Akuma Hunters escrita por Najayra


Capítulo 14
Capítulo 14 - Fingindo




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[No Submundo]

Vinny acabara de se despedir de Shelley com um beijo. Ele iria cuidar dos últimos preparativos do casamento que seria daqui a dois dias. Vinny fechou a porta deixando Shelley sentada à beira da cama, pensativa. Ela se levantou e foi até o baú, o abriu e pegou seus brincos. Estava lembrando da última conversa que teve com Luka. De repente, os brincos saltaram de sua mão e grudaram na parede, como ímãs. Eles colaram um ao lado do outro, depois se afastaram na horizontal e, em seguida, na vertical fazendo o formato de uma porta. Shelley caiu na cama novamente, sem entender aquilo. Depois do portal formado, uma coisa ou alguém sai dele. Era Luka, ele estava meio desorientado, cambaleando. Shelley teve a impressão de que ele iria cair e se levantou para ampará-lo. Foi o que aconteceu, Luka pareceu perder o equilíbrio e meio que desmaiou, mas não foi exatamente isso, ele estava consciente, só não consegui se manter em pé. Shelley o pegou a tempo. Não querendo movimentá-lo demais, ela sentou no chão e manteve a cabeça de Luka apoiado sobre suas pernas. Ela o olhava, preocupada.

- Luka? Fala comigo. Eu não acredito que vocês conseguiram!

Luka focalizou um pouco o olhar e o lançou para Shelley. Ele pegou uma das mãos que afagavam o rosto dele e disse com uma voz calma:

- Como, da última vez, a senhorita desligou o “telefone” na minha cara, eu vim até aqui saber a continuação da conversa.

Shelley o olhou e sorriu, dando um leve suspiro aliviado.

- Se já está fazendo piadas, é porque está tudo bem. Pode-se levantar de minhas pernas.

- Não. Por quê? Aqui está ótimo. – ele parou por um segundo. – Pensando melhor... Sentado dá para fazer muito mais coisa.

Ele se levantou e sentou no chão de frente para Shelley. Com um sorriso extremamente travesso no rosto, ele estendeu um braço, a pegou pela nuca e a puxou para si. Seus lábios se encontraram em um beijo ansioso e ardente. Ambos desejavam por aquilo há algum tempo. Shelley aproximou seu corpo do dele e misturou os dedos de suas mãos com os fios do cabelo de Luka. Ele sorriu com o canto da boca após sentir o toque dela, e então passou a outra mão por sua cintura e a puxou, girando o corpo dela e a fazendo ficar deitada, sendo mantida pelas mãos dele, como em um passo de dança. Depois de passar a vontade do beijo tão esperado ou, pelo menos, a maior parte dessa vontade, eles se olharam. Ambos estavam mais do que felizes, mas eram muito orgulhosos para admitir isso. Shelley desviou o olhar com um toque de petulância.

- Você, como sempre, atrasado.

- E você, como sempre, dona da razão.

- Humpf.

- Pode abaixar a cabeça, dona Rainha do Submundo, não adianta fazer pose. Você está corada. – Luka disse a última parte entre risos e deu um beijo na parte do pescoço que Shelley deixava à mostra.

- Seu idiota. – ela deu mais um beijo nele e levantou seu corpo, sentando novamente no chão do quarto.

- Onde estão Karin e Allyan?

- Virão daqui a pouco. A pequena sabe o que faz. É mesmo verdade que ela não é filha do Rei?

- Uhum.

- Por isso que Vinny não a escolheu como esposa.

- Exato.

- Ou talvez, ele tenha apenas bom gosto. – Luka brincou com uma mecha do cabelo de Shelley.

- Nem vem. Karin é linda.

- É, tem gente que gosta. O All, por exemplo.\t   \t\t\t\t\t{ou o Hypnosss, leitor desta fic}

- Mas então, como vamos resolver essa situação? – Shelley perguntou.

- Como assim? É só voltar pelo mesmo portal.

Shelley apontou para trás e Luka seguiu até o local. O portal havia se fechado.

- Tem certeza que é simples assim? – Shelley perguntou levantando uma sobrancelha.

- Talvez não seja...

Então, ouvi-se alguém bater à porta. Os dois ficaram desesperados, Luka tinha que se esconder.

