Akuma Hunters escrita por Najayra


Capítulo 11
Capítulo 11 - Vivendo com o inimigo


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pessoal...
Eu tentei colocar imagem, mas o Nyah! não queria aceitar e isso estava me irritando profundamente. (tendo que arrumar tttuuudddooo de novo, infinitas vezes -.-")

Então, antes que eu jogasse meu PC na parede, eu coloquei o link com as imagens. Basta clicar e verão.

Agradeço a compreensão.



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[No Além-Mundo]

Karin e Allyan discutiam entre si um jeito de fazer Shelley voltar, de ir até ela ou, pelo menos, entrar em contato.

- Karin, tem de haver uma maneira de falar com ela!

- E tem.

- E qual é?

- Eu não sei.

- Como não sabe?

- Não sei, ué.

- O que é preciso, pelo menos?

- Um portal.

- E como se consegue isso?

- Eu não sei.

- Karin!!

- Ora, somente alguns poucos demônios têm a capacidade de manipular portais para os outros mundos. Vinny é um deles. O meu poder é outro, não sei nada sobre isso.

- A propósito... Qual será o poder da Shelley?

- É essa a sua preocupação, All?

- Foi só um momento de curiosidade...

- Eu sei lá o que ela faz! Acho que nada...

- Ei, Luka. Você está bem aí?

Do outro lado, Luka estava cabisbaixo, com o piercing que Shelley havia lhe dado na palma da mão. Ele olhava o artefato, pesaroso, lembrando de como eles discutiram antes de ela sumir.

Ele sussurrava para si mesmo:

- Garota estúpida... Como pôde se deixar levar tão facilmente? Cadê sua força, Shelley?

[No Submundo]

Vinny estava radiante, acariciando o rosto de Shelley, brincando com as mechas de seu cabelo, tocando os lábios nos dela...

- Meu amor, agora preciso cuidar dos preparativos. – ele disse.

- Preparativos? – Shelley não estava como Vinny. Parecia anestesiada, sem rumo.

- Sim, para o casamento.

- Ah. Claro.

Ele se despediu com um beijo e saiu do quarto, Shelley simplesmente sorriu com o canto da boca e esperou que ele saísse. Após a porta fechar, ela se levantou e foi até uma das paredes do quarto. Estendeu a mão para tocar a decoração sinuosa e dourada.

- Essa casa... Esse mundo...

Segundos depois, a porta se abriu novamente. Era uma jovem empregada do palácio. Muita bonita com seus cabelos cor de chocolate e olhos negros.

- Shelley, Milady!

Shelley se virou rapidamente para ela, inicialmente estava espantada, mas depois que lembrara o nome da moça, relaxou.

- Ah. Olá, Hanna.

- Eu nem acredito que a Milady voltou.

- Pois é... – ela sorriu gentilmente. – Eu também não... – essa última parte ela sussurrou para si mesma apenas.

- Milady, devo trazer seu almoço agora ou mais tarde?

- Ah. Não. Irei almoçar com Vinny.

- Mas, Milady, se eu não fizer o que o Mestre mandou...

- Hanna. Diga a ele que será um prazer acompanhá-lo no almoço e que isso me deixaria extremamente satisfeita. – Shelley piscou para a moça.

Hanna entendeu que ela a estava livrando de uma punição. Sorriu estonteante e curvou o corpo agradecendo.

- Muito obrigada, Milady.

- Não há de que.

- Bom, irei me retirar agora. Com licença.

- Claro...

Após a moça desaparecer e fechar a porta, o sorriso gentil desapareceu do rosto de Shelley, voltando com a expressão mórbida e sem vida.

- Essas pessoas... Esse não é o meu lugar...

Enquanto no Além-Mundo Luka chamava por Shelley, de alguma forma suas súplicas foram ouvidas. Os artefatos estavam ligando os dois mundos. Os brincos de Shelley estremeceram e reproduziram o chamado do jovem.

- Cadê sua força, Shelley?

- Luka?!

Luka, Allyan, Karin e Shelley ficaram espantados ao ouvir as vozes um do outro. Todos correram para seus artefatos. Luka com o piercing, Allyan com o anel, Karin com um colar de pedra esmeralda e Shelley com os brincos.

- Nee-chan, onde você está agora?

- Er... Bem... No Submundo.

- Como você foi parar ai?

- Vinny me trouxe para cá.

- Cretino! – dizia Luka.

- Shelley, como podemos reverter esta situação? – perguntou Allyan.

- Vocês precisam de um portal. Podem conseguir um através de rituais, mas será preciso sacrifício...

- Sacrifício? Não é má ideia... – disse Karin olhando para Luka.

