Para sempre ao Seu Lado... escrita por natylozier
- Minha mãe tá chegando?
Ele pensou um pouco.
- Deve estar, ela saiu já tem um tempo.
- Acho que tem um monte de dever quer eu não fiz.
- Você está internada! – ele disse, com uma cara de quem não entendeu.
- Há se você não me fala! – eu disse olhando bem fundo nos olhos dele.
Como se adivinhasse o que eu estava desejando, ele me beijou de leve nos lábios, exercendo certa pressão, nada muito demorado.
- Você entendeu. – ele falou, sério.
- Não vou fazer também.
Ele riu. Por mais que eu estivesse triste,eu não conseguia parar de pensar em como era bom tê-lo ali comigo.
- Natália, eu fiz uma coisa...
- O que?
- Eu.. eu falei com a sua mãe sobre a gente.
- E....
- Bom, ela disse que acha que você já sabe separar os estudos do namoro; e também acha que você vai precisar de alguém para te apoiar agora.
- Hum! Isso é bom – eu disse, beijando sua bochecha – por isso que eu te amo.
Nessa hora, minha mãe chegou, trazendo meus materiais e o pai do Arthur junto.
- Eu mal saio e vocês já tão se agarrando aí! Que falta de respeito!
Todos rimos. Minha mãe conseguia ser engraçada de vez em quando... mesmo com aquele clima pesado.
- Brincadeira gente. Podem continuar o que estavam fazendo. Natália, seu uniforme está na mochila amarela; e seus materiais estão na bolsa da Mel. Vou conferir com a enfermeira, mas acho que a sua alta já saiu. Então não continue o que estava fazendo, se arrume por que você vai para a escola.
- Tudo bem... eu acho. – eu falei, enquanto pensava em como ia me levantar se para ficar sentada precisava de ajuda.
- Você pode me ajudar a levantar? – perguntei para o Arthur, enquanto via minha mãe sair acompanhada do pai dele; provavelmente o sorriso ja havia sumido do rosto dela.
- Tudo bem. – ele falou.
Colocou uma mão em minhas costas e com a outra segurou a minha mão. Quando meus pés tocaram o chão, uma onda subitamente gelada subiu ao meu corpo, me fazendo tremer.
- Você tem certeza que consegue?
- Sim – respondi demonstrando uma firmeza que não sentia – me dê a mochila amarela por favor.
Ele me soltou, e sem tirar os olhos de mim, foi pegar a bolsa. Ao me entregar, beijou entre meus cabelos e falou:
- Tente não se machucar, tá bom? – ele falou meio que rindo.
- O banheiro e perigoso mas vou tentar. – falei, também rindo. Eram alguns passos até o banheiro, porém, difíceis passos.
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em breve part. III