- Já sei. Embaixo da cama.

- Como é? – disse Luka.

- Luka, não reclama e vai logo!

Luka se escondeu embaixo da cama de casal e Shelley deitou sobre ela, fingindo que não estava fazendo nada.

- Pode entrar.

A porta se abriu e era Hanna.

- Ah. Olá, Hanna.

- Milady, o Mestre requer sua presença na sala de reuniões.

- Ah. Claro. Diga a ele que... Irei daqui a dois minutos.

- Claro, com licença, Milady.

- Toda, Hanna.

A moça fechou a porta novamente. Shelley se sentou à beira da cama e suspirou aliviada.

- Moça bonita, hein? – disse Luka.

Shelley pisou na testa dele.

- Ai, caramba! Calma, sabe que prefiro você.

- Tenho certeza disso. – Shelley foi irônica.

- Legal que ela não confia em mim...

Ela se levantou e foi até a porta.

- Onde você vai?

- Falar com Vinny.

- Dá até nojo ver você tão obediente e solícita.

- Luka, fica quieto e arrume um lugar fácil de se esconder caso alguém aparece. Quando Karin e All chegarem, cuide para que eles tenham o mesmo cuidado. – e ela saiu.

Shelley foi até a sala de reuniões onde o irmão a aguardava, sentado sobre um divã, próximo a uma janela.

- Ah, meu amor. Venha até aqui. – ele disse.

Shelley foi até lá. Assim que se aproximou o suficiente, Vinny a puxou pelo pulso, fazendo-a se sentar em seu colo e, passando o outro braço por sua cintura, ele a abraçou.

- O que houve, Vinny?

- Por favor, vamos nos casar, chame-me de maneira mais carinhosa.

- Coisa mais linda, bebê cuti-cuti e fofo. -  Shelley fez piada.

Ela se sentia mais “ela mesma” depois de re-encontrar Luka, mas isso poderia ser perigoso. Vinny deu um riso abafado e contrariado.

- Shel, sabe que não foi isso que eu quis dizer.

- Hum... Ok. – ela respirou profundamente e mostrou o que estava realmente sentindo. – Que tal, meu Senhor?

- Assim parece que você é minha propriedade.

- Não deixa de ser isso.

- Shelley, você... – ele estava se irritando.

Shelley o interrompeu, fazendo teatro como só ela era capaz. Tapou a boca do irmão com o dedo indicador, com um leve toque de sensualidade em seu rosto e com um sorriso perverso.

- O que eu quis dizer é que sou somente sua. Caindo somente em seus braços e de mais ninguém. Desse jeito, eu sou SUA propriedade.

A forma como ela usou as palavras o deixou incrivelmente satisfeito. Shelley não conseguiria mais beijar seu irmão, não tinha mais coragem para isso além de se sentir traindo Luka. Então, ela teria que articular com as palavras e com suas atitudes, a partir de agora.

Enquanto isso, Karin e Allyan chegavam no quarto. Karin estava perfeitamente bem enquanto Allyan não se agüentava em pé.

- Como foi com a minha irmã? – perguntou Karin.

- Tudo bem. Nós nos acertamos.

- Imagino... – murmurou Allyan que despencou sobre a cama.

- All! – Karin correu para ajudá-lo. – Ai, pronto! Era o que faltava. Um semi-demônio passando tão mal.

Após alguns minutos, Allyan estava um tanto melhor e Shelley abriu a porta do quarto. Os três lá dentro se assustaram, mas quando viram que era ela, todos relaxaram.

- Ainda bem que estão inteiros. Estava preocupada de que alguém entrasse sem bater na porta.

Shelley foi até Luka, que a abraçou e lhe deu um beijo.

- Você não o beijou, não é? – ele perguntou.

- Não, Luka. – Shelley revirou os olhos e voltou a focar na irmã e no amigo loiro. - Karin, All, como vocês estão?

- Bem. O All passou mal, mas já está melhor.

- Agora precisamos pensar em como voltar. – Allyan disse.

- Iremos precisar de uma boa estratégia. – disse Luka.

- Na verdade, temos dois dias para criar um EXCELENTE plano.


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Notas finais do capítulo

Para as amantes do Vinny, eis a cena da sala de reuniões:
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