- O que foi, pirralha?

- Nada. Só estava tendo um pensamento positivo e agradável.

- Parem com isso os dois! – disse Shelley.

- Obrigado, Shel. Estou pedindo isso há horas. – suspirou aliviado Allyan.

- Que tipo de sacrifício? – indagou Luka.

- Não sei ao certo. Karin pode pesquisar nos livros. Ainda lembra daquela biblioteca?

- Há! Como esquecer! Foi quando mamãe nos levou, pela primeira vez, para o Além-Mundo.

- Então. Ela escondeu alguns livros interessantes por lá. Procure-os e investigue.

- Pode deixar comigo.

Nesse instante Karin recebeu em sua mente a imagem de sua irmã beijando Vinny. Ela podia sentir o estado de espírito das pessoas, através de suas auras. Shelley estava perturbada, apesar de tentar esconder, por isso a imagem apareceu e, assim que chegou, Karin deu um grito:

- EU NÃO ACREDITO!!

- O que foi, Karin? – perguntou Allyan.

- Shelley, onde você está agora?!

- Onde... Ora, eu já respondi.

- Não! EXATAMENTE, onde você está agora?!

- Er... No... No quarto do Vinny.

- O que você faz ai? – indagou Luka.

- Ele te beijou?! E você deixou?! Vocês vão casar, então?! – Karin disse besteira.

Fez-se um silêncio profundo em ambos os mundos. Luka, pasmo e incrédulo, estava além de tudo revoltado. Ele jogou longe o piercing, perdendo, assim, contato com Shelley.

- Luka... – ela podia imaginar o que estava acontecendo.

Logo depois, os outros artefatos foram perdendo contato também, e a última coisa que se ouviu foi a voz de Shelley chamando por Luka.

- O que você pensa que está fazendo?! – Allyan estava revoltado.

- Ela vai casar com ele, não é? Se ela quer ficar por lá, que fique. Não vou me meter nisso mais. – a voz de Luka estava morta, apagada.

- Você é um imprestável! – reclamou Karin. – Venha, All. NÓS iremos procurar um jeito de trazê-la de volta.

Os dois saíram do apartamento em direção a tal biblioteca, enquanto Luka se atirava, deprimido, ao sofá.

[No Submundo]

Shelley entristeceu ao imaginar como Luka ficou. Ela voltou com os brincos às orelhas e saiu do quarto, em direção à sala de jantar. Durante o trajeto, ela foi parada por Hanna que levava um comunicado.

- O que foi, Hanna?

- O Mestre adorou você se juntar a ele no almoço, mas...

- Mas?

- Mas ele pediu que você fizesse algo.

- O que seria?

Hanna se aproximou e cochichou ao ouvido de Shelley.

- O quê?!

- Por favor, Milady. Ele disse que é importante. Não custa nada.

- Arg, que... Ah! Ok! Leve-me até o dormitório.

- Muito obrigada, Milady.

As duas seguiram para o dormitório que costumava ser o quarto da mãe de Shelley. Ao entrar, ela teve um sentimento de nostalgia e sorria ao lembrar de cada detalhe de sua infância. Hanna foi até o armário e retirou um belo vestido branco, com detalhes em dourado e uma saia azul escuro.

- É este? – perguntou Shelley.

- Sim. Ele desejava te ver nesse vestido quando você voltasse. Mandou que tivéssemos o máximo de cuidado com ele.

- Meu irmão é completamente louco...

- Não diga isso, Milady. Ele apenas te ama... de um jeito diferente.

- Bem diferente... – ela lembrava da vez em que ele quebrou seu ombro.

- Por favor, Milady. Vista o vestido.

Shelley pegou o vestido e começou a se despir, com a ajuda de Hanna. Alguns minutos depois, ela estava pronta. O vestido de sua mãe serviu perfeitamente nela. Agora ela sabia de onde ela herdou a baixa estatura e os dotes avantajados.

- Obrigada pela ajuda, Hanna.

- Milady, a senhora está muito linda.

- Obrigada. Bom, vou indo.

Shelley voltou a seguir o caminho até a sala de jantar. Quando chegou lá, Vinny a esperava, sentado no sofá e brincando com uma rosa branca. Ele a observou de cima até em baixo, maravilhado.

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- Ficou simplesmente perfeito em você, minha amada.

- Fico feliz que tenha gostado.

- Não pode imaginar o quanto eu desejei te ver nesse vestido.

- Pensei que não gostasse de nossa mãe.

Ele se aproximou, colocou a flor branca presa no cabelo de Shelley e afagou seu rosto.

- Eu amava nossa mãe. Mas detestava as atitudes dela.

