Capítulo 5 – A vingança de Edward, eu tenho medo de escuro.

Eu juro que não sei como, mas em cinco segundos eu me encontrava totalmente ensopada na banheira com um Edward louco com um olhar assassino em cima de mim. Se eu estava com medo dele molhar apenas meu cabelo eu poderia ficar extremamente calma agora já que ele me molhou... toda!

- Calma, Ed, calma – eu disse, se fosse uma situação comum eu riria, mas não é essa a ocasião.

- Tá com medinho, Isabella? – ele disse agora caindo de rir. Me fazendo primeiramente lançar um olhar de raiva para ele e depois fazer um biquinho.

- Ah, não tem graça – fiz meu olhar de cachorrinho pidão. – Você é mau Ed, me assustou, ok? – choraminguei.

- Ai, não faz esse olhar, Bella – rimos juntos. – Venha, eu te ajudo.

Ele me pegou no colo e me carregou até a cama, ensopando a mesma.

- Troque-se, ainda temos que terminar de ver este filme idiota – disse e antes de sair pude escutá-lo murmurar um: - Cinco, seis, sete, oito...

“Momento Felícia!” pensei. Ri muito imaginando o Edward fazendo a parte da Taylor no filme.

Me sequei - por que, afinal, eu já tomei um banho mesmo – vesti uma calça jeans escura, com uma blusinha básica branca.

Fui em direção à sala e lá estava pouco escuro, tentei ligar o interruptor, mas não funcionou. Pelo menos a luz da cozinha estava acesa... Merda, apagou.

- Edward? – caminhei lentamente procurando por ele, tomando bastante cuidado com o lugar onde pisaria – Ed? Ed?

Ele não respondeu, estava escuro, eu morro de medo de escuro.

- Ed? – choraminguei, mas ele não estava ali. Ninguém respondia. O medo começou a dominar meu corpo.

Me sentei no chão, com o rosto entre as pernas e desabei a chorar.

- Ed? – eu choramingava – Tá escuro, Ed. Aparece – agora eu já chorava desesperadamente.

- Bella? – escutei sua voz e rapidamente a luz acendeu. Eu não vi seu rosto, mas com toda a certeza ele devia estar se segurando para não rir de uma adulta chorando no chão da sala com medo do escuro.

Eu preferi não responder, ah não né? Edward Cullen, um cara super gato e tudo isso casado com uma garotinha que tem medo de escuro?

- O que houve, Bells? – ele perguntou preocupado, já passando a mão em meus cabelos na tentativa de me acalmar.

- Eu tenho medo de escuro – murmurei muito envergonhada.

- Não precisa ter medo, Bella, eu estou aqui, não estou? - continuou passando a mão em meu cabelo tentando me acalmar.

Finalmente olhei para ele, meus olhos deviam estar inchados, mas mesmo assim eu estava feliz. Não pude me conter, afinal esse meu ponto de medo de escuro nem o Jake agüentava.

Pulei em cima dele o abraçando, totalmente agradecida pelo cuidado que ele estava tendo comigo nessa situação idiota.

- Você é o melhor amigo/marido do mundo! – gritei.

Ele riu.

- Obrigado, eu acho - mexeu no cabelo como sinal de vergonha.

- Vamos continuar vendo o filme, então? - questionei animadamente.

- Vamos – ele respondeu e me carregou até o sofá onde colocamos do filme da parte onde tinha parado. Nem mesmo percebi como a região secou rápido mesmo após o balde de água gelada que tinha acidentalmente caído por ali.

- Dessa vez eu não vou dormir!

- Isso é medo de mim, Isabella? – ele perguntou rindo.

- É sim, Ed, suas vinganças são do mau – disse o acompanhando na risada e fazendo um pouco de bico.

Ele me abraçou e colocou seu rosto em meus cachos cor de chocolate.

- Desculpa mesmo, Bella. Eu juro que não sabia.

- Tudo bem, Ed – eu o despreocupei sorrindo – Como você ia adivinhar que eu tenho medo de escuro, nossa sou muito infantil – murmurei baixo, mas talvez ele tenha escutado.

- Pare com isso, ok? - me fez olhar para seus penetrantes olhos verdes.

- Ok – sorri – vamos continuar vendo o filme.

Seus lábios roçavam em meus cachos, ele aspirava meu perfume de morango enquanto eu me deliciava com a estranha frangância gostosa que ele usa.

- Que perfume você usa? – lhe perguntei curiosa interrompendo o momento de silêncio em que nos encontrávamos.

- É uma mistura que eu inventei há algum tempo – ele riu dando de ombros – Não gostou?

- Pelo contrário, é muito boa. Apenas não reconheci. É... Diferente, mas boa.

- Obrigada – ele riu. – Se é que isso foi um elogio.

- Sim, bobo. Foi um elogio.

Eu ri e fiz a idiotice e me virar para olhar seu rosto e me perdi completamente dentro daqueles maravilhosos olhos verdes. Merda, merda, merda. Qual meu nome mesmo?

Nos aproximamos significativamente, eu não iria beijar o Ed, né?! Tipo, eu estou totalmente sem controle do meu corpo como se... Eu quisesse aquilo, bosta! Mas ele bem que podia fazer algo, porra!

Bella, acorda, você vai beijar o seu amigo, quase irmão que você nem conhece há tempo suficiente para sair por aí beijando uma voz dizia em minha cabeça, algo me dizia que esse era o anjinho do bem que todos falam, por que tinha outra voz que dizia exatamente o contrário beija ele, Bella, ele quer... Você quer, ele é um gato, lindo, delícia, gostoso (N/A: Algo me diz que essa voz se chama Isabela Paranaíba Rosado, mas...) e tenho certeza de que esse era o tão comentado anjinho do mal que também falavam que adoravam atormentar as decisões das pessoas. A questão era que eu não sabia se queria seguir o que o anjo do bem dizia e parar o quase-beijo ou preferia escutar o anjinho vermelho - não vou chamar de anjinho do mal, vai que eu escolho ele... - e beijar o Ed, o que eu tinha tanta vontade de fazer...

Mas eu simplesmente não conseguia parar, eu precisava fazer aquilo, precisava escutar o anjinho de vermelho e beijar o Edward.

Nos aproximamos ainda maisperdendo quase que completamente a distância entre nossos corpos nossos lábios logo se tocariam... E eu inacreditavelmente precisava daquilo...

Desviei meu olhar do seu por míseros segundos apenas para fitar seus lábios entre abertos à espera dos meus e quando voltei para seus olhos eles estavam pretos, apenas um fio na extremidade pôde mostrar que seus olhos são verdes, por que sua pupila estava completamente dilatada. Era um sinal claro de que ele me queria também certo? De que, seja como for que a cabeça dele funcione, era pelo anjinho do mal que ele tinha decidido. Por que não fazer o mesmo então? 

Essa era a hora, não era?