Eu o quê? – Shelley não havia entendido.

- Você vai dormir onde?

- Com Vinny, ora essa.

- NÃO!!

- Luka...

- Com aquele desgraçado?! Só por cima do meu cadáver!

- Isso não será um problema quando ele te vir aqui...

- Ela tem razão. – concordaram Allyan e Karin.

- Urg!! Tudo bem... Eu vou ficar quieto!

- Obrigada. – disse Shelley.

- Mas então, tudo certo com o esconderijo. Mas como vamos voltar para o Além-Mundo sem que as tropas venham atrás de você, Shelley? – perguntou Allyan.

- Neste palácio há um lugar onde a abertura de portais para outros mundos é liberada.

- E onde é isso, nee-chan?

- Adivinha.

- O quarto do Rei. – disse Karin.

- Exatamente. Só precisamos dar um jeito em todos e ir até o quarto, passar pelo portal e pronto.

- Dar um jeito? Em todos? – indagou Allyan.

Shelley respirou fundo e se levantou da cama onde todos estavam sentados. Com uma expressão séria e concentrada, ela disse:

- Eu... Vou matar Vinny e o Rei.

- O Vinny?! Não!! – reclamou Karin.

- Se quiser ficar Karin... Você faça o que quiser com sua vida e seu corpo. – disse Luka.

- Luka, você não está entregando a Karin de mão beijada pro nosso inimigo, não é? – perguntou Allyan passando um braço pela cintura da ruiva.

- Vocês não podem matar o onii-sama!

- Karin, acorde para a realidade. Ele não quer saber de você e eu não quero que ele saiba de mim. – explicou Shelley.

- Mas...

Shelley foi até sua irmã e a abraçou.

- Eu sei que é uma atitude muito radical, mas... Essa é a solução dos nossos problemas. Por favor, você me dá autorização? – Shelley perguntou carinhosamente para a irmã.

Karin pensou por um ou dois minutos e assentiu com a cabeça. Shelley sorriu gentilmente e afagou os cabelos da irmã. Shelley seguiu com eles até o antigo quarto de Karin e os deixou lá, pedindo para que se cuidassem. Ao sair do quarto e fechar a porta, ela ouviu uma voz gélida e áspera chamar seu nome.

- Shelley.

Ela se assustou e se virou, encostando à porta e com as mãos para trás.

- Ah, Vinny!

- O que você estava fazendo aí?

- Eu? Bom, eu estava dando uma olhada no quarto da Karin. Era tão lindo, agora está tão... Abandonado.

- Hum. Deixe-me dar uma olhada. – ele já estava seguindo até a porta quando Shelley tentou pará-lo.

- Não! Não há necessidade. Eu só quis dar uma olhadinha mesmo. Agora que ela está no outro mundo. Não tem porque mexer com isso, não é?

- Acho que tem razão... – ele dizia desconfiado. – Então venha. Já está na hora de dormimos.

- Ah. Claro.

Ele estendeu uma mão para Shelley. Ela a pegou e foi puxada rapidamente pelo irmão. Ele passou um braço por suas costas e o outro na dobra de suas pernas, levantando-a no colo.

- Ah! Vinny! – ela não pode conter um riso.

- Como você é linda quando sorri. – ele foi e lhe deu um beijo rápido.

Shelley se assustou, não pretendia beijá-lo. O arrependimento bateu por um segundo, mas logo ela voltou ao papel e sorriu para ele. Ele a carregou até o quarto deles. O problema é que... Do outro lado da porta, dava para ouvir tudo.

- Ele parece realmente gostar dela. – disse Allyan.

- Pois é. – respondeu Karin.

Os dois, de braços cruzados e com uma expressão indiferente, viraram o rosto para ver Luka, que batia a testa contra a parede, na tentativa estúpida de não se estressar.

- Eu acho que ela seria mais feliz com o Vinny. – comentou Karin.

Luka lançou um olhar fumegante na direção dela, ele realmente a mutilava com os olhos. Karin desviou o olhar dele e disse:

- Ok. Talvez não... – na tentativa de não ser morta por Luka.

Já no quarto do casal, Vinny tinha tomado banho e estava deitado, enquanto Shelley acabara de sair do banheiro. Com os cabelos quase alvos molhados e colados em seu corpo, Shelley vestia uma camisola verde escuro. Vinny a observava com a cabeça apoiada sobre um das mãos. Vinny sorriu malicioso, analisando o corpo de Shelley, enquanto ela continuava a fingir, sorrindo gentilmente para ele.

Ela se deitou ao lado dele e desejou boa noite. Esse tempo todo eles têm dormido juntos. Shelley se sentia salva pela regra que dizia que eles não poderiam ter relações antes do casamento, ela só não esperava que Vinny escolhesse justo esta noite para ignorar tal regra...

Depois que ela se deitou de costas para ele, Vinny passou o braço por sua cintura e aproximou seu corpo do dela. Isso a incomodou, mas ela iria aguentar, só por esta noite. Depois, ele subiu as mãos para seu colo, alisou os detalhes de seu pescoço, passando pelos ombros e, derrubando uma das alças da camisola, ele chegou até os braços.

- Vinny... – ela pensou em alertá-lo.

Ele não estava preocupado com regras. Sabia o que o amanhã aguardava e iria acabar com os planos da irmã esta noite. Ele a pegou pelo pulso e trouxe o braço dela até as costas. Em seguida, se sentou sobre a cama e ergueu da mesma forma, o corpo de Shelley, mantendo o braço dela entre os dois corpos.

- Quando que você começou a me subestimar, Shelley?

Shelley juntou os dentes. Não é possível que tudo fosse começar a dar errado! Vinny passou a deslizar a mão livre pelo corpo de Shelley. Começou pelas pernas, ignorou a camisola e subiu pela barriga até chegar a um dos seios, e então ele o apertou. Shelley grunhiu e contraiu o corpo para frente. Ela tinha que dar um jeito naquilo, mas como? A boca de Vinny percorria o pescoço dela, seus ombros e voltava para sua orelha enquanto ele a apalpava. Shelley concordava que aquilo era excitante, mas não era sua vontade. Shelley usou o braço que estava preso nas costas, fez suas garras surgirem e as afundou no abdômen de Vinny. Ele a soltou imediatamente e grunhiu com o golpe. Shelley saiu correndo, abriu a porta do quarto e foi até o esconderijo.

- Saiam todos daí! Mudança de planos. Vamos começar a guerra agora!

- Já estava na hora. – disse Luka eufórico.

Karin viu a perturbação da irmã e logo a imagem veio a sua mente.

- Shelley... Você...

- Venha logo Karin!

Todos saíram do quarto quando Vinny chegou e avançou contra Shelley. Os dois deixaram de ser “pombinhos” e passaram a inimigos mortais em questão de minutos. Os dois estavam rolando pelos corredores do palácio. Shelley conseguiu jogá-lo para longe e, logo em seguida, transformou seus brincos em duas espadas. Vinny pegou seu bracelete e o transformou em um gládio com detalhes em ônix. Shelley e Vinny começaram a bater suas armas, na tentativa de alcançar o corpo um do outro.

- Karin! Saiam daqui e sigam o combinado!

Enquanto Shelley gritou, ela acabou se descuidando e Vinny a cortou na lateral da cintura. Ela caiu e segurou o corte com uma das mãos, ele foi até ela e lhe apontou o gládio.

- Eu avisei. Se você me traísse, eu mataria você.

Luka interviu. Balançou sua espada contra Vinny que desviou e se afastou de Shelley. Ele a ajudou, rapidamente, a se levantar.

- Vá cumprir com a sua parte. Eu cuido dele. – disse Luka.

- Está bem.

Luka sorriu e a beijou de forma ardente. Shelley o olhou, espantada e, com o canto do olho, olhou para Vinny.

- Luka, você vai morrer.

- Vai logo, Shelley.

Ela então saiu em direção ao seu compromisso. Ela devia e iria matar o Rei, seu próprio pai.


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