Ela o observava com cuidado, para não fazer nenhum movimento errado.

- Mas você é diferente. Você não irá me trair. Você será finalmente minha e somente minha.

Ele a beijou ardentemente, puxando-a pela cintura com uma das mãos enquanto a outra repousava em seu rosto. Após cessarem o beijo, ele a abraçou e ela retribuiu. Porém, os dois tinham coisas diferentes passando por suas mentes. Enquanto Vinny imaginava sua “linda” vida ao lado de Shelley, ela pensava que ele estava mais do que louco, obcecado por ela. E isso poderia se tornar extremamente perigoso.

Durante o almoço, tudo correra bem. Fazia tempo que Shelley não se alimentava de comida de demônios (a aparência não era muito diferente da comida humana, mas o sabor era incrivelmente mais forte). Ela ficou feliz após provar da comida que adorava. De repente, a atmosfera do almoço pesou um pouco.

- Shell...

- Sim, Vinny.

- Preciso lhe perguntar uma coisa.

- O que foi?

Ele se levantou da cadeira, seguiu até ela e brincou um pouco com seu cabelo, de repente ele puxou a mecha que tampava a marca vermelho arroxeada no pescoço dela. Ele havia puxado com um tanto de força o que fez Shelley erguer levemente o rosto e grunhi.

- Ai, Vinny...

- Como isso foi acontecer? Foi o cão sarnento? Aquele tal de Luka?

Shelley não respondeu, apenas abaixou a cabeça receosa do que poderia acontecer se ela reagisse. Vinny levou a mão até o queixo dela e apertou, levantando seu rosto e fazendo-a olhar para ele.

- Ah!

- Escute bem... Eu não sei como você teve coragem de deixar ele tocar em você, mas tenha certeza de que se vocês vierem a se encontrar novamente, eu irei matar os dois. Cortar em pedaços e alimentar os Diuras com a carne de vocês.

Ela respirava ofegante e temerosa, assentiu com a cabeça para não irritá-lo, mas não deu certo. Ele já tinha enlouquecido. Ele jogou o rosto dela abruptamente, parecia que tinha lhe dado um tapa. Logo depois, a pegou fortemente pelo braço, erguendo-a da cadeira e a levando pelo corredor.

- Vinny! Para onde você está me levando?

- Para um cantinho que te agrada muito nessa casa.

Logo veio à mente dela a imagem do quarto escuro, que parecia um calabouço, onde muitas vezes ela apanhou dele. Ele iria bater nela novamente? Quando isso iria terminar? Shelley começou a se desesperar. E puxar o braço na direção contrária, na inútil tentativa de não seguir em frente.

- Vinny, não! Por favor! Eu lhe imploro!

Ele se irritou com os apelos e se virou de frente para ela, apertando-a pelos dois braços.

- Você só irá refletir um pouco sobre essa coisa monstruosa em seu pescoço.

- Vinny. Por favor. Não faça isso comigo. Eu não agüento mais isso.

Ela dizia com uma voz calma na tentativa de reverter a situação. Ela pegou o rosto dele entre as mãos e começou a enchê-lo de beijos.

- Vinny. Me escuta. Não faça isso comigo, ok? Eu estou aqui. Iremos nos casar. Eu serei a esposa que você tanto deseja. Não está tudo dando certo?

- Mas você ainda pensa naquele lugar, naquelas pessoas...

- Não, Vinny. Eu nem lembro mais. Por favor, eu... – a voz dela travou ao pensar no que estava preste a dizer.

Vinny abriu, aos poucos, um sorriso esperançoso. Imaginando a frase que tanto gostaria de ouvir.

- Você... O quê?

- E-eu... – ela engolia em seco, mas estava demorando demais.

Vinny apertou um pouco mais as mãos em seus braços, o que a fez grunhi baixinho e abaixar o rosto, escondendo a face incomodada.

- Diga, Shelley. Em voz alta e com todas as palavras.

- Eu amo você, Vinny. Eu amo você... Ta? Então, por favor, solte-me.

- Ah, minha linda! Eu sabia que você iria cair em si!

Ele a soltou e logo a envolveu com seus braços. Um abraço apertado e carinhoso, sem nenhuma coerência com o momento anterior. Shelley escondia seu rosto contra o peito de Vinny, respirando extremamente aliviada por se livrar de outro “castigo”. Vinny beijava a cabeça da irmã e sorria, nas nuvens, com as palavras que ele tanto desejava ouvir ecoando em sua mente.

P.S.: Para as fãs fervorosas do Vinny, uma imagem dele:

http://yfrog.com/4banimevampireboyblondcpij


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