-Justin...- Ela disse, antes de eu sair. Me virei e ela disse "I love you!".

-Eu também... Boa noite, mãe...

-Boa noite...- Fui para a cama e imediatamente caí no sono. Acordei meia hora depois, com um sacolejo forte. Tudas as luzes começaram a dar pico de luz, e eu ouvi algo num auto falante:

-PANE! PANE! MANTENHAM A CALMA, PASSAGEIROS!- Todos entraram em desespero, e o avião sacudiu mais. Me levantei e fui até o corredor, mas caí no chão quando o avião sacudiu novamente.

Caí de frente e bati a cabeça com força. Scooter e meu pai vieram me ajudar, e o avião sacudiu mais.

Scooter voou para o meio do corredor, em frente a porta que divide as alas.

Fios foram se estourando, e faíscas saíram para tudo quanto é lado. Conseguia ouvir pessoas berrando nas outras alas.

-Scooter, sai daí!- Berrei.

-Não dá! Está preso!- A camisa dele tinha prendido sei lá onde, e por mais que ele tentasse rasgar, ou soltar, a blusa não soltava.

Vidros na cozinha se quebravam, eu podia ouvir muito bem, e o piloto falou, no auto falante, pensando que era o microfone:

-Torre, torre! Houve uma falha total nas turbinas, o avião está caindo! Ajuda, ajuda!

Uma voz no fundo disse que aquele era o microfone de bordo.

- Ops... Está tudo sobre controle, passageiros!- Tarde demais. O desespero foi total, todos entraram em pânico.

O carrinho de bebidas, lotado de garrafas e copos de vidro, se soltou do outro lado do corredor, e foi correndo em direção á Scooter:

-Scooter, se solta!- Berrei novamente.

-Não dá!- Ele respondeu, tentando novamente se soltar.

Quando o carrinho ia se chocar contra ele, alguém se jogou na frente.

-Mãe!!- Berrei.

-Pattie!- Scooter e meu pai disseram juntos. Scooter conseguiu se soltar e a segurou antes que ela caísse no chão.

Ele ficou repetindo "Pattie, Pattie!" em voz alta, mas nada. Ele repetiu mais algumas vezes e ela abriu os olhos, e disse, num suspiro:

-Cuide bem do meu filho...- Depois fechou os olhos e deixou a cabeça cair para o lado.

-Pattie, Pattie, não!- Scooter segurou a sua mão.

-Mãe!- O avião não parava de saculejar, então não fui até ela. Scooter ficou suplicando para que ela acordasse, mas nada. Ela estava morta.