Capítulo 6 – Porra de campainha, porra de mundo!

Nossos lábios, por incrível que pareça, não chegaram nem a se encostar por que a porra do caralho da merda da campainha tocou!

Meio contrariada, me separei do corpo quente do Edward e caminhei enfurecida até a porta enquanto tentava me arrumar para meu convidado inesperado não perceber o que estávamos – quase – fazendo. Meus cabelos estavam rebeldes bem ao estilo fiz sexo selvagem, mas acho que não está tão diferente de estava dormindo com meu namorado (ou será marido? Ou melhor amigo?)

Passei pela mesa e peguei o molho de chaves. Abri a porta e dei de cara com o filho da puta do Emmett. Desculpa, tio Carlisle por falar mal da sua esposa que nunca lembro o nome! Será que é Emilia? Emily? Es... Esmeralda! Claro, ou não? Ah, tanto faz!

- O que você faz aqui... – perguntei e olhei para o relógio para completar: - às oito da noite?

- Vim lhes dar bom dia e perguntar se dormiram bem – ele disse sorrindo, mostrando covinhas bem infantis e dentes bem branquinhos, e me mostrou uma cesta: - Seu café da manhã.

Ele colocou a cesta ao meu lado, até que ela estava bem bonita, com frutas, laços, um pouco de chocolate, suco de pó com uma plaquinha "só a Bella para gostar desse pó de parede..." Ri. Coisas da Rosalie e da Alice, certeza!

Aquele sorriso de criança inocente que o Emm tem quase me fez esquecer do que ele interrompeu. Eu disse quase. Mas nem aquela cara de viciado em Barney conseguiu.

- Mas, Emm, são oito da noite – eu disse nervosa, tentando de verdade controlar o estresse, não me baixar e pegar uma arma qualquer embaixo da mesa – Café da manhã é de manhã e não de noite!

- Ai, que mal agradecida, eu só quis ser legal, mas você não quer, seu monstro! – ele disse – Não sabia que não podia tentar agradar o monstro, seu monstro, não preciso de você não, OK? Eu trabalho na Petrobrás!

- Emmett, pare de assistir NNF (Para quem não sabe NNF é: Nós na Fita, é só procurar no Youtube  o vídeo assim: “NNF – casamento” é uma peça teatral muito engraçada que eu sou viciada - momento da autora contaminando as leitoras) – disse bastante irritada – e vá para onde o Sol não bate, porra – e bati na porta na cara dele.

Esse é meu humor de quem comeu e não gostou ou tentou comer e não conseguiu. Gostaram? Precisam estar bem acostumados, por que pelo o que estou vendo isso vai acontecer frequentemente, o povo parece adorar aparecer bem na hora que eu estou tentando fazer vocês sabem o que com o meu marido.

Observei Edward que ainda estava do mesmo jeito que o deixei há alguns minutos, ficou apenas assitindo o show. Ele me olhou e deu uma risadinha. Veio em minha direção e me segurou pela cintura.

- Quer terminar o que tentamos começar? – sussurrou de forma incrivelmente sexy em meus ouvidos. Tremi levemente e sem querer, meu corpo reagia a ele.

- Claro – respondi sem me controlar, o que estava acontecendo comigo? Estava sendo uma puta!

Passei os braços em seu pescoço para possessivamente colocar meus dedos em seus perfeitos fios acobreados.

- Me diz o que você quer, Bella – disse ele com uma voz rouca incrivelmente sexy.

- Eu...  – não pude completar por que o caralho da porra da campainha tocou de novo.

- Ai, que merda – reclamou Edward passando aos mãos no cabelo em um sinal mudo de quero uma arma agora.

Fui em direção à porta, quem seria agora? Que merda, trevas, mil vezes trevas!

Abri a porta para dar de cara com o... Emmett! Ah não, de novo? Mas ele não foi embora há tipo sete minutos?

- O que você veio fazer aqui, Emm? – lhe perguntei – acabou de sair.

- Vim buscar a cesta – respondeu por fim.

- Ah, desculpa por tudo, eu estava nervosa, não queria te maltratar... - me desculpei após perceber a situação.

- Tudo bem, volto com a cesta de manhã – se despediu, pegou a cesta, deu um sorriso cheio de covinhas e foi embora, pulando.

Finalmente, terminaria o que comecei com o Ed. Ele não quis falar nada dessa vez, simplesmente pegou minha mão e me puxou em sua direção, envolveu minha cintura possessivo e delicado.

E a campainha tocou. Senhor, dai-me paciência!

- Vou fazer o Emm enfiar a cesta lá - reclamei novamente.

- Vou atender – disse, fui abrir a porta e enquanto a abria disse, ou melhor, gritei: - Emm, já te mandei ir para onde o Sol não bate! 

E então terminei de abrir a porta.

- Não sabia que eu lhe incomodava, Bella – disse aquela voz – Não estava com saudades, amor?

Que porra ele fazia na minha